Bastidores do mundo dos negócios

Gol chama credores para renegociar US$ 425 mi em títulos de dívida


Bonds têm de ser pagos em 2024, e companhia aérea quer levar esse vencimento para entre 2027 e 2029

Por Cynthia Decloedt
Além da pandemia, a alta do petróleo e do dólar têm pesado nos custos da Gol Foto: Sergio Moraes / REUTERS

A Gol está conversando com credores para estender o vencimento de US$ 425 milhões em títulos de dívida (bonds) que têm de ser pagos em 2024. A ideia é levar esse vencimento para entre 2027 e 2029.

Entre as propostas estudadas pela Gol está converter os bonds em ações do Abra Group, holding que agregará ações da Gol e da colombiana Avianca. Hoje, esses bonds são sêniores (pagos antes de outros credores, com exceção do Fisco, empregados e bancos), não conversíveis, mas passíveis de serem trocados.

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O alongamento dos bonds 2024, se bem-sucedido, seria seguido por negociações para alongar o prazo dos US$ 650 milhões de bonds que vencem em 2025. Nesses anos estão concentrados os maiores vencimentos da aérea, que está com nível de alavancagem (relação entre dívida líquida e geração de caixa) de 9,1 vezes. Embora em trajetória de queda desde o primeiro trimestre deste ano, o patamar é bastante elevado.

Endividamento preocupa mercado

Por isso, a movimentação de Gol de novo ajuste em seu passivo tem deixado o mercado ressabiado. Não bastasse o impacto da pandemia, a disparada nos preços do petróleo e do dólar têm pesado excessivamente nos custos da Gol, que tem suas receitas majoritariamente em reais. O temor é de que a aérea esteja caminhando para uma reestruturação maior de suas dívidas, com especulações de que, eventualmente, poderia partir para uma estratégia de busca de proteção na Justiça contra credores. Alguns fundos olham com atenção, por exemplo, para o próximo pagamento de juro dos bonds de 2024, previsto para 15 de janeiro.

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Troca de vencimento exigiria boas garantias a investidor

O comentário entre credores tem sido de que, nesse contexto, a troca de vencimento e eventual conversão da dívida exigirá um contrato para os novos papéis com boas garantias e compromissos que tragam maior proteção e conforto aos investidores.

Para a Gol, bonds conversíveis em ações da Abra a ajudariam a reduzir o custo da operação, uma vez que os investidores exigiriam um bom prêmio para comprar novos bonds da aérea e aceitar a proposta de recompra dos antigos. A última captação feita no fim de 2020 foi precificada com um juro de 8%, já embutindo os riscos da pandemia e combustíveis. Os bonds que a Gol quer refinanciar foram emitidos em 2019 e pagam remuneração de 3,75%.

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Na saga pela desalavancagem, a aérea emitiu R$ 1,2 bilhão em duas séries de debêntures em novembro do ano passado para rolar dívida bancária. A primeira série dessa dívida começou a ser amortizada em maio e a segunda, em novembro. Procurada, a Gol não comentou.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 08/12/2022, às 17h01

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Além da pandemia, a alta do petróleo e do dólar têm pesado nos custos da Gol Foto: Sergio Moraes / REUTERS

A Gol está conversando com credores para estender o vencimento de US$ 425 milhões em títulos de dívida (bonds) que têm de ser pagos em 2024. A ideia é levar esse vencimento para entre 2027 e 2029.

Entre as propostas estudadas pela Gol está converter os bonds em ações do Abra Group, holding que agregará ações da Gol e da colombiana Avianca. Hoje, esses bonds são sêniores (pagos antes de outros credores, com exceção do Fisco, empregados e bancos), não conversíveis, mas passíveis de serem trocados.

O alongamento dos bonds 2024, se bem-sucedido, seria seguido por negociações para alongar o prazo dos US$ 650 milhões de bonds que vencem em 2025. Nesses anos estão concentrados os maiores vencimentos da aérea, que está com nível de alavancagem (relação entre dívida líquida e geração de caixa) de 9,1 vezes. Embora em trajetória de queda desde o primeiro trimestre deste ano, o patamar é bastante elevado.

