Bastidores do mundo dos negócios

Citi aposta em força global para crescer em médias empresas no Brasil


Meta é dobrar a participação no segmento

Por Aline Bronzati
Banco está presente em 95 países. REUTERS/Andrew Kelly/File Photo Foto: Andrew Kelly/REUTERS

Enquanto no varejo as credenciais globais não ajudaram a bater a concorrência local, na média empresa, essa é a aposta do Citi para superar os rivais no Brasil. Com presença em 95 países, o banco estabeleceu o segmento de Commercial Bank (CCB, na sigla em inglês) uma de suas fontes de expansão no mundo e quer dobrar a sua participação, de 2% para 4% até 2025.

O mesmo vale para o mercado brasileiro, no qual o alvo são as empresas com faturamento anual a partir de R$ 250 milhões e startups com perspectiva de alto crescimento. “Estamos nessa jornada e não diminuímos a nossa ambição. É um plano muito ambicioso e temos investido pesadamente no negócio, em tecnologia, e contratamos muitos ‘bankers’”, diz a diretora global de Commercial Bank do Citi, Tasnim Ghiawadwala, em entrevista exclusiva ao Broadcast, na sede do banco, em Nova York, nos Estados Unidos.

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Um dos investimentos foi em uma plataforma voltada às empresas, uma espécie de internet banking, e que foi estruturada com base nos feedbacks e necessidades do público corporativo, diz o banco. A ‘CitiDirect Commercial Banking’ foi lançada primeiramente nos Estados Unidos, onde 90% dos correntistas pessoa jurídica já a utilizam. Agora, o banco está testando a nova plataforma na Ásia, onde quer acelerar o passo neste ano, e o objetivo do Citi é lançá-la no Brasil em 2025.

Além disso, nos últimos três anos, o banco americano anunciou um aporte adicional de US$ 50 milhões em tecnologia no País e contratou 300 pessoas. Desde que vendeu o varejo ao Itaú Unibanco, em 2017, o Citi quase quadruplicou os seus ativos no Brasil, o que o permitiu aumentar a sua relevância no conglomerado de Wall Street.

Atualmente, é a quinta maior franquia do banco no mundo, e rivaliza a quarta posição com a Índia, cujo país cresce a um ritmo mais de duas vezes superior. Já as receitas cresceram dois dígitos nos últimos 3 anos, em linha com o plano estratégico do Citi para o Brasil, que está neste momento sendo redesenhado para o próximo triênio.

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“Somos um negócio em crescimento e estamos muito interessados no Brasil. É o quinto maior mercado bancário comercial para nós, o que é muito importante em termos do potencial que isso tem”, afirma a diretora do Citi.

Trajetória

Ghiawadwala foi trazida do rival Barclays exatamente para tocar a estratégia de crescimento do CCB no mundo, com o desafio de quebrar o tabu de que o Citi não era banco para as médias empresas. Apesar de considerar o plano “muito ambicioso”, a executiva sabe bem onde está pisando. Antes, ela trabalhou por mais de duas décadas no Citi e tem experiência no atendimento a empresas. “É um mercado que eu conheço, que eu amo”, disse, ao falar a investidores em seu retorno.

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O plano de expansão do CCB foi anunciado ao mercado em 2022. O Brasil foi um dos países citados por Ghiawadwala, ao falar do apetite do Citi para crescer nos maiores mercados em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. Na ocasião, ela disse que via uma “grande oportunidade” de ampliar o contingente de empresas que o Citi atendia nesses países. Segundo a executiva, a base de clientes no Brasil cresceu 18% no ano passado. Ela diz que a meta de crescimento no País é a mesma do plano global, dobrar a participação na média empresa, que no Brasil começam com faturamento anual acima de R$ 250 milhões.

Na mira do Citi, estão ainda grandes corporações, com ganhos bilionários, fora o universo de startups, em especial, as candidatas a unicórnios, aquelas com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. O banco não revela a sua participação exata no País, mas diz que a fatia supera números globais da instituição.

Ainda assim, para a executiva, o tamanho da fatia do bolo do Citi é “pequeno” e a ambição é crescê-la. E, na briga com os bancos locais e regionais, que têm dominado o setor bancário nas economias, na sua visão, ser global pode fazer a diferença para ir além da tradicional disputa entre depósitos e crédito. “Essa não é a nossa força. Você não vem para o Citi se é isso que você quer”, diz ela, mencionando o fato de o banco ter soluções de liquidez em 95 países, por exemplo.

