A Claro, do bilionário mexicano Carlos Slim, deu uma cartada inédita no mercado brasileiro de telecomunicações e está lançando a oferta de crédito pessoal para clientes pré-aprovados dos planos pós-pago e controle. A entrada no ramo de serviços financeiros é uma tentativa da companhia de ampliar o faturamento, que está praticamente estagnado há alguns anos no mercado global de telecomunicações. De um lado, o setor ganha clientes de internet fixa e serviços digitais, mas, de outro, perde nas chamadas de voz e TV por assinatura.
Dinheiro na conta. A contratação do crédito oferecido pela Claro pode ser feita por meio de aplicativo onde o cliente pessoa física insere os dados pessoais e documentos digitalizados. O empréstimo - até R$ 10 mil - cai no banco escolhido em até três dias úteis. O pagamento pode ser parcelado em até 36 vezes, com taxas a partir de 2,85% ao mês, e débito na própria fatura da conta do celular. A oferta envolve parceria com o banco mexicano Inbursa, que também pertence ao magnata. Os lucros da operação são compartilhados entre Inbursa e Claro, que nesse caso atua como um correspondente bancário.
Diversificação. Telefônica (dona da Vivo), TIM e Oi também têm buscado diversificar o portfólio de serviços digitais, entrando em segmentos como financeiro, educação, saúde e entretenimento. A ideia das teles é aprofundar a atuação como canais de distribuição de serviços para a base de mais de 100 milhões de clientes que reúnem juntas.
Atrás do dinheiro. A Telefônica, aliás, deve ser a próxima operadora a lançar alguma oferta no ramo financeiro. A companhia já está trabalhando em projetos pilotos de seguros e crédito, o que também poderá envolver parcerias com bancos.
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