Bastidores do mundo dos negócios

Francesa Saint Gobain espera crescer no Brasil, mas vê varejo estagnado


Companhia projeta expansão de ao menos 10% no País este ano, abaixo da média prevista para a América Latina, de 15%

Por Circe Bonatelli
Atualização:
Para Javier Gimeno, há uma perda dinamismo da economia brasileira Foto: Jean Chiscano

A multinacional francesa Saint Gobain (dona da Telhanorte, Quartzolit e Brasilit, entre outras) está pavimentando o caminho para assegurar a trajetória de crescimento no Brasil neste ano, embora admita que o mercado local está complicado em função dos juros altos. Esse é um gargalo importante para o setor, porque desestimula a tomada de crédito para as compras de materiais de construção.

A companhia projeta expansão de ao menos 10% no faturamento em 2023 no País. Embora positiva, a expectativa está abaixo da média prevista para a América Latina, de 15%. O grupo também atua na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

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A explicação para o Brasil estar ficando para trás na comparação com os vizinhos é que há uma perda de dinamismo na economia local, avalia o presidente do grupo na América Latina, Javier Gimeno.

“Eu fico preocupado com a situação do varejo. Hoje, o Brasil tem os juros entre os mais altos dentro do mundo desenvolvido, o que tem impacto direto no consumo das famílias”, afirmou, em entrevista ao Broadcast. “Se a tendência de inflação não for de baixa e os juros não caírem, os consumidores vão permanecer tímidos”.

Operações da empresa no Brasil avançaram 12% em 2022

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No ano passado, as operações da Saint Gobain no Brasil avançaram 12%. Dois fatores pesaram aí, segundo o executivo. Em primeiro lugar, as vendas de materiais perderam fôlego após a explosão da demanda ao longo da pandemia (quando as pessoas gastaram mais para ajeitar a casa). Outro ponto foi o impacto da inflação e dos juros.

Como consequência, o volume de materiais vendidos foi bem mais fraco, de modo que a expansão da receita se baseou somente em preços. “O crescimento veio de preços de vendas maiores e de um mix de produtos mais sofisticado, compensando os volumes mais baixos”, disse Gimeno. Neste começo de ano, a situação permanece a mesma, acrescentou.

O faturamento da indústria de materiais como um todo caiu 3,9% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). No acumulado dos últimos 12 meses, o setor acumula uma retração de 6,3%. Para 2023, a Abramat acredita em uma recuperação das vendas, com crescimento de 2% na comparação com 2022, mas isso deve ser sustentado pelas vendas diretas para as construtoras, enquanto as vendas para lojas de materiais ainda estão comprimidas.

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Companhia planeja novas fábricas e centros de distribuição

A projeção de alta de 10% no faturamento da Saint Gobain neste ano está baseada na expansão do braço industrial (Quartzolit, Brasilit e Sekurit), que atende construtoras e lojas, respondendo por cerca de 85% a 90% do faturamento consolidado. Já para a operação de varejo (Telhanorte e Tumelero) a expectativa é de estabilidade após a baixa do ano anterior.

O grupo buscará o crescimento orgânico e inorgânico do seu braço industrial. Uma das estratégias será abrir novas fábricas e/ou centros de distribuição. “Queremos intensificar a presença no Brasil. Já estamos bem em São Paulo, Nordeste e Sul, mas ainda há Estados onde podemos ter maior capilaridade”, disse Gimeno. Ele não revela, porém, quais as próximas inaugurações para se proteger da concorrência.

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A multinacional também prevê seguir investindo em aquisições de empresas que possam complementar o portfólio. Ano passado, o grupo adquiriu a Brasprefer. “Queremos seguir comprando empresas de tamanho médio ou pequeno para incrementar a nossa presença ou para incorporar novos produtos e tecnologias”.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 07/03/2023, às 16h52

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Para Javier Gimeno, há uma perda dinamismo da economia brasileira Foto: Jean Chiscano

A multinacional francesa Saint Gobain (dona da Telhanorte, Quartzolit e Brasilit, entre outras) está pavimentando o caminho para assegurar a trajetória de crescimento no Brasil neste ano, embora admita que o mercado local está complicado em função dos juros altos. Esse é um gargalo importante para o setor, porque desestimula a tomada de crédito para as compras de materiais de construção.

A companhia projeta expansão de ao menos 10% no faturamento em 2023 no País. Embora positiva, a expectativa está abaixo da média prevista para a América Latina, de 15%. O grupo também atua na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

A explicação para o Brasil estar ficando para trás na comparação com os vizinhos é que há uma perda de dinamismo na economia local, avalia o presidente do grupo na América Latina, Javier Gimeno.

