Bastidores do mundo dos negócios

Eletrobras prevê investir mais de R$ 2,5 bi em reforços e melhorias em 2024


Valor faz parte dos R$ 7 bilhões que a empresa pretende aplicar em até quatro anos

Por Ludmylla Rocha
Setor de transmissão de energia é 'extremamente estratégico' para a companhia, diz executivo Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 26/06/2010

A Eletrobras pretende investir mais de R$ 2,5 milhões em projetos de reforços e melhorias de transmissão ao longo de 2024, afirmou o vice-presidente executivo de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Élio Wolff, em entrevista ao Broadcast.

O montante faz parte dos cerca de R$ 7 bilhões que devem ser aportados na rubrica nos próximos três a quatro anos. No ano passado, a companhia já executou outros R$ 2,5 bilhões. “Acho que já está bastante claro e disseminado que o negócio de transmissão de energia é, logicamente, extremamente estratégico para a gente. Nesse primeiro momento, acaba sendo o nosso principal canal de crescimento orgânico”, disse o executivo.

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Para o ele, o segmento de transmissão oferece oportunidades “interessantes e relevantes seja via leilão seja via reforços” e, nesta segunda frente, tem um papel também de otimização e melhoria dos ativos da própria companhia.

Efetivação dos valores depende do andamento das obras

A efetivação dos aportes dependerá do andamento das obras. Segundo Wolff, a execução se dará de forma paulatina, conforme pactuado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele lembrou ainda que, para além do que é proposto pela própria companhia, há solicitações que são feitas também pelo governo.

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“Ainda há oportunidades para a gente, eventualmente, continuar a crescer esse volume de investimentos, mas é difícil falar como se distribui ano a ano. A nossa expectativa é que seja, no mínimo, o que a gente fez no ano passado, um pouco mais neste ano”, reforçou. Embora, em tese, isso diminua a previsão de aportes para os próximos anos, o mapeamento de novas oportunidades é contínuo, explicou o executivo.

“A gente tem um comitê interno de ativos que avalia permanentemente aquilo que é necessário fazer. Existem as equipes na ponta que identificam problemas, possibilidades e oportunidades. Eles vão trazendo para esse comitê e a gente avalia o que é efetivamente pertinente”, disse. A partir daí, critérios como urgência e importância da obra são considerados para eleger as prioridades, explicou.

Apetite por leilões de transmissão continua

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Para o executivo, a decisão de investimentos em reforços e melhorias não afeta o apetite por oportunidades em leilões de transmissão. “Não é uma estratégia excludente da outra. Acho que, no que diz respeito a leilão, a gente vem sendo bastante consistente nas nossas participações”, disse.

Wolff afirmou que, para a Eletrobras, a análise dos certames é uma atividade contínua. “À medida que setembro se aproxima, a gente intensifica os estudos daquele leilão. Estamos estudando todos os lotes. Ainda não temos uma opinião formada. No fim das contas, a gente só vai efetivamente dar publicidade daquilo que a gente vai fazer no dia do leilão”, disse.

Até o momento, a Eletrobras prevê $ 17 bilhões de investimentos em transmissão nos próximos anos, incluindo os R$ 7 bilhões de reforços e melhorias. Os quatro lotes arrematados em março e os dois de certames de 2022 e 2023 devem demandar R$ 6,8 bilhões de investimentos. Outros R$ 3 bilhões serão destinados ao linhão Manaus-Boa Vista, no qual a Eletrobras faz parceria com a Alupar.

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Ele lembra ainda que, embora os próximos certames sejam menores que os últimos três, que somaram R$ 56 bilhões em aportes, os próximos 10 anos devem trazer iniciativas de consumo que estimularão novas linhas, diante do aumento de demanda de energia por data centers, hidrogênio verde, entre outros impulsionadores.

Revisão da Receita Anual Permitida

Na terça-feira, 23, a diretoria da Aneel propôs a redução de 17,45% na Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias, cujos contratos de concessão foram prorrogados nos termos da lei 12.783/2013, com data de revisão originalmente prevista para julho de 2023, o que afeta, entre outras empresas, a própria Eletrobras.

