Bastidores do mundo dos negócios

Empresas devem testar mercado com IPOs em 2024, prevê Citi


Investidor estrangeiro, essencial para que as aberturas de capital tenham sucesso, estão cautelosos

Por Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior
Para o executivo do Citi Brasil Eduardo Miras, já há investidores em busca de retorno acima da média no Brasil, mas "a questão é saber quem vai pular primeiro na piscina” Foto: Marcos Suguio/Citi

Apesar da alta demanda das ofertas de ações de empresas listadas ocorridas nos últimos dois meses, as novas companhias que querem entrar na bolsa devem deixar para testar o mercado no ano que vem. Essa é a opinião de profissionais envolvidos nesses processos. Embora essas operações já estejam começando a sair do papel, a expectativa é que devam ficar para 2024. O chefe do banco de investimento do Citi Brasil, Eduardo Miras, diz que já existem investidores dispostos a entrar em uma oferta de IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), mas provavelmente a um preço que pode não agradar as empresas. “Já há investidores buscando alpha (retorno acima da média do mercado), mas a questão é saber quem vai pular primeiro na piscina”, diz.

Segundo o executivo do Citi, o mercado de ações ainda está se normalizando e, comparado com o começo do ano, está mais animado. Mas sem euforia. O corte do juro, feito em agosto, era já antecipado. “Portanto, no médio prazo, não é o que faz a diferença”, acrescenta.

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O investidor estrangeiro, que é considerado essencial para que os IPOs parem em pé, estão cautelosos e ainda se preparando para um novo ciclo de investimentos em ativos de risco, entendendo o ponto de parada da alta do juro nos Estados Unidos e se não existe nenhuma surpresa à frente. Para ter os estrangeiros nas ofertas é preciso que elas sejam grandes, de no mínimo US$ 500 milhões, com capacidade de girar posteriormente na B3 entre US$ 5 milhões a US$ 10 milhões de negócios por dia. Um dos principais risco de entrada em uma oferta inicial é a liquidez desta nova ação depois em bolsa.

Cenário para apetite do investidor vai ficar mais claro a partir do mês que vem

Miras diz que a partir de setembro é que ficará mais claro como está o apetite dos estrangeiros. No começo de setembro se encerram as férias de verão no Hemisfério Norte e um maior fluxo de ofertas de ações no mercado norte-americano deve ocorrer. Ele cita que, de qualquer forma, tanto no exterior como localmente existe uma queda na volatilidade, o que é positivo para as bolsas.

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Iguá e a Aegea são empresas que estiveram à frente de leilões de concessões de saneamento, com exigências de investimento na casa dos bilhões e candidatas fortes a listagem em bolsa. Mas as informações de bastidores são de que o mais provável é que testem o mercado no primeiro trimestre de 2024. Ambas já levantaram mais de R$ 10 bilhões em recursos no mercado local de renda fixa e, no caso da Aegea, também junto ao banco de fomento internacional BID. Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, sócio da Aegea, declarou que o IPO vai acontecer em algum momento, mas ainda exige mais preparação da empresa, como na governança. Compass e Moove, duas empresas do Grupo Cosan são outros exemplos de companhias que já optaram por deixar suas estreias em bolsa para 2024.

Fora as gigantes de saneamento, que já tem registro da capital aberto, advogados envolvidos nesses processos comentam que não há mais prazo para sua obtenção junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma empresa que queira estrear na B3 ainda este ano. Pode até acontecer de sair algum IPO este ano, mas o grosso fica para o próximo, diz um destes profissionais.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 22/08/23, às 10h38.

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Para o executivo do Citi Brasil Eduardo Miras, já há investidores em busca de retorno acima da média no Brasil, mas "a questão é saber quem vai pular primeiro na piscina” Foto: Marcos Suguio/Citi

Apesar da alta demanda das ofertas de ações de empresas listadas ocorridas nos últimos dois meses, as novas companhias que querem entrar na bolsa devem deixar para testar o mercado no ano que vem. Essa é a opinião de profissionais envolvidos nesses processos. Embora essas operações já estejam começando a sair do papel, a expectativa é que devam ficar para 2024. O chefe do banco de investimento do Citi Brasil, Eduardo Miras, diz que já existem investidores dispostos a entrar em uma oferta de IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), mas provavelmente a um preço que pode não agradar as empresas. “Já há investidores buscando alpha (retorno acima da média do mercado), mas a questão é saber quem vai pular primeiro na piscina”, diz.