“Eu fico preocupado com a situação do varejo. Hoje, o Brasil tem os juros entre os mais altos dentro do mundo desenvolvido, o que tem impacto direto no consumo das famílias”, afirmou, em entrevista ao Broadcast. “Se a tendência de inflação não for de baixa e os juros não caírem, os consumidores vão permanecer tímidos”.

Operações da empresa no Brasil avançaram 12% em 2022

No ano passado, as operações da Saint Gobain no Brasil avançaram 12%. Dois fatores pesaram aí, segundo o executivo. Em primeiro lugar, as vendas de materiais perderam fôlego após a explosão da demanda ao longo da pandemia (quando as pessoas gastaram mais para ajeitar a casa). Outro ponto foi o impacto da inflação e dos juros.

Como consequência, o volume de materiais vendidos foi bem mais fraco, de modo que a expansão da receita se baseou somente em preços. “O crescimento veio de preços de vendas maiores e de um mix de produtos mais sofisticado, compensando os volumes mais baixos”, disse Gimeno. Neste começo de ano, a situação permanece a mesma, acrescentou.

O faturamento da indústria de materiais como um todo caiu 3,9% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). No acumulado dos últimos 12 meses, o setor acumula uma retração de 6,3%. Para 2023, a Abramat acredita em uma recuperação das vendas, com crescimento de 2% na comparação com 2022, mas isso deve ser sustentado pelas vendas diretas para as construtoras, enquanto as vendas para lojas de materiais ainda estão comprimidas.

Companhia planeja novas fábricas e centros de distribuição

A projeção de alta de 10% no faturamento da Saint Gobain neste ano está baseada na expansão do braço industrial (Quartzolit, Brasilit e Sekurit), que atende construtoras e lojas, respondendo por cerca de 85% a 90% do faturamento consolidado. Já para a operação de varejo (Telhanorte e Tumelero) a expectativa é de estabilidade após a baixa do ano anterior.

O grupo buscará o crescimento orgânico e inorgânico do seu braço industrial. Uma das estratégias será abrir novas fábricas e/ou centros de distribuição. “Queremos intensificar a presença no Brasil. Já estamos bem em São Paulo, Nordeste e Sul, mas ainda há Estados onde podemos ter maior capilaridade”, disse Gimeno. Ele não revela, porém, quais as próximas inaugurações para se proteger da concorrência.

A multinacional também prevê seguir investindo em aquisições de empresas que possam complementar o portfólio. Ano passado, o grupo adquiriu a Brasprefer. “Queremos seguir comprando empresas de tamanho médio ou pequeno para incrementar a nossa presença ou para incorporar novos produtos e tecnologias”.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 07/03/2023, às 16h52

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A multinacional francesa Saint Gobain (dona da Telhanorte, Quartzolit e Brasilit, entre outras) está pavimentando o caminho para assegurar a trajetória de crescimento no Brasil neste ano, embora admita que o mercado local está complicado em função dos juros altos. Esse é um gargalo importante para o setor, porque desestimula a tomada de crédito para as compras de materiais de construção.

A companhia projeta expansão de ao menos 10% no faturamento em 2023 no País. Embora positiva, a expectativa está abaixo da média prevista para a América Latina, de 15%. O grupo também atua na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

A explicação para o Brasil estar ficando para trás na comparação com os vizinhos é que há uma perda de dinamismo na economia local, avalia o presidente do grupo na América Latina, Javier Gimeno.

“Eu fico preocupado com a situação do varejo. Hoje, o Brasil tem os juros entre os mais altos dentro do mundo desenvolvido, o que tem impacto direto no consumo das famílias”, afirmou, em entrevista ao Broadcast. “Se a tendência de inflação não for de baixa e os juros não caírem, os consumidores vão permanecer tímidos”.

Operações da empresa no Brasil avançaram 12% em 2022

No ano passado, as operações da Saint Gobain no Brasil avançaram 12%. Dois fatores pesaram aí, segundo o executivo. Em primeiro lugar, as vendas de materiais perderam fôlego após a explosão da demanda ao longo da pandemia (quando as pessoas gastaram mais para ajeitar a casa). Outro ponto foi o impacto da inflação e dos juros.

Como consequência, o volume de materiais vendidos foi bem mais fraco, de modo que a expansão da receita se baseou somente em preços. “O crescimento veio de preços de vendas maiores e de um mix de produtos mais sofisticado, compensando os volumes mais baixos”, disse Gimeno. Neste começo de ano, a situação permanece a mesma, acrescentou.

