Retrovisor. O histórico da participação da Neoenergia em diversos leilões de transmissão, e o fato de ter entrado na guerra de preço para a aquisição da Eletropaulo no ano passado, são apontados entre potenciais investidores como fatores que devem pesar na avaliação da companhia. No entanto, fontes próximas da operação defendem que a empresa é disciplinada em sua alocação de capital, e exatamente por isso não seguiu em frente na briga pela Eletropaulo quando o preço atingiu um nível mais elevado. Além disso, participou dos leilões respeitando a rentabilidade de cada ativo. A avaliação, ainda, é de que o fato dos investidores pedirem à empresa a realização de uma oferta primária, que é aquela em que o dinheiro vai para o caixa, prova que há confiança em relação à alocação de capital pela companhia.
No sapato. A atenção do mercado também está no "re-IPO" da CPFL, ou o relançamento da companhia na Bolsa, que deve trazer forte competição para a emissão da Neoenergia. A CPFL, da chinesa State Grid, deve lançar sua oferta no início de junho, ou seja, antes da concorrente. A favor da CPFL está o fato de já ser listada, apesar de ter hoje pouca liquidez, e apenas um acionista controlador, ao contrário da Neoenergia.
Experiência. Quando tentou abrir seu capital em dezembro de 2017, a Neoenergia não foi flexível no preço almejado para seu IPO e a oferta não emplacou. Na época pesou contra, ainda, a disputa que enfrentou com outras duas ofertas, a da BR Distribuidora e a do Burger King, que tiveram elevada demanda no mercado. Procurados, Banco do Brasil e Neoenergia não comentaram.
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