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Questionado sobre o tema, Wolff afirmou que, embora esteja no radar da companhia, a proposta é muito recente para que seja possível comentá-la. “É cedo ainda para a gente ter algum tipo de julgamento”, afirmou. O tema está sob consulta pública até 23 de maio.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 25/04/24, às 14h42

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Setor de transmissão de energia é 'extremamente estratégico' para a companhia, diz executivo Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 26/06/2010

A Eletrobras pretende investir mais de R$ 2,5 milhões em projetos de reforços e melhorias de transmissão ao longo de 2024, afirmou o vice-presidente executivo de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Élio Wolff, em entrevista ao Broadcast.

O montante faz parte dos cerca de R$ 7 bilhões que devem ser aportados na rubrica nos próximos três a quatro anos. No ano passado, a companhia já executou outros R$ 2,5 bilhões. “Acho que já está bastante claro e disseminado que o negócio de transmissão de energia é, logicamente, extremamente estratégico para a gente. Nesse primeiro momento, acaba sendo o nosso principal canal de crescimento orgânico”, disse o executivo.

Para o ele, o segmento de transmissão oferece oportunidades “interessantes e relevantes seja via leilão seja via reforços” e, nesta segunda frente, tem um papel também de otimização e melhoria dos ativos da própria companhia.

Efetivação dos valores depende do andamento das obras

A efetivação dos aportes dependerá do andamento das obras. Segundo Wolff, a execução se dará de forma paulatina, conforme pactuado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele lembrou ainda que, para além do que é proposto pela própria companhia, há solicitações que são feitas também pelo governo.

“Ainda há oportunidades para a gente, eventualmente, continuar a crescer esse volume de investimentos, mas é difícil falar como se distribui ano a ano. A nossa expectativa é que seja, no mínimo, o que a gente fez no ano passado, um pouco mais neste ano”, reforçou. Embora, em tese, isso diminua a previsão de aportes para os próximos anos, o mapeamento de novas oportunidades é contínuo, explicou o executivo.

“A gente tem um comitê interno de ativos que avalia permanentemente aquilo que é necessário fazer. Existem as equipes na ponta que identificam problemas, possibilidades e oportunidades. Eles vão trazendo para esse comitê e a gente avalia o que é efetivamente pertinente”, disse. A partir daí, critérios como urgência e importância da obra são considerados para eleger as prioridades, explicou.

Apetite por leilões de transmissão continua

Para o executivo, a decisão de investimentos em reforços e melhorias não afeta o apetite por oportunidades em leilões de transmissão. “Não é uma estratégia excludente da outra. Acho que, no que diz respeito a leilão, a gente vem sendo bastante consistente nas nossas participações”, disse.

Wolff afirmou que, para a Eletrobras, a análise dos certames é uma atividade contínua. “À medida que setembro se aproxima, a gente intensifica os estudos daquele leilão. Estamos estudando todos os lotes. Ainda não temos uma opinião formada. No fim das contas, a gente só vai efetivamente dar publicidade daquilo que a gente vai fazer no dia do leilão”, disse.

Até o momento, a Eletrobras prevê $ 17 bilhões de investimentos em transmissão nos próximos anos, incluindo os R$ 7 bilhões de reforços e melhorias. Os quatro lotes arrematados em março e os dois de certames de 2022 e 2023 devem demandar R$ 6,8 bilhões de investimentos. Outros R$ 3 bilhões serão destinados ao linhão Manaus-Boa Vista, no qual a Eletrobras faz parceria com a Alupar.

Ele lembra ainda que, embora os próximos certames sejam menores que os últimos três, que somaram R$ 56 bilhões em aportes, os próximos 10 anos devem trazer iniciativas de consumo que estimularão novas linhas, diante do aumento de demanda de energia por data centers, hidrogênio verde, entre outros impulsionadores.

Revisão da Receita Anual Permitida

Na terça-feira, 23, a diretoria da Aneel propôs a redução de 17,45% na Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias, cujos contratos de concessão foram prorrogados nos termos da lei 12.783/2013, com data de revisão originalmente prevista para julho de 2023, o que afeta, entre outras empresas, a própria Eletrobras.