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Juros altos e Rio Grande do Sul

Segundo Ghiawadwala, ter uma posição mundial, também ajuda em um cenário de juros altos, uma vez que permite olhar além do país em que a empresa opera. “Juros altos por mais tempo é uma preocupação para os clientes e, particularmente, quanto menor o cliente, mais exposto ele fica”, afirma. “Estamos preparados para taxas de juros altas ou baixas. Não é porque é um cliente brasileiro que a oportunidade para ele está só no Brasil”, diz.

Quanto aos efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, o diretor do CCB para Brasil e América Latina, André Cury, afirma que o banco colocou em prática o manual aprendido durante a covid-19 e tem atuado em duas frentes: atender as necessidades mais imediatas dos clientes na estruturação das demandas de mais de longo prazo. “Esta situação se parece muito com a pandemia, tão devastadora”, afirma Cury, acrescentando que o Citi também fez doações e estimulou os seus funcionários a fazerem o mesmo.

Banco está presente em 95 países. REUTERS/Andrew Kelly/File Photo Foto: Andrew Kelly/REUTERS

Enquanto no varejo as credenciais globais não ajudaram a bater a concorrência local, na média empresa, essa é a aposta do Citi para superar os rivais no Brasil. Com presença em 95 países, o banco estabeleceu o segmento de Commercial Bank (CCB, na sigla em inglês) uma de suas fontes de expansão no mundo e quer dobrar a sua participação, de 2% para 4% até 2025.

O mesmo vale para o mercado brasileiro, no qual o alvo são as empresas com faturamento anual a partir de R$ 250 milhões e startups com perspectiva de alto crescimento. “Estamos nessa jornada e não diminuímos a nossa ambição. É um plano muito ambicioso e temos investido pesadamente no negócio, em tecnologia, e contratamos muitos ‘bankers’”, diz a diretora global de Commercial Bank do Citi, Tasnim Ghiawadwala, em entrevista exclusiva ao Broadcast, na sede do banco, em Nova York, nos Estados Unidos.

Um dos investimentos foi em uma plataforma voltada às empresas, uma espécie de internet banking, e que foi estruturada com base nos feedbacks e necessidades do público corporativo, diz o banco. A ‘CitiDirect Commercial Banking’ foi lançada primeiramente nos Estados Unidos, onde 90% dos correntistas pessoa jurídica já a utilizam. Agora, o banco está testando a nova plataforma na Ásia, onde quer acelerar o passo neste ano, e o objetivo do Citi é lançá-la no Brasil em 2025.

Além disso, nos últimos três anos, o banco americano anunciou um aporte adicional de US$ 50 milhões em tecnologia no País e contratou 300 pessoas. Desde que vendeu o varejo ao Itaú Unibanco, em 2017, o Citi quase quadruplicou os seus ativos no Brasil, o que o permitiu aumentar a sua relevância no conglomerado de Wall Street.

Atualmente, é a quinta maior franquia do banco no mundo, e rivaliza a quarta posição com a Índia, cujo país cresce a um ritmo mais de duas vezes superior. Já as receitas cresceram dois dígitos nos últimos 3 anos, em linha com o plano estratégico do Citi para o Brasil, que está neste momento sendo redesenhado para o próximo triênio.

“Somos um negócio em crescimento e estamos muito interessados no Brasil. É o quinto maior mercado bancário comercial para nós, o que é muito importante em termos do potencial que isso tem”, afirma a diretora do Citi.

Trajetória

Ghiawadwala foi trazida do rival Barclays exatamente para tocar a estratégia de crescimento do CCB no mundo, com o desafio de quebrar o tabu de que o Citi não era banco para as médias empresas. Apesar de considerar o plano “muito ambicioso”, a executiva sabe bem onde está pisando. Antes, ela trabalhou por mais de duas décadas no Citi e tem experiência no atendimento a empresas. “É um mercado que eu conheço, que eu amo”, disse, ao falar a investidores em seu retorno.

