Bastidores do mundo dos negócios

EDP quer concluir fechamento de capital até meados de setembro


Empresa traça próximos passos e planeja atuar mais em energias solar e eólica

Por Wilian Miron
Empresa quer atuar de forma mais sinérgica com o braço de geração EDP Renováveis no Brasil Foto: Fernando Lima / EDP Renovaveis

Após realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) e alcançar 92,6% das ações da EDP Brasil, o grupo português que controla a empresa já começa a traçar os próximos passo após o fechamento do capital, com atuação mais sinérgica com o braço de geração EDP Renováveis e foco nos segmentos de energias solar e eólica, além de perspectivas de crescimento no projeto de hidrogênio verde em Pecém, no Ceará.

“Antes tínhamos dois veículos, e agora vamos trabalhar numa lógica de EDP no Brasil.”, disse ao Broadcast Energia o diretor-presidente da empresa, João Marques da Cruz. A aquisição de 100% das ações da EDP Brasil pela controladora Energias de Portugal deve ser concluída até meados de setembro, permitindo o fechamento do capital da empresa antes do prazo estimado inicialmente, em outubro. Hoje, restam menos de 5% dos ativos da empresa em circulação, após o grupo português alcançar uma participação de 92,6% Oferta Pública de Aquisição (OPA), e a empresa ter ainda 2,51% dos papéis em tesouraria.

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Nas próximas semanas a empresa deve convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE), na qual será debatido o resgate compulsório das ações que permaneceram com minoritários que não venderam na operação realizada no início de julho.

EDP quer expandir geração por meio de pequenas usinas solares

Na geração de energia, uma das principais frentes de crescimento que a empresa enxerga no momento é a geração distribuída (GD), por meio da implantação de pequenas usinas solares fotovoltaicas. A meta da empresa é encerrar este ano com 250 megawatts (MW) de capacidade instalada por meio de 40 usinas. Para o ano que vem a EDP quer alcançar 450 MW de geração de energia em GD.

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Essa energia será vendida no modelo de assinatura para consumidores da baixa tensão, principalmente dos segmentos de comércio e serviços que ainda não podem acessar o mercado livre de energia.

Em outra frente, a empresa quer avançar também na comercialização para consumidores do “grupo A”, atendidos em alta tensão, que poderão migrar a partir de 2024. Ao todo, aproximadamente 100 mil unidades consumidoras estão nessa categoria. Além disso, a EDP já começa a projetar a sua atuação na próxima etapa da liberalização do mercado de energia, que o executivo estima que acontecerá até 2028. “Somos uma grande empresa de comercialização, e o mercado livre está aumentando e vai aumentar ainda mais. Em janeiro teremos abertura a mais clientes sem restrições”.

Plano é investir R$ 30 bilhões e participar de leilões de transmissão

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Para fazer frente ao crescimento da empresa nos próximos anos, o grupo estima investimentos de R$ 30 bilhões. Segundo o executivo, metade dos investimentos será em geração de energia e a outra em redes, tanto na melhora do sistema de distribuição nas áreas onde já atua em São Paulo e Espírito Santo, quanto na transmissão, por meio da participação em leilões de ativos novos.

Para o certame que acontecerá em dezembro a empresa já estuda os lotes em que pretende fazer propostas, mas João Cruz adianta que a atuação será semelhante à do leilão de junho, no qual a empresa chegou a disputar um lote à viva-voz, mas abriu mão do ativo em nome da disciplina financeira.

Já no leilão de corrente contínua HVDC, que também está previsto para acontecer no fim do ano, a companhia também avalia, mas o executivo acha pouco provável a participação, uma vez que a EDP não possui projetos desse tipo em outras regiões onde atua. “Estamos analisando, mas em nenhuma região do mundo temos linhas de corrente contínua operando, o que pesa negativamente a nossa participação”.

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Empresa quer avançar na produção de hidrogênio verde

Na produção de hidrogênio verde, a empresa quer avançar com o projeto em Pecém, no Ceará, por meio de futuras expansões, e participar do leilão que será realizado na Alemanha. Além disso, a empresa quer disputar contratos em certames que entidades da Europa venham a fazer para compra da molécula. “Temos planos de expandir, mas vai depender da demanda. Se ela existir, podemos fazer investimentos, pois temos o capital”, comentou.

Outro foco da empresa para desenvolver o negócio de hidrogênio é buscar parcerias com indústrias locais que desejam desenvolver produtos verdes, visando a exportação. De acordo com o diretor-presidente da EDP, a companhia já tem conversas com empresas no Espírito Santo para construir uma planta no Estado. “Temos buscado soluções com entidades que têm interesse em produtos verdes”.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/07/23, às 17h29.