Segundo o executivo do Citi, o mercado de ações ainda está se normalizando e, comparado com o começo do ano, está mais animado. Mas sem euforia. O corte do juro, feito em agosto, era já antecipado. “Portanto, no médio prazo, não é o que faz a diferença”, acrescenta.

O investidor estrangeiro, que é considerado essencial para que os IPOs parem em pé, estão cautelosos e ainda se preparando para um novo ciclo de investimentos em ativos de risco, entendendo o ponto de parada da alta do juro nos Estados Unidos e se não existe nenhuma surpresa à frente. Para ter os estrangeiros nas ofertas é preciso que elas sejam grandes, de no mínimo US$ 500 milhões, com capacidade de girar posteriormente na B3 entre US$ 5 milhões a US$ 10 milhões de negócios por dia. Um dos principais risco de entrada em uma oferta inicial é a liquidez desta nova ação depois em bolsa.

Cenário para apetite do investidor vai ficar mais claro a partir do mês que vem

Miras diz que a partir de setembro é que ficará mais claro como está o apetite dos estrangeiros. No começo de setembro se encerram as férias de verão no Hemisfério Norte e um maior fluxo de ofertas de ações no mercado norte-americano deve ocorrer. Ele cita que, de qualquer forma, tanto no exterior como localmente existe uma queda na volatilidade, o que é positivo para as bolsas.

Iguá e a Aegea são empresas que estiveram à frente de leilões de concessões de saneamento, com exigências de investimento na casa dos bilhões e candidatas fortes a listagem em bolsa. Mas as informações de bastidores são de que o mais provável é que testem o mercado no primeiro trimestre de 2024. Ambas já levantaram mais de R$ 10 bilhões em recursos no mercado local de renda fixa e, no caso da Aegea, também junto ao banco de fomento internacional BID. Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, sócio da Aegea, declarou que o IPO vai acontecer em algum momento, mas ainda exige mais preparação da empresa, como na governança. Compass e Moove, duas empresas do Grupo Cosan são outros exemplos de companhias que já optaram por deixar suas estreias em bolsa para 2024.

Fora as gigantes de saneamento, que já tem registro da capital aberto, advogados envolvidos nesses processos comentam que não há mais prazo para sua obtenção junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma empresa que queira estrear na B3 ainda este ano. Pode até acontecer de sair algum IPO este ano, mas o grosso fica para o próximo, diz um destes profissionais.

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Para o executivo do Citi Brasil Eduardo Miras, já há investidores em busca de retorno acima da média no Brasil, mas "a questão é saber quem vai pular primeiro na piscina” Foto: Marcos Suguio/Citi

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Segundo o executivo do Citi, o mercado de ações ainda está se normalizando e, comparado com o começo do ano, está mais animado. Mas sem euforia. O corte do juro, feito em agosto, era já antecipado. “Portanto, no médio prazo, não é o que faz a diferença”, acrescenta.

O investidor estrangeiro, que é considerado essencial para que os IPOs parem em pé, estão cautelosos e ainda se preparando para um novo ciclo de investimentos em ativos de risco, entendendo o ponto de parada da alta do juro nos Estados Unidos e se não existe nenhuma surpresa à frente. Para ter os estrangeiros nas ofertas é preciso que elas sejam grandes, de no mínimo US$ 500 milhões, com capacidade de girar posteriormente na B3 entre US$ 5 milhões a US$ 10 milhões de negócios por dia. Um dos principais risco de entrada em uma oferta inicial é a liquidez desta nova ação depois em bolsa.

Cenário para apetite do investidor vai ficar mais claro a partir do mês que vem

Miras diz que a partir de setembro é que ficará mais claro como está o apetite dos estrangeiros. No começo de setembro se encerram as férias de verão no Hemisfério Norte e um maior fluxo de ofertas de ações no mercado norte-americano deve ocorrer. Ele cita que, de qualquer forma, tanto no exterior como localmente existe uma queda na volatilidade, o que é positivo para as bolsas.

