Bastidores do mundo dos negócios

Demanda por títulos brasileiros no exterior é crescente mesmo com eleição nos EUA


Captações por meio de ‘bonds’ já somam quase US$ 12 bilhões este ano

Por Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior
BTG Pactual levantou US$ 500 milhões por meio de emissão no exterior Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Mais duas empresas brasileiras anunciaram captações no mercado de dívida externa, elevando o volume de emissões de “bonds” para perto de US$ 12 bilhões este ano. E uma terceira empresa já avança em conversas com investidores para fazer a sua emissão.

Os bancos de investimento, que assessoram tais transações, acreditam que o ritmo de captações com estes títulos de dívida deve se manter nos próximos meses, apesar das eleições norte-americanas em novembro e do ambiente momentaneamente volátil no mercado de juros dos Estados Unidos.

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A expectativa é de que os volumes levantados lá fora se aproximem da média anual de anos de normalidade, ou seja, de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões.

Movida avalia emissão de US$ 500 milhões

A Movida é a companhia que já começou reuniões com potenciais interessados em sua possível emissão de cerca de US$ 500 milhões. O banco BTG Pactual e a companhia de mineração Nexa Resources foram as empresas que anunciaram “bonds” multimilionários nesta quarta-feira (03/04). O banco captou US$ 500 milhões e a mineradora, US$ 600 milhões.

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As ofertas ocorreram a despeito da volatilidade de hoje nos juros dos Treasuries (títulos da dívida soberana americana), que é base de referência para essas operações. O movimento dessas taxas costuma deixar os investidores arredios e com baixa comparabilidade. Entretanto, as apostas do mercado ainda continuam de que o processo de corte de juros pelo Fed, o banco central dos EUA, comece em junho.

A demanda para as operações até esse momento comprova a tese de um ano positivo em termos de ofertas. Diferentemente dos estrangeiros que investem em Bolsa, em crédito inadimplido (“special sits”, no jargão em inglês) ou em fundos de “private equity”, quem compra “bonds” tem se mostrado muito receptivo às transações que foram colocadas pelos emissores brasileiros, dado o retorno em comparação aos “bonds” de empresas norte-americanas de mais risco e que já ofertaram bom volume de papéis este ano.

Procura acima da oferta

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A Nexa Resources teve demanda de R$ 3,4 bilhões para uma oferta de US$ 500 milhões, e acabou levantando US$ 600 milhões. A demanda pelos US$ 500 milhões de “bonds” do BTG Pactual superou US$ 2 bilhões. A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 anos e 30 anos no final de fevereiro, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

O que pode alterar este cenário é algum movimento inesperado do Fed, o banco central norte-americano, ou as eleições nos Estados Unidos. “O mercado funcionou nas outras eleições. É um ponto de atenção, mas não é uma restrição”, afirmou Fernando Mello, diretor de mercado de capitais de renda fixa do banco Morgan Stanley.

“A trajetória de queda dos juros nos Estados Unidos deve favorecer este mercado”, avalia o vice-presidente do Bradesco, Bruno Boetger. Ele considera que US$ 20 bilhões em emissões destes papéis devem ocorrer este ano, uma melhora em relação ao passado recente. Em 2023, foram US$ 16 bilhões captados no exterior, ante US$ 12 bilhões em 2022.

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O Morgan Stanley acredita que US$ 30 bilhões, volume de captações com “bonds” em anos positivos, não está descartado para 2024, a depender da continuidade dos sinais de melhora dos mercados. “Há uma normalização, com os volumes de emissões de ‘bonds’ voltando aos patamares de US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões”, diz Mello.

Papéis ‘sustentáveis’ ganham força

O vice-presidente do Bradesco destacou ainda que ganha força as emissões de empresas com critérios sustentáveis (ambientais, sociais e de governança, da sigla em inglês ESG) no exterior e também no mercado local.

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Neste ano, já foram R$ 15 bilhões de operações ESG locais e no exterior, o que anualizado daria algo perto de R$ 90 bilhões. No ano passado, foram captados R$ 60 bilhões. “Acho que podemos superar o ano passado.” Desses números, um terço são de operações no exterior e o restante no mercado local, segundo Boetger.

