Bastidores do mundo dos negócios

Eletrobras testa mercado em setembro para emissão histórica de R$ 7 bilhões


Bancos que coordenam oferta são obrigados a comprar os papéis se demanda for insuficiente

Por Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Oferta será feita em duas categorias - uma de infraestrutura, de R$ 4 bilhões, e outra com viés sustentável, de R$ 3 bilhões Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO CONTEÚDO

Pouco mais de um ano após ser privatizada, a Eletrobras fará em setembro a maior captação já realizada no mercado de renda fixa do Brasil, de R$ 7 bilhões em títulos de dívida (debêntures). BTG Pactual, Bradesco BBI, UBS BB e Santander são os bancos coordenadores da operação e terão o desafio de colocar uma oferta de volume um pouco fora da curva em um mercado que ainda começa a se recuperar de quatro meses seguidos de perdas. Fontes da Faria Lima comentam que as maiores ofertas do mercado de renda fixa local têm sido feitas em um limite de até R$ 5 bilhões.

Como todas as emissões desse mercado, a oferta da Eletrobras tem garantia firme dos bancos, ou seja, ficam obrigados a comprar os papéis caso a demanda não seja suficiente para acomodar o total da operação. Por isso, houve o cuidado de não alongar muito os prazos, para incentivar os investidores a comprar os papéis.

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A oferta será feita em duas tranches, uma de R$ 4 bilhões dentro das regras das debêntures de infraestrutura, que dá isenção de imposto de renda para os investidores pessoa física e tem prazo de vencimento oito anos. Normalmente, os prazos são mais longos em debêntures de infraestrutura, em torno de 10 e 15 anos, muitas vezes podendo superar tais prazos. A outra, de R$ 3 bilhões e prazo de cinco anos, têm apelo de sustentabilidade.

Definição da rentabilidade será em 15 de setembro

A definição da rentabilidade que os investidores vão receber está marcada para o dia 15 do mês que vem. A expectativa é de que a Eletrobras não enfrente dificuldades para emplacar a oferta. Fontes citam como exemplo a captação da empresa de saneamento Aegea, que teve demanda total de R$ 10 bilhões para uma operação de pouco mais de R$ 5 bilhões.

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A recuperação judicial da Light não deve ter repercussão nos preços das debêntures da Eletrobras, pois são casos muito diferentes, na visão de um banqueiro que não está na operação. Vale lembrar que a tranche incentivada tem como público alvo pessoas físicas que compraram debêntures da Light. As reservas para os papéis da Eletrobras começam no próximo dia 5 e vão até o dia 14.

Os recursos levantados por meio da tranche incentivada vão ser usados para o pagamento de outorgas de renovação da concessão de duas usinas subsidiárias da Eletrobras, Chesf e a Eletronorte. Uma das tranches terá remuneração do CDI mais uma taxa de até 2,15% ao ano - o valor final será definido no próximo dia 15 de setembro.

Maior operação com debêntures foi da Vale, em 2021

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Na Eletrobras, a comissão que os bancos coordenadores vão receber é de R$ 170 milhões, o equivalente a 2,4% da captação total. Recentemente repercutiu no mercado a comissão de quase R$ 1 bilhão paga pela Aegea - 17% da oferta total. Segundo um executivo, uma das razões é que a operação foi definida em um momento muito ruim no mercado, muito abalado pelas crises da Americanas e da Light.

No mercado de debêntures, a maior operação já feita foi a da Vale, em 2021, com a venda de R$ 11,5 bilhões. Porém, não foi uma emissão da mineradora, mas a venda de papéis que estavam em poder da União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 29/08/23, às 18h35.

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Oferta será feita em duas categorias - uma de infraestrutura, de R$ 4 bilhões, e outra com viés sustentável, de R$ 3 bilhões Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO CONTEÚDO

Pouco mais de um ano após ser privatizada, a Eletrobras fará em setembro a maior captação já realizada no mercado de renda fixa do Brasil, de R$ 7 bilhões em títulos de dívida (debêntures). BTG Pactual, Bradesco BBI, UBS BB e Santander são os bancos coordenadores da operação e terão o desafio de colocar uma oferta de volume um pouco fora da curva em um mercado que ainda começa a se recuperar de quatro meses seguidos de perdas. Fontes da Faria Lima comentam que as maiores ofertas do mercado de renda fixa local têm sido feitas em um limite de até R$ 5 bilhões.

Como todas as emissões desse mercado, a oferta da Eletrobras tem garantia firme dos bancos, ou seja, ficam obrigados a comprar os papéis caso a demanda não seja suficiente para acomodar o total da operação. Por isso, houve o cuidado de não alongar muito os prazos, para incentivar os investidores a comprar os papéis.

