A fintech BMP Money se prepara para “virar” banco. Até o fim deste ano, espera concluir uma revisão do negócio realizada pela consultoria Falconi. Vencida essa etapa, solicitará ao Banco Central uma licença de banco múltiplo. A fintech espera que a licença seja concedida em 2024.
Hoje uma sociedade de crédito direto (SCD), a BMP pode conceder crédito, mas tem limitações: não consegue emitir cartões ou fazer captações de recursos no mercado. Além disso, não consegue atuar em todas as linhas de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Empresa presta serviço a varejistas e grandes bancos
A fintech tem hoje R$ 700 milhões em carteira, entre empréstimos com capital próprio e de linhas do BNDES, e vê na licença uma importante alavanca. O CEO, Carlos Benitez, afirma que os empréstimos podem aumentar cinco vezes a partir do momento em que a BMP for, de fato, um banco. Ele também vê ganhos importantes de controladoria e governança no movimento.
A BMP presta serviço a uma série de empresas, como Magazine Luiza, Via, Kavak e Mercado Pago, e também a grandes bancos. Além de montar plataformas tecnológicas de acordo com a regulação do BC, presta serviços de crédito, fazendo a análise de riscos das operações e a distribuição, por exemplo.
Ano passado, a BMP movimentou R$ 20 bilhões em operações de crédito, 90% a mais que em 2021, e neste ano, a expectativa é chegar a até R$ 35 bilhões.
Esta coluna foi publicada no Broadcast no dia 11/04/2023, às 15h08
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