Iguá e a Aegea são empresas que estiveram à frente de leilões de concessões de saneamento, com exigências de investimento na casa dos bilhões e candidatas fortes a listagem em bolsa. Mas as informações de bastidores são de que o mais provável é que testem o mercado no primeiro trimestre de 2024. Ambas já levantaram mais de R$ 10 bilhões em recursos no mercado local de renda fixa e, no caso da Aegea, também junto ao banco de fomento internacional BID. Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, sócio da Aegea, declarou que o IPO vai acontecer em algum momento, mas ainda exige mais preparação da empresa, como na governança. Compass e Moove, duas empresas do Grupo Cosan são outros exemplos de companhias que já optaram por deixar suas estreias em bolsa para 2024.

Fora as gigantes de saneamento, que já tem registro da capital aberto, advogados envolvidos nesses processos comentam que não há mais prazo para sua obtenção junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma empresa que queira estrear na B3 ainda este ano. Pode até acontecer de sair algum IPO este ano, mas o grosso fica para o próximo, diz um destes profissionais.

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Apesar da alta demanda das ofertas de ações de empresas listadas ocorridas nos últimos dois meses, as novas companhias que querem entrar na bolsa devem deixar para testar o mercado no ano que vem. Essa é a opinião de profissionais envolvidos nesses processos. Embora essas operações já estejam começando a sair do papel, a expectativa é que devam ficar para 2024. O chefe do banco de investimento do Citi Brasil, Eduardo Miras, diz que já existem investidores dispostos a entrar em uma oferta de IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês), mas provavelmente a um preço que pode não agradar as empresas. “Já há investidores buscando alpha (retorno acima da média do mercado), mas a questão é saber quem vai pular primeiro na piscina”, diz.

Segundo o executivo do Citi, o mercado de ações ainda está se normalizando e, comparado com o começo do ano, está mais animado. Mas sem euforia. O corte do juro, feito em agosto, era já antecipado. “Portanto, no médio prazo, não é o que faz a diferença”, acrescenta.

O investidor estrangeiro, que é considerado essencial para que os IPOs parem em pé, estão cautelosos e ainda se preparando para um novo ciclo de investimentos em ativos de risco, entendendo o ponto de parada da alta do juro nos Estados Unidos e se não existe nenhuma surpresa à frente. Para ter os estrangeiros nas ofertas é preciso que elas sejam grandes, de no mínimo US$ 500 milhões, com capacidade de girar posteriormente na B3 entre US$ 5 milhões a US$ 10 milhões de negócios por dia. Um dos principais risco de entrada em uma oferta inicial é a liquidez desta nova ação depois em bolsa.

Cenário para apetite do investidor vai ficar mais claro a partir do mês que vem

Miras diz que a partir de setembro é que ficará mais claro como está o apetite dos estrangeiros. No começo de setembro se encerram as férias de verão no Hemisfério Norte e um maior fluxo de ofertas de ações no mercado norte-americano deve ocorrer. Ele cita que, de qualquer forma, tanto no exterior como localmente existe uma queda na volatilidade, o que é positivo para as bolsas.

Iguá e a Aegea são empresas que estiveram à frente de leilões de concessões de saneamento, com exigências de investimento na casa dos bilhões e candidatas fortes a listagem em bolsa. Mas as informações de bastidores são de que o mais provável é que testem o mercado no primeiro trimestre de 2024. Ambas já levantaram mais de R$ 10 bilhões em recursos no mercado local de renda fixa e, no caso da Aegea, também junto ao banco de fomento internacional BID. Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, sócio da Aegea, declarou que o IPO vai acontecer em algum momento, mas ainda exige mais preparação da empresa, como na governança. Compass e Moove, duas empresas do Grupo Cosan são outros exemplos de companhias que já optaram por deixar suas estreias em bolsa para 2024.

Fora as gigantes de saneamento, que já tem registro da capital aberto, advogados envolvidos nesses processos comentam que não há mais prazo para sua obtenção junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma empresa que queira estrear na B3 ainda este ano. Pode até acontecer de sair algum IPO este ano, mas o grosso fica para o próximo, diz um destes profissionais.

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