Questionado sobre o tema, Wolff afirmou que, embora esteja no radar da companhia, a proposta é muito recente para que seja possível comentá-la. “É cedo ainda para a gente ter algum tipo de julgamento”, afirmou. O tema está sob consulta pública até 23 de maio.

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Setor de transmissão de energia é 'extremamente estratégico' para a companhia, diz executivo Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 26/06/2010

A Eletrobras pretende investir mais de R$ 2,5 milhões em projetos de reforços e melhorias de transmissão ao longo de 2024, afirmou o vice-presidente executivo de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Élio Wolff, em entrevista ao Broadcast.

O montante faz parte dos cerca de R$ 7 bilhões que devem ser aportados na rubrica nos próximos três a quatro anos. No ano passado, a companhia já executou outros R$ 2,5 bilhões. “Acho que já está bastante claro e disseminado que o negócio de transmissão de energia é, logicamente, extremamente estratégico para a gente. Nesse primeiro momento, acaba sendo o nosso principal canal de crescimento orgânico”, disse o executivo.

Para o ele, o segmento de transmissão oferece oportunidades “interessantes e relevantes seja via leilão seja via reforços” e, nesta segunda frente, tem um papel também de otimização e melhoria dos ativos da própria companhia.

Efetivação dos valores depende do andamento das obras

A efetivação dos aportes dependerá do andamento das obras. Segundo Wolff, a execução se dará de forma paulatina, conforme pactuado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele lembrou ainda que, para além do que é proposto pela própria companhia, há solicitações que são feitas também pelo governo.

“Ainda há oportunidades para a gente, eventualmente, continuar a crescer esse volume de investimentos, mas é difícil falar como se distribui ano a ano. A nossa expectativa é que seja, no mínimo, o que a gente fez no ano passado, um pouco mais neste ano”, reforçou. Embora, em tese, isso diminua a previsão de aportes para os próximos anos, o mapeamento de novas oportunidades é contínuo, explicou o executivo.

“A gente tem um comitê interno de ativos que avalia permanentemente aquilo que é necessário fazer. Existem as equipes na ponta que identificam problemas, possibilidades e oportunidades. Eles vão trazendo para esse comitê e a gente avalia o que é efetivamente pertinente”, disse. A partir daí, critérios como urgência e importância da obra são considerados para eleger as prioridades, explicou.

Apetite por leilões de transmissão continua

Para o executivo, a decisão de investimentos em reforços e melhorias não afeta o apetite por oportunidades em leilões de transmissão. “Não é uma estratégia excludente da outra. Acho que, no que diz respeito a leilão, a gente vem sendo bastante consistente nas nossas participações”, disse.

Wolff afirmou que, para a Eletrobras, a análise dos certames é uma atividade contínua. “À medida que setembro se aproxima, a gente intensifica os estudos daquele leilão. Estamos estudando todos os lotes. Ainda não temos uma opinião formada. No fim das contas, a gente só vai efetivamente dar publicidade daquilo que a gente vai fazer no dia do leilão”, disse.

Até o momento, a Eletrobras prevê $ 17 bilhões de investimentos em transmissão nos próximos anos, incluindo os R$ 7 bilhões de reforços e melhorias. Os quatro lotes arrematados em março e os dois de certames de 2022 e 2023 devem demandar R$ 6,8 bilhões de investimentos. Outros R$ 3 bilhões serão destinados ao linhão Manaus-Boa Vista, no qual a Eletrobras faz parceria com a Alupar.

Ele lembra ainda que, embora os próximos certames sejam menores que os últimos três, que somaram R$ 56 bilhões em aportes, os próximos 10 anos devem trazer iniciativas de consumo que estimularão novas linhas, diante do aumento de demanda de energia por data centers, hidrogênio verde, entre outros impulsionadores.

Revisão da Receita Anual Permitida

Na terça-feira, 23, a diretoria da Aneel propôs a redução de 17,45% na Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias, cujos contratos de concessão foram prorrogados nos termos da lei 12.783/2013, com data de revisão originalmente prevista para julho de 2023, o que afeta, entre outras empresas, a própria Eletrobras.