O plano de expansão do CCB foi anunciado ao mercado em 2022. O Brasil foi um dos países citados por Ghiawadwala, ao falar do apetite do Citi para crescer nos maiores mercados em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. Na ocasião, ela disse que via uma “grande oportunidade” de ampliar o contingente de empresas que o Citi atendia nesses países. Segundo a executiva, a base de clientes no Brasil cresceu 18% no ano passado. Ela diz que a meta de crescimento no País é a mesma do plano global, dobrar a participação na média empresa, que no Brasil começam com faturamento anual acima de R$ 250 milhões.

Na mira do Citi, estão ainda grandes corporações, com ganhos bilionários, fora o universo de startups, em especial, as candidatas a unicórnios, aquelas com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. O banco não revela a sua participação exata no País, mas diz que a fatia supera números globais da instituição.

Ainda assim, para a executiva, o tamanho da fatia do bolo do Citi é “pequeno” e a ambição é crescê-la. E, na briga com os bancos locais e regionais, que têm dominado o setor bancário nas economias, na sua visão, ser global pode fazer a diferença para ir além da tradicional disputa entre depósitos e crédito. “Essa não é a nossa força. Você não vem para o Citi se é isso que você quer”, diz ela, mencionando o fato de o banco ter soluções de liquidez em 95 países, por exemplo.

Juros altos e Rio Grande do Sul

Segundo Ghiawadwala, ter uma posição mundial, também ajuda em um cenário de juros altos, uma vez que permite olhar além do país em que a empresa opera. “Juros altos por mais tempo é uma preocupação para os clientes e, particularmente, quanto menor o cliente, mais exposto ele fica”, afirma. “Estamos preparados para taxas de juros altas ou baixas. Não é porque é um cliente brasileiro que a oportunidade para ele está só no Brasil”, diz.

Quanto aos efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, o diretor do CCB para Brasil e América Latina, André Cury, afirma que o banco colocou em prática o manual aprendido durante a covid-19 e tem atuado em duas frentes: atender as necessidades mais imediatas dos clientes na estruturação das demandas de mais de longo prazo. “Esta situação se parece muito com a pandemia, tão devastadora”, afirma Cury, acrescentando que o Citi também fez doações e estimulou os seus funcionários a fazerem o mesmo.

Banco está presente em 95 países. REUTERS/Andrew Kelly/File Photo Foto: Andrew Kelly/REUTERS

Enquanto no varejo as credenciais globais não ajudaram a bater a concorrência local, na média empresa, essa é a aposta do Citi para superar os rivais no Brasil. Com presença em 95 países, o banco estabeleceu o segmento de Commercial Bank (CCB, na sigla em inglês) uma de suas fontes de expansão no mundo e quer dobrar a sua participação, de 2% para 4% até 2025.

O mesmo vale para o mercado brasileiro, no qual o alvo são as empresas com faturamento anual a partir de R$ 250 milhões e startups com perspectiva de alto crescimento. “Estamos nessa jornada e não diminuímos a nossa ambição. É um plano muito ambicioso e temos investido pesadamente no negócio, em tecnologia, e contratamos muitos ‘bankers’”, diz a diretora global de Commercial Bank do Citi, Tasnim Ghiawadwala, em entrevista exclusiva ao Broadcast, na sede do banco, em Nova York, nos Estados Unidos.

Um dos investimentos foi em uma plataforma voltada às empresas, uma espécie de internet banking, e que foi estruturada com base nos feedbacks e necessidades do público corporativo, diz o banco. A ‘CitiDirect Commercial Banking’ foi lançada primeiramente nos Estados Unidos, onde 90% dos correntistas pessoa jurídica já a utilizam. Agora, o banco está testando a nova plataforma na Ásia, onde quer acelerar o passo neste ano, e o objetivo do Citi é lançá-la no Brasil em 2025.

Além disso, nos últimos três anos, o banco americano anunciou um aporte adicional de US$ 50 milhões em tecnologia no País e contratou 300 pessoas. Desde que vendeu o varejo ao Itaú Unibanco, em 2017, o Citi quase quadruplicou os seus ativos no Brasil, o que o permitiu aumentar a sua relevância no conglomerado de Wall Street.

