Um novo estudo alerta para a possibilidade de “tensões contínuas” entre o acionista controlador das empresas estatais brasileiras - no caso o governo petista - e os investidores. Temas como a sucessão do comando das gigantes públicas e a política de remuneração da diretoria dessas companhias podem ser alvo de questionamentos e preocupação, segundo o relatório “Tendências Globais em Governança Corporativa 2023″, da consultoria internacional Russell Reynolds.
Apesar das preocupações com as estatais, o relatório aponta que há um “otimismo moderado” de que a governança das empresas públicas vai exigir mais transparência na sucessão do comando e na política de remuneração dos executivos. Nomes como o Banco do Brasil estão listados no Novo Mercado da B3, que exige as práticas mais elevadas de governança. O presidente Lula, porém, não tem poupado críticas a algumas companhias, como a política de definição de preços de combustíveis da Petrobras, e retirou outras sete empresas, como os Correios, da lista de possíveis privatizações em seu governo.
Conselhos de administração de empresas devem ser mais cobrados
Em outros temas sobre governança, a pesquisa da Russell Reynolds, que ouviu empresários ao redor do mundo, constata que em meio ao ambiente econômico mundial mais desafiador e um mercado de capitais mais difícil para captações corporativas, haverá mais cobrança pela qualidade e desempenho dos conselhos de administração das empresas e também em relação à performance do comando dessas companhias, principalmente o presidente (CEO). Haverá maior pressão para entrega de resultados, de acordo com o relatório.
Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 12/04/2023, às 17h18
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