Questionado sobre o tema, Wolff afirmou que, embora esteja no radar da companhia, a proposta é muito recente para que seja possível comentá-la. “É cedo ainda para a gente ter algum tipo de julgamento”, afirmou. O tema está sob consulta pública até 23 de maio.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 25/04/24, às 14h42

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O montante faz parte dos cerca de R$ 7 bilhões que devem ser aportados na rubrica nos próximos três a quatro anos. No ano passado, a companhia já executou outros R$ 2,5 bilhões. “Acho que já está bastante claro e disseminado que o negócio de transmissão de energia é, logicamente, extremamente estratégico para a gente. Nesse primeiro momento, acaba sendo o nosso principal canal de crescimento orgânico”, disse o executivo.

Para o ele, o segmento de transmissão oferece oportunidades “interessantes e relevantes seja via leilão seja via reforços” e, nesta segunda frente, tem um papel também de otimização e melhoria dos ativos da própria companhia.

Efetivação dos valores depende do andamento das obras

A efetivação dos aportes dependerá do andamento das obras. Segundo Wolff, a execução se dará de forma paulatina, conforme pactuado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele lembrou ainda que, para além do que é proposto pela própria companhia, há solicitações que são feitas também pelo governo.

“Ainda há oportunidades para a gente, eventualmente, continuar a crescer esse volume de investimentos, mas é difícil falar como se distribui ano a ano. A nossa expectativa é que seja, no mínimo, o que a gente fez no ano passado, um pouco mais neste ano”, reforçou. Embora, em tese, isso diminua a previsão de aportes para os próximos anos, o mapeamento de novas oportunidades é contínuo, explicou o executivo.

“A gente tem um comitê interno de ativos que avalia permanentemente aquilo que é necessário fazer. Existem as equipes na ponta que identificam problemas, possibilidades e oportunidades. Eles vão trazendo para esse comitê e a gente avalia o que é efetivamente pertinente”, disse. A partir daí, critérios como urgência e importância da obra são considerados para eleger as prioridades, explicou.

Apetite por leilões de transmissão continua

Para o executivo, a decisão de investimentos em reforços e melhorias não afeta o apetite por oportunidades em leilões de transmissão. “Não é uma estratégia excludente da outra. Acho que, no que diz respeito a leilão, a gente vem sendo bastante consistente nas nossas participações”, disse.

Wolff afirmou que, para a Eletrobras, a análise dos certames é uma atividade contínua. “À medida que setembro se aproxima, a gente intensifica os estudos daquele leilão. Estamos estudando todos os lotes. Ainda não temos uma opinião formada. No fim das contas, a gente só vai efetivamente dar publicidade daquilo que a gente vai fazer no dia do leilão”, disse.

Até o momento, a Eletrobras prevê $ 17 bilhões de investimentos em transmissão nos próximos anos, incluindo os R$ 7 bilhões de reforços e melhorias. Os quatro lotes arrematados em março e os dois de certames de 2022 e 2023 devem demandar R$ 6,8 bilhões de investimentos. Outros R$ 3 bilhões serão destinados ao linhão Manaus-Boa Vista, no qual a Eletrobras faz parceria com a Alupar.

Ele lembra ainda que, embora os próximos certames sejam menores que os últimos três, que somaram R$ 56 bilhões em aportes, os próximos 10 anos devem trazer iniciativas de consumo que estimularão novas linhas, diante do aumento de demanda de energia por data centers, hidrogênio verde, entre outros impulsionadores.

Revisão da Receita Anual Permitida

Na terça-feira, 23, a diretoria da Aneel propôs a redução de 17,45% na Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias, cujos contratos de concessão foram prorrogados nos termos da lei 12.783/2013, com data de revisão originalmente prevista para julho de 2023, o que afeta, entre outras empresas, a própria Eletrobras.

Questionado sobre o tema, Wolff afirmou que, embora esteja no radar da companhia, a proposta é muito recente para que seja possível comentá-la. “É cedo ainda para a gente ter algum tipo de julgamento”, afirmou. O tema está sob consulta pública até 23 de maio.

