Uma das maiores empresas de viagens corporativas do País, a Copastur destinou R$ 40 milhões a desenvolvimento tecnológico este ano e pretende repetir o investimento nos próximos. Com faturamento de R$ 2,5 bilhões no ano passado e 1,2 mil funcionários, a companhia também está acelerando sua expansão no exterior e diz que as acusações de fraude enfrentadas este ano ficaram para trás.
Nesse processo de crescimento, a Copastur montou escritórios em Argentina, Colômbia, Chile, Uruguai, Peru e México nos últimos anos, por conta da demanda de empresas brasileiras que tinham operações nesses países. Agora, pretende acelerar a captação de clientes lá fora, ao mesmo tempo em que está reforçando o atendimento em língua espanhola a viajantes que vêm ao Brasil.
Já o investimento em tecnologia, que tem uma equipe de 130 pessoas, está sendo usado em aprimoramento de diferentes frentes do negócio. Entre elas, o aplicativo C+, que disponibiliza aos contratantes os serviços e o controle financeiro. Segundo Edmar Mendoza, presidente executivo da empresa, em um ano, o app emitiu mais de 600 mil alertas.
Unidades de negócios
Além da área corporativa, da qual vem 30% do faturamento da empresa, a Copastur tem outras 11 unidades de negócios. A Copastur Energy, por exemplo, cuida de gestão de tripulação em plataformas de petróleo e gás offshore em mais de 100 países. Já a Buffly é voltada a jogadores e fãs de e-sports, e a Change Tours, para intercâmbio de estudantes.
Há ainda áreas mais tradicionais, como viagens de incentivo, setor chamado no jargão do setor de MICE (de encontros, incentivos, conferências e exibições, na sigla em inglês), de alto luxo e para o funcionário que trabalham nas corporações que são clientes da empresa.
Esse crescimento acontece em meio a acusações contra a Copastur, que vieram a público este ano. Em maio, a BRF disse ter encontrado indícios de uma fraude milionária nas operações com a empresa e pedia investigação criminal por estelionato, segundo o site Neofeed. Um dos indícios era referente ao uso indevido do cartão de crédito da BRF disponibilizado à agência de turismo. Outro, que a Copastur ficaria com a diferença dos descontos aplicados aos clientes sobre o preço cheio das passagens aéreas.
“Isso está totalmente resolvido”, afirmou Mendoza. “O processo foi arquivado, mas evoluímos no compliance, controles e certificações internos.” Segundo fontes, a BRF retirou a queixa. A Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), porém, afirmou haver um processo contra a empresa que corre em segredo de Justiça e, portanto, não poderia se pronunciar. A BRF não comentou as acusações.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 30/10/2024, às 10:03.
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