Bastidores do mundo dos negócios

Ex-CEO da Gafisa volta à incorporação e se une a sócios da Aegea no Rio


Expectativa é lançar imóveis com potencial de vendas de R$ 500 milhões em 2025

Por Gabriel Baldocchi
Atualização:
Azo comprou o edifício A Noite para fazer um retrofit; potencial de vendas é de R$ 250 milhões Foto: Ulysses Moraes

Henrique Blecher virou presidente da Gafisa depois que o grupo comprou a incorporadora Bait, no Rio de Janeiro, por R$ 180 milhões, em 2022. Ficou menos de um ano no posto e retornou ao mercado com o lançamento de uma gestora de recursos centrada na área imobiliária. Com o fim da cláusula de não competição da Gafisa, agora volta à incorporação. Quer repetir a fórmula que deu certo na Bait, desta vez com a ajuda de um parceiro de peso: a Azo Inc., negócio imobiliário da família Vetorazzo, sócia do grupo de saneamento Aegea, ao lado de Itaúsa e o fundo soberano GIC. A Aegea venceu parte da concessão do Rio, num contrato de R$ 15 bilhões.

A parceria vai se concentrar em projetos de alto padrão no Rio e não impede que ambas sigam com projetos separados em paralelo. Em conjunto, a expectativa é lançar empreendimentos com R$ 500 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) em 2025. “Temos o mesmo DNA de fazer projetos especiais e eles têm um primor pela arquitetura. Vimos uma sinergia grande”, diz Blecher.

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À frente da Bait, Blecher ajudou a desenvolver, por exemplo, um prédio no terreno onde funcionou a clínica do cirurgião plástico Ivo Pintanguy, num projeto que incluiu o restauro do casarão. Já a Azo comprou da prefeitura do Rio o edifício A Noite para fazer um retrofit num dos prédios mais simbólicos da cidade, onde funcionou a Rádio Nacional e o jornal que dá apelido ao arranha-céu de 22 andares. O potencial de vendas do projeto é de R$ 250 milhões.

Expansão nacional

Antes denominada QOPP, a Azo atua há 21 anos em Campinas (SP) e chegou ao Rio depois que a família Vetorazzo, dona da Equipav (sócia da Aegea), decidiu dar um passo nacional. José de Albuquerque, CEO contratado para tocar o plano, diz que optou pelo Rio após analisar - e rejeitar - 32 opções de projetos em São Paulo. “São Paulo é um mercado pujante, mas é muito duro de fazer projetos”, diz o executivo.

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O executivo acumula mais de 30 anos de mercado imobiliário, com passagens por Brookfield e Valora Investimentos. Segundo ele, enquanto São Paulo lançou R$ 44 bilhões no ano passado, no Rio foram apenas R$ 8 bilhões. “Montamos uma unidade de negócios no Rio e vimos alguém com sangue carioca para nos ajudar. É uma via de mão de mão dupla. Temos um grupo muito forte como controlador da Azo.”

A atuação da família no saneamento do Rio foi um estímulo. Há perspectiva, por exemplo, de despoluição da Baía de Guanabara. Um dos projetos já no forno pela Azo é um conjunto de 60 casas suspensas com VGV de R$ 300 milhões, na região da Península, na Barra da Tijuca, em parceira com a Carvalho Hosken. Com o braço carioca, a incorporadora muda de patamar. Sai de R$ 340 milhões de lançamentos acumulados até 2022 e espera alcançar em breve R$ 1,5 bilhão em projetos por ano.

Incursão em loteamentos

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Blecher tampouco ficou parado enquanto esperava vencer a cláusula de não competição. Avançou com a gestora Nivi Capital e lançou um braço de loteamentos que agora vai se juntar à sua incorporadora, sob o nome de Origem.

