Bastidores do mundo dos negócios

Com lote 10 de transmissão, Coxabengoa volta a leilões no Brasil, e quer mais


Empresa sinaliza interesse em novos empreendimentos nos setores de energia e água

Por Luciana Collet e Wilian Miron
Com negócios em diversos países, Coxabengoa foi criada há um ano, com a compra da Abengoa pela Cox Energy. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A espanhola Coxabengoa, empresa formada a partir da compra Abengoa pelo grupo Cox, marcou sua retomada na disputa por ativos no Brasil nesta quinta-feira, 28, no leilão de empreendimentos de transmissão de energia. A empresa arrematou, por meio da recém-criada subsidiária Cox Brasil, o lote 10 do certame, composto por uma subestação e uma linha de transmissão de 104 quilômetros localizados em São Paulo.

Em entrevista exclusiva à Coluna, o representante da Cox Brasil, Pablo Quevedo, disse que o retorno à disputa por ativos brasileiros foi um “feito importantíssimo” e sinalizou interesse em novos empreendimentos nos setores de energia e água.

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“O Brasil segue um destino fundamental para o futuro da companhia, e queremos consolidar a empresa no Brasil como país de referência na América Latina, onde o grupo se sente muito confortável”, disse o executivo à reportagem. “Nossa aposta no Brasil é total”, acrescentou.

Ele afirmou que a empresa pretende avaliar os lotes que serão ofertados no próximo leilão de transmissão, previsto para setembro, e não descarta a análise de oportunidades de aquisição dos dois setores, “Estamos sempre buscando oportunidades”, disse.

A Coxabengoa disputou dois lotes do leilão de quinta. Conquistou o lote 10, com um lance que corresponde a um desconto de 43,49% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima, superando a CPFL Energia em lance viva-voz. Mas perdeu uma disputa para a Eletrobras pelo lote 9, para o qual a brasileira ofereceu um deságio de quase 60%.

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Ao arrematar o lote 10, a empresa se compromete a realizar investimentos estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em cerca de R$ 330 milhões em um prazo de 48 meses e terá direito a uma receita anual de R$ 29,290 milhões por 30 anos.

Quevedo não revelou quais premissas a companhia utilizou que permitiram ofertar um desconto de mais de 40%, mas garantiu se tratar de um lance que garante rentabilidade do projeto e retorno para o acionista. “É um jogo de otimização”, limitou-se a dizer.

“Não vamos nos comprometer com projetos sem rentabilidade, queremos projetos que tenham rentabilidade e se pudemos participar e ser eficientes e ganharmos, genial, caso contrário, participaremos até ganharmos e sermos eficientes”, disse.

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Empresa chegou a ter projetos no Brasil, mas teve dificuldades nas obras

A Coxabengoa como se apresenta atualmente existe há menos de um ano. Foi formalmente estabelecida em meados de 2023 após a compra da Abengoa, que estava em séria crise financeira, pela Cox Energy. A empresa é listada no México e na Espanha, e tem atuação em países como México, Chile, Colômbia, Portugal, Argélia, Marrocos e África do Sul, além da Espanha.

A Abengoa chegou a ter diversos projetos de transmissão no Brasil, mas, com problemas financeiros, teve dificuldades para executar as obras, inclusive de linhas de transmissão que interligariam a hidrelétrica de Belo Monte ao Nordeste. Com isso, acabou entrando na mira da Aneel e teve nove contratos de concessão, que totalizavam cerca de 6 mil quilômetros de linhas, com caducidade declarada.

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Por isso, a notícia de que a empresa, agora reestruturada, arrematou um lote, acendeu um sinal de alerta entre instituições do setor elétrico, apurou a reportagem.

O edital deste leilão incorporou inovações quanto à qualificação técnica das proponentes contratadas, de modo a evitar aventureiros e a repetição de problemas observados no passado. As empresas vencedoras deverão comprovar a implementação de obra similar correspondente a, pelo menos, 30% do porte do escopo daquelas contratadas no lote disputado. No caso de linha de transmissão, esse porcentual será correspondente à extensão do empreendimento na mesma tensão. Já em relação à subestação ou instalação de equipamentos, será considerada a potência do empreendimento ou do equipamento.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 28/03/24, às 18h09

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Com negócios em diversos países, Coxabengoa foi criada há um ano, com a compra da Abengoa pela Cox Energy. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A espanhola Coxabengoa, empresa formada a partir da compra Abengoa pelo grupo Cox, marcou sua retomada na disputa por ativos no Brasil nesta quinta-feira, 28, no leilão de empreendimentos de transmissão de energia. A empresa arrematou, por meio da recém-criada subsidiária Cox Brasil, o lote 10 do certame, composto por uma subestação e uma linha de transmissão de 104 quilômetros localizados em São Paulo.

