Bastidores do mundo dos negócios

Depois de digitalizar o Brás, startup vai a polos de moda de PE e GO


Petina leva produtos das confecções do bairro paulistano para o comércio eletrônico

Por Cristiane Barbieri
Rodrigo Garcia, fundador da Petina, diz que 30% das confecções do Brás não tinham qualquer presença online Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Festa das sacoleiras, que compram roupas em grandes quantidades para abastecer lojinhas em todo o Brasil, as confecções do bairro do Brás, em São Paulo, tinham pouco interesse em se voltar aos consumidores que compram pela internet. Apesar de a margem para a pessoa física ser maior, a mobilização de estruturas e equipes para enviar uma blusinha - com direito à devolução em caso de arrependimento - não justificava o investimento. Há nove meses, a startup Petina Soluções Digitais viu aí uma oportunidade e, em parceria com o Mercado Livre, começou a digitalizar as vendas das indústrias da região para pessoas físicas.

Em junho, foi feito um mapeamento das 55 ruas do polo de moda popular e a equipe foi atrás de companhias interessadas. Em sua oferta, estava não só o cadastro e a produção de fotos dos produtos, como precificação e promoções, além de toda a operação logística, com armazenagem, despacho e contato com o consumidor.

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“Se a pandemia acelerou a venda digital, o crescimento das plataformas chinesas, como a Shein, afetaram muito a região”, diz Rodrigo Garcia, fundador da Petina. “Só que não é fácil vender online: 30% das confecções do Brás não tinham qualquer presença online.”

Empresários viram benefícios nas vendas online

No entanto, diz ele, os empresários da região começaram a perceber uma série de benefícios nas vendas digitais. Além da margem maior, as vendas para o consumidor final permitem que testem se determinado item vai emplacar, ou não, na próxima estação, antes de começar a produzir em grande escala.

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Simultaneamente ao movimento, o Mercado Livre, como um dos patrocinadores do Big Brother Brasil, colocou roupas feitas na região no reality show. Uma área dentro da vertical “moda” na plataforma oferece os “Looks dos Brothers” para os interessados.

Assim, após os primeiros seis meses de teste, a digitalização da região começa um movimento de expansão. Agora, além de chegar até a José Paulino, que tem uma moda um pouco mais sofisticada, a startup pretende abrir frentes de negócios em Santa Cruz do Capibaribe (PE), o segundo maior polo de confecções do País. Também em Goiânia, que abriga o Cinturão da Moda, que fez a indústria de confecção de Goiás quintuplicar de tamanho no último ano. A Petina, que deve faturar R$ 45 milhões este ano, pretende fazer a expansão com recursos próprios.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 28/03/24, às 17h30

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Rodrigo Garcia, fundador da Petina, diz que 30% das confecções do Brás não tinham qualquer presença online Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Festa das sacoleiras, que compram roupas em grandes quantidades para abastecer lojinhas em todo o Brasil, as confecções do bairro do Brás, em São Paulo, tinham pouco interesse em se voltar aos consumidores que compram pela internet. Apesar de a margem para a pessoa física ser maior, a mobilização de estruturas e equipes para enviar uma blusinha - com direito à devolução em caso de arrependimento - não justificava o investimento. Há nove meses, a startup Petina Soluções Digitais viu aí uma oportunidade e, em parceria com o Mercado Livre, começou a digitalizar as vendas das indústrias da região para pessoas físicas.

Em junho, foi feito um mapeamento das 55 ruas do polo de moda popular e a equipe foi atrás de companhias interessadas. Em sua oferta, estava não só o cadastro e a produção de fotos dos produtos, como precificação e promoções, além de toda a operação logística, com armazenagem, despacho e contato com o consumidor.

“Se a pandemia acelerou a venda digital, o crescimento das plataformas chinesas, como a Shein, afetaram muito a região”, diz Rodrigo Garcia, fundador da Petina. “Só que não é fácil vender online: 30% das confecções do Brás não tinham qualquer presença online.”

Empresários viram benefícios nas vendas online

No entanto, diz ele, os empresários da região começaram a perceber uma série de benefícios nas vendas digitais. Além da margem maior, as vendas para o consumidor final permitem que testem se determinado item vai emplacar, ou não, na próxima estação, antes de começar a produzir em grande escala.

