Bastidores do mundo dos negócios

Com 9 investidas, XP segue de olho em parceiros complementares e de ‘crescimento relevante’


Empresa se mantém aberta a realizar aportes em assessorias e aumentar portfólio

Por Bruna Camargo
'Nossa ótica de investimento é de geração de dividendos e de lucratividade do parceiro', diz Bruno Ballista, da XP Foto: JF Diorio/Estadão Conteúdo - 04/05/2022

A onda de aquisição de participações em assessorias de investimento por parte das grandes plataformas minguou, conforme se passou a vislumbrar a chance de sociedades capitalistas, o que se tornou uma realidade no ano passado. A XP, que surfou os dois momentos e conta com nove investidas, adaptou a estratégia e se mantém aberta ao aumento do portfólio, desde que os potenciais parceiros mostrem complementaridade e “crescimento relevante” que justifique o aporte. E o que isso representa para a empresa? Esse é um dado que deve aparecer em breve nos resultados trimestrais.

“Tivemos muitos aprendizados, pois nunca havíamos feito investimentos. Aprendemos muito na relação [com os escritórios] sobre como introduzir conhecimento de forma estratégica para que o parceiro se desenvolva”, disse Bruno Ballista, sócio e responsável pela assessoria e relacionamento com o cliente XP, em entrevista ao Broadcast Investimentos. Segundo o executivo, a XP não entra para assumir o controle da operação, mas sim para oferecer trocas mais profundas do que teria com um parceiro apenas plugado à plataforma, em uma “jornada de value creation (criação de valor)”.

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Ballista destaca que, diferente de um private equity, a empresa não é um fundo que busca entregar resultados para cotistas. “Nosso capital é perpétuo e não pretendo me desfazer da participação. Então nossa ótica de investimento é de geração de dividendos e de lucratividade do parceiro”, afirma.

Quatro requisitos

Isto dado, a avaliação para novos aportes da XP olha quatro grandes pontos: praça e perfil, sócios, proposta de valor do parceiro em complementaridade ao portfólio, e crescimento. O último fator é talvez a alavanca mais importante. “Se o parceiro não cresce, a sociedade não tem evolução. Preciso que a velocidade de crescimento seja relevante para que justifique o aporte”, diz Ballista.

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O executivo destaca que não existe um “número mágico” de investidas, com oportunidades consideradas conforme aparecem. Mas, com o desenvolvimento da indústria, o nível de especialização tem aumentado, o que leva a XP a manter conversas ativas sobre alocação de capital. “É possível que, com o tempo, possamos explorar outras ‘avenidas’ que hoje não tenhamos visibilidade”, observa. “A intenção é fortalecer nosso portfólio para que as investidas cubram de forma completa o que o mercado pode oferecer aos clientes.”

A estratégia de investimentos da XP no segmento nasceu em 2021, inicialmente com a compra de participação nos maiores escritórios ligados à plataforma na época – Faros, Monte Bravo, Messem e Blue3 – e a finalidade de transformá-los em DTVM, no formato de “corretora light”, como o mercado apelidou. Em 2022, a Nomos também entrou no rol de investidas.

Modelo

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“Embora tenhamos feito as transações no formato de DTVM, que era o único permitido, sempre tivemos muita clareza que esse não era necessariamente o modelo ideal”, diz Ballista. Ele explica que o negócio é mais eficiente na casca de agente autônomo que de corretora, e destaca que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já vinha com uma agenda de trazer mais flexibilidade para o segmento, com a expectativa de que o arcabouço regulatório eventualmente permitiria a entrada de sócios capitalistas - o que se tornou possível a partir da Resolução 178 da CVM.

A partir disso, as conversas da XP com os escritórios parceiros sempre foram de olho na manutenção dos negócios como assessorias de investimentos. Exemplo disso foram as transações mais recentes com SVN, Ável e Manchester.

Segundo Diego Gonsalez, responsável comercial B2B, criou-se um “mito” de que agora a XP só busca investimentos nesse modelo, mas ele diz que o que vale são os bons “deals” (negócios). Ele cita um dos primeiros investimentos do canal da distribuição como um todo, ainda em 2020, que foi na gestora de patrimônio WHG.