Para frente, há planos de levar os loteamentos até para fora do Rio. Na incorporação, o executivo já idealizou um condomínio de casas com potencial de vendas de R$ 150 milhões. O projeto é assinado pelo arquiteto Duda Porto e traz um subsolo amplo para tirar os carros do nível das casas, com piscina, academia e spa concentradas no subterrâneo.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/09/2024, às 15h09.

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Azo comprou o edifício A Noite para fazer um retrofit; potencial de vendas é de R$ 250 milhões Foto: Ulysses Moraes

Henrique Blecher virou presidente da Gafisa depois que o grupo comprou a incorporadora Bait, no Rio de Janeiro, por R$ 180 milhões, em 2022. Ficou menos de um ano no posto e retornou ao mercado com o lançamento de uma gestora de recursos centrada na área imobiliária. Com o fim da cláusula de não competição da Gafisa, agora volta à incorporação. Quer repetir a fórmula que deu certo na Bait, desta vez com a ajuda de um parceiro de peso: a Azo Inc., negócio imobiliário da família Vetorazzo, sócia do grupo de saneamento Aegea, ao lado de Itaúsa e o fundo soberano GIC. A Aegea venceu parte da concessão do Rio, num contrato de R$ 15 bilhões.

A parceria vai se concentrar em projetos de alto padrão no Rio e não impede que ambas sigam com projetos separados em paralelo. Em conjunto, a expectativa é lançar empreendimentos com R$ 500 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) em 2025. “Temos o mesmo DNA de fazer projetos especiais e eles têm um primor pela arquitetura. Vimos uma sinergia grande”, diz Blecher.

À frente da Bait, Blecher ajudou a desenvolver, por exemplo, um prédio no terreno onde funcionou a clínica do cirurgião plástico Ivo Pintanguy, num projeto que incluiu o restauro do casarão. Já a Azo comprou da prefeitura do Rio o edifício A Noite para fazer um retrofit num dos prédios mais simbólicos da cidade, onde funcionou a Rádio Nacional e o jornal que dá apelido ao arranha-céu de 22 andares. O potencial de vendas do projeto é de R$ 250 milhões.

Expansão nacional

Antes denominada QOPP, a Azo atua há 21 anos em Campinas (SP) e chegou ao Rio depois que a família Vetorazzo, dona da Equipav (sócia da Aegea), decidiu dar um passo nacional. José de Albuquerque, CEO contratado para tocar o plano, diz que optou pelo Rio após analisar - e rejeitar - 32 opções de projetos em São Paulo. “São Paulo é um mercado pujante, mas é muito duro de fazer projetos”, diz o executivo.

O executivo acumula mais de 30 anos de mercado imobiliário, com passagens por Brookfield e Valora Investimentos. Segundo ele, enquanto São Paulo lançou R$ 44 bilhões no ano passado, no Rio foram apenas R$ 8 bilhões. “Montamos uma unidade de negócios no Rio e vimos alguém com sangue carioca para nos ajudar. É uma via de mão de mão dupla. Temos um grupo muito forte como controlador da Azo.”

A atuação da família no saneamento do Rio foi um estímulo. Há perspectiva, por exemplo, de despoluição da Baía de Guanabara. Um dos projetos já no forno pela Azo é um conjunto de 60 casas suspensas com VGV de R$ 300 milhões, na região da Península, na Barra da Tijuca, em parceira com a Carvalho Hosken. Com o braço carioca, a incorporadora muda de patamar. Sai de R$ 340 milhões de lançamentos acumulados até 2022 e espera alcançar em breve R$ 1,5 bilhão em projetos por ano.

Incursão em loteamentos

Blecher tampouco ficou parado enquanto esperava vencer a cláusula de não competição. Avançou com a gestora Nivi Capital e lançou um braço de loteamentos que agora vai se juntar à sua incorporadora, sob o nome de Origem.

Para frente, há planos de levar os loteamentos até para fora do Rio. Na incorporação, o executivo já idealizou um condomínio de casas com potencial de vendas de R$ 150 milhões. O projeto é assinado pelo arquiteto Duda Porto e traz um subsolo amplo para tirar os carros do nível das casas, com piscina, academia e spa concentradas no subterrâneo.

