Bastidores do mundo dos negócios

De reino da ‘gurulândia’ a escola da vida inteira, HSM cresce 70% sob a Ânima


Empresa criada nos anos 1990 toma novos rumos, como o da educação continuada

Por Cristiane Barbieri
O nadador Michael Phelps (C) em evento da HSM; empresa é uma das 28 marcas da Ânima Educação Foto: Openspace - 08/11/2017

Nascida nos anos 1990, época de idolatria a gurus da gestão, a HSM era sinônimo de grandes eventos nos quais ídolos pontificavam regras infalíveis para o crescimento das empresas. Nomes como Peter Drucker, o pai da administração moderna, e Jack Welch, que fez da GE um colosso e criou uma geração de CEOs, eram ovacionados a cada visita ao Brasil. Mas..., o mundo mudou. “O guru morreu”, diz Reynaldo Gama, presidente da HSM. “Vivemos a era do ineditismo, em que tudo é rapidamente criado e muito mais perecível.”

Com estas e outras premissas, a HSM também mudou. Tornou-se uma escola que pretende acompanhar a evolução do profissional a vida toda, e levá-lo por um caminho de aprendizado fora das rotas tradicionais. Com isso, a receita cresceu 70% nos últimos cinco anos, quando 500 mil pessoas fizeram seus cursos.

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Há quase dez anos uma das 28 marcas da Ânima Educação, que teve receita líquida de R$ 3,7 bilhões em 2023, a HSM não divulga seu faturamento. Em 2017, ano do último número publicado, a receita da divisão era de pouco mais de R$ 30 milhões.

Fidelização de clientes

Parte do segmento batizado de lifelong learning, a HSM tem várias frentes de atuação. O movimento de transformar clientes de curto prazo em carteira fixa era óbvio, e já havia sido tentado anteriormente, inclusive quando a empresa trilhava voo solo. “Recebi algumas missões quando fui contratado, e uma delas era consolidar a HSM como uma empresa de educação”, afirma Gama.

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Outra era trazer uma grande escola internacional para o Brasil, que ampliasse o repertório oferecido, bem como o público a ser atingido. No caso, a parceria que o atraiu ao cargo foi feita com Singularity University, escola de capacitação norte-americana voltada principalmente à inovação, que chegou ao País em 2019.

Estas iniciativas chegavam para que a Ânima conseguisse enfrentar as mudanças estruturais profundas que vive a área de educação. “Há duas grandes tendências no setor de educação: criar one stop shops, que acompanham a pessoa do início da vida acadêmica à aposentadoria, e a do aprendizado em si, que talvez seja o maior desafio de todos”, afirma Vinicius Brum, sócio e vice-presidente da consultoria Falconi para a área de educação. “Isso significa migrar de um modelo baseado em currículos tradicionais para outro que remete ao desenvolvimento de competências e habilidades.”

Como se já não fosse bastante, há mais um empecilho a empresas que cobram caro pelo que vendem: todo e qualquer palestrante importante tem suas falas disponíveis em palestras online, abundantes em formatos e oferta. “O desafio, como empresa de educação, é fazer com que o cliente enxergue, na ponta do lápis, que aquele aprendizado traz valor e cria times mais diversos e criativos”, diz Brum.

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Estratégia multidisciplinar

Assim, enquanto a HSM especializou-se em atender à média gerência, a Singularity é voltada ao treinamento dos comandantes das companhias. Para os cursos corporativos, foram montadas estruturas que atendem a demandas variadas do departamento de pessoal, que vão de gestão emocional a estratégias de imersão em inovação. No ano passado, mais de 380 empresas foram atendidas em programas de educação corporativa.

Para os CEOs, há outros tipos de treinamentos, mais customizados e na linha de frente tecnológica. Também há treinamentos como a “Formula 1 Academy” e o “Rock in Rio Academy”, que ocorrem no Autódromo de Interlagos e na Cidade do Rock, pouco antes ou durante os eventos. Os executivos passam por aprendizados nos quais veem a perspectiva de criação e gestão de grandes negócios fora da caixa.

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“Ouvir a Roberta Medina contando como convenceu o Drake a não cancelar o show horas antes do início porque ele criaria um problema de segurança pública, ou como a Netflix transformou mecânicos em influenciadores mais conhecidos do que pilotos, cria novos olhares”, diz ele. “A gente mudou a sala de aula porque o executivo quer furar a bolha e ter insights (inspirações) diferentes.”

