Bastidores do mundo dos negócios

De olho em ‘vestibular’ pós-medicina, Inspirali compra Eu Médico Residente


Subsidiária da Ânima Educação adquiriu ‘edutech’ por R$ 38 milhões

Por Cristiane Barbieri
A Inspirali é a subsidiária de ensino médico da Ânima Educação Foto: Divulgação/Inspirali

Filé mignon do ensino superior, os cursos de Medicina ganharam protagonismo na consolidação do setor e, agora, avançam na prestação de serviços a esses alunos bastante disputados, bem como em novas frentes de negócios. A Inspirali, subsidiária de educação médica da Ânima Educação, acaba de comprar a “edutech” Eu Médico Residente (EMR) por R$ 38 milhões exatamente com esse objetivo.

“Com o recente aumento no número de escolas de Medicina, em breve teremos 60 mil médicos formados por ano para 25 mil vagas de residência médica”, afirma Guilherme Colin, presidente da Inspirali. “Tem lugares nos quais há disputa de mais de 100 candidatos por vaga e queremos oferecer apoio nesse momento crítico e essencial na carreira dos médicos.”

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Nascida em 2019, a EMR foi criada por conta do sucesso de posts que o nefrologista Bruno Kominsky fazia no Instagram, com dicas para os postulantes à residência médica. O primeiro curso preparatório lançado por ele e os também médicos Aline Kominsky e Heitor Medeiros teve 500 inscritos, principalmente em Pernambuco. A expansão nacional, porém, foi rápida. Desde 2019, a empresa já ajudou mais de 2,5 mil estudantes de Medicina a serem aprovados na residência médica.

Empresa tem 125 funcionários

Em 2023, a empresa teve receita líquida de R$ 20,6 milhões e geração de caixa medida por Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4,2 milhões. A EMR tem 125 funcionários, sendo mais de 50 médicos especialistas.

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A expansão aconteceu com recursos próprios e parte do aporte feito pela Inspirali será investida em tecnologia e na expansão do portfólio de conteúdo. A plataforma tem vídeo aulas, questões comentadas e uma série de materiais de apoio ao aluno que, geralmente, leva dois anos preparando-se para os exames de admissão em residência médica, concentrados no Exame Nacional de Residência (Enare). Há, porém, provas em diferentes Estados e, até mesmo, instituições.

“A gente precisa ser muito eficiente nesse preparo porque, por mais que dois anos pareçam muito, é pouco tempo para estudar toda a Medicina e se preparar para o concurso”, afirma Bruno Kominsky. “Ainda mais porque são alunos que já passam o dia todo na faculdade, em hospitais e em plantões.”

Fundadores vão continuar no negócio

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Os fundadores continuarão à frente da EMR, que se torna uma nova área de negócios da Inspirali. Nos primeiros nove meses deste ano, a Inspirali teve receita líquida de R$ 1 bilhão, dos R$ 2,9 bilhões registrados pela Ânima Educação no período. Com 15 faculdades e 15,5 mil alunos, a subsidiária registrou tíquete médio de R$ 7,6 mil (sendo R$ 9,4 mil no ensino acadêmico e R$ 1,4 mil na educação continuada). Para efeitos de comparação, os outros 221,7 mil alunos da Ânima pagam, em média, R$ 817 mensais.

Antes da EMR, a Inspirali já havia adquirido a Ibcmed e a MedPós, de educação médica continuada. Na semana passada, a nova frente de negócios começou a aproveitar a estrutura da Inspirali, com a apresentação da plataforma da EMR na Universidade Potiguar (UnP). A aprovação na residência é uma forma de tornar os cursos mais atrativos. Apesar de a UnP pertencer à Inspirali, foram convidados alunos de outras faculdades da região, bem como da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Temos mil docentes que também podem contribuir para a plataforma da EMR”, afirma Colin. “São muitas oportunidades, que vamos começar a priorizar.”