Atualmente, é a quinta maior franquia do banco no mundo, e rivaliza a quarta posição com a Índia, cujo país cresce a um ritmo mais de duas vezes superior. Já as receitas cresceram dois dígitos nos últimos 3 anos, em linha com o plano estratégico do Citi para o Brasil, que está neste momento sendo redesenhado para o próximo triênio.

“Somos um negócio em crescimento e estamos muito interessados no Brasil. É o quinto maior mercado bancário comercial para nós, o que é muito importante em termos do potencial que isso tem”, afirma a diretora do Citi.

Trajetória

Ghiawadwala foi trazida do rival Barclays exatamente para tocar a estratégia de crescimento do CCB no mundo, com o desafio de quebrar o tabu de que o Citi não era banco para as médias empresas. Apesar de considerar o plano “muito ambicioso”, a executiva sabe bem onde está pisando. Antes, ela trabalhou por mais de duas décadas no Citi e tem experiência no atendimento a empresas. “É um mercado que eu conheço, que eu amo”, disse, ao falar a investidores em seu retorno.

O plano de expansão do CCB foi anunciado ao mercado em 2022. O Brasil foi um dos países citados por Ghiawadwala, ao falar do apetite do Citi para crescer nos maiores mercados em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. Na ocasião, ela disse que via uma “grande oportunidade” de ampliar o contingente de empresas que o Citi atendia nesses países. Segundo a executiva, a base de clientes no Brasil cresceu 18% no ano passado. Ela diz que a meta de crescimento no País é a mesma do plano global, dobrar a participação na média empresa, que no Brasil começam com faturamento anual acima de R$ 250 milhões.

Na mira do Citi, estão ainda grandes corporações, com ganhos bilionários, fora o universo de startups, em especial, as candidatas a unicórnios, aquelas com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. O banco não revela a sua participação exata no País, mas diz que a fatia supera números globais da instituição.

Ainda assim, para a executiva, o tamanho da fatia do bolo do Citi é “pequeno” e a ambição é crescê-la. E, na briga com os bancos locais e regionais, que têm dominado o setor bancário nas economias, na sua visão, ser global pode fazer a diferença para ir além da tradicional disputa entre depósitos e crédito. “Essa não é a nossa força. Você não vem para o Citi se é isso que você quer”, diz ela, mencionando o fato de o banco ter soluções de liquidez em 95 países, por exemplo.

Juros altos e Rio Grande do Sul

Segundo Ghiawadwala, ter uma posição mundial, também ajuda em um cenário de juros altos, uma vez que permite olhar além do país em que a empresa opera. “Juros altos por mais tempo é uma preocupação para os clientes e, particularmente, quanto menor o cliente, mais exposto ele fica”, afirma. “Estamos preparados para taxas de juros altas ou baixas. Não é porque é um cliente brasileiro que a oportunidade para ele está só no Brasil”, diz.

Quanto aos efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, o diretor do CCB para Brasil e América Latina, André Cury, afirma que o banco colocou em prática o manual aprendido durante a covid-19 e tem atuado em duas frentes: atender as necessidades mais imediatas dos clientes na estruturação das demandas de mais de longo prazo. “Esta situação se parece muito com a pandemia, tão devastadora”, afirma Cury, acrescentando que o Citi também fez doações e estimulou os seus funcionários a fazerem o mesmo.

Banco está presente em 95 países. REUTERS/Andrew Kelly/File Photo Foto: Andrew Kelly/REUTERS

Enquanto no varejo as credenciais globais não ajudaram a bater a concorrência local, na média empresa, essa é a aposta do Citi para superar os rivais no Brasil. Com presença em 95 países, o banco estabeleceu o segmento de Commercial Bank (CCB, na sigla em inglês) uma de suas fontes de expansão no mundo e quer dobrar a sua participação, de 2% para 4% até 2025.

O mesmo vale para o mercado brasileiro, no qual o alvo são as empresas com faturamento anual a partir de R$ 250 milhões e startups com perspectiva de alto crescimento. “Estamos nessa jornada e não diminuímos a nossa ambição. É um plano muito ambicioso e temos investido pesadamente no negócio, em tecnologia, e contratamos muitos ‘bankers’”, diz a diretora global de Commercial Bank do Citi, Tasnim Ghiawadwala, em entrevista exclusiva ao Broadcast, na sede do banco, em Nova York, nos Estados Unidos.