Nos Estados Unidos, o resultado final da eleição presidencial ainda está difícil de cravar, segundo o diretor da consultoria de risco político Eurasia, Jon Lieber. O que se sabe é que o Senado deve ficar com os republicanos, mas na Câmara ainda o cenário está embaralhado e pode ser definido pelo partido que vencer a corrida presidencial. Por isso, há risco de um Congresso dividido caso o presidente Joe Biden vença, o que gera incerteza nos mercados.

Temas como a complicada situação fiscal do País, que piorou muito desde a pandemia, e a inflação vão continuar na ordem do dia, independentemente de quem vencer, argumenta Lieber. No caso do ex-presidente Donald Trump, ele tem propostas que podem pressionar a inflação, como taxar importações em 10% e a intenção de barrar a imigração, que vem contribuindo para aliviar a situação do mercado de trabalho.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 03/04/24, às 16h43

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BTG Pactual levantou US$ 500 milhões por meio de emissão no exterior Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Mais duas empresas brasileiras anunciaram captações no mercado de dívida externa, elevando o volume de emissões de “bonds” para perto de US$ 12 bilhões este ano. E uma terceira empresa já avança em conversas com investidores para fazer a sua emissão.

Os bancos de investimento, que assessoram tais transações, acreditam que o ritmo de captações com estes títulos de dívida deve se manter nos próximos meses, apesar das eleições norte-americanas em novembro e do ambiente momentaneamente volátil no mercado de juros dos Estados Unidos.

A expectativa é de que os volumes levantados lá fora se aproximem da média anual de anos de normalidade, ou seja, de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões.

Movida avalia emissão de US$ 500 milhões

A Movida é a companhia que já começou reuniões com potenciais interessados em sua possível emissão de cerca de US$ 500 milhões. O banco BTG Pactual e a companhia de mineração Nexa Resources foram as empresas que anunciaram “bonds” multimilionários nesta quarta-feira (03/04). O banco captou US$ 500 milhões e a mineradora, US$ 600 milhões.

As ofertas ocorreram a despeito da volatilidade de hoje nos juros dos Treasuries (títulos da dívida soberana americana), que é base de referência para essas operações. O movimento dessas taxas costuma deixar os investidores arredios e com baixa comparabilidade. Entretanto, as apostas do mercado ainda continuam de que o processo de corte de juros pelo Fed, o banco central dos EUA, comece em junho.

A demanda para as operações até esse momento comprova a tese de um ano positivo em termos de ofertas. Diferentemente dos estrangeiros que investem em Bolsa, em crédito inadimplido (“special sits”, no jargão em inglês) ou em fundos de “private equity”, quem compra “bonds” tem se mostrado muito receptivo às transações que foram colocadas pelos emissores brasileiros, dado o retorno em comparação aos “bonds” de empresas norte-americanas de mais risco e que já ofertaram bom volume de papéis este ano.

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O que pode alterar este cenário é algum movimento inesperado do Fed, o banco central norte-americano, ou as eleições nos Estados Unidos. “O mercado funcionou nas outras eleições. É um ponto de atenção, mas não é uma restrição”, afirmou Fernando Mello, diretor de mercado de capitais de renda fixa do banco Morgan Stanley.

“A trajetória de queda dos juros nos Estados Unidos deve favorecer este mercado”, avalia o vice-presidente do Bradesco, Bruno Boetger. Ele considera que US$ 20 bilhões em emissões destes papéis devem ocorrer este ano, uma melhora em relação ao passado recente. Em 2023, foram US$ 16 bilhões captados no exterior, ante US$ 12 bilhões em 2022.

O Morgan Stanley acredita que US$ 30 bilhões, volume de captações com “bonds” em anos positivos, não está descartado para 2024, a depender da continuidade dos sinais de melhora dos mercados. “Há uma normalização, com os volumes de emissões de ‘bonds’ voltando aos patamares de US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões”, diz Mello.

Papéis ‘sustentáveis’ ganham força

O vice-presidente do Bradesco destacou ainda que ganha força as emissões de empresas com critérios sustentáveis (ambientais, sociais e de governança, da sigla em inglês ESG) no exterior e também no mercado local.

