Bastidores do mundo dos negócios

Gestoras tentaram criar fundo de R$ 2,5 bilhões para ajudar Americanas na crise


Proposta visava dar liquidez para a empresa, mas não saiu do papel

Por Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Fachada das loja Americanas em São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Após meses de conversas - e trocas de farpas - a Americanas caminha para um acordo com seus credores. A previsão é que o acerto saia até o começo de junho, segundo advogados e bancos envolvidos. Antes de se aproximarem de um acerto final, algumas gestoras tentaram estruturar um fundo de recebíveis de R$ 2,5 bilhões para dar liquidez à varejista, que ficou completamente sem crédito no mercado e junto a seus fornecedores em meio ao escândalo de uma suposta fraude. A proposta, porém, não deu certo.

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de Americanas usaria as vendas a cartão de crédito da rede de varejo, que têm risco baixo, como garantia. Por ser um crédito novo também ficaria de fora das discussões da recuperação judicial. Cinco gestoras, especializadas em comprar papéis de empresas em dificuldade financeira estavam participando - Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom. A carteira teria rentabilidade da variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) mais 2% ao mês.

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Risco de contágio sobre o acordo com credores pesou

As versões sobre os motivos que levaram ao engavetamento do FIDC de Americanas giram em torno do desconforto que a estrutura causaria em meio ao acirramento da briga judicial dos bancos credores com o trio de acionistas de referência - Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Duas fontes ouvidas pela Coluna contam que havia a possibilidade de o trio participar do fundo, o que aumentava o risco do tiroteio dos bancos contra os acionistas, que de outro lado relutavam para elevar um aporte direto em Americanas.

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Uma terceira fonte argumentou que o fundo foi engavetado porque havia sinalização de interesse forte de investidores estrangeiros em colocar recursos na carteira e se desconfiou que houvesse a participação disfarçada do trio de acionistas nestes veículos offshore, em busca da rentabilidade.

Procurada, a Americanas informou que prospectou diversas opções para garantir liquidez de curto prazo para a companhia. “O financiamento DIP, oferecido pelos acionistas de referência e confirmado em fato relevante de 09 de fevereiro de 2023, foi a modalidade considerada a melhor alternativa porque, além de não demandar nenhum tipo de garantia, oferecia o menor custo para a Americanas.” A companhia diz que continua em negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentável para todos.

Fachada das loja Americanas em São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Após meses de conversas - e trocas de farpas - a Americanas caminha para um acordo com seus credores. A previsão é que o acerto saia até o começo de junho, segundo advogados e bancos envolvidos. Antes de se aproximarem de um acerto final, algumas gestoras tentaram estruturar um fundo de recebíveis de R$ 2,5 bilhões para dar liquidez à varejista, que ficou completamente sem crédito no mercado e junto a seus fornecedores em meio ao escândalo de uma suposta fraude. A proposta, porém, não deu certo.

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de Americanas usaria as vendas a cartão de crédito da rede de varejo, que têm risco baixo, como garantia. Por ser um crédito novo também ficaria de fora das discussões da recuperação judicial. Cinco gestoras, especializadas em comprar papéis de empresas em dificuldade financeira estavam participando - Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom. A carteira teria rentabilidade da variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) mais 2% ao mês.

Risco de contágio sobre o acordo com credores pesou

As versões sobre os motivos que levaram ao engavetamento do FIDC de Americanas giram em torno do desconforto que a estrutura causaria em meio ao acirramento da briga judicial dos bancos credores com o trio de acionistas de referência - Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Duas fontes ouvidas pela Coluna contam que havia a possibilidade de o trio participar do fundo, o que aumentava o risco do tiroteio dos bancos contra os acionistas, que de outro lado relutavam para elevar um aporte direto em Americanas.

Uma terceira fonte argumentou que o fundo foi engavetado porque havia sinalização de interesse forte de investidores estrangeiros em colocar recursos na carteira e se desconfiou que houvesse a participação disfarçada do trio de acionistas nestes veículos offshore, em busca da rentabilidade.

Procurada, a Americanas informou que prospectou diversas opções para garantir liquidez de curto prazo para a companhia. “O financiamento DIP, oferecido pelos acionistas de referência e confirmado em fato relevante de 09 de fevereiro de 2023, foi a modalidade considerada a melhor alternativa porque, além de não demandar nenhum tipo de garantia, oferecia o menor custo para a Americanas.” A companhia diz que continua em negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentável para todos.

