Bastidores do mundo dos negócios

Fundação Amazônia Sustentável será gestora de R$ 170 mi do KfW


Recursos vão ser destinados a projetos no Amazonas e no Pará

Por Cristiane Barbieri
Recursos serão usados também para incentivar projetos de bioeconomia Foto: Lucas Bonny

O Banco de Desenvolvimento alemão KfW escolheu a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para gerir mais de R$ 170 milhões, que serão destinados a projetos das secretarias de Meio Ambiente dos Estados do Amazonas e Pará, ao longo de três anos. As primeiras liberações de recursos devem começar a ser feitas ainda este mês.

Entre os projetos a serem apoiados, está a doação de infraestrutura para descentralizar o combate ao desmatamento no sudoeste do Pará e no sul do Amazonas. “É como se doássemos um ‘enxoval’ para subir o nível dessas secretarias, por meio de treinamento e infraestrutura”, diz Victor Salviati, superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS. “São itens como (sistema de comunicação) Starlink, carros, treinamento de brigadistas e fortalecimento dos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente para que eles possam interpretar dados.”

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Em outra frente, também haverá incentivo a projetos de bioeconomia, ainda dentro do escopo de políticas públicas. “A gente não vai conseguir reverter a trajetória de desmatamento e degradação somente com agenda de combate”, diz ele. “Temos também de ter a agenda de fomento e de maior estrutura à produção.”

Vitrines para a COP30

Salviati cita como exemplos as “vitrines” para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá no próximo ano, em Belém. A ideia é apoiar uma série de projetos para que ganhem visibilidade, atraiam investimentos privados e multipliquem as oportunidades.

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“A dona Neide, da ilha de Cumbu (PA), desenvolveu um chocolate com mistura de várias frutas, mas para vender para São Paulo, por exemplo, precisa desde embalagens a autorizações de vigilância sanitária”, afirma Salviati. “Vamos apoiar estruturas que deem apoio para ela vencer essas burocracias e permitir à floresta valer mais em pé do que derrubada.”

Segundo ele, o objetivo não é apenas produzir riqueza no sentido estrito do termo, como ocorre nas regiões do agronegócio, mas prosperidade. “É um conceito que vai além dos ativos financeiros e envolve seguridade social, planejamento, acesso a políticas públicas...”, diz. “Não acredito que sejam criadas grandes empresas nessas regiões, mas é uma prosperidade que vai ser ramificada e tirar as pessoas da condição de pobreza.”

Acompanhamento de indicadores

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O acompanhamento do uso dos recursos é verificado por meio de 15 indicadores, como redução de área desmatada e número de beneficiários do programa. A FAS também está desenvolvendo o uso de ferramentas de inteligência artificial e programas para a participação efetiva de mulheres e outras minorias na tomada de decisão.

A entidade sem fins lucrativos concorreu com 13 instituições nacionais e internacionais para se tornar a gestora dos fundos do KfW. Criada há 16 anos, a FAS atendeu a quase 750 comunidades, aldeias e bairros, e 22 mil famílias no ano passado. Apenas por meio do programa “Guardiões da Floresta”, a entidade diz ter pago quase R$ 10 milhões a beneficiários em 2023.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/08/2024, às 15h09.

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Recursos serão usados também para incentivar projetos de bioeconomia Foto: Lucas Bonny

O Banco de Desenvolvimento alemão KfW escolheu a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para gerir mais de R$ 170 milhões, que serão destinados a projetos das secretarias de Meio Ambiente dos Estados do Amazonas e Pará, ao longo de três anos. As primeiras liberações de recursos devem começar a ser feitas ainda este mês.

Entre os projetos a serem apoiados, está a doação de infraestrutura para descentralizar o combate ao desmatamento no sudoeste do Pará e no sul do Amazonas. “É como se doássemos um ‘enxoval’ para subir o nível dessas secretarias, por meio de treinamento e infraestrutura”, diz Victor Salviati, superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS. “São itens como (sistema de comunicação) Starlink, carros, treinamento de brigadistas e fortalecimento dos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente para que eles possam interpretar dados.”

Em outra frente, também haverá incentivo a projetos de bioeconomia, ainda dentro do escopo de políticas públicas. “A gente não vai conseguir reverter a trajetória de desmatamento e degradação somente com agenda de combate”, diz ele. “Temos também de ter a agenda de fomento e de maior estrutura à produção.”

Vitrines para a COP30

Salviati cita como exemplos as “vitrines” para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá no próximo ano, em Belém. A ideia é apoiar uma série de projetos para que ganhem visibilidade, atraiam investimentos privados e multipliquem as oportunidades.

“A dona Neide, da ilha de Cumbu (PA), desenvolveu um chocolate com mistura de várias frutas, mas para vender para São Paulo, por exemplo, precisa desde embalagens a autorizações de vigilância sanitária”, afirma Salviati. “Vamos apoiar estruturas que deem apoio para ela vencer essas burocracias e permitir à floresta valer mais em pé do que derrubada.”