Neste ano, já foram R$ 15 bilhões de operações ESG locais e no exterior, o que anualizado daria algo perto de R$ 90 bilhões. No ano passado, foram captados R$ 60 bilhões. “Acho que podemos superar o ano passado.” Desses números, um terço são de operações no exterior e o restante no mercado local, segundo Boetger.

Nos Estados Unidos, o resultado final da eleição presidencial ainda está difícil de cravar, segundo o diretor da consultoria de risco político Eurasia, Jon Lieber. O que se sabe é que o Senado deve ficar com os republicanos, mas na Câmara ainda o cenário está embaralhado e pode ser definido pelo partido que vencer a corrida presidencial. Por isso, há risco de um Congresso dividido caso o presidente Joe Biden vença, o que gera incerteza nos mercados.

Temas como a complicada situação fiscal do País, que piorou muito desde a pandemia, e a inflação vão continuar na ordem do dia, independentemente de quem vencer, argumenta Lieber. No caso do ex-presidente Donald Trump, ele tem propostas que podem pressionar a inflação, como taxar importações em 10% e a intenção de barrar a imigração, que vem contribuindo para aliviar a situação do mercado de trabalho.

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Os bancos de investimento, que assessoram tais transações, acreditam que o ritmo de captações com estes títulos de dívida deve se manter nos próximos meses, apesar das eleições norte-americanas em novembro e do ambiente momentaneamente volátil no mercado de juros dos Estados Unidos.

A expectativa é de que os volumes levantados lá fora se aproximem da média anual de anos de normalidade, ou seja, de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões.

Movida avalia emissão de US$ 500 milhões

A Movida é a companhia que já começou reuniões com potenciais interessados em sua possível emissão de cerca de US$ 500 milhões. O banco BTG Pactual e a companhia de mineração Nexa Resources foram as empresas que anunciaram “bonds” multimilionários nesta quarta-feira (03/04). O banco captou US$ 500 milhões e a mineradora, US$ 600 milhões.

As ofertas ocorreram a despeito da volatilidade de hoje nos juros dos Treasuries (títulos da dívida soberana americana), que é base de referência para essas operações. O movimento dessas taxas costuma deixar os investidores arredios e com baixa comparabilidade. Entretanto, as apostas do mercado ainda continuam de que o processo de corte de juros pelo Fed, o banco central dos EUA, comece em junho.

A demanda para as operações até esse momento comprova a tese de um ano positivo em termos de ofertas. Diferentemente dos estrangeiros que investem em Bolsa, em crédito inadimplido (“special sits”, no jargão em inglês) ou em fundos de “private equity”, quem compra “bonds” tem se mostrado muito receptivo às transações que foram colocadas pelos emissores brasileiros, dado o retorno em comparação aos “bonds” de empresas norte-americanas de mais risco e que já ofertaram bom volume de papéis este ano.

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A Nexa Resources teve demanda de R$ 3,4 bilhões para uma oferta de US$ 500 milhões, e acabou levantando US$ 600 milhões. A demanda pelos US$ 500 milhões de “bonds” do BTG Pactual superou US$ 2 bilhões. A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 anos e 30 anos no final de fevereiro, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

O que pode alterar este cenário é algum movimento inesperado do Fed, o banco central norte-americano, ou as eleições nos Estados Unidos. “O mercado funcionou nas outras eleições. É um ponto de atenção, mas não é uma restrição”, afirmou Fernando Mello, diretor de mercado de capitais de renda fixa do banco Morgan Stanley.

“A trajetória de queda dos juros nos Estados Unidos deve favorecer este mercado”, avalia o vice-presidente do Bradesco, Bruno Boetger. Ele considera que US$ 20 bilhões em emissões destes papéis devem ocorrer este ano, uma melhora em relação ao passado recente. Em 2023, foram US$ 16 bilhões captados no exterior, ante US$ 12 bilhões em 2022.

O Morgan Stanley acredita que US$ 30 bilhões, volume de captações com “bonds” em anos positivos, não está descartado para 2024, a depender da continuidade dos sinais de melhora dos mercados. “Há uma normalização, com os volumes de emissões de ‘bonds’ voltando aos patamares de US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões”, diz Mello.