Além dos negócios, há hoje uma discussão sobre se os estudantes de Medicina terão de passar por um exame similar ao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao se formarem, para serem considerados médicos. “Com a EMR, temos uma forma de nos posicionarmos, caso isso venha a acontecer”, diz ele.

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Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 19/11/2024, às 14:51.

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A Inspirali é a subsidiária de ensino médico da Ânima Educação Foto: Divulgação/Inspirali

Filé mignon do ensino superior, os cursos de Medicina ganharam protagonismo na consolidação do setor e, agora, avançam na prestação de serviços a esses alunos bastante disputados, bem como em novas frentes de negócios. A Inspirali, subsidiária de educação médica da Ânima Educação, acaba de comprar a “edutech” Eu Médico Residente (EMR) por R$ 38 milhões exatamente com esse objetivo.

“Com o recente aumento no número de escolas de Medicina, em breve teremos 60 mil médicos formados por ano para 25 mil vagas de residência médica”, afirma Guilherme Colin, presidente da Inspirali. “Tem lugares nos quais há disputa de mais de 100 candidatos por vaga e queremos oferecer apoio nesse momento crítico e essencial na carreira dos médicos.”

Nascida em 2019, a EMR foi criada por conta do sucesso de posts que o nefrologista Bruno Kominsky fazia no Instagram, com dicas para os postulantes à residência médica. O primeiro curso preparatório lançado por ele e os também médicos Aline Kominsky e Heitor Medeiros teve 500 inscritos, principalmente em Pernambuco. A expansão nacional, porém, foi rápida. Desde 2019, a empresa já ajudou mais de 2,5 mil estudantes de Medicina a serem aprovados na residência médica.

Empresa tem 125 funcionários

Em 2023, a empresa teve receita líquida de R$ 20,6 milhões e geração de caixa medida por Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4,2 milhões. A EMR tem 125 funcionários, sendo mais de 50 médicos especialistas.

A expansão aconteceu com recursos próprios e parte do aporte feito pela Inspirali será investida em tecnologia e na expansão do portfólio de conteúdo. A plataforma tem vídeo aulas, questões comentadas e uma série de materiais de apoio ao aluno que, geralmente, leva dois anos preparando-se para os exames de admissão em residência médica, concentrados no Exame Nacional de Residência (Enare). Há, porém, provas em diferentes Estados e, até mesmo, instituições.

“A gente precisa ser muito eficiente nesse preparo porque, por mais que dois anos pareçam muito, é pouco tempo para estudar toda a Medicina e se preparar para o concurso”, afirma Bruno Kominsky. “Ainda mais porque são alunos que já passam o dia todo na faculdade, em hospitais e em plantões.”

Fundadores vão continuar no negócio

Os fundadores continuarão à frente da EMR, que se torna uma nova área de negócios da Inspirali. Nos primeiros nove meses deste ano, a Inspirali teve receita líquida de R$ 1 bilhão, dos R$ 2,9 bilhões registrados pela Ânima Educação no período. Com 15 faculdades e 15,5 mil alunos, a subsidiária registrou tíquete médio de R$ 7,6 mil (sendo R$ 9,4 mil no ensino acadêmico e R$ 1,4 mil na educação continuada). Para efeitos de comparação, os outros 221,7 mil alunos da Ânima pagam, em média, R$ 817 mensais.

Antes da EMR, a Inspirali já havia adquirido a Ibcmed e a MedPós, de educação médica continuada. Na semana passada, a nova frente de negócios começou a aproveitar a estrutura da Inspirali, com a apresentação da plataforma da EMR na Universidade Potiguar (UnP). A aprovação na residência é uma forma de tornar os cursos mais atrativos. Apesar de a UnP pertencer à Inspirali, foram convidados alunos de outras faculdades da região, bem como da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Temos mil docentes que também podem contribuir para a plataforma da EMR”, afirma Colin. “São muitas oportunidades, que vamos começar a priorizar.”