A oferta será feita em duas tranches, uma de R$ 4 bilhões dentro das regras das debêntures de infraestrutura, que dá isenção de imposto de renda para os investidores pessoa física e tem prazo de vencimento oito anos. Normalmente, os prazos são mais longos em debêntures de infraestrutura, em torno de 10 e 15 anos, muitas vezes podendo superar tais prazos. A outra, de R$ 3 bilhões e prazo de cinco anos, têm apelo de sustentabilidade.

Definição da rentabilidade será em 15 de setembro

A definição da rentabilidade que os investidores vão receber está marcada para o dia 15 do mês que vem. A expectativa é de que a Eletrobras não enfrente dificuldades para emplacar a oferta. Fontes citam como exemplo a captação da empresa de saneamento Aegea, que teve demanda total de R$ 10 bilhões para uma operação de pouco mais de R$ 5 bilhões.

A recuperação judicial da Light não deve ter repercussão nos preços das debêntures da Eletrobras, pois são casos muito diferentes, na visão de um banqueiro que não está na operação. Vale lembrar que a tranche incentivada tem como público alvo pessoas físicas que compraram debêntures da Light. As reservas para os papéis da Eletrobras começam no próximo dia 5 e vão até o dia 14.

Os recursos levantados por meio da tranche incentivada vão ser usados para o pagamento de outorgas de renovação da concessão de duas usinas subsidiárias da Eletrobras, Chesf e a Eletronorte. Uma das tranches terá remuneração do CDI mais uma taxa de até 2,15% ao ano - o valor final será definido no próximo dia 15 de setembro.

Maior operação com debêntures foi da Vale, em 2021

Na Eletrobras, a comissão que os bancos coordenadores vão receber é de R$ 170 milhões, o equivalente a 2,4% da captação total. Recentemente repercutiu no mercado a comissão de quase R$ 1 bilhão paga pela Aegea - 17% da oferta total. Segundo um executivo, uma das razões é que a operação foi definida em um momento muito ruim no mercado, muito abalado pelas crises da Americanas e da Light.

No mercado de debêntures, a maior operação já feita foi a da Vale, em 2021, com a venda de R$ 11,5 bilhões. Porém, não foi uma emissão da mineradora, mas a venda de papéis que estavam em poder da União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Como todas as emissões desse mercado, a oferta da Eletrobras tem garantia firme dos bancos, ou seja, ficam obrigados a comprar os papéis caso a demanda não seja suficiente para acomodar o total da operação. Por isso, houve o cuidado de não alongar muito os prazos, para incentivar os investidores a comprar os papéis.

A oferta será feita em duas tranches, uma de R$ 4 bilhões dentro das regras das debêntures de infraestrutura, que dá isenção de imposto de renda para os investidores pessoa física e tem prazo de vencimento oito anos. Normalmente, os prazos são mais longos em debêntures de infraestrutura, em torno de 10 e 15 anos, muitas vezes podendo superar tais prazos. A outra, de R$ 3 bilhões e prazo de cinco anos, têm apelo de sustentabilidade.

Definição da rentabilidade será em 15 de setembro

A definição da rentabilidade que os investidores vão receber está marcada para o dia 15 do mês que vem. A expectativa é de que a Eletrobras não enfrente dificuldades para emplacar a oferta. Fontes citam como exemplo a captação da empresa de saneamento Aegea, que teve demanda total de R$ 10 bilhões para uma operação de pouco mais de R$ 5 bilhões.

A recuperação judicial da Light não deve ter repercussão nos preços das debêntures da Eletrobras, pois são casos muito diferentes, na visão de um banqueiro que não está na operação. Vale lembrar que a tranche incentivada tem como público alvo pessoas físicas que compraram debêntures da Light. As reservas para os papéis da Eletrobras começam no próximo dia 5 e vão até o dia 14.

Os recursos levantados por meio da tranche incentivada vão ser usados para o pagamento de outorgas de renovação da concessão de duas usinas subsidiárias da Eletrobras, Chesf e a Eletronorte. Uma das tranches terá remuneração do CDI mais uma taxa de até 2,15% ao ano - o valor final será definido no próximo dia 15 de setembro.

Maior operação com debêntures foi da Vale, em 2021

Na Eletrobras, a comissão que os bancos coordenadores vão receber é de R$ 170 milhões, o equivalente a 2,4% da captação total. Recentemente repercutiu no mercado a comissão de quase R$ 1 bilhão paga pela Aegea - 17% da oferta total. Segundo um executivo, uma das razões é que a operação foi definida em um momento muito ruim no mercado, muito abalado pelas crises da Americanas e da Light.

