Bastidores do mundo dos negócios

Emccamp arruma casa para terceira tentativa de IPO


Incorporadora mineira espera que nova janela de oportunidade no mercado se abra no próximo ano com recuperação da economia

Por Circe Bonatelli
Atualização:
Residencial Avenida Dos Estados, entregue recentemente pela incorporadora mineira em Santo André (SP) Foto: Emccamp

A incorporadora mineira Emccamp, com sede em Belo Horizonte, já começou a trabalhar para concretizar a sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em um futuro próximo, após duas tentativas anteriores que não vingaram. A companhia chegou a contratar bancos e escritórios de advocacia em 2013 e 2020, mas o plano foi abortado devido à piora da economia nesses períodos. Por enquanto, uma nova janela de oportunidade ainda não se abriu, mas a expectativa é que isso acontecerá no próximo ano, diz o diretor financeiro e de relações com investidores da Emccamp, André Avelar.

Processo deve ser iniciado no segundo semestre

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Assim que o novo arcabouço fiscal entrar em vigor, a tendência será de queda dos juros e recuperação da economia, prevê. Se isso se confirmar, a empresa contratará o sindicato de bancos para o IPO no segundo semestre para começar a sondagem de investidores.

Empresa precisa definir sucessão

Mas, até a potencial oferta, algumas coisas serão feitas para deixar a casa em ordem, conta Avelar. A companhia já tem capital aberto, mas precisará passar da categoria B para a categoria A - que permite a emissão de ações. Já o segundo passo será definir o processo de sucessão dentro da empresa.

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A incorporadora foi fundada há 46 anos e é comandada até hoje pelos irmãos Regis e Eduardo Campos, na presidência executiva e do conselho, respectivamente. Como ambos já se aproximam dos 80 anos, vão passar o bastão para os filhos, que ocupam cargos na diretoria. O processo sucessório teve apoio da consultoria Kienbaum, e o resultado será anunciado nos próximos meses.

Empresa é uma das maiores operadoras do Minha Casa Minha Vida

O IPO será uma forma de perenizar a companhia, garantir o profissionalismo da governança e reforçar o caixa para crescimento, afirma Avelar. A Emccamp já é uma das maiores operadoras do Minha Casa Minha Vida. Atua nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Rio, onde constrói apartamentos nas faixas 2 e 3, além de unidades de até R$ 600 mil fora do programa. Em 2022, os lançamentos totalizaram R$ 1,06 bilhão (tendo praticamente o mesmo volume de vendas líquidas), enquanto para 2023 a estimativa é atingir cerca de R$ 1,2 bilhão.

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O faturamento cresceu 52% de 2021 para 2022, chegando a R$ 832 milhões. A previsão é passar de R$ 1 bilhão e alcançar R$ 1,5 bilhão em 2025, com margem líquida na ordem de 15% a 20% (hoje a margem ajustada está em 5%).

O dinheiro do futuro IPO ajudará na compra de terrenos e expansão dos lançamentos, com uma potencial diversificação das praças e produtos. Mas isso ocorreria de forma moderada, pondera o diretor. A meta não é fazer da Emccamp a maior do segmento, mas a mais rentável para os acionistas, afirma.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 14/04/2023, às 17h56

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Residencial Avenida Dos Estados, entregue recentemente pela incorporadora mineira em Santo André (SP) Foto: Emccamp

A incorporadora mineira Emccamp, com sede em Belo Horizonte, já começou a trabalhar para concretizar a sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em um futuro próximo, após duas tentativas anteriores que não vingaram. A companhia chegou a contratar bancos e escritórios de advocacia em 2013 e 2020, mas o plano foi abortado devido à piora da economia nesses períodos. Por enquanto, uma nova janela de oportunidade ainda não se abriu, mas a expectativa é que isso acontecerá no próximo ano, diz o diretor financeiro e de relações com investidores da Emccamp, André Avelar.

Processo deve ser iniciado no segundo semestre

Assim que o novo arcabouço fiscal entrar em vigor, a tendência será de queda dos juros e recuperação da economia, prevê. Se isso se confirmar, a empresa contratará o sindicato de bancos para o IPO no segundo semestre para começar a sondagem de investidores.