Papéis ‘sustentáveis’ ganham força

O vice-presidente do Bradesco destacou ainda que ganha força as emissões de empresas com critérios sustentáveis (ambientais, sociais e de governança, da sigla em inglês ESG) no exterior e também no mercado local.

Neste ano, já foram R$ 15 bilhões de operações ESG locais e no exterior, o que anualizado daria algo perto de R$ 90 bilhões. No ano passado, foram captados R$ 60 bilhões. “Acho que podemos superar o ano passado.” Desses números, um terço são de operações no exterior e o restante no mercado local, segundo Boetger.

Nos Estados Unidos, o resultado final da eleição presidencial ainda está difícil de cravar, segundo o diretor da consultoria de risco político Eurasia, Jon Lieber. O que se sabe é que o Senado deve ficar com os republicanos, mas na Câmara ainda o cenário está embaralhado e pode ser definido pelo partido que vencer a corrida presidencial. Por isso, há risco de um Congresso dividido caso o presidente Joe Biden vença, o que gera incerteza nos mercados.

Temas como a complicada situação fiscal do País, que piorou muito desde a pandemia, e a inflação vão continuar na ordem do dia, independentemente de quem vencer, argumenta Lieber. No caso do ex-presidente Donald Trump, ele tem propostas que podem pressionar a inflação, como taxar importações em 10% e a intenção de barrar a imigração, que vem contribuindo para aliviar a situação do mercado de trabalho.

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Os bancos de investimento, que assessoram tais transações, acreditam que o ritmo de captações com estes títulos de dívida deve se manter nos próximos meses, apesar das eleições norte-americanas em novembro e do ambiente momentaneamente volátil no mercado de juros dos Estados Unidos.

A expectativa é de que os volumes levantados lá fora se aproximem da média anual de anos de normalidade, ou seja, de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões.

Movida avalia emissão de US$ 500 milhões

A Movida é a companhia que já começou reuniões com potenciais interessados em sua possível emissão de cerca de US$ 500 milhões. O banco BTG Pactual e a companhia de mineração Nexa Resources foram as empresas que anunciaram “bonds” multimilionários nesta quarta-feira (03/04). O banco captou US$ 500 milhões e a mineradora, US$ 600 milhões.

As ofertas ocorreram a despeito da volatilidade de hoje nos juros dos Treasuries (títulos da dívida soberana americana), que é base de referência para essas operações. O movimento dessas taxas costuma deixar os investidores arredios e com baixa comparabilidade. Entretanto, as apostas do mercado ainda continuam de que o processo de corte de juros pelo Fed, o banco central dos EUA, comece em junho.

A demanda para as operações até esse momento comprova a tese de um ano positivo em termos de ofertas. Diferentemente dos estrangeiros que investem em Bolsa, em crédito inadimplido (“special sits”, no jargão em inglês) ou em fundos de “private equity”, quem compra “bonds” tem se mostrado muito receptivo às transações que foram colocadas pelos emissores brasileiros, dado o retorno em comparação aos “bonds” de empresas norte-americanas de mais risco e que já ofertaram bom volume de papéis este ano.

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A Nexa Resources teve demanda de R$ 3,4 bilhões para uma oferta de US$ 500 milhões, e acabou levantando US$ 600 milhões. A demanda pelos US$ 500 milhões de “bonds” do BTG Pactual superou US$ 2 bilhões. A Raízen levantou US$ 1,5 bilhão em “bonds” de 10 anos e 30 anos no final de fevereiro, frente a uma demanda de US$ 8,8 bilhões. Nenhum emissor brasileiro captava ao prazo de 30 anos desde 2020.

O que pode alterar este cenário é algum movimento inesperado do Fed, o banco central norte-americano, ou as eleições nos Estados Unidos. “O mercado funcionou nas outras eleições. É um ponto de atenção, mas não é uma restrição”, afirmou Fernando Mello, diretor de mercado de capitais de renda fixa do banco Morgan Stanley.