Em entrevista exclusiva à Coluna, o representante da Cox Brasil, Pablo Quevedo, disse que o retorno à disputa por ativos brasileiros foi um “feito importantíssimo” e sinalizou interesse em novos empreendimentos nos setores de energia e água.

“O Brasil segue um destino fundamental para o futuro da companhia, e queremos consolidar a empresa no Brasil como país de referência na América Latina, onde o grupo se sente muito confortável”, disse o executivo à reportagem. “Nossa aposta no Brasil é total”, acrescentou.

Ele afirmou que a empresa pretende avaliar os lotes que serão ofertados no próximo leilão de transmissão, previsto para setembro, e não descarta a análise de oportunidades de aquisição dos dois setores, “Estamos sempre buscando oportunidades”, disse.

A Coxabengoa disputou dois lotes do leilão de quinta. Conquistou o lote 10, com um lance que corresponde a um desconto de 43,49% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima, superando a CPFL Energia em lance viva-voz. Mas perdeu uma disputa para a Eletrobras pelo lote 9, para o qual a brasileira ofereceu um deságio de quase 60%.

Ao arrematar o lote 10, a empresa se compromete a realizar investimentos estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em cerca de R$ 330 milhões em um prazo de 48 meses e terá direito a uma receita anual de R$ 29,290 milhões por 30 anos.

Quevedo não revelou quais premissas a companhia utilizou que permitiram ofertar um desconto de mais de 40%, mas garantiu se tratar de um lance que garante rentabilidade do projeto e retorno para o acionista. “É um jogo de otimização”, limitou-se a dizer.

“Não vamos nos comprometer com projetos sem rentabilidade, queremos projetos que tenham rentabilidade e se pudemos participar e ser eficientes e ganharmos, genial, caso contrário, participaremos até ganharmos e sermos eficientes”, disse.

Empresa chegou a ter projetos no Brasil, mas teve dificuldades nas obras

A Coxabengoa como se apresenta atualmente existe há menos de um ano. Foi formalmente estabelecida em meados de 2023 após a compra da Abengoa, que estava em séria crise financeira, pela Cox Energy. A empresa é listada no México e na Espanha, e tem atuação em países como México, Chile, Colômbia, Portugal, Argélia, Marrocos e África do Sul, além da Espanha.

A Abengoa chegou a ter diversos projetos de transmissão no Brasil, mas, com problemas financeiros, teve dificuldades para executar as obras, inclusive de linhas de transmissão que interligariam a hidrelétrica de Belo Monte ao Nordeste. Com isso, acabou entrando na mira da Aneel e teve nove contratos de concessão, que totalizavam cerca de 6 mil quilômetros de linhas, com caducidade declarada.

Por isso, a notícia de que a empresa, agora reestruturada, arrematou um lote, acendeu um sinal de alerta entre instituições do setor elétrico, apurou a reportagem.

O edital deste leilão incorporou inovações quanto à qualificação técnica das proponentes contratadas, de modo a evitar aventureiros e a repetição de problemas observados no passado. As empresas vencedoras deverão comprovar a implementação de obra similar correspondente a, pelo menos, 30% do porte do escopo daquelas contratadas no lote disputado. No caso de linha de transmissão, esse porcentual será correspondente à extensão do empreendimento na mesma tensão. Já em relação à subestação ou instalação de equipamentos, será considerada a potência do empreendimento ou do equipamento.

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A espanhola Coxabengoa, empresa formada a partir da compra Abengoa pelo grupo Cox, marcou sua retomada na disputa por ativos no Brasil nesta quinta-feira, 28, no leilão de empreendimentos de transmissão de energia. A empresa arrematou, por meio da recém-criada subsidiária Cox Brasil, o lote 10 do certame, composto por uma subestação e uma linha de transmissão de 104 quilômetros localizados em São Paulo.

Em entrevista exclusiva à Coluna, o representante da Cox Brasil, Pablo Quevedo, disse que o retorno à disputa por ativos brasileiros foi um “feito importantíssimo” e sinalizou interesse em novos empreendimentos nos setores de energia e água.

“O Brasil segue um destino fundamental para o futuro da companhia, e queremos consolidar a empresa no Brasil como país de referência na América Latina, onde o grupo se sente muito confortável”, disse o executivo à reportagem. “Nossa aposta no Brasil é total”, acrescentou.

Ele afirmou que a empresa pretende avaliar os lotes que serão ofertados no próximo leilão de transmissão, previsto para setembro, e não descarta a análise de oportunidades de aquisição dos dois setores, “Estamos sempre buscando oportunidades”, disse.

A Coxabengoa disputou dois lotes do leilão de quinta. Conquistou o lote 10, com um lance que corresponde a um desconto de 43,49% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima, superando a CPFL Energia em lance viva-voz. Mas perdeu uma disputa para a Eletrobras pelo lote 9, para o qual a brasileira ofereceu um deságio de quase 60%.