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Busca por resultado

“Como qualquer outra empresa, estamos buscando resultado e crescimento, tanto nas alavancas de captação e de receita, como no lucro líquido. Então gera resultado e maximiza a geração de caixa, trazendo retorno para o investimento que alocamos. Pouco me importa se vai ser uma gestora, um agente autônomo ou uma DTVM. Buscamos bons ‘deals’”, afirma Gonsalez.

Atualmente, a XP não abre números sobre o que as investidas representam no negócio da empresa como um todo, mas Ballista adianta que isso se tornará público nas próximas divulgações de balanços trimestrais.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/07/24, às 10h35.

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'Nossa ótica de investimento é de geração de dividendos e de lucratividade do parceiro', diz Bruno Ballista, da XP Foto: JF Diorio/Estadão Conteúdo - 04/05/2022

A onda de aquisição de participações em assessorias de investimento por parte das grandes plataformas minguou, conforme se passou a vislumbrar a chance de sociedades capitalistas, o que se tornou uma realidade no ano passado. A XP, que surfou os dois momentos e conta com nove investidas, adaptou a estratégia e se mantém aberta ao aumento do portfólio, desde que os potenciais parceiros mostrem complementaridade e “crescimento relevante” que justifique o aporte. E o que isso representa para a empresa? Esse é um dado que deve aparecer em breve nos resultados trimestrais.

“Tivemos muitos aprendizados, pois nunca havíamos feito investimentos. Aprendemos muito na relação [com os escritórios] sobre como introduzir conhecimento de forma estratégica para que o parceiro se desenvolva”, disse Bruno Ballista, sócio e responsável pela assessoria e relacionamento com o cliente XP, em entrevista ao Broadcast Investimentos. Segundo o executivo, a XP não entra para assumir o controle da operação, mas sim para oferecer trocas mais profundas do que teria com um parceiro apenas plugado à plataforma, em uma “jornada de value creation (criação de valor)”.

Ballista destaca que, diferente de um private equity, a empresa não é um fundo que busca entregar resultados para cotistas. “Nosso capital é perpétuo e não pretendo me desfazer da participação. Então nossa ótica de investimento é de geração de dividendos e de lucratividade do parceiro”, afirma.

Quatro requisitos

Isto dado, a avaliação para novos aportes da XP olha quatro grandes pontos: praça e perfil, sócios, proposta de valor do parceiro em complementaridade ao portfólio, e crescimento. O último fator é talvez a alavanca mais importante. “Se o parceiro não cresce, a sociedade não tem evolução. Preciso que a velocidade de crescimento seja relevante para que justifique o aporte”, diz Ballista.

O executivo destaca que não existe um “número mágico” de investidas, com oportunidades consideradas conforme aparecem. Mas, com o desenvolvimento da indústria, o nível de especialização tem aumentado, o que leva a XP a manter conversas ativas sobre alocação de capital. “É possível que, com o tempo, possamos explorar outras ‘avenidas’ que hoje não tenhamos visibilidade”, observa. “A intenção é fortalecer nosso portfólio para que as investidas cubram de forma completa o que o mercado pode oferecer aos clientes.”

A estratégia de investimentos da XP no segmento nasceu em 2021, inicialmente com a compra de participação nos maiores escritórios ligados à plataforma na época – Faros, Monte Bravo, Messem e Blue3 – e a finalidade de transformá-los em DTVM, no formato de “corretora light”, como o mercado apelidou. Em 2022, a Nomos também entrou no rol de investidas.

Modelo

“Embora tenhamos feito as transações no formato de DTVM, que era o único permitido, sempre tivemos muita clareza que esse não era necessariamente o modelo ideal”, diz Ballista. Ele explica que o negócio é mais eficiente na casca de agente autônomo que de corretora, e destaca que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já vinha com uma agenda de trazer mais flexibilidade para o segmento, com a expectativa de que o arcabouço regulatório eventualmente permitiria a entrada de sócios capitalistas - o que se tornou possível a partir da Resolução 178 da CVM.