O faturamento da indústria de materiais como um todo caiu 3,9% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). No acumulado dos últimos 12 meses, o setor acumula uma retração de 6,3%. Para 2023, a Abramat acredita em uma recuperação das vendas, com crescimento de 2% na comparação com 2022, mas isso deve ser sustentado pelas vendas diretas para as construtoras, enquanto as vendas para lojas de materiais ainda estão comprimidas.

Companhia planeja novas fábricas e centros de distribuição

A projeção de alta de 10% no faturamento da Saint Gobain neste ano está baseada na expansão do braço industrial (Quartzolit, Brasilit e Sekurit), que atende construtoras e lojas, respondendo por cerca de 85% a 90% do faturamento consolidado. Já para a operação de varejo (Telhanorte e Tumelero) a expectativa é de estabilidade após a baixa do ano anterior.

O grupo buscará o crescimento orgânico e inorgânico do seu braço industrial. Uma das estratégias será abrir novas fábricas e/ou centros de distribuição. “Queremos intensificar a presença no Brasil. Já estamos bem em São Paulo, Nordeste e Sul, mas ainda há Estados onde podemos ter maior capilaridade”, disse Gimeno. Ele não revela, porém, quais as próximas inaugurações para se proteger da concorrência.

A multinacional também prevê seguir investindo em aquisições de empresas que possam complementar o portfólio. Ano passado, o grupo adquiriu a Brasprefer. “Queremos seguir comprando empresas de tamanho médio ou pequeno para incrementar a nossa presença ou para incorporar novos produtos e tecnologias”.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 07/03/2023, às 16h52

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Para Javier Gimeno, há uma perda dinamismo da economia brasileira Foto: Jean Chiscano

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A companhia projeta expansão de ao menos 10% no faturamento em 2023 no País. Embora positiva, a expectativa está abaixo da média prevista para a América Latina, de 15%. O grupo também atua na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai.

A explicação para o Brasil estar ficando para trás na comparação com os vizinhos é que há uma perda de dinamismo na economia local, avalia o presidente do grupo na América Latina, Javier Gimeno.

“Eu fico preocupado com a situação do varejo. Hoje, o Brasil tem os juros entre os mais altos dentro do mundo desenvolvido, o que tem impacto direto no consumo das famílias”, afirmou, em entrevista ao Broadcast. “Se a tendência de inflação não for de baixa e os juros não caírem, os consumidores vão permanecer tímidos”.

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No ano passado, as operações da Saint Gobain no Brasil avançaram 12%. Dois fatores pesaram aí, segundo o executivo. Em primeiro lugar, as vendas de materiais perderam fôlego após a explosão da demanda ao longo da pandemia (quando as pessoas gastaram mais para ajeitar a casa). Outro ponto foi o impacto da inflação e dos juros.

Como consequência, o volume de materiais vendidos foi bem mais fraco, de modo que a expansão da receita se baseou somente em preços. “O crescimento veio de preços de vendas maiores e de um mix de produtos mais sofisticado, compensando os volumes mais baixos”, disse Gimeno. Neste começo de ano, a situação permanece a mesma, acrescentou.

O faturamento da indústria de materiais como um todo caiu 3,9% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). No acumulado dos últimos 12 meses, o setor acumula uma retração de 6,3%. Para 2023, a Abramat acredita em uma recuperação das vendas, com crescimento de 2% na comparação com 2022, mas isso deve ser sustentado pelas vendas diretas para as construtoras, enquanto as vendas para lojas de materiais ainda estão comprimidas.

Companhia planeja novas fábricas e centros de distribuição

A projeção de alta de 10% no faturamento da Saint Gobain neste ano está baseada na expansão do braço industrial (Quartzolit, Brasilit e Sekurit), que atende construtoras e lojas, respondendo por cerca de 85% a 90% do faturamento consolidado. Já para a operação de varejo (Telhanorte e Tumelero) a expectativa é de estabilidade após a baixa do ano anterior.

O grupo buscará o crescimento orgânico e inorgânico do seu braço industrial. Uma das estratégias será abrir novas fábricas e/ou centros de distribuição. “Queremos intensificar a presença no Brasil. Já estamos bem em São Paulo, Nordeste e Sul, mas ainda há Estados onde podemos ter maior capilaridade”, disse Gimeno. Ele não revela, porém, quais as próximas inaugurações para se proteger da concorrência.

A multinacional também prevê seguir investindo em aquisições de empresas que possam complementar o portfólio. Ano passado, o grupo adquiriu a Brasprefer. “Queremos seguir comprando empresas de tamanho médio ou pequeno para incrementar a nossa presença ou para incorporar novos produtos e tecnologias”.

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