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Henrique Blecher virou presidente da Gafisa depois que o grupo comprou a incorporadora Bait, no Rio de Janeiro, por R$ 180 milhões, em 2022. Ficou menos de um ano no posto e retornou ao mercado com o lançamento de uma gestora de recursos centrada na área imobiliária. Com o fim da cláusula de não competição da Gafisa, agora volta à incorporação. Quer repetir a fórmula que deu certo na Bait, desta vez com a ajuda de um parceiro de peso: a Azo Inc., negócio imobiliário da família Vetorazzo, sócia do grupo de saneamento Aegea, ao lado de Itaúsa e o fundo soberano GIC. A Aegea venceu parte da concessão do Rio, num contrato de R$ 15 bilhões.

A parceria vai se concentrar em projetos de alto padrão no Rio e não impede que ambas sigam com projetos separados em paralelo. Em conjunto, a expectativa é lançar empreendimentos com R$ 500 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV) em 2025. “Temos o mesmo DNA de fazer projetos especiais e eles têm um primor pela arquitetura. Vimos uma sinergia grande”, diz Blecher.

À frente da Bait, Blecher ajudou a desenvolver, por exemplo, um prédio no terreno onde funcionou a clínica do cirurgião plástico Ivo Pintanguy, num projeto que incluiu o restauro do casarão. Já a Azo comprou da prefeitura do Rio o edifício A Noite para fazer um retrofit num dos prédios mais simbólicos da cidade, onde funcionou a Rádio Nacional e o jornal que dá apelido ao arranha-céu de 22 andares. O potencial de vendas do projeto é de R$ 250 milhões.

Expansão nacional

Antes denominada QOPP, a Azo atua há 21 anos em Campinas (SP) e chegou ao Rio depois que a família Vetorazzo, dona da Equipav (sócia da Aegea), decidiu dar um passo nacional. José de Albuquerque, CEO contratado para tocar o plano, diz que optou pelo Rio após analisar - e rejeitar - 32 opções de projetos em São Paulo. “São Paulo é um mercado pujante, mas é muito duro de fazer projetos”, diz o executivo.

O executivo acumula mais de 30 anos de mercado imobiliário, com passagens por Brookfield e Valora Investimentos. Segundo ele, enquanto São Paulo lançou R$ 44 bilhões no ano passado, no Rio foram apenas R$ 8 bilhões. “Montamos uma unidade de negócios no Rio e vimos alguém com sangue carioca para nos ajudar. É uma via de mão de mão dupla. Temos um grupo muito forte como controlador da Azo.”

A atuação da família no saneamento do Rio foi um estímulo. Há perspectiva, por exemplo, de despoluição da Baía de Guanabara. Um dos projetos já no forno pela Azo é um conjunto de 60 casas suspensas com VGV de R$ 300 milhões, na região da Península, na Barra da Tijuca, em parceira com a Carvalho Hosken. Com o braço carioca, a incorporadora muda de patamar. Sai de R$ 340 milhões de lançamentos acumulados até 2022 e espera alcançar em breve R$ 1,5 bilhão em projetos por ano.

Incursão em loteamentos

Blecher tampouco ficou parado enquanto esperava vencer a cláusula de não competição. Avançou com a gestora Nivi Capital e lançou um braço de loteamentos que agora vai se juntar à sua incorporadora, sob o nome de Origem.

Para frente, há planos de levar os loteamentos até para fora do Rio. Na incorporação, o executivo já idealizou um condomínio de casas com potencial de vendas de R$ 150 milhões. O projeto é assinado pelo arquiteto Duda Porto e traz um subsolo amplo para tirar os carros do nível das casas, com piscina, academia e spa concentradas no subterrâneo.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/09/2024, às 15h09.

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