Especializado em serviços e tecnologia de meios de pagamento para empresas, o Efí Bank está trocando de comando. O fundador Evanil Paula vai para a presidência do conselho e Denis Silva, até então diretor de operações de crédito, assume o comando.
Por trás do movimento está a reorganização da fintech, que faturou R$ 200 milhões no ano passado, quando movimentou R$ 27 bilhões. Para este ano, a expectativa é transacionar quase R$ 40 bilhões.
Aos 33 anos de idade, Silva terá como principal desafio de consolidar a operação bancária do Efí Bank, com direito a maior oferta de crédito e aumento das aplicações financeiras dos clientes. Até agora, o forte da fintech era a prestação de serviços a mais de 500 mil clientes, em 3 mil municípios espalhados pelo País. No ano passado, seus sistemas emitiram 132 milhões de boletos e processaram 283 milhões cobranças.
“Mesmo tendo tecnologia melhor e tarifas mais atraentes, acabávamos perdendo o cliente para outras instituições por falta de linhas de crédito ou de produtos financeiros para aplicações”, diz ele. “Nos últimos anos, temos trabalhado nas duas verticais e, depois de estruturá-las, estamos prontos para ganhar escala.”
A financeira do Efí é pequena, com cerca R$ 50 milhões de capital, mas a ideia é antecipar os recebíveis que passam pela instituição para fazê-la crescer. “A gente tem uma visão muito completa dos clientes, tanto dos deficitários quanto dos superavitários e podemos ter aí uma origem interessante de funding (recursos)”, afirma. “Já temos alguns produtos de renda fixa disponíveis e vamos disponibilizar para toda a base para alavancar o crédito.”
Nascido em Minas Gerais, banco foi das pequenas empresas às multinacionais
Nascido em Ouro Preto, o Efí Bank surgiu com o nome de Gerencianet e era voltado a facilitar o recebimento de pequenas empresas. Entre as soluções oferecidas estavam APIs (interface entre dois aplicativos), boletos, carnês, pagamentos recorrentes, links de pagamentos, check out e shopping virtual. “O objetivo era criar um ecossistema em que o empreendedor tivesse automatização sem custos”, afirma.
Assim, passaram a atender de grandes multinacionais que fazem milhares de transações por minuto a trabalhadores informais, sem CNPJ, que emitem dezenas de ordens por mês. Segundo Silva, com vários sistemas integrados, o Efí permite que as empresas concentrem na instituição toda sua gestão financeira.
Para ajudar no plano de crescimento, a instituição tem estudado a entrada de um sócio ou captação via mercado. De acordo com Silva, o Efí Bank também caminha para a estruturação para eventual IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) num período de quatro a cinco anos. “Temos gerado lucro todos esses anos e nosso desafio é aumentar isso e ganhar escala, para chegar lá com maior maturidade”, afirma.
Com pouco mais de 500 funcionários, o modelo de trabalho do Efí é quase totalmente remoto. A instituição foi uma das primeiras a aderir à semana de trabalho de quatro dias que, segundo Silva, tem funcionado perfeitamente.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 21/10/2024, às 17:07.
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