Bastidores do mundo dos negócios

Família fundadora da Tok&Stok diz não haver trava para SPX sair da Mobly


Os Dubrule querem cancelar acordo de venda do controle da varejista de móveis

Por Cristiane Barbieri
Venda de fatia da SPX na Tok&Stok à Mobly criaria empresa com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão Foto: Taba Benedicto/Estadão - 27/04/2023

A família Dubrule, fundadora e acionista da Tok&Stok, informou à 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo que a gestora SPX, controladora do negócio, poderia sair a qualquer momento da sociedade que formará a nova Mobly, sem necessidade de ficar dois anos no negócio, conforme anunciado ao mercado. Os Dubrule querem cancelar o acordo de venda da fatia da Tok&Stok que pertence à SPX para a Mobly e que criaria a maior empresa de móveis e decorações da América Latina, com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão.

Ao terem acesso ao acordo de compra e venda da Tok&Stok, os Dubrule dizem ter percebido que a cláusula, pela qual a SPX teria de ficar na nova Mobly por dois anos, foi redigida de maneira que a gestora possa sair do negócio no vencimento dos fundos que compraram a Tok&Stok. Vale o que acontecer primeiro: os dois anos de trava ou o vencimento dos fundos.

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Segundo os Dubrule, dois desses fundos vencem em novembro e um em julho do ano que vem. Antes, portanto, do período que permitiria a recuperação da Tok&Stok. Para a família, isso significaria que a SPX não tem qualquer trava e poderia sair do negócio meses após ser concretizado. Com isso, enganaram todos, inclusive os investidores.

Segundo fonte próxima à SPX, porém, vários fundos foram usados para investimentos na Tok&Stok ao longo dos anos. Com prazos de investimento diferentes, em alguns casos, a trava de dois anos extrapola o limite legal dos fundos. “Mas a imensa maioria dos fundos tem prazo legal para aderir ao lock-up (trava que impede a saída) e o fará”, diz a fonte. “O mesmo vale para as debêntures conversíveis, que também terão lock-up.”

Promotoria não vê vícios

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Ontem, 20, a Promotoria de Justiça de Falências, do Ministério Público de São Paulo, soltou parecer no qual diz não ver vícios no pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok. Para o MP, o porcentual de credores que aderiram ao plano foi considerado adequado, bem como o fato de o pedido ter sido apresentado após deliberação da diretoria e da concordância do acionista controlador.

No entanto, a promotoria pediu que fosse juntada a ata da assembleia geral, que ratifica a decisão da diretoria. Para o MP, questões societárias (como as petições e demandas que vêm sendo apresentadas pela família fundadora junto à 2ª Vara) fogem de sua alçada e devem ser apreciadas pelo juízo arbitral.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 21/08/2024, às 16h54.

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Venda de fatia da SPX na Tok&Stok à Mobly criaria empresa com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão Foto: Taba Benedicto/Estadão - 27/04/2023

A família Dubrule, fundadora e acionista da Tok&Stok, informou à 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo que a gestora SPX, controladora do negócio, poderia sair a qualquer momento da sociedade que formará a nova Mobly, sem necessidade de ficar dois anos no negócio, conforme anunciado ao mercado. Os Dubrule querem cancelar o acordo de venda da fatia da Tok&Stok que pertence à SPX para a Mobly e que criaria a maior empresa de móveis e decorações da América Latina, com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão.

Ao terem acesso ao acordo de compra e venda da Tok&Stok, os Dubrule dizem ter percebido que a cláusula, pela qual a SPX teria de ficar na nova Mobly por dois anos, foi redigida de maneira que a gestora possa sair do negócio no vencimento dos fundos que compraram a Tok&Stok. Vale o que acontecer primeiro: os dois anos de trava ou o vencimento dos fundos.

Segundo os Dubrule, dois desses fundos vencem em novembro e um em julho do ano que vem. Antes, portanto, do período que permitiria a recuperação da Tok&Stok. Para a família, isso significaria que a SPX não tem qualquer trava e poderia sair do negócio meses após ser concretizado. Com isso, enganaram todos, inclusive os investidores.

Segundo fonte próxima à SPX, porém, vários fundos foram usados para investimentos na Tok&Stok ao longo dos anos. Com prazos de investimento diferentes, em alguns casos, a trava de dois anos extrapola o limite legal dos fundos. “Mas a imensa maioria dos fundos tem prazo legal para aderir ao lock-up (trava que impede a saída) e o fará”, diz a fonte. “O mesmo vale para as debêntures conversíveis, que também terão lock-up.”

Promotoria não vê vícios

Ontem, 20, a Promotoria de Justiça de Falências, do Ministério Público de São Paulo, soltou parecer no qual diz não ver vícios no pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok. Para o MP, o porcentual de credores que aderiram ao plano foi considerado adequado, bem como o fato de o pedido ter sido apresentado após deliberação da diretoria e da concordância do acionista controlador.

No entanto, a promotoria pediu que fosse juntada a ata da assembleia geral, que ratifica a decisão da diretoria. Para o MP, questões societárias (como as petições e demandas que vêm sendo apresentadas pela família fundadora junto à 2ª Vara) fogem de sua alçada e devem ser apreciadas pelo juízo arbitral.