“A trajetória de queda dos juros nos Estados Unidos deve favorecer este mercado”, avalia o vice-presidente do Bradesco, Bruno Boetger. Ele considera que US$ 20 bilhões em emissões destes papéis devem ocorrer este ano, uma melhora em relação ao passado recente. Em 2023, foram US$ 16 bilhões captados no exterior, ante US$ 12 bilhões em 2022.

O Morgan Stanley acredita que US$ 30 bilhões, volume de captações com “bonds” em anos positivos, não está descartado para 2024, a depender da continuidade dos sinais de melhora dos mercados. “Há uma normalização, com os volumes de emissões de ‘bonds’ voltando aos patamares de US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões”, diz Mello.

Papéis ‘sustentáveis’ ganham força

O vice-presidente do Bradesco destacou ainda que ganha força as emissões de empresas com critérios sustentáveis (ambientais, sociais e de governança, da sigla em inglês ESG) no exterior e também no mercado local.

Neste ano, já foram R$ 15 bilhões de operações ESG locais e no exterior, o que anualizado daria algo perto de R$ 90 bilhões. No ano passado, foram captados R$ 60 bilhões. “Acho que podemos superar o ano passado.” Desses números, um terço são de operações no exterior e o restante no mercado local, segundo Boetger.

Nos Estados Unidos, o resultado final da eleição presidencial ainda está difícil de cravar, segundo o diretor da consultoria de risco político Eurasia, Jon Lieber. O que se sabe é que o Senado deve ficar com os republicanos, mas na Câmara ainda o cenário está embaralhado e pode ser definido pelo partido que vencer a corrida presidencial. Por isso, há risco de um Congresso dividido caso o presidente Joe Biden vença, o que gera incerteza nos mercados.

Temas como a complicada situação fiscal do País, que piorou muito desde a pandemia, e a inflação vão continuar na ordem do dia, independentemente de quem vencer, argumenta Lieber. No caso do ex-presidente Donald Trump, ele tem propostas que podem pressionar a inflação, como taxar importações em 10% e a intenção de barrar a imigração, que vem contribuindo para aliviar a situação do mercado de trabalho.

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Os bancos de investimento, que assessoram tais transações, acreditam que o ritmo de captações com estes títulos de dívida deve se manter nos próximos meses, apesar das eleições norte-americanas em novembro e do ambiente momentaneamente volátil no mercado de juros dos Estados Unidos.

A expectativa é de que os volumes levantados lá fora se aproximem da média anual de anos de normalidade, ou seja, de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões.

Movida avalia emissão de US$ 500 milhões

A Movida é a companhia que já começou reuniões com potenciais interessados em sua possível emissão de cerca de US$ 500 milhões. O banco BTG Pactual e a companhia de mineração Nexa Resources foram as empresas que anunciaram “bonds” multimilionários nesta quarta-feira (03/04). O banco captou US$ 500 milhões e a mineradora, US$ 600 milhões.

As ofertas ocorreram a despeito da volatilidade de hoje nos juros dos Treasuries (títulos da dívida soberana americana), que é base de referência para essas operações. O movimento dessas taxas costuma deixar os investidores arredios e com baixa comparabilidade. Entretanto, as apostas do mercado ainda continuam de que o processo de corte de juros pelo Fed, o banco central dos EUA, comece em junho.

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O vice-presidente do Bradesco destacou ainda que ganha força as emissões de empresas com critérios sustentáveis (ambientais, sociais e de governança, da sigla em inglês ESG) no exterior e também no mercado local.

Neste ano, já foram R$ 15 bilhões de operações ESG locais e no exterior, o que anualizado daria algo perto de R$ 90 bilhões. No ano passado, foram captados R$ 60 bilhões. “Acho que podemos superar o ano passado.” Desses números, um terço são de operações no exterior e o restante no mercado local, segundo Boetger.

Nos Estados Unidos, o resultado final da eleição presidencial ainda está difícil de cravar, segundo o diretor da consultoria de risco político Eurasia, Jon Lieber. O que se sabe é que o Senado deve ficar com os republicanos, mas na Câmara ainda o cenário está embaralhado e pode ser definido pelo partido que vencer a corrida presidencial. Por isso, há risco de um Congresso dividido caso o presidente Joe Biden vença, o que gera incerteza nos mercados.

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