No mercado de debêntures, a maior operação já feita foi a da Vale, em 2021, com a venda de R$ 11,5 bilhões. Porém, não foi uma emissão da mineradora, mas a venda de papéis que estavam em poder da União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Como todas as emissões desse mercado, a oferta da Eletrobras tem garantia firme dos bancos, ou seja, ficam obrigados a comprar os papéis caso a demanda não seja suficiente para acomodar o total da operação. Por isso, houve o cuidado de não alongar muito os prazos, para incentivar os investidores a comprar os papéis.

A oferta será feita em duas tranches, uma de R$ 4 bilhões dentro das regras das debêntures de infraestrutura, que dá isenção de imposto de renda para os investidores pessoa física e tem prazo de vencimento oito anos. Normalmente, os prazos são mais longos em debêntures de infraestrutura, em torno de 10 e 15 anos, muitas vezes podendo superar tais prazos. A outra, de R$ 3 bilhões e prazo de cinco anos, têm apelo de sustentabilidade.

Definição da rentabilidade será em 15 de setembro

A definição da rentabilidade que os investidores vão receber está marcada para o dia 15 do mês que vem. A expectativa é de que a Eletrobras não enfrente dificuldades para emplacar a oferta. Fontes citam como exemplo a captação da empresa de saneamento Aegea, que teve demanda total de R$ 10 bilhões para uma operação de pouco mais de R$ 5 bilhões.

A recuperação judicial da Light não deve ter repercussão nos preços das debêntures da Eletrobras, pois são casos muito diferentes, na visão de um banqueiro que não está na operação. Vale lembrar que a tranche incentivada tem como público alvo pessoas físicas que compraram debêntures da Light. As reservas para os papéis da Eletrobras começam no próximo dia 5 e vão até o dia 14.

Os recursos levantados por meio da tranche incentivada vão ser usados para o pagamento de outorgas de renovação da concessão de duas usinas subsidiárias da Eletrobras, Chesf e a Eletronorte. Uma das tranches terá remuneração do CDI mais uma taxa de até 2,15% ao ano - o valor final será definido no próximo dia 15 de setembro.

Maior operação com debêntures foi da Vale, em 2021

Na Eletrobras, a comissão que os bancos coordenadores vão receber é de R$ 170 milhões, o equivalente a 2,4% da captação total. Recentemente repercutiu no mercado a comissão de quase R$ 1 bilhão paga pela Aegea - 17% da oferta total. Segundo um executivo, uma das razões é que a operação foi definida em um momento muito ruim no mercado, muito abalado pelas crises da Americanas e da Light.

No mercado de debêntures, a maior operação já feita foi a da Vale, em 2021, com a venda de R$ 11,5 bilhões. Porém, não foi uma emissão da mineradora, mas a venda de papéis que estavam em poder da União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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Como todas as emissões desse mercado, a oferta da Eletrobras tem garantia firme dos bancos, ou seja, ficam obrigados a comprar os papéis caso a demanda não seja suficiente para acomodar o total da operação. Por isso, houve o cuidado de não alongar muito os prazos, para incentivar os investidores a comprar os papéis.

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Definição da rentabilidade será em 15 de setembro

A definição da rentabilidade que os investidores vão receber está marcada para o dia 15 do mês que vem. A expectativa é de que a Eletrobras não enfrente dificuldades para emplacar a oferta. Fontes citam como exemplo a captação da empresa de saneamento Aegea, que teve demanda total de R$ 10 bilhões para uma operação de pouco mais de R$ 5 bilhões.

A recuperação judicial da Light não deve ter repercussão nos preços das debêntures da Eletrobras, pois são casos muito diferentes, na visão de um banqueiro que não está na operação. Vale lembrar que a tranche incentivada tem como público alvo pessoas físicas que compraram debêntures da Light. As reservas para os papéis da Eletrobras começam no próximo dia 5 e vão até o dia 14.

Os recursos levantados por meio da tranche incentivada vão ser usados para o pagamento de outorgas de renovação da concessão de duas usinas subsidiárias da Eletrobras, Chesf e a Eletronorte. Uma das tranches terá remuneração do CDI mais uma taxa de até 2,15% ao ano - o valor final será definido no próximo dia 15 de setembro.

Maior operação com debêntures foi da Vale, em 2021

Na Eletrobras, a comissão que os bancos coordenadores vão receber é de R$ 170 milhões, o equivalente a 2,4% da captação total. Recentemente repercutiu no mercado a comissão de quase R$ 1 bilhão paga pela Aegea - 17% da oferta total. Segundo um executivo, uma das razões é que a operação foi definida em um momento muito ruim no mercado, muito abalado pelas crises da Americanas e da Light.

No mercado de debêntures, a maior operação já feita foi a da Vale, em 2021, com a venda de R$ 11,5 bilhões. Porém, não foi uma emissão da mineradora, mas a venda de papéis que estavam em poder da União e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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