Um dos investimentos foi em uma plataforma voltada às empresas, uma espécie de internet banking, e que foi estruturada com base nos feedbacks e necessidades do público corporativo, diz o banco. A ‘CitiDirect Commercial Banking’ foi lançada primeiramente nos Estados Unidos, onde 90% dos correntistas pessoa jurídica já a utilizam. Agora, o banco está testando a nova plataforma na Ásia, onde quer acelerar o passo neste ano, e o objetivo do Citi é lançá-la no Brasil em 2025.

Além disso, nos últimos três anos, o banco americano anunciou um aporte adicional de US$ 50 milhões em tecnologia no País e contratou 300 pessoas. Desde que vendeu o varejo ao Itaú Unibanco, em 2017, o Citi quase quadruplicou os seus ativos no Brasil, o que o permitiu aumentar a sua relevância no conglomerado de Wall Street.

Atualmente, é a quinta maior franquia do banco no mundo, e rivaliza a quarta posição com a Índia, cujo país cresce a um ritmo mais de duas vezes superior. Já as receitas cresceram dois dígitos nos últimos 3 anos, em linha com o plano estratégico do Citi para o Brasil, que está neste momento sendo redesenhado para o próximo triênio.

“Somos um negócio em crescimento e estamos muito interessados no Brasil. É o quinto maior mercado bancário comercial para nós, o que é muito importante em termos do potencial que isso tem”, afirma a diretora do Citi.

Trajetória

Ghiawadwala foi trazida do rival Barclays exatamente para tocar a estratégia de crescimento do CCB no mundo, com o desafio de quebrar o tabu de que o Citi não era banco para as médias empresas. Apesar de considerar o plano “muito ambicioso”, a executiva sabe bem onde está pisando. Antes, ela trabalhou por mais de duas décadas no Citi e tem experiência no atendimento a empresas. “É um mercado que eu conheço, que eu amo”, disse, ao falar a investidores em seu retorno.

O plano de expansão do CCB foi anunciado ao mercado em 2022. O Brasil foi um dos países citados por Ghiawadwala, ao falar do apetite do Citi para crescer nos maiores mercados em desenvolvimento, ao lado de China e Índia. Na ocasião, ela disse que via uma “grande oportunidade” de ampliar o contingente de empresas que o Citi atendia nesses países. Segundo a executiva, a base de clientes no Brasil cresceu 18% no ano passado. Ela diz que a meta de crescimento no País é a mesma do plano global, dobrar a participação na média empresa, que no Brasil começam com faturamento anual acima de R$ 250 milhões.

Na mira do Citi, estão ainda grandes corporações, com ganhos bilionários, fora o universo de startups, em especial, as candidatas a unicórnios, aquelas com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão. O banco não revela a sua participação exata no País, mas diz que a fatia supera números globais da instituição.

Ainda assim, para a executiva, o tamanho da fatia do bolo do Citi é “pequeno” e a ambição é crescê-la. E, na briga com os bancos locais e regionais, que têm dominado o setor bancário nas economias, na sua visão, ser global pode fazer a diferença para ir além da tradicional disputa entre depósitos e crédito. “Essa não é a nossa força. Você não vem para o Citi se é isso que você quer”, diz ela, mencionando o fato de o banco ter soluções de liquidez em 95 países, por exemplo.

Juros altos e Rio Grande do Sul

Segundo Ghiawadwala, ter uma posição mundial, também ajuda em um cenário de juros altos, uma vez que permite olhar além do país em que a empresa opera. “Juros altos por mais tempo é uma preocupação para os clientes e, particularmente, quanto menor o cliente, mais exposto ele fica”, afirma. “Estamos preparados para taxas de juros altas ou baixas. Não é porque é um cliente brasileiro que a oportunidade para ele está só no Brasil”, diz.

Quanto aos efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, o diretor do CCB para Brasil e América Latina, André Cury, afirma que o banco colocou em prática o manual aprendido durante a covid-19 e tem atuado em duas frentes: atender as necessidades mais imediatas dos clientes na estruturação das demandas de mais de longo prazo. “Esta situação se parece muito com a pandemia, tão devastadora”, afirma Cury, acrescentando que o Citi também fez doações e estimulou os seus funcionários a fazerem o mesmo.

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