A partir disso, as conversas da XP com os escritórios parceiros sempre foram de olho na manutenção dos negócios como assessorias de investimentos. Exemplo disso foram as transações mais recentes com SVN, Ável e Manchester.

Segundo Diego Gonsalez, responsável comercial B2B, criou-se um “mito” de que agora a XP só busca investimentos nesse modelo, mas ele diz que o que vale são os bons “deals” (negócios). Ele cita um dos primeiros investimentos do canal da distribuição como um todo, ainda em 2020, que foi na gestora de patrimônio WHG.

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“Como qualquer outra empresa, estamos buscando resultado e crescimento, tanto nas alavancas de captação e de receita, como no lucro líquido. Então gera resultado e maximiza a geração de caixa, trazendo retorno para o investimento que alocamos. Pouco me importa se vai ser uma gestora, um agente autônomo ou uma DTVM. Buscamos bons ‘deals’”, afirma Gonsalez.

Atualmente, a XP não abre números sobre o que as investidas representam no negócio da empresa como um todo, mas Ballista adianta que isso se tornará público nas próximas divulgações de balanços trimestrais.

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A onda de aquisição de participações em assessorias de investimento por parte das grandes plataformas minguou, conforme se passou a vislumbrar a chance de sociedades capitalistas, o que se tornou uma realidade no ano passado. A XP, que surfou os dois momentos e conta com nove investidas, adaptou a estratégia e se mantém aberta ao aumento do portfólio, desde que os potenciais parceiros mostrem complementaridade e “crescimento relevante” que justifique o aporte. E o que isso representa para a empresa? Esse é um dado que deve aparecer em breve nos resultados trimestrais.

“Tivemos muitos aprendizados, pois nunca havíamos feito investimentos. Aprendemos muito na relação [com os escritórios] sobre como introduzir conhecimento de forma estratégica para que o parceiro se desenvolva”, disse Bruno Ballista, sócio e responsável pela assessoria e relacionamento com o cliente XP, em entrevista ao Broadcast Investimentos. Segundo o executivo, a XP não entra para assumir o controle da operação, mas sim para oferecer trocas mais profundas do que teria com um parceiro apenas plugado à plataforma, em uma “jornada de value creation (criação de valor)”.

Ballista destaca que, diferente de um private equity, a empresa não é um fundo que busca entregar resultados para cotistas. “Nosso capital é perpétuo e não pretendo me desfazer da participação. Então nossa ótica de investimento é de geração de dividendos e de lucratividade do parceiro”, afirma.

Quatro requisitos

Isto dado, a avaliação para novos aportes da XP olha quatro grandes pontos: praça e perfil, sócios, proposta de valor do parceiro em complementaridade ao portfólio, e crescimento. O último fator é talvez a alavanca mais importante. “Se o parceiro não cresce, a sociedade não tem evolução. Preciso que a velocidade de crescimento seja relevante para que justifique o aporte”, diz Ballista.

O executivo destaca que não existe um “número mágico” de investidas, com oportunidades consideradas conforme aparecem. Mas, com o desenvolvimento da indústria, o nível de especialização tem aumentado, o que leva a XP a manter conversas ativas sobre alocação de capital. “É possível que, com o tempo, possamos explorar outras ‘avenidas’ que hoje não tenhamos visibilidade”, observa. “A intenção é fortalecer nosso portfólio para que as investidas cubram de forma completa o que o mercado pode oferecer aos clientes.”

A estratégia de investimentos da XP no segmento nasceu em 2021, inicialmente com a compra de participação nos maiores escritórios ligados à plataforma na época – Faros, Monte Bravo, Messem e Blue3 – e a finalidade de transformá-los em DTVM, no formato de “corretora light”, como o mercado apelidou. Em 2022, a Nomos também entrou no rol de investidas.

Modelo

“Embora tenhamos feito as transações no formato de DTVM, que era o único permitido, sempre tivemos muita clareza que esse não era necessariamente o modelo ideal”, diz Ballista. Ele explica que o negócio é mais eficiente na casca de agente autônomo que de corretora, e destaca que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já vinha com uma agenda de trazer mais flexibilidade para o segmento, com a expectativa de que o arcabouço regulatório eventualmente permitiria a entrada de sócios capitalistas - o que se tornou possível a partir da Resolução 178 da CVM.