Ao arrematar o lote 10, a empresa se compromete a realizar investimentos estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em cerca de R$ 330 milhões em um prazo de 48 meses e terá direito a uma receita anual de R$ 29,290 milhões por 30 anos.

Quevedo não revelou quais premissas a companhia utilizou que permitiram ofertar um desconto de mais de 40%, mas garantiu se tratar de um lance que garante rentabilidade do projeto e retorno para o acionista. “É um jogo de otimização”, limitou-se a dizer.

“Não vamos nos comprometer com projetos sem rentabilidade, queremos projetos que tenham rentabilidade e se pudemos participar e ser eficientes e ganharmos, genial, caso contrário, participaremos até ganharmos e sermos eficientes”, disse.

Empresa chegou a ter projetos no Brasil, mas teve dificuldades nas obras

A Coxabengoa como se apresenta atualmente existe há menos de um ano. Foi formalmente estabelecida em meados de 2023 após a compra da Abengoa, que estava em séria crise financeira, pela Cox Energy. A empresa é listada no México e na Espanha, e tem atuação em países como México, Chile, Colômbia, Portugal, Argélia, Marrocos e África do Sul, além da Espanha.

A Abengoa chegou a ter diversos projetos de transmissão no Brasil, mas, com problemas financeiros, teve dificuldades para executar as obras, inclusive de linhas de transmissão que interligariam a hidrelétrica de Belo Monte ao Nordeste. Com isso, acabou entrando na mira da Aneel e teve nove contratos de concessão, que totalizavam cerca de 6 mil quilômetros de linhas, com caducidade declarada.

Por isso, a notícia de que a empresa, agora reestruturada, arrematou um lote, acendeu um sinal de alerta entre instituições do setor elétrico, apurou a reportagem.

O edital deste leilão incorporou inovações quanto à qualificação técnica das proponentes contratadas, de modo a evitar aventureiros e a repetição de problemas observados no passado. As empresas vencedoras deverão comprovar a implementação de obra similar correspondente a, pelo menos, 30% do porte do escopo daquelas contratadas no lote disputado. No caso de linha de transmissão, esse porcentual será correspondente à extensão do empreendimento na mesma tensão. Já em relação à subestação ou instalação de equipamentos, será considerada a potência do empreendimento ou do equipamento.

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Em entrevista exclusiva à Coluna, o representante da Cox Brasil, Pablo Quevedo, disse que o retorno à disputa por ativos brasileiros foi um “feito importantíssimo” e sinalizou interesse em novos empreendimentos nos setores de energia e água.

“O Brasil segue um destino fundamental para o futuro da companhia, e queremos consolidar a empresa no Brasil como país de referência na América Latina, onde o grupo se sente muito confortável”, disse o executivo à reportagem. “Nossa aposta no Brasil é total”, acrescentou.

Ele afirmou que a empresa pretende avaliar os lotes que serão ofertados no próximo leilão de transmissão, previsto para setembro, e não descarta a análise de oportunidades de aquisição dos dois setores, “Estamos sempre buscando oportunidades”, disse.

A Coxabengoa disputou dois lotes do leilão de quinta. Conquistou o lote 10, com um lance que corresponde a um desconto de 43,49% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima, superando a CPFL Energia em lance viva-voz. Mas perdeu uma disputa para a Eletrobras pelo lote 9, para o qual a brasileira ofereceu um deságio de quase 60%.

Ao arrematar o lote 10, a empresa se compromete a realizar investimentos estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em cerca de R$ 330 milhões em um prazo de 48 meses e terá direito a uma receita anual de R$ 29,290 milhões por 30 anos.

Quevedo não revelou quais premissas a companhia utilizou que permitiram ofertar um desconto de mais de 40%, mas garantiu se tratar de um lance que garante rentabilidade do projeto e retorno para o acionista. “É um jogo de otimização”, limitou-se a dizer.

“Não vamos nos comprometer com projetos sem rentabilidade, queremos projetos que tenham rentabilidade e se pudemos participar e ser eficientes e ganharmos, genial, caso contrário, participaremos até ganharmos e sermos eficientes”, disse.

Empresa chegou a ter projetos no Brasil, mas teve dificuldades nas obras

A Coxabengoa como se apresenta atualmente existe há menos de um ano. Foi formalmente estabelecida em meados de 2023 após a compra da Abengoa, que estava em séria crise financeira, pela Cox Energy. A empresa é listada no México e na Espanha, e tem atuação em países como México, Chile, Colômbia, Portugal, Argélia, Marrocos e África do Sul, além da Espanha.

