Grandes farmacêuticas começam a se posicionar para participar do processo de venda da Medley no Brasil, empresa que os franceses da Sanofi colocaram à venda, de acordo com fontes. A Lazard foi contratada para assessorar a transação. O processo terá início no começo de 2025 e deve girar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão.
Potenciais interessados incluem grandes empresas como EMS, Neo Química, Aché e, em menor grau, nomes como Eurofarma e Hypera, acrescentam as fontes. Bancos de investimento e empresas do setor já começaram um trabalho para se posicionar, mesmo sem o processo formal ter sido lançado.
A operação pode atrair também empresas estrangeiras que não operam no Brasil, mas banqueiros de investimento não acreditam que investidores financeiros, como fundos de private equity, vão entrar forte. “A Medley é um balcão grande”, observa uma fonte, falando que a operação deve atrair um concorrente, em busca de sinergias. Com essa visão, as empresas podem estar dispostas a pagar mais que um investidor puramente financeiro.
Aquisição ocorreu em 2009
A Sanofi comprou a Medley no Brasil em 2009, por R$ 1,5 bilhão. Com isso, passou a ser a líder no concorrido mercado de genéricos no País, hoje disputado por várias outras empresas. A empresa tem Ebitda (lucro antes dos impostos, juros, depreciações e amortizações) na casa dos R$ 400 milhões por ano.
Procurada, a Sanofi informou que não comenta especulações do mercado. “A Medley, unidade de genéricos da Sanofi, continua totalmente comprometida com sua missão de democratizar o acesso à saúde para os brasileiros, oferecendo medicamentos de alta qualidade e segurança, e todas as operações seguem normalmente”, afirma a nota do grupo francês.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 09/12/2024, às 15:56.
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