A partir disso, as conversas da XP com os escritórios parceiros sempre foram de olho na manutenção dos negócios como assessorias de investimentos. Exemplo disso foram as transações mais recentes com SVN, Ável e Manchester.

Segundo Diego Gonsalez, responsável comercial B2B, criou-se um “mito” de que agora a XP só busca investimentos nesse modelo, mas ele diz que o que vale são os bons “deals” (negócios). Ele cita um dos primeiros investimentos do canal da distribuição como um todo, ainda em 2020, que foi na gestora de patrimônio WHG.

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“Como qualquer outra empresa, estamos buscando resultado e crescimento, tanto nas alavancas de captação e de receita, como no lucro líquido. Então gera resultado e maximiza a geração de caixa, trazendo retorno para o investimento que alocamos. Pouco me importa se vai ser uma gestora, um agente autônomo ou uma DTVM. Buscamos bons ‘deals’”, afirma Gonsalez.

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Ballista destaca que, diferente de um private equity, a empresa não é um fundo que busca entregar resultados para cotistas. “Nosso capital é perpétuo e não pretendo me desfazer da participação. Então nossa ótica de investimento é de geração de dividendos e de lucratividade do parceiro”, afirma.

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O executivo destaca que não existe um “número mágico” de investidas, com oportunidades consideradas conforme aparecem. Mas, com o desenvolvimento da indústria, o nível de especialização tem aumentado, o que leva a XP a manter conversas ativas sobre alocação de capital. “É possível que, com o tempo, possamos explorar outras ‘avenidas’ que hoje não tenhamos visibilidade”, observa. “A intenção é fortalecer nosso portfólio para que as investidas cubram de forma completa o que o mercado pode oferecer aos clientes.”

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“Embora tenhamos feito as transações no formato de DTVM, que era o único permitido, sempre tivemos muita clareza que esse não era necessariamente o modelo ideal”, diz Ballista. Ele explica que o negócio é mais eficiente na casca de agente autônomo que de corretora, e destaca que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já vinha com uma agenda de trazer mais flexibilidade para o segmento, com a expectativa de que o arcabouço regulatório eventualmente permitiria a entrada de sócios capitalistas - o que se tornou possível a partir da Resolução 178 da CVM.

A partir disso, as conversas da XP com os escritórios parceiros sempre foram de olho na manutenção dos negócios como assessorias de investimentos. Exemplo disso foram as transações mais recentes com SVN, Ável e Manchester.

Segundo Diego Gonsalez, responsável comercial B2B, criou-se um “mito” de que agora a XP só busca investimentos nesse modelo, mas ele diz que o que vale são os bons “deals” (negócios). Ele cita um dos primeiros investimentos do canal da distribuição como um todo, ainda em 2020, que foi na gestora de patrimônio WHG.

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“Como qualquer outra empresa, estamos buscando resultado e crescimento, tanto nas alavancas de captação e de receita, como no lucro líquido. Então gera resultado e maximiza a geração de caixa, trazendo retorno para o investimento que alocamos. Pouco me importa se vai ser uma gestora, um agente autônomo ou uma DTVM. Buscamos bons ‘deals’”, afirma Gonsalez.

Atualmente, a XP não abre números sobre o que as investidas representam no negócio da empresa como um todo, mas Ballista adianta que isso se tornará público nas próximas divulgações de balanços trimestrais.

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“Embora tenhamos feito as transações no formato de DTVM, que era o único permitido, sempre tivemos muita clareza que esse não era necessariamente o modelo ideal”, diz Ballista. Ele explica que o negócio é mais eficiente na casca de agente autônomo que de corretora, e destaca que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já vinha com uma agenda de trazer mais flexibilidade para o segmento, com a expectativa de que o arcabouço regulatório eventualmente permitiria a entrada de sócios capitalistas - o que se tornou possível a partir da Resolução 178 da CVM.

A partir disso, as conversas da XP com os escritórios parceiros sempre foram de olho na manutenção dos negócios como assessorias de investimentos. Exemplo disso foram as transações mais recentes com SVN, Ável e Manchester.

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