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Empresa quer atuar de forma mais sinérgica com o braço de geração EDP Renováveis no Brasil Foto: Fernando Lima / EDP Renovaveis

Após realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) e alcançar 92,6% das ações da EDP Brasil, o grupo português que controla a empresa já começa a traçar os próximos passo após o fechamento do capital, com atuação mais sinérgica com o braço de geração EDP Renováveis e foco nos segmentos de energias solar e eólica, além de perspectivas de crescimento no projeto de hidrogênio verde em Pecém, no Ceará.

“Antes tínhamos dois veículos, e agora vamos trabalhar numa lógica de EDP no Brasil.”, disse ao Broadcast Energia o diretor-presidente da empresa, João Marques da Cruz. A aquisição de 100% das ações da EDP Brasil pela controladora Energias de Portugal deve ser concluída até meados de setembro, permitindo o fechamento do capital da empresa antes do prazo estimado inicialmente, em outubro. Hoje, restam menos de 5% dos ativos da empresa em circulação, após o grupo português alcançar uma participação de 92,6% Oferta Pública de Aquisição (OPA), e a empresa ter ainda 2,51% dos papéis em tesouraria.

Nas próximas semanas a empresa deve convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE), na qual será debatido o resgate compulsório das ações que permaneceram com minoritários que não venderam na operação realizada no início de julho.

EDP quer expandir geração por meio de pequenas usinas solares

Na geração de energia, uma das principais frentes de crescimento que a empresa enxerga no momento é a geração distribuída (GD), por meio da implantação de pequenas usinas solares fotovoltaicas. A meta da empresa é encerrar este ano com 250 megawatts (MW) de capacidade instalada por meio de 40 usinas. Para o ano que vem a EDP quer alcançar 450 MW de geração de energia em GD.

Essa energia será vendida no modelo de assinatura para consumidores da baixa tensão, principalmente dos segmentos de comércio e serviços que ainda não podem acessar o mercado livre de energia.

Em outra frente, a empresa quer avançar também na comercialização para consumidores do “grupo A”, atendidos em alta tensão, que poderão migrar a partir de 2024. Ao todo, aproximadamente 100 mil unidades consumidoras estão nessa categoria. Além disso, a EDP já começa a projetar a sua atuação na próxima etapa da liberalização do mercado de energia, que o executivo estima que acontecerá até 2028. “Somos uma grande empresa de comercialização, e o mercado livre está aumentando e vai aumentar ainda mais. Em janeiro teremos abertura a mais clientes sem restrições”.

Plano é investir R$ 30 bilhões e participar de leilões de transmissão

Para fazer frente ao crescimento da empresa nos próximos anos, o grupo estima investimentos de R$ 30 bilhões. Segundo o executivo, metade dos investimentos será em geração de energia e a outra em redes, tanto na melhora do sistema de distribuição nas áreas onde já atua em São Paulo e Espírito Santo, quanto na transmissão, por meio da participação em leilões de ativos novos.

Para o certame que acontecerá em dezembro a empresa já estuda os lotes em que pretende fazer propostas, mas João Cruz adianta que a atuação será semelhante à do leilão de junho, no qual a empresa chegou a disputar um lote à viva-voz, mas abriu mão do ativo em nome da disciplina financeira.

Já no leilão de corrente contínua HVDC, que também está previsto para acontecer no fim do ano, a companhia também avalia, mas o executivo acha pouco provável a participação, uma vez que a EDP não possui projetos desse tipo em outras regiões onde atua. “Estamos analisando, mas em nenhuma região do mundo temos linhas de corrente contínua operando, o que pesa negativamente a nossa participação”.

Empresa quer avançar na produção de hidrogênio verde

Na produção de hidrogênio verde, a empresa quer avançar com o projeto em Pecém, no Ceará, por meio de futuras expansões, e participar do leilão que será realizado na Alemanha. Além disso, a empresa quer disputar contratos em certames que entidades da Europa venham a fazer para compra da molécula. “Temos planos de expandir, mas vai depender da demanda. Se ela existir, podemos fazer investimentos, pois temos o capital”, comentou.

Outro foco da empresa para desenvolver o negócio de hidrogênio é buscar parcerias com indústrias locais que desejam desenvolver produtos verdes, visando a exportação. De acordo com o diretor-presidente da EDP, a companhia já tem conversas com empresas no Espírito Santo para construir uma planta no Estado. “Temos buscado soluções com entidades que têm interesse em produtos verdes”.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/07/23, às 17h29.