Fachada das loja Americanas em São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Após meses de conversas - e trocas de farpas - a Americanas caminha para um acordo com seus credores. A previsão é que o acerto saia até o começo de junho, segundo advogados e bancos envolvidos. Antes de se aproximarem de um acerto final, algumas gestoras tentaram estruturar um fundo de recebíveis de R$ 2,5 bilhões para dar liquidez à varejista, que ficou completamente sem crédito no mercado e junto a seus fornecedores em meio ao escândalo de uma suposta fraude. A proposta, porém, não deu certo.

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de Americanas usaria as vendas a cartão de crédito da rede de varejo, que têm risco baixo, como garantia. Por ser um crédito novo também ficaria de fora das discussões da recuperação judicial. Cinco gestoras, especializadas em comprar papéis de empresas em dificuldade financeira estavam participando - Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom. A carteira teria rentabilidade da variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) mais 2% ao mês.

Risco de contágio sobre o acordo com credores pesou

As versões sobre os motivos que levaram ao engavetamento do FIDC de Americanas giram em torno do desconforto que a estrutura causaria em meio ao acirramento da briga judicial dos bancos credores com o trio de acionistas de referência - Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Duas fontes ouvidas pela Coluna contam que havia a possibilidade de o trio participar do fundo, o que aumentava o risco do tiroteio dos bancos contra os acionistas, que de outro lado relutavam para elevar um aporte direto em Americanas.

Uma terceira fonte argumentou que o fundo foi engavetado porque havia sinalização de interesse forte de investidores estrangeiros em colocar recursos na carteira e se desconfiou que houvesse a participação disfarçada do trio de acionistas nestes veículos offshore, em busca da rentabilidade.

Procurada, a Americanas informou que prospectou diversas opções para garantir liquidez de curto prazo para a companhia. “O financiamento DIP, oferecido pelos acionistas de referência e confirmado em fato relevante de 09 de fevereiro de 2023, foi a modalidade considerada a melhor alternativa porque, além de não demandar nenhum tipo de garantia, oferecia o menor custo para a Americanas.” A companhia diz que continua em negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentável para todos.

Fachada das loja Americanas em São Paulo. FOTO TABA BENEDICTO / ESTADAO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Após meses de conversas - e trocas de farpas - a Americanas caminha para um acordo com seus credores. A previsão é que o acerto saia até o começo de junho, segundo advogados e bancos envolvidos. Antes de se aproximarem de um acerto final, algumas gestoras tentaram estruturar um fundo de recebíveis de R$ 2,5 bilhões para dar liquidez à varejista, que ficou completamente sem crédito no mercado e junto a seus fornecedores em meio ao escândalo de uma suposta fraude. A proposta, porém, não deu certo.

O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de Americanas usaria as vendas a cartão de crédito da rede de varejo, que têm risco baixo, como garantia. Por ser um crédito novo também ficaria de fora das discussões da recuperação judicial. Cinco gestoras, especializadas em comprar papéis de empresas em dificuldade financeira estavam participando - Lumina, Jive, Strata Capital, Prisma e BBM Bocom. A carteira teria rentabilidade da variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) mais 2% ao mês.

Risco de contágio sobre o acordo com credores pesou

As versões sobre os motivos que levaram ao engavetamento do FIDC de Americanas giram em torno do desconforto que a estrutura causaria em meio ao acirramento da briga judicial dos bancos credores com o trio de acionistas de referência - Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Duas fontes ouvidas pela Coluna contam que havia a possibilidade de o trio participar do fundo, o que aumentava o risco do tiroteio dos bancos contra os acionistas, que de outro lado relutavam para elevar um aporte direto em Americanas.

Uma terceira fonte argumentou que o fundo foi engavetado porque havia sinalização de interesse forte de investidores estrangeiros em colocar recursos na carteira e se desconfiou que houvesse a participação disfarçada do trio de acionistas nestes veículos offshore, em busca da rentabilidade.

Procurada, a Americanas informou que prospectou diversas opções para garantir liquidez de curto prazo para a companhia. “O financiamento DIP, oferecido pelos acionistas de referência e confirmado em fato relevante de 09 de fevereiro de 2023, foi a modalidade considerada a melhor alternativa porque, além de não demandar nenhum tipo de garantia, oferecia o menor custo para a Americanas.” A companhia diz que continua em negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentável para todos.

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