Profissional precisa de repertório

Até mesmo os palestrantes da HSM+, que é o evento mais tradicional da empresa, estão ligados à multiplicidade de temas do mundo atual e não mais à gestão corporativa. Entre os mais de 200 nomes que falarão no evento deste ano, por exemplo, está o do filósofo australiano Roman Krznaric, cujos livros falam de ancestralidade e o poder das ideias para criar mudanças. “Hoje, o profissional precisa de repertório”, afirma. “Não dá para ficar só no negócio em si.”

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Aumentar o repertório da oferta de cursos foi a terceira missão dada a Gama. Além da demanda dos líderes corporativos, quem acaba de sair da faculdade não tem a menor ideia do que seja HSM. Segundo ele, o fato de Anna Lembke, chefe da cadeira de psiquiatria clínica de Stanford, ter falado sobre o livro “Geração Dopamina”, que aborda o vício em telas num dos eventos, por exemplo, tornou a marca conhecida pelos estudantes de medicina, uma das áreas mais importantes dentro da Ânima.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 16/09/2024, às 08h30.

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O nadador Michael Phelps (C) em evento da HSM; empresa é uma das 28 marcas da Ânima Educação Foto: Openspace - 08/11/2017

Nascida nos anos 1990, época de idolatria a gurus da gestão, a HSM era sinônimo de grandes eventos nos quais ídolos pontificavam regras infalíveis para o crescimento das empresas. Nomes como Peter Drucker, o pai da administração moderna, e Jack Welch, que fez da GE um colosso e criou uma geração de CEOs, eram ovacionados a cada visita ao Brasil. Mas..., o mundo mudou. “O guru morreu”, diz Reynaldo Gama, presidente da HSM. “Vivemos a era do ineditismo, em que tudo é rapidamente criado e muito mais perecível.”

Com estas e outras premissas, a HSM também mudou. Tornou-se uma escola que pretende acompanhar a evolução do profissional a vida toda, e levá-lo por um caminho de aprendizado fora das rotas tradicionais. Com isso, a receita cresceu 70% nos últimos cinco anos, quando 500 mil pessoas fizeram seus cursos.

Há quase dez anos uma das 28 marcas da Ânima Educação, que teve receita líquida de R$ 3,7 bilhões em 2023, a HSM não divulga seu faturamento. Em 2017, ano do último número publicado, a receita da divisão era de pouco mais de R$ 30 milhões.

Fidelização de clientes

Parte do segmento batizado de lifelong learning, a HSM tem várias frentes de atuação. O movimento de transformar clientes de curto prazo em carteira fixa era óbvio, e já havia sido tentado anteriormente, inclusive quando a empresa trilhava voo solo. “Recebi algumas missões quando fui contratado, e uma delas era consolidar a HSM como uma empresa de educação”, afirma Gama.

Outra era trazer uma grande escola internacional para o Brasil, que ampliasse o repertório oferecido, bem como o público a ser atingido. No caso, a parceria que o atraiu ao cargo foi feita com Singularity University, escola de capacitação norte-americana voltada principalmente à inovação, que chegou ao País em 2019.

Estas iniciativas chegavam para que a Ânima conseguisse enfrentar as mudanças estruturais profundas que vive a área de educação. “Há duas grandes tendências no setor de educação: criar one stop shops, que acompanham a pessoa do início da vida acadêmica à aposentadoria, e a do aprendizado em si, que talvez seja o maior desafio de todos”, afirma Vinicius Brum, sócio e vice-presidente da consultoria Falconi para a área de educação. “Isso significa migrar de um modelo baseado em currículos tradicionais para outro que remete ao desenvolvimento de competências e habilidades.”

Como se já não fosse bastante, há mais um empecilho a empresas que cobram caro pelo que vendem: todo e qualquer palestrante importante tem suas falas disponíveis em palestras online, abundantes em formatos e oferta. “O desafio, como empresa de educação, é fazer com que o cliente enxergue, na ponta do lápis, que aquele aprendizado traz valor e cria times mais diversos e criativos”, diz Brum.

Estratégia multidisciplinar

Assim, enquanto a HSM especializou-se em atender à média gerência, a Singularity é voltada ao treinamento dos comandantes das companhias. Para os cursos corporativos, foram montadas estruturas que atendem a demandas variadas do departamento de pessoal, que vão de gestão emocional a estratégias de imersão em inovação. No ano passado, mais de 380 empresas foram atendidas em programas de educação corporativa.