Empresa precisa definir sucessão

Mas, até a potencial oferta, algumas coisas serão feitas para deixar a casa em ordem, conta Avelar. A companhia já tem capital aberto, mas precisará passar da categoria B para a categoria A - que permite a emissão de ações. Já o segundo passo será definir o processo de sucessão dentro da empresa.

A incorporadora foi fundada há 46 anos e é comandada até hoje pelos irmãos Regis e Eduardo Campos, na presidência executiva e do conselho, respectivamente. Como ambos já se aproximam dos 80 anos, vão passar o bastão para os filhos, que ocupam cargos na diretoria. O processo sucessório teve apoio da consultoria Kienbaum, e o resultado será anunciado nos próximos meses.

Empresa é uma das maiores operadoras do Minha Casa Minha Vida

O IPO será uma forma de perenizar a companhia, garantir o profissionalismo da governança e reforçar o caixa para crescimento, afirma Avelar. A Emccamp já é uma das maiores operadoras do Minha Casa Minha Vida. Atua nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Rio, onde constrói apartamentos nas faixas 2 e 3, além de unidades de até R$ 600 mil fora do programa. Em 2022, os lançamentos totalizaram R$ 1,06 bilhão (tendo praticamente o mesmo volume de vendas líquidas), enquanto para 2023 a estimativa é atingir cerca de R$ 1,2 bilhão.

O faturamento cresceu 52% de 2021 para 2022, chegando a R$ 832 milhões. A previsão é passar de R$ 1 bilhão e alcançar R$ 1,5 bilhão em 2025, com margem líquida na ordem de 15% a 20% (hoje a margem ajustada está em 5%).

O dinheiro do futuro IPO ajudará na compra de terrenos e expansão dos lançamentos, com uma potencial diversificação das praças e produtos. Mas isso ocorreria de forma moderada, pondera o diretor. A meta não é fazer da Emccamp a maior do segmento, mas a mais rentável para os acionistas, afirma.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 14/04/2023, às 17h56

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Mas, até a potencial oferta, algumas coisas serão feitas para deixar a casa em ordem, conta Avelar. A companhia já tem capital aberto, mas precisará passar da categoria B para a categoria A - que permite a emissão de ações. Já o segundo passo será definir o processo de sucessão dentro da empresa.

A incorporadora foi fundada há 46 anos e é comandada até hoje pelos irmãos Regis e Eduardo Campos, na presidência executiva e do conselho, respectivamente. Como ambos já se aproximam dos 80 anos, vão passar o bastão para os filhos, que ocupam cargos na diretoria. O processo sucessório teve apoio da consultoria Kienbaum, e o resultado será anunciado nos próximos meses.

Empresa é uma das maiores operadoras do Minha Casa Minha Vida

O IPO será uma forma de perenizar a companhia, garantir o profissionalismo da governança e reforçar o caixa para crescimento, afirma Avelar. A Emccamp já é uma das maiores operadoras do Minha Casa Minha Vida. Atua nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Rio, onde constrói apartamentos nas faixas 2 e 3, além de unidades de até R$ 600 mil fora do programa. Em 2022, os lançamentos totalizaram R$ 1,06 bilhão (tendo praticamente o mesmo volume de vendas líquidas), enquanto para 2023 a estimativa é atingir cerca de R$ 1,2 bilhão.

O faturamento cresceu 52% de 2021 para 2022, chegando a R$ 832 milhões. A previsão é passar de R$ 1 bilhão e alcançar R$ 1,5 bilhão em 2025, com margem líquida na ordem de 15% a 20% (hoje a margem ajustada está em 5%).

O dinheiro do futuro IPO ajudará na compra de terrenos e expansão dos lançamentos, com uma potencial diversificação das praças e produtos. Mas isso ocorreria de forma moderada, pondera o diretor. A meta não é fazer da Emccamp a maior do segmento, mas a mais rentável para os acionistas, afirma.

Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 14/04/2023, às 17h56

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