A Abengoa chegou a ter diversos projetos de transmissão no Brasil, mas, com problemas financeiros, teve dificuldades para executar as obras, inclusive de linhas de transmissão que interligariam a hidrelétrica de Belo Monte ao Nordeste. Com isso, acabou entrando na mira da Aneel e teve nove contratos de concessão, que totalizavam cerca de 6 mil quilômetros de linhas, com caducidade declarada.

Por isso, a notícia de que a empresa, agora reestruturada, arrematou um lote, acendeu um sinal de alerta entre instituições do setor elétrico, apurou a reportagem.

O edital deste leilão incorporou inovações quanto à qualificação técnica das proponentes contratadas, de modo a evitar aventureiros e a repetição de problemas observados no passado. As empresas vencedoras deverão comprovar a implementação de obra similar correspondente a, pelo menos, 30% do porte do escopo daquelas contratadas no lote disputado. No caso de linha de transmissão, esse porcentual será correspondente à extensão do empreendimento na mesma tensão. Já em relação à subestação ou instalação de equipamentos, será considerada a potência do empreendimento ou do equipamento.

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A espanhola Coxabengoa, empresa formada a partir da compra Abengoa pelo grupo Cox, marcou sua retomada na disputa por ativos no Brasil nesta quinta-feira, 28, no leilão de empreendimentos de transmissão de energia. A empresa arrematou, por meio da recém-criada subsidiária Cox Brasil, o lote 10 do certame, composto por uma subestação e uma linha de transmissão de 104 quilômetros localizados em São Paulo.

Em entrevista exclusiva à Coluna, o representante da Cox Brasil, Pablo Quevedo, disse que o retorno à disputa por ativos brasileiros foi um “feito importantíssimo” e sinalizou interesse em novos empreendimentos nos setores de energia e água.

“O Brasil segue um destino fundamental para o futuro da companhia, e queremos consolidar a empresa no Brasil como país de referência na América Latina, onde o grupo se sente muito confortável”, disse o executivo à reportagem. “Nossa aposta no Brasil é total”, acrescentou.

Ele afirmou que a empresa pretende avaliar os lotes que serão ofertados no próximo leilão de transmissão, previsto para setembro, e não descarta a análise de oportunidades de aquisição dos dois setores, “Estamos sempre buscando oportunidades”, disse.

A Coxabengoa disputou dois lotes do leilão de quinta. Conquistou o lote 10, com um lance que corresponde a um desconto de 43,49% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima, superando a CPFL Energia em lance viva-voz. Mas perdeu uma disputa para a Eletrobras pelo lote 9, para o qual a brasileira ofereceu um deságio de quase 60%.

Ao arrematar o lote 10, a empresa se compromete a realizar investimentos estimados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em cerca de R$ 330 milhões em um prazo de 48 meses e terá direito a uma receita anual de R$ 29,290 milhões por 30 anos.

Quevedo não revelou quais premissas a companhia utilizou que permitiram ofertar um desconto de mais de 40%, mas garantiu se tratar de um lance que garante rentabilidade do projeto e retorno para o acionista. “É um jogo de otimização”, limitou-se a dizer.

“Não vamos nos comprometer com projetos sem rentabilidade, queremos projetos que tenham rentabilidade e se pudemos participar e ser eficientes e ganharmos, genial, caso contrário, participaremos até ganharmos e sermos eficientes”, disse.

Empresa chegou a ter projetos no Brasil, mas teve dificuldades nas obras

A Coxabengoa como se apresenta atualmente existe há menos de um ano. Foi formalmente estabelecida em meados de 2023 após a compra da Abengoa, que estava em séria crise financeira, pela Cox Energy. A empresa é listada no México e na Espanha, e tem atuação em países como México, Chile, Colômbia, Portugal, Argélia, Marrocos e África do Sul, além da Espanha.

A Abengoa chegou a ter diversos projetos de transmissão no Brasil, mas, com problemas financeiros, teve dificuldades para executar as obras, inclusive de linhas de transmissão que interligariam a hidrelétrica de Belo Monte ao Nordeste. Com isso, acabou entrando na mira da Aneel e teve nove contratos de concessão, que totalizavam cerca de 6 mil quilômetros de linhas, com caducidade declarada.

Por isso, a notícia de que a empresa, agora reestruturada, arrematou um lote, acendeu um sinal de alerta entre instituições do setor elétrico, apurou a reportagem.

O edital deste leilão incorporou inovações quanto à qualificação técnica das proponentes contratadas, de modo a evitar aventureiros e a repetição de problemas observados no passado. As empresas vencedoras deverão comprovar a implementação de obra similar correspondente a, pelo menos, 30% do porte do escopo daquelas contratadas no lote disputado. No caso de linha de transmissão, esse porcentual será correspondente à extensão do empreendimento na mesma tensão. Já em relação à subestação ou instalação de equipamentos, será considerada a potência do empreendimento ou do equipamento.

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