Bastidores do mundo dos negócios

Disputa de R$ 183 mi entre Petrobras e BR Properties caminha para decisão


Há cerca de dez anos, petroleira cobra na Justiça uma multa por atraso na entrega da obra do Centro Empresarial Senado, no Rio

Por Circe Bonatelli
Prédios antigos refletidos na fachada do Centro Empresarial Senado, no Rio Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

Uma divergência antiga entre a Petrobras e a BR Properties pode chegar a uma primeira decisão nos próximos meses. Há cerca de dez anos, a Petrobras cobra na Justiça uma multa por atraso na entrega da obra do Centro Empresarial Senado, no Rio de Janeiro, onde fica uma grande porção dos escritórios da petroleira. O valor atualizado da causa está em R$ 183 milhões. A obra do edifício terminou em novembro de 2012, com seis meses de atraso, segundo alega a estatal. O empreendimento pertencia à One Properties, braço da construtora WTorre que foi incorporado nos anos seguintes pela BR Properties - que herdou esse passivo. A Petrobras tem contrato de locação no prédio administrativo com prazo de duração até o ano de 2029.

Dívida pode virar prazo maior de locação

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Mesmo depois de tanto tempo na Justiça, a discussão ainda está na primeira instância. Agora, o juiz aguarda um laudo pericial para tomada de decisão, e a expectativa é que isso aconteça nos próximos meses. A BR Properties classifica a cobrança, em seu balanço, como uma perda possível. Se isso se confirmar, a dívida poderia, em tese, ser repassada para a WTorre, que foi a responsável pela obra lá trás. Do lado da Petrobras, em caso de não recebimento das multas cobradas, a companhia aceitaria converter os valores em prazo de locação proporcional ao dobro do valor da causa.

Novo prédio e reservas do pré-sal

A construção de um prédio administrativo para a Petrobras começou a ser pensada nos idos de 2006 - mesmo ano em que foi anunciada a descoberta de reservas no pré-sal. Na época, a justificativa foi a necessidade de encontrar uma solução para o aumento do quadro de funcionários. O complexo foi feito para abrigar cerca de 10 mil pessoas. Ele tem duas torres, de 19 e 15 andares, com um total de 185 mil m² de área construída e 1,7 mil vagas de estacionamento.

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Negócio foi alvo de investigações da Lava Jato

Mais tarde, o negócio se tornou alvo de investigações da Operação Lava Jato por suspeitas de ligações indevidas entre a então diretoria da Petrobras e da Wtorre. A construtora explicou que era proprietária do terreno de grandes dimensões nas imediações da sede da companhia e com um projeto de empreendimento corporativo aprovado. Daí, o imóvel foi apresentado à petroleira, que estava à procura de mais espaço para tocar suas operações.

A BR Properties informou, em teleconferência, que no momento em que o laudo pericial estiver finalizado, o juiz poderá chegar a uma decisão, o que provavelmente ocorrerá este ano. A partir daí, haverá mais clareza sobre valores finais e eventual opção de recurso. Procurada, a Petrobras não comentou.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 08/02/2023, às 18h02

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Prédios antigos refletidos na fachada do Centro Empresarial Senado, no Rio Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

Uma divergência antiga entre a Petrobras e a BR Properties pode chegar a uma primeira decisão nos próximos meses. Há cerca de dez anos, a Petrobras cobra na Justiça uma multa por atraso na entrega da obra do Centro Empresarial Senado, no Rio de Janeiro, onde fica uma grande porção dos escritórios da petroleira. O valor atualizado da causa está em R$ 183 milhões. A obra do edifício terminou em novembro de 2012, com seis meses de atraso, segundo alega a estatal. O empreendimento pertencia à One Properties, braço da construtora WTorre que foi incorporado nos anos seguintes pela BR Properties - que herdou esse passivo. A Petrobras tem contrato de locação no prédio administrativo com prazo de duração até o ano de 2029.