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Empresa quer atuar de forma mais sinérgica com o braço de geração EDP Renováveis no Brasil Foto: Fernando Lima / EDP Renovaveis

Após realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) e alcançar 92,6% das ações da EDP Brasil, o grupo português que controla a empresa já começa a traçar os próximos passo após o fechamento do capital, com atuação mais sinérgica com o braço de geração EDP Renováveis e foco nos segmentos de energias solar e eólica, além de perspectivas de crescimento no projeto de hidrogênio verde em Pecém, no Ceará.

“Antes tínhamos dois veículos, e agora vamos trabalhar numa lógica de EDP no Brasil.”, disse ao Broadcast Energia o diretor-presidente da empresa, João Marques da Cruz. A aquisição de 100% das ações da EDP Brasil pela controladora Energias de Portugal deve ser concluída até meados de setembro, permitindo o fechamento do capital da empresa antes do prazo estimado inicialmente, em outubro. Hoje, restam menos de 5% dos ativos da empresa em circulação, após o grupo português alcançar uma participação de 92,6% Oferta Pública de Aquisição (OPA), e a empresa ter ainda 2,51% dos papéis em tesouraria.

Nas próximas semanas a empresa deve convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE), na qual será debatido o resgate compulsório das ações que permaneceram com minoritários que não venderam na operação realizada no início de julho.

EDP quer expandir geração por meio de pequenas usinas solares

Na geração de energia, uma das principais frentes de crescimento que a empresa enxerga no momento é a geração distribuída (GD), por meio da implantação de pequenas usinas solares fotovoltaicas. A meta da empresa é encerrar este ano com 250 megawatts (MW) de capacidade instalada por meio de 40 usinas. Para o ano que vem a EDP quer alcançar 450 MW de geração de energia em GD.

Essa energia será vendida no modelo de assinatura para consumidores da baixa tensão, principalmente dos segmentos de comércio e serviços que ainda não podem acessar o mercado livre de energia.

Em outra frente, a empresa quer avançar também na comercialização para consumidores do “grupo A”, atendidos em alta tensão, que poderão migrar a partir de 2024. Ao todo, aproximadamente 100 mil unidades consumidoras estão nessa categoria. Além disso, a EDP já começa a projetar a sua atuação na próxima etapa da liberalização do mercado de energia, que o executivo estima que acontecerá até 2028. “Somos uma grande empresa de comercialização, e o mercado livre está aumentando e vai aumentar ainda mais. Em janeiro teremos abertura a mais clientes sem restrições”.

Plano é investir R$ 30 bilhões e participar de leilões de transmissão

Para fazer frente ao crescimento da empresa nos próximos anos, o grupo estima investimentos de R$ 30 bilhões. Segundo o executivo, metade dos investimentos será em geração de energia e a outra em redes, tanto na melhora do sistema de distribuição nas áreas onde já atua em São Paulo e Espírito Santo, quanto na transmissão, por meio da participação em leilões de ativos novos.

Para o certame que acontecerá em dezembro a empresa já estuda os lotes em que pretende fazer propostas, mas João Cruz adianta que a atuação será semelhante à do leilão de junho, no qual a empresa chegou a disputar um lote à viva-voz, mas abriu mão do ativo em nome da disciplina financeira.

Já no leilão de corrente contínua HVDC, que também está previsto para acontecer no fim do ano, a companhia também avalia, mas o executivo acha pouco provável a participação, uma vez que a EDP não possui projetos desse tipo em outras regiões onde atua. “Estamos analisando, mas em nenhuma região do mundo temos linhas de corrente contínua operando, o que pesa negativamente a nossa participação”.

Empresa quer avançar na produção de hidrogênio verde

Na produção de hidrogênio verde, a empresa quer avançar com o projeto em Pecém, no Ceará, por meio de futuras expansões, e participar do leilão que será realizado na Alemanha. Além disso, a empresa quer disputar contratos em certames que entidades da Europa venham a fazer para compra da molécula. “Temos planos de expandir, mas vai depender da demanda. Se ela existir, podemos fazer investimentos, pois temos o capital”, comentou.

Outro foco da empresa para desenvolver o negócio de hidrogênio é buscar parcerias com indústrias locais que desejam desenvolver produtos verdes, visando a exportação. De acordo com o diretor-presidente da EDP, a companhia já tem conversas com empresas no Espírito Santo para construir uma planta no Estado. “Temos buscado soluções com entidades que têm interesse em produtos verdes”.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/07/23, às 17h29.

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