Simultaneamente ao movimento, o Mercado Livre, como um dos patrocinadores do Big Brother Brasil, colocou roupas feitas na região no reality show. Uma área dentro da vertical “moda” na plataforma oferece os “Looks dos Brothers” para os interessados.

Assim, após os primeiros seis meses de teste, a digitalização da região começa um movimento de expansão. Agora, além de chegar até a José Paulino, que tem uma moda um pouco mais sofisticada, a startup pretende abrir frentes de negócios em Santa Cruz do Capibaribe (PE), o segundo maior polo de confecções do País. Também em Goiânia, que abriga o Cinturão da Moda, que fez a indústria de confecção de Goiás quintuplicar de tamanho no último ano. A Petina, que deve faturar R$ 45 milhões este ano, pretende fazer a expansão com recursos próprios.

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Festa das sacoleiras, que compram roupas em grandes quantidades para abastecer lojinhas em todo o Brasil, as confecções do bairro do Brás, em São Paulo, tinham pouco interesse em se voltar aos consumidores que compram pela internet. Apesar de a margem para a pessoa física ser maior, a mobilização de estruturas e equipes para enviar uma blusinha - com direito à devolução em caso de arrependimento - não justificava o investimento. Há nove meses, a startup Petina Soluções Digitais viu aí uma oportunidade e, em parceria com o Mercado Livre, começou a digitalizar as vendas das indústrias da região para pessoas físicas.

Em junho, foi feito um mapeamento das 55 ruas do polo de moda popular e a equipe foi atrás de companhias interessadas. Em sua oferta, estava não só o cadastro e a produção de fotos dos produtos, como precificação e promoções, além de toda a operação logística, com armazenagem, despacho e contato com o consumidor.

“Se a pandemia acelerou a venda digital, o crescimento das plataformas chinesas, como a Shein, afetaram muito a região”, diz Rodrigo Garcia, fundador da Petina. “Só que não é fácil vender online: 30% das confecções do Brás não tinham qualquer presença online.”

Empresários viram benefícios nas vendas online

No entanto, diz ele, os empresários da região começaram a perceber uma série de benefícios nas vendas digitais. Além da margem maior, as vendas para o consumidor final permitem que testem se determinado item vai emplacar, ou não, na próxima estação, antes de começar a produzir em grande escala.

Simultaneamente ao movimento, o Mercado Livre, como um dos patrocinadores do Big Brother Brasil, colocou roupas feitas na região no reality show. Uma área dentro da vertical “moda” na plataforma oferece os “Looks dos Brothers” para os interessados.

Assim, após os primeiros seis meses de teste, a digitalização da região começa um movimento de expansão. Agora, além de chegar até a José Paulino, que tem uma moda um pouco mais sofisticada, a startup pretende abrir frentes de negócios em Santa Cruz do Capibaribe (PE), o segundo maior polo de confecções do País. Também em Goiânia, que abriga o Cinturão da Moda, que fez a indústria de confecção de Goiás quintuplicar de tamanho no último ano. A Petina, que deve faturar R$ 45 milhões este ano, pretende fazer a expansão com recursos próprios.

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“Se a pandemia acelerou a venda digital, o crescimento das plataformas chinesas, como a Shein, afetaram muito a região”, diz Rodrigo Garcia, fundador da Petina. “Só que não é fácil vender online: 30% das confecções do Brás não tinham qualquer presença online.”

Empresários viram benefícios nas vendas online

No entanto, diz ele, os empresários da região começaram a perceber uma série de benefícios nas vendas digitais. Além da margem maior, as vendas para o consumidor final permitem que testem se determinado item vai emplacar, ou não, na próxima estação, antes de começar a produzir em grande escala.

Simultaneamente ao movimento, o Mercado Livre, como um dos patrocinadores do Big Brother Brasil, colocou roupas feitas na região no reality show. Uma área dentro da vertical “moda” na plataforma oferece os “Looks dos Brothers” para os interessados.

Assim, após os primeiros seis meses de teste, a digitalização da região começa um movimento de expansão. Agora, além de chegar até a José Paulino, que tem uma moda um pouco mais sofisticada, a startup pretende abrir frentes de negócios em Santa Cruz do Capibaribe (PE), o segundo maior polo de confecções do País. Também em Goiânia, que abriga o Cinturão da Moda, que fez a indústria de confecção de Goiás quintuplicar de tamanho no último ano. A Petina, que deve faturar R$ 45 milhões este ano, pretende fazer a expansão com recursos próprios.

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