Para os CEOs, há outros tipos de treinamentos, mais customizados e na linha de frente tecnológica. Também há treinamentos como a “Formula 1 Academy” e o “Rock in Rio Academy”, que ocorrem no Autódromo de Interlagos e na Cidade do Rock, pouco antes ou durante os eventos. Os executivos passam por aprendizados nos quais veem a perspectiva de criação e gestão de grandes negócios fora da caixa.

“Ouvir a Roberta Medina contando como convenceu o Drake a não cancelar o show horas antes do início porque ele criaria um problema de segurança pública, ou como a Netflix transformou mecânicos em influenciadores mais conhecidos do que pilotos, cria novos olhares”, diz ele. “A gente mudou a sala de aula porque o executivo quer furar a bolha e ter insights (inspirações) diferentes.”

Profissional precisa de repertório

Até mesmo os palestrantes da HSM+, que é o evento mais tradicional da empresa, estão ligados à multiplicidade de temas do mundo atual e não mais à gestão corporativa. Entre os mais de 200 nomes que falarão no evento deste ano, por exemplo, está o do filósofo australiano Roman Krznaric, cujos livros falam de ancestralidade e o poder das ideias para criar mudanças. “Hoje, o profissional precisa de repertório”, afirma. “Não dá para ficar só no negócio em si.”

Aumentar o repertório da oferta de cursos foi a terceira missão dada a Gama. Além da demanda dos líderes corporativos, quem acaba de sair da faculdade não tem a menor ideia do que seja HSM. Segundo ele, o fato de Anna Lembke, chefe da cadeira de psiquiatria clínica de Stanford, ter falado sobre o livro “Geração Dopamina”, que aborda o vício em telas num dos eventos, por exemplo, tornou a marca conhecida pelos estudantes de medicina, uma das áreas mais importantes dentro da Ânima.

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Nascida nos anos 1990, época de idolatria a gurus da gestão, a HSM era sinônimo de grandes eventos nos quais ídolos pontificavam regras infalíveis para o crescimento das empresas. Nomes como Peter Drucker, o pai da administração moderna, e Jack Welch, que fez da GE um colosso e criou uma geração de CEOs, eram ovacionados a cada visita ao Brasil. Mas..., o mundo mudou. “O guru morreu”, diz Reynaldo Gama, presidente da HSM. “Vivemos a era do ineditismo, em que tudo é rapidamente criado e muito mais perecível.”

Com estas e outras premissas, a HSM também mudou. Tornou-se uma escola que pretende acompanhar a evolução do profissional a vida toda, e levá-lo por um caminho de aprendizado fora das rotas tradicionais. Com isso, a receita cresceu 70% nos últimos cinco anos, quando 500 mil pessoas fizeram seus cursos.

Há quase dez anos uma das 28 marcas da Ânima Educação, que teve receita líquida de R$ 3,7 bilhões em 2023, a HSM não divulga seu faturamento. Em 2017, ano do último número publicado, a receita da divisão era de pouco mais de R$ 30 milhões.

Fidelização de clientes

Parte do segmento batizado de lifelong learning, a HSM tem várias frentes de atuação. O movimento de transformar clientes de curto prazo em carteira fixa era óbvio, e já havia sido tentado anteriormente, inclusive quando a empresa trilhava voo solo. “Recebi algumas missões quando fui contratado, e uma delas era consolidar a HSM como uma empresa de educação”, afirma Gama.

Outra era trazer uma grande escola internacional para o Brasil, que ampliasse o repertório oferecido, bem como o público a ser atingido. No caso, a parceria que o atraiu ao cargo foi feita com Singularity University, escola de capacitação norte-americana voltada principalmente à inovação, que chegou ao País em 2019.

Estas iniciativas chegavam para que a Ânima conseguisse enfrentar as mudanças estruturais profundas que vive a área de educação. “Há duas grandes tendências no setor de educação: criar one stop shops, que acompanham a pessoa do início da vida acadêmica à aposentadoria, e a do aprendizado em si, que talvez seja o maior desafio de todos”, afirma Vinicius Brum, sócio e vice-presidente da consultoria Falconi para a área de educação. “Isso significa migrar de um modelo baseado em currículos tradicionais para outro que remete ao desenvolvimento de competências e habilidades.”

Como se já não fosse bastante, há mais um empecilho a empresas que cobram caro pelo que vendem: todo e qualquer palestrante importante tem suas falas disponíveis em palestras online, abundantes em formatos e oferta. “O desafio, como empresa de educação, é fazer com que o cliente enxergue, na ponta do lápis, que aquele aprendizado traz valor e cria times mais diversos e criativos”, diz Brum.