Além dos negócios, há hoje uma discussão sobre se os estudantes de Medicina terão de passar por um exame similar ao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao se formarem, para serem considerados médicos. “Com a EMR, temos uma forma de nos posicionarmos, caso isso venha a acontecer”, diz ele.

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Filé mignon do ensino superior, os cursos de Medicina ganharam protagonismo na consolidação do setor e, agora, avançam na prestação de serviços a esses alunos bastante disputados, bem como em novas frentes de negócios. A Inspirali, subsidiária de educação médica da Ânima Educação, acaba de comprar a “edutech” Eu Médico Residente (EMR) por R$ 38 milhões exatamente com esse objetivo.

“Com o recente aumento no número de escolas de Medicina, em breve teremos 60 mil médicos formados por ano para 25 mil vagas de residência médica”, afirma Guilherme Colin, presidente da Inspirali. “Tem lugares nos quais há disputa de mais de 100 candidatos por vaga e queremos oferecer apoio nesse momento crítico e essencial na carreira dos médicos.”

Nascida em 2019, a EMR foi criada por conta do sucesso de posts que o nefrologista Bruno Kominsky fazia no Instagram, com dicas para os postulantes à residência médica. O primeiro curso preparatório lançado por ele e os também médicos Aline Kominsky e Heitor Medeiros teve 500 inscritos, principalmente em Pernambuco. A expansão nacional, porém, foi rápida. Desde 2019, a empresa já ajudou mais de 2,5 mil estudantes de Medicina a serem aprovados na residência médica.

Empresa tem 125 funcionários

Em 2023, a empresa teve receita líquida de R$ 20,6 milhões e geração de caixa medida por Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 4,2 milhões. A EMR tem 125 funcionários, sendo mais de 50 médicos especialistas.

A expansão aconteceu com recursos próprios e parte do aporte feito pela Inspirali será investida em tecnologia e na expansão do portfólio de conteúdo. A plataforma tem vídeo aulas, questões comentadas e uma série de materiais de apoio ao aluno que, geralmente, leva dois anos preparando-se para os exames de admissão em residência médica, concentrados no Exame Nacional de Residência (Enare). Há, porém, provas em diferentes Estados e, até mesmo, instituições.

“A gente precisa ser muito eficiente nesse preparo porque, por mais que dois anos pareçam muito, é pouco tempo para estudar toda a Medicina e se preparar para o concurso”, afirma Bruno Kominsky. “Ainda mais porque são alunos que já passam o dia todo na faculdade, em hospitais e em plantões.”

Fundadores vão continuar no negócio

Os fundadores continuarão à frente da EMR, que se torna uma nova área de negócios da Inspirali. Nos primeiros nove meses deste ano, a Inspirali teve receita líquida de R$ 1 bilhão, dos R$ 2,9 bilhões registrados pela Ânima Educação no período. Com 15 faculdades e 15,5 mil alunos, a subsidiária registrou tíquete médio de R$ 7,6 mil (sendo R$ 9,4 mil no ensino acadêmico e R$ 1,4 mil na educação continuada). Para efeitos de comparação, os outros 221,7 mil alunos da Ânima pagam, em média, R$ 817 mensais.

Antes da EMR, a Inspirali já havia adquirido a Ibcmed e a MedPós, de educação médica continuada. Na semana passada, a nova frente de negócios começou a aproveitar a estrutura da Inspirali, com a apresentação da plataforma da EMR na Universidade Potiguar (UnP). A aprovação na residência é uma forma de tornar os cursos mais atrativos. Apesar de a UnP pertencer à Inspirali, foram convidados alunos de outras faculdades da região, bem como da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Temos mil docentes que também podem contribuir para a plataforma da EMR”, afirma Colin. “São muitas oportunidades, que vamos começar a priorizar.”

Além dos negócios, há hoje uma discussão sobre se os estudantes de Medicina terão de passar por um exame similar ao da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao se formarem, para serem considerados médicos. “Com a EMR, temos uma forma de nos posicionarmos, caso isso venha a acontecer”, diz ele.

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