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Setor de transmissão de energia é 'extremamente estratégico' para a companhia, diz executivo Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil - 26/06/2010

A Eletrobras pretende investir mais de R$ 2,5 milhões em projetos de reforços e melhorias de transmissão ao longo de 2024, afirmou o vice-presidente executivo de Estratégia e de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Élio Wolff, em entrevista ao Broadcast.

O montante faz parte dos cerca de R$ 7 bilhões que devem ser aportados na rubrica nos próximos três a quatro anos. No ano passado, a companhia já executou outros R$ 2,5 bilhões. “Acho que já está bastante claro e disseminado que o negócio de transmissão de energia é, logicamente, extremamente estratégico para a gente. Nesse primeiro momento, acaba sendo o nosso principal canal de crescimento orgânico”, disse o executivo.

Para o ele, o segmento de transmissão oferece oportunidades “interessantes e relevantes seja via leilão seja via reforços” e, nesta segunda frente, tem um papel também de otimização e melhoria dos ativos da própria companhia.

Efetivação dos valores depende do andamento das obras

A efetivação dos aportes dependerá do andamento das obras. Segundo Wolff, a execução se dará de forma paulatina, conforme pactuado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele lembrou ainda que, para além do que é proposto pela própria companhia, há solicitações que são feitas também pelo governo.

“Ainda há oportunidades para a gente, eventualmente, continuar a crescer esse volume de investimentos, mas é difícil falar como se distribui ano a ano. A nossa expectativa é que seja, no mínimo, o que a gente fez no ano passado, um pouco mais neste ano”, reforçou. Embora, em tese, isso diminua a previsão de aportes para os próximos anos, o mapeamento de novas oportunidades é contínuo, explicou o executivo.

“A gente tem um comitê interno de ativos que avalia permanentemente aquilo que é necessário fazer. Existem as equipes na ponta que identificam problemas, possibilidades e oportunidades. Eles vão trazendo para esse comitê e a gente avalia o que é efetivamente pertinente”, disse. A partir daí, critérios como urgência e importância da obra são considerados para eleger as prioridades, explicou.

Apetite por leilões de transmissão continua

Para o executivo, a decisão de investimentos em reforços e melhorias não afeta o apetite por oportunidades em leilões de transmissão. “Não é uma estratégia excludente da outra. Acho que, no que diz respeito a leilão, a gente vem sendo bastante consistente nas nossas participações”, disse.

Wolff afirmou que, para a Eletrobras, a análise dos certames é uma atividade contínua. “À medida que setembro se aproxima, a gente intensifica os estudos daquele leilão. Estamos estudando todos os lotes. Ainda não temos uma opinião formada. No fim das contas, a gente só vai efetivamente dar publicidade daquilo que a gente vai fazer no dia do leilão”, disse.

Até o momento, a Eletrobras prevê $ 17 bilhões de investimentos em transmissão nos próximos anos, incluindo os R$ 7 bilhões de reforços e melhorias. Os quatro lotes arrematados em março e os dois de certames de 2022 e 2023 devem demandar R$ 6,8 bilhões de investimentos. Outros R$ 3 bilhões serão destinados ao linhão Manaus-Boa Vista, no qual a Eletrobras faz parceria com a Alupar.

Ele lembra ainda que, embora os próximos certames sejam menores que os últimos três, que somaram R$ 56 bilhões em aportes, os próximos 10 anos devem trazer iniciativas de consumo que estimularão novas linhas, diante do aumento de demanda de energia por data centers, hidrogênio verde, entre outros impulsionadores.

Revisão da Receita Anual Permitida

Na terça-feira, 23, a diretoria da Aneel propôs a redução de 17,45% na Receita Anual Permitida (RAP) das concessionárias, cujos contratos de concessão foram prorrogados nos termos da lei 12.783/2013, com data de revisão originalmente prevista para julho de 2023, o que afeta, entre outras empresas, a própria Eletrobras.

Questionado sobre o tema, Wolff afirmou que, embora esteja no radar da companhia, a proposta é muito recente para que seja possível comentá-la. “É cedo ainda para a gente ter algum tipo de julgamento”, afirmou. O tema está sob consulta pública até 23 de maio.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 25/04/24, às 14h42

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