Estratégia multidisciplinar

Assim, enquanto a HSM especializou-se em atender à média gerência, a Singularity é voltada ao treinamento dos comandantes das companhias. Para os cursos corporativos, foram montadas estruturas que atendem a demandas variadas do departamento de pessoal, que vão de gestão emocional a estratégias de imersão em inovação. No ano passado, mais de 380 empresas foram atendidas em programas de educação corporativa.

Para os CEOs, há outros tipos de treinamentos, mais customizados e na linha de frente tecnológica. Também há treinamentos como a “Formula 1 Academy” e o “Rock in Rio Academy”, que ocorrem no Autódromo de Interlagos e na Cidade do Rock, pouco antes ou durante os eventos. Os executivos passam por aprendizados nos quais veem a perspectiva de criação e gestão de grandes negócios fora da caixa.

“Ouvir a Roberta Medina contando como convenceu o Drake a não cancelar o show horas antes do início porque ele criaria um problema de segurança pública, ou como a Netflix transformou mecânicos em influenciadores mais conhecidos do que pilotos, cria novos olhares”, diz ele. “A gente mudou a sala de aula porque o executivo quer furar a bolha e ter insights (inspirações) diferentes.”

Profissional precisa de repertório

Até mesmo os palestrantes da HSM+, que é o evento mais tradicional da empresa, estão ligados à multiplicidade de temas do mundo atual e não mais à gestão corporativa. Entre os mais de 200 nomes que falarão no evento deste ano, por exemplo, está o do filósofo australiano Roman Krznaric, cujos livros falam de ancestralidade e o poder das ideias para criar mudanças. “Hoje, o profissional precisa de repertório”, afirma. “Não dá para ficar só no negócio em si.”

Aumentar o repertório da oferta de cursos foi a terceira missão dada a Gama. Além da demanda dos líderes corporativos, quem acaba de sair da faculdade não tem a menor ideia do que seja HSM. Segundo ele, o fato de Anna Lembke, chefe da cadeira de psiquiatria clínica de Stanford, ter falado sobre o livro “Geração Dopamina”, que aborda o vício em telas num dos eventos, por exemplo, tornou a marca conhecida pelos estudantes de medicina, uma das áreas mais importantes dentro da Ânima.

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Nascida nos anos 1990, época de idolatria a gurus da gestão, a HSM era sinônimo de grandes eventos nos quais ídolos pontificavam regras infalíveis para o crescimento das empresas. Nomes como Peter Drucker, o pai da administração moderna, e Jack Welch, que fez da GE um colosso e criou uma geração de CEOs, eram ovacionados a cada visita ao Brasil. Mas..., o mundo mudou. “O guru morreu”, diz Reynaldo Gama, presidente da HSM. “Vivemos a era do ineditismo, em que tudo é rapidamente criado e muito mais perecível.”

Com estas e outras premissas, a HSM também mudou. Tornou-se uma escola que pretende acompanhar a evolução do profissional a vida toda, e levá-lo por um caminho de aprendizado fora das rotas tradicionais. Com isso, a receita cresceu 70% nos últimos cinco anos, quando 500 mil pessoas fizeram seus cursos.

Há quase dez anos uma das 28 marcas da Ânima Educação, que teve receita líquida de R$ 3,7 bilhões em 2023, a HSM não divulga seu faturamento. Em 2017, ano do último número publicado, a receita da divisão era de pouco mais de R$ 30 milhões.

Fidelização de clientes

Parte do segmento batizado de lifelong learning, a HSM tem várias frentes de atuação. O movimento de transformar clientes de curto prazo em carteira fixa era óbvio, e já havia sido tentado anteriormente, inclusive quando a empresa trilhava voo solo. “Recebi algumas missões quando fui contratado, e uma delas era consolidar a HSM como uma empresa de educação”, afirma Gama.

Outra era trazer uma grande escola internacional para o Brasil, que ampliasse o repertório oferecido, bem como o público a ser atingido. No caso, a parceria que o atraiu ao cargo foi feita com Singularity University, escola de capacitação norte-americana voltada principalmente à inovação, que chegou ao País em 2019.

Estas iniciativas chegavam para que a Ânima conseguisse enfrentar as mudanças estruturais profundas que vive a área de educação. “Há duas grandes tendências no setor de educação: criar one stop shops, que acompanham a pessoa do início da vida acadêmica à aposentadoria, e a do aprendizado em si, que talvez seja o maior desafio de todos”, afirma Vinicius Brum, sócio e vice-presidente da consultoria Falconi para a área de educação. “Isso significa migrar de um modelo baseado em currículos tradicionais para outro que remete ao desenvolvimento de competências e habilidades.”