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Venda de fatia da SPX na Tok&Stok à Mobly criaria empresa com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão Foto: Taba Benedicto/Estadão - 27/04/2023

A família Dubrule, fundadora e acionista da Tok&Stok, informou à 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo que a gestora SPX, controladora do negócio, poderia sair a qualquer momento da sociedade que formará a nova Mobly, sem necessidade de ficar dois anos no negócio, conforme anunciado ao mercado. Os Dubrule querem cancelar o acordo de venda da fatia da Tok&Stok que pertence à SPX para a Mobly e que criaria a maior empresa de móveis e decorações da América Latina, com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão.

Ao terem acesso ao acordo de compra e venda da Tok&Stok, os Dubrule dizem ter percebido que a cláusula, pela qual a SPX teria de ficar na nova Mobly por dois anos, foi redigida de maneira que a gestora possa sair do negócio no vencimento dos fundos que compraram a Tok&Stok. Vale o que acontecer primeiro: os dois anos de trava ou o vencimento dos fundos.

Segundo os Dubrule, dois desses fundos vencem em novembro e um em julho do ano que vem. Antes, portanto, do período que permitiria a recuperação da Tok&Stok. Para a família, isso significaria que a SPX não tem qualquer trava e poderia sair do negócio meses após ser concretizado. Com isso, enganaram todos, inclusive os investidores.

Segundo fonte próxima à SPX, porém, vários fundos foram usados para investimentos na Tok&Stok ao longo dos anos. Com prazos de investimento diferentes, em alguns casos, a trava de dois anos extrapola o limite legal dos fundos. “Mas a imensa maioria dos fundos tem prazo legal para aderir ao lock-up (trava que impede a saída) e o fará”, diz a fonte. “O mesmo vale para as debêntures conversíveis, que também terão lock-up.”

Promotoria não vê vícios

Ontem, 20, a Promotoria de Justiça de Falências, do Ministério Público de São Paulo, soltou parecer no qual diz não ver vícios no pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok. Para o MP, o porcentual de credores que aderiram ao plano foi considerado adequado, bem como o fato de o pedido ter sido apresentado após deliberação da diretoria e da concordância do acionista controlador.

No entanto, a promotoria pediu que fosse juntada a ata da assembleia geral, que ratifica a decisão da diretoria. Para o MP, questões societárias (como as petições e demandas que vêm sendo apresentadas pela família fundadora junto à 2ª Vara) fogem de sua alçada e devem ser apreciadas pelo juízo arbitral.

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A família Dubrule, fundadora e acionista da Tok&Stok, informou à 2ª Vara Empresarial e de Conflitos de Arbitragem de São Paulo que a gestora SPX, controladora do negócio, poderia sair a qualquer momento da sociedade que formará a nova Mobly, sem necessidade de ficar dois anos no negócio, conforme anunciado ao mercado. Os Dubrule querem cancelar o acordo de venda da fatia da Tok&Stok que pertence à SPX para a Mobly e que criaria a maior empresa de móveis e decorações da América Latina, com faturamento anual de R$ 1,6 bilhão.

Ao terem acesso ao acordo de compra e venda da Tok&Stok, os Dubrule dizem ter percebido que a cláusula, pela qual a SPX teria de ficar na nova Mobly por dois anos, foi redigida de maneira que a gestora possa sair do negócio no vencimento dos fundos que compraram a Tok&Stok. Vale o que acontecer primeiro: os dois anos de trava ou o vencimento dos fundos.

Segundo os Dubrule, dois desses fundos vencem em novembro e um em julho do ano que vem. Antes, portanto, do período que permitiria a recuperação da Tok&Stok. Para a família, isso significaria que a SPX não tem qualquer trava e poderia sair do negócio meses após ser concretizado. Com isso, enganaram todos, inclusive os investidores.

Segundo fonte próxima à SPX, porém, vários fundos foram usados para investimentos na Tok&Stok ao longo dos anos. Com prazos de investimento diferentes, em alguns casos, a trava de dois anos extrapola o limite legal dos fundos. “Mas a imensa maioria dos fundos tem prazo legal para aderir ao lock-up (trava que impede a saída) e o fará”, diz a fonte. “O mesmo vale para as debêntures conversíveis, que também terão lock-up.”

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No entanto, a promotoria pediu que fosse juntada a ata da assembleia geral, que ratifica a decisão da diretoria. Para o MP, questões societárias (como as petições e demandas que vêm sendo apresentadas pela família fundadora junto à 2ª Vara) fogem de sua alçada e devem ser apreciadas pelo juízo arbitral.

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Segundo os Dubrule, dois desses fundos vencem em novembro e um em julho do ano que vem. Antes, portanto, do período que permitiria a recuperação da Tok&Stok. Para a família, isso significaria que a SPX não tem qualquer trava e poderia sair do negócio meses após ser concretizado. Com isso, enganaram todos, inclusive os investidores.

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No entanto, a promotoria pediu que fosse juntada a ata da assembleia geral, que ratifica a decisão da diretoria. Para o MP, questões societárias (como as petições e demandas que vêm sendo apresentadas pela família fundadora junto à 2ª Vara) fogem de sua alçada e devem ser apreciadas pelo juízo arbitral.

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