Após um primeiro semestre fraco, as transações de fusões e aquisições no Brasil e no mundo devem ter uma retomada desigual nos próximos meses, de acordo com a consultoria Bain & Company. Em setores como saúde e produtos de consumo, o crescimento já é observável, mas em outros, como o de tecnologia, os números ainda estão abaixo dos últimos anos.
O sócio de fusões e aquisições da Bain Felipe Cammarata afirma que os últimos meses permitem ver uma aceleração. No primeiro trimestre, foram US$ 1 bilhão em operações no País, mas a consultoria projeta US$ 20 bilhões (o equivalente a R$ 100 bilhões) em operações neste ano, número que igualaria 2023 a 2020, ano em que a pandemia da covid-19 estourou, mas que ficaria abaixo dos números de 2022, de mais de US$ 28 bilhões.
Primeiros três meses de 2023 foram fracos globalmente
No primeiro trimestre deste ano, em todo o mundo, a Bain estima que o valor das operações tenha sido o menor para esse período do ano em 20 anos. O aumento dos juros mundo afora e as incertezas nas principais economias globais com fatores como inflação e guerra influenciaram o resultado.
De acordo com Cammarata, ainda é cedo para dimensionar possíveis impactos dos conflitos em Israel e na Faixa de Gaza sobre as operações. Entretanto, ele afirma que a guerra adiciona incertezas a um céu que ainda não é de brigadeiro.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 30/10/23, às 17h21.
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