A Mérito Investimentos está se preparando para captar R$ 500 milhões até o fim do próximo ano, dobrando o seu portfólio de ativos. A gestora é especializada no mercado imobiliário, e é aí que buscará aplicar os recursos via fundos com teses bastante variadas - que vão de cemitérios a residenciais e investimentos em papel.
Um dos fundos será voltado para cemitérios - segmento que carrega certo tabu, mas que vem atraindo mais investidores privados. A Mérito e a Cortel formaram um dos quatro consórcios que saíram vencedores da licitação de cemitérios feita em agosto pela Prefeitura de São Paulo. Elas arremataram o bloco dois, com cinco unidades: Araçá, Dom Bosco, Santo Amaro, São Paulo e Vila Nova Cachoeirinha.
Investidor poderá participar de negócio arrematado pelo consórcio
O negócio consiste na venda de jazigos, cobrança pelos serviços de manutenção e segurança, além de serviços funerários, como translado de corpo e velório. A concessão vai durar 25 anos, e para isso foi paga a outorga de R$ 200 milhões. O fundo a ser levantado pela Mérito buscará perto de R$ 70 milhões no mercado e permitirá que investidores participem do negócio arrematado pelo consórcio.
Fundo vai captar R$ 200 mi para residenciais
Já a maior captação prevista pela gestora, de aproximadamente R$ 200 milhões, é do seu já conhecido fundo Mérito Desenvolvimento Imobiliário, por meio do qual faz a incorporação de condomínios de casas e prédios residenciais no Casa Verde e Amarela. A visão é de que os ajustes no programa - com redução de juros, elevação de subsídios e aumento de prazos de financiamento - ampliaram bastante o poder de compra dos beneficiários e abriu espaço para novos empreendimentos com margens saudáveis. Neste ano, o fundo já lançou projetos com valor geral de vendas de R$ 300 milhões e tem banco de terrenos suficientes para projetos avaliados em R$ 1 bilhão.
Certificados de recebíveis imobiliários também estão na lista
A última tacada da Mérito será nos seus fundos de papel, isto é, voltados para aquisição de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e de cotas em outros fundos de investimentos imobiliários (o chamado fundo de fundos). Para estes, são previstas duas captações na ordem de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões (para cada). A tese é que, embora o rendimento tenda a recuar nos contratos corrigidos pela inflação, os CRIs ainda serão bastante procurados pelas empresas para financiar suas operações em um momento de juros altos e mercado restrito para emissões de ações.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 13/09/2022, às 13h56
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