Dívida pode virar prazo maior de locação

Mesmo depois de tanto tempo na Justiça, a discussão ainda está na primeira instância. Agora, o juiz aguarda um laudo pericial para tomada de decisão, e a expectativa é que isso aconteça nos próximos meses. A BR Properties classifica a cobrança, em seu balanço, como uma perda possível. Se isso se confirmar, a dívida poderia, em tese, ser repassada para a WTorre, que foi a responsável pela obra lá trás. Do lado da Petrobras, em caso de não recebimento das multas cobradas, a companhia aceitaria converter os valores em prazo de locação proporcional ao dobro do valor da causa.

Novo prédio e reservas do pré-sal

A construção de um prédio administrativo para a Petrobras começou a ser pensada nos idos de 2006 - mesmo ano em que foi anunciada a descoberta de reservas no pré-sal. Na época, a justificativa foi a necessidade de encontrar uma solução para o aumento do quadro de funcionários. O complexo foi feito para abrigar cerca de 10 mil pessoas. Ele tem duas torres, de 19 e 15 andares, com um total de 185 mil m² de área construída e 1,7 mil vagas de estacionamento.

Negócio foi alvo de investigações da Lava Jato

Mais tarde, o negócio se tornou alvo de investigações da Operação Lava Jato por suspeitas de ligações indevidas entre a então diretoria da Petrobras e da Wtorre. A construtora explicou que era proprietária do terreno de grandes dimensões nas imediações da sede da companhia e com um projeto de empreendimento corporativo aprovado. Daí, o imóvel foi apresentado à petroleira, que estava à procura de mais espaço para tocar suas operações.

A BR Properties informou, em teleconferência, que no momento em que o laudo pericial estiver finalizado, o juiz poderá chegar a uma decisão, o que provavelmente ocorrerá este ano. A partir daí, haverá mais clareza sobre valores finais e eventual opção de recurso. Procurada, a Petrobras não comentou.

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Prédios antigos refletidos na fachada do Centro Empresarial Senado, no Rio Foto: Marcos de Paula/Agência Estado

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Dívida pode virar prazo maior de locação

Mesmo depois de tanto tempo na Justiça, a discussão ainda está na primeira instância. Agora, o juiz aguarda um laudo pericial para tomada de decisão, e a expectativa é que isso aconteça nos próximos meses. A BR Properties classifica a cobrança, em seu balanço, como uma perda possível. Se isso se confirmar, a dívida poderia, em tese, ser repassada para a WTorre, que foi a responsável pela obra lá trás. Do lado da Petrobras, em caso de não recebimento das multas cobradas, a companhia aceitaria converter os valores em prazo de locação proporcional ao dobro do valor da causa.

Novo prédio e reservas do pré-sal

A construção de um prédio administrativo para a Petrobras começou a ser pensada nos idos de 2006 - mesmo ano em que foi anunciada a descoberta de reservas no pré-sal. Na época, a justificativa foi a necessidade de encontrar uma solução para o aumento do quadro de funcionários. O complexo foi feito para abrigar cerca de 10 mil pessoas. Ele tem duas torres, de 19 e 15 andares, com um total de 185 mil m² de área construída e 1,7 mil vagas de estacionamento.

Negócio foi alvo de investigações da Lava Jato

Mais tarde, o negócio se tornou alvo de investigações da Operação Lava Jato por suspeitas de ligações indevidas entre a então diretoria da Petrobras e da Wtorre. A construtora explicou que era proprietária do terreno de grandes dimensões nas imediações da sede da companhia e com um projeto de empreendimento corporativo aprovado. Daí, o imóvel foi apresentado à petroleira, que estava à procura de mais espaço para tocar suas operações.

A BR Properties informou, em teleconferência, que no momento em que o laudo pericial estiver finalizado, o juiz poderá chegar a uma decisão, o que provavelmente ocorrerá este ano. A partir daí, haverá mais clareza sobre valores finais e eventual opção de recurso. Procurada, a Petrobras não comentou.

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