Está cada vez mais claro que o espaço para a oferta de investimentos com compromissos de sustentabilidade é enorme. Em setembro, segunda temporada mais importante no mercado de dívida externa, quatro, das cinco captações feitas por empresas brasileiras, foi por meio de emissão de títulos de dívida (bonds) com compromissos ligados ao ESG (sigla para boas práticas ambientais, sociais e de governança). A demanda de investidores por esses papéis foi de quase cinco vezes em relação ao volume oferecido pelas companhias.
Suzano, Movida, B3 e Rumo levantaram juntas US$ 2 bilhões desde o início de setembro, com a promessa de cumprir metas relacionadas à redução de emissão de gás efeito estufa e à diversidade. O volume de interessados nos papéis atingiu US$ 9,4 bilhões ou 4,7 vezes o emitido.
Embora a maior parte das metas esteja ligada ao meio ambiente, os compromissos sociais começam a aparecer em duas captações da Suzano, inclusive na feita no início do mês, de US$ 500 milhões, e na da B3, realizada nesta quarta-feira. Nas duas, a proposta é aumentar o número de mulheres em cargos de liderança. A B3 levantou US$ 700 milhões prometendo elevar de 27% para 35% o comando feminino e ainda criar até 2024 um índice de diversidade, referência para investidores que buscam empresas com essa prioridade.
Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 15/09/2021 às 18h23.
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