Como se já não fosse bastante, há mais um empecilho a empresas que cobram caro pelo que vendem: todo e qualquer palestrante importante tem suas falas disponíveis em palestras online, abundantes em formatos e oferta. “O desafio, como empresa de educação, é fazer com que o cliente enxergue, na ponta do lápis, que aquele aprendizado traz valor e cria times mais diversos e criativos”, diz Brum.

Estratégia multidisciplinar

Assim, enquanto a HSM especializou-se em atender à média gerência, a Singularity é voltada ao treinamento dos comandantes das companhias. Para os cursos corporativos, foram montadas estruturas que atendem a demandas variadas do departamento de pessoal, que vão de gestão emocional a estratégias de imersão em inovação. No ano passado, mais de 380 empresas foram atendidas em programas de educação corporativa.

Para os CEOs, há outros tipos de treinamentos, mais customizados e na linha de frente tecnológica. Também há treinamentos como a “Formula 1 Academy” e o “Rock in Rio Academy”, que ocorrem no Autódromo de Interlagos e na Cidade do Rock, pouco antes ou durante os eventos. Os executivos passam por aprendizados nos quais veem a perspectiva de criação e gestão de grandes negócios fora da caixa.

“Ouvir a Roberta Medina contando como convenceu o Drake a não cancelar o show horas antes do início porque ele criaria um problema de segurança pública, ou como a Netflix transformou mecânicos em influenciadores mais conhecidos do que pilotos, cria novos olhares”, diz ele. “A gente mudou a sala de aula porque o executivo quer furar a bolha e ter insights (inspirações) diferentes.”

Profissional precisa de repertório

Até mesmo os palestrantes da HSM+, que é o evento mais tradicional da empresa, estão ligados à multiplicidade de temas do mundo atual e não mais à gestão corporativa. Entre os mais de 200 nomes que falarão no evento deste ano, por exemplo, está o do filósofo australiano Roman Krznaric, cujos livros falam de ancestralidade e o poder das ideias para criar mudanças. “Hoje, o profissional precisa de repertório”, afirma. “Não dá para ficar só no negócio em si.”

Aumentar o repertório da oferta de cursos foi a terceira missão dada a Gama. Além da demanda dos líderes corporativos, quem acaba de sair da faculdade não tem a menor ideia do que seja HSM. Segundo ele, o fato de Anna Lembke, chefe da cadeira de psiquiatria clínica de Stanford, ter falado sobre o livro “Geração Dopamina”, que aborda o vício em telas num dos eventos, por exemplo, tornou a marca conhecida pelos estudantes de medicina, uma das áreas mais importantes dentro da Ânima.

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Com estas e outras premissas, a HSM também mudou. Tornou-se uma escola que pretende acompanhar a evolução do profissional a vida toda, e levá-lo por um caminho de aprendizado fora das rotas tradicionais. Com isso, a receita cresceu 70% nos últimos cinco anos, quando 500 mil pessoas fizeram seus cursos.

Há quase dez anos uma das 28 marcas da Ânima Educação, que teve receita líquida de R$ 3,7 bilhões em 2023, a HSM não divulga seu faturamento. Em 2017, ano do último número publicado, a receita da divisão era de pouco mais de R$ 30 milhões.

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Parte do segmento batizado de lifelong learning, a HSM tem várias frentes de atuação. O movimento de transformar clientes de curto prazo em carteira fixa era óbvio, e já havia sido tentado anteriormente, inclusive quando a empresa trilhava voo solo. “Recebi algumas missões quando fui contratado, e uma delas era consolidar a HSM como uma empresa de educação”, afirma Gama.

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“Ouvir a Roberta Medina contando como convenceu o Drake a não cancelar o show horas antes do início porque ele criaria um problema de segurança pública, ou como a Netflix transformou mecânicos em influenciadores mais conhecidos do que pilotos, cria novos olhares”, diz ele. “A gente mudou a sala de aula porque o executivo quer furar a bolha e ter insights (inspirações) diferentes.”

Profissional precisa de repertório

Até mesmo os palestrantes da HSM+, que é o evento mais tradicional da empresa, estão ligados à multiplicidade de temas do mundo atual e não mais à gestão corporativa. Entre os mais de 200 nomes que falarão no evento deste ano, por exemplo, está o do filósofo australiano Roman Krznaric, cujos livros falam de ancestralidade e o poder das ideias para criar mudanças. “Hoje, o profissional precisa de repertório”, afirma. “Não dá para ficar só no negócio em si.”

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