Segundo ele, o objetivo não é apenas produzir riqueza no sentido estrito do termo, como ocorre nas regiões do agronegócio, mas prosperidade. “É um conceito que vai além dos ativos financeiros e envolve seguridade social, planejamento, acesso a políticas públicas...”, diz. “Não acredito que sejam criadas grandes empresas nessas regiões, mas é uma prosperidade que vai ser ramificada e tirar as pessoas da condição de pobreza.”

Acompanhamento de indicadores

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A entidade sem fins lucrativos concorreu com 13 instituições nacionais e internacionais para se tornar a gestora dos fundos do KfW. Criada há 16 anos, a FAS atendeu a quase 750 comunidades, aldeias e bairros, e 22 mil famílias no ano passado. Apenas por meio do programa “Guardiões da Floresta”, a entidade diz ter pago quase R$ 10 milhões a beneficiários em 2023.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/08/2024, às 15h09.

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O Banco de Desenvolvimento alemão KfW escolheu a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para gerir mais de R$ 170 milhões, que serão destinados a projetos das secretarias de Meio Ambiente dos Estados do Amazonas e Pará, ao longo de três anos. As primeiras liberações de recursos devem começar a ser feitas ainda este mês.

Entre os projetos a serem apoiados, está a doação de infraestrutura para descentralizar o combate ao desmatamento no sudoeste do Pará e no sul do Amazonas. “É como se doássemos um ‘enxoval’ para subir o nível dessas secretarias, por meio de treinamento e infraestrutura”, diz Victor Salviati, superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS. “São itens como (sistema de comunicação) Starlink, carros, treinamento de brigadistas e fortalecimento dos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente para que eles possam interpretar dados.”

Em outra frente, também haverá incentivo a projetos de bioeconomia, ainda dentro do escopo de políticas públicas. “A gente não vai conseguir reverter a trajetória de desmatamento e degradação somente com agenda de combate”, diz ele. “Temos também de ter a agenda de fomento e de maior estrutura à produção.”

Vitrines para a COP30

Salviati cita como exemplos as “vitrines” para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá no próximo ano, em Belém. A ideia é apoiar uma série de projetos para que ganhem visibilidade, atraiam investimentos privados e multipliquem as oportunidades.

“A dona Neide, da ilha de Cumbu (PA), desenvolveu um chocolate com mistura de várias frutas, mas para vender para São Paulo, por exemplo, precisa desde embalagens a autorizações de vigilância sanitária”, afirma Salviati. “Vamos apoiar estruturas que deem apoio para ela vencer essas burocracias e permitir à floresta valer mais em pé do que derrubada.”

Segundo ele, o objetivo não é apenas produzir riqueza no sentido estrito do termo, como ocorre nas regiões do agronegócio, mas prosperidade. “É um conceito que vai além dos ativos financeiros e envolve seguridade social, planejamento, acesso a políticas públicas...”, diz. “Não acredito que sejam criadas grandes empresas nessas regiões, mas é uma prosperidade que vai ser ramificada e tirar as pessoas da condição de pobreza.”

Acompanhamento de indicadores

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A entidade sem fins lucrativos concorreu com 13 instituições nacionais e internacionais para se tornar a gestora dos fundos do KfW. Criada há 16 anos, a FAS atendeu a quase 750 comunidades, aldeias e bairros, e 22 mil famílias no ano passado. Apenas por meio do programa “Guardiões da Floresta”, a entidade diz ter pago quase R$ 10 milhões a beneficiários em 2023.

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Em outra frente, também haverá incentivo a projetos de bioeconomia, ainda dentro do escopo de políticas públicas. “A gente não vai conseguir reverter a trajetória de desmatamento e degradação somente com agenda de combate”, diz ele. “Temos também de ter a agenda de fomento e de maior estrutura à produção.”

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Salviati cita como exemplos as “vitrines” para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá no próximo ano, em Belém. A ideia é apoiar uma série de projetos para que ganhem visibilidade, atraiam investimentos privados e multipliquem as oportunidades.

“A dona Neide, da ilha de Cumbu (PA), desenvolveu um chocolate com mistura de várias frutas, mas para vender para São Paulo, por exemplo, precisa desde embalagens a autorizações de vigilância sanitária”, afirma Salviati. “Vamos apoiar estruturas que deem apoio para ela vencer essas burocracias e permitir à floresta valer mais em pé do que derrubada.”

Segundo ele, o objetivo não é apenas produzir riqueza no sentido estrito do termo, como ocorre nas regiões do agronegócio, mas prosperidade. “É um conceito que vai além dos ativos financeiros e envolve seguridade social, planejamento, acesso a políticas públicas...”, diz. “Não acredito que sejam criadas grandes empresas nessas regiões, mas é uma prosperidade que vai ser ramificada e tirar as pessoas da condição de pobreza.”

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