Os fundos especializados em comprar empresas, chamados de private equity, estão com um volume recorde de US$ 3,7 trilhões para investir, mostra um estudo global da consultoria Bain & Company. É o dinheiro já comprometido com investidores, mas que por conta da piora do mercado, não foi alocado ainda, chamado de “dry powder” no jargão do mercado financeiro. Desse total, 75% foi levantado nos últimos três anos, um dinheiro relativamente novo.
O ambiente de incerteza em alta com os rumos da economia mundial, em meio às discussões ainda de possível recessão nos Estados Unidos, juros subindo, tensões geopolíticas e crise bancária na Europa e economia americana, fez os negócios dos fundos de private equity caírem na primeira metade de 2023, mantendo uma tendência que já ocorria em 2022, mostra o estudo. No mundo, os negócios dos fundos somaram US$ 202 bilhões, uma queda de 58% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Estimativa é de haver 26 mil empresas nas carteiras dos fundos
Não só a compra de novas empresas pelos fundos se reduziu, mas também perdeu fôlego a captação de novos recursos para criar novas carteiras e a venda das companhias que os fundos já investiam. O estudo estima que há 26 mil empresas nas carteiras dos fundos de private equity, que podem valer US$ 2,8 trilhões, nível recorde - quatro vezes maior do que foi na crise financeira mundial de 2008.
O cenário na economia mundial dá sinais de melhora, com a inflação perdendo força e o mercado de ações mostrando recuperação, o que melhora as perspectivas para a volta das aberturas de capital (IPO, em inglês), uma forma dos fundos de private equity venderem suas companhias.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 17/07/23, às 18h12.
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