Endividamento preocupa mercado

Por isso, a movimentação de Gol de novo ajuste em seu passivo tem deixado o mercado ressabiado. Não bastasse o impacto da pandemia, a disparada nos preços do petróleo e do dólar têm pesado excessivamente nos custos da Gol, que tem suas receitas majoritariamente em reais. O temor é de que a aérea esteja caminhando para uma reestruturação maior de suas dívidas, com especulações de que, eventualmente, poderia partir para uma estratégia de busca de proteção na Justiça contra credores. Alguns fundos olham com atenção, por exemplo, para o próximo pagamento de juro dos bonds de 2024, previsto para 15 de janeiro.

Troca de vencimento exigiria boas garantias a investidor

O comentário entre credores tem sido de que, nesse contexto, a troca de vencimento e eventual conversão da dívida exigirá um contrato para os novos papéis com boas garantias e compromissos que tragam maior proteção e conforto aos investidores.

Para a Gol, bonds conversíveis em ações da Abra a ajudariam a reduzir o custo da operação, uma vez que os investidores exigiriam um bom prêmio para comprar novos bonds da aérea e aceitar a proposta de recompra dos antigos. A última captação feita no fim de 2020 foi precificada com um juro de 8%, já embutindo os riscos da pandemia e combustíveis. Os bonds que a Gol quer refinanciar foram emitidos em 2019 e pagam remuneração de 3,75%.

Na saga pela desalavancagem, a aérea emitiu R$ 1,2 bilhão em duas séries de debêntures em novembro do ano passado para rolar dívida bancária. A primeira série dessa dívida começou a ser amortizada em maio e a segunda, em novembro. Procurada, a Gol não comentou.

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Além da pandemia, a alta do petróleo e do dólar têm pesado nos custos da Gol Foto: Sergio Moraes / REUTERS

A Gol está conversando com credores para estender o vencimento de US$ 425 milhões em títulos de dívida (bonds) que têm de ser pagos em 2024. A ideia é levar esse vencimento para entre 2027 e 2029.

Entre as propostas estudadas pela Gol está converter os bonds em ações do Abra Group, holding que agregará ações da Gol e da colombiana Avianca. Hoje, esses bonds são sêniores (pagos antes de outros credores, com exceção do Fisco, empregados e bancos), não conversíveis, mas passíveis de serem trocados.

O alongamento dos bonds 2024, se bem-sucedido, seria seguido por negociações para alongar o prazo dos US$ 650 milhões de bonds que vencem em 2025. Nesses anos estão concentrados os maiores vencimentos da aérea, que está com nível de alavancagem (relação entre dívida líquida e geração de caixa) de 9,1 vezes. Embora em trajetória de queda desde o primeiro trimestre deste ano, o patamar é bastante elevado.

Endividamento preocupa mercado

Por isso, a movimentação de Gol de novo ajuste em seu passivo tem deixado o mercado ressabiado. Não bastasse o impacto da pandemia, a disparada nos preços do petróleo e do dólar têm pesado excessivamente nos custos da Gol, que tem suas receitas majoritariamente em reais. O temor é de que a aérea esteja caminhando para uma reestruturação maior de suas dívidas, com especulações de que, eventualmente, poderia partir para uma estratégia de busca de proteção na Justiça contra credores. Alguns fundos olham com atenção, por exemplo, para o próximo pagamento de juro dos bonds de 2024, previsto para 15 de janeiro.

Troca de vencimento exigiria boas garantias a investidor

O comentário entre credores tem sido de que, nesse contexto, a troca de vencimento e eventual conversão da dívida exigirá um contrato para os novos papéis com boas garantias e compromissos que tragam maior proteção e conforto aos investidores.

Para a Gol, bonds conversíveis em ações da Abra a ajudariam a reduzir o custo da operação, uma vez que os investidores exigiriam um bom prêmio para comprar novos bonds da aérea e aceitar a proposta de recompra dos antigos. A última captação feita no fim de 2020 foi precificada com um juro de 8%, já embutindo os riscos da pandemia e combustíveis. Os bonds que a Gol quer refinanciar foram emitidos em 2019 e pagam remuneração de 3,75%.

Na saga pela desalavancagem, a aérea emitiu R$ 1,2 bilhão em duas séries de debêntures em novembro do ano passado para rolar dívida bancária. A primeira série dessa dívida começou a ser amortizada em maio e a segunda, em novembro. Procurada, a Gol não comentou.

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Entre as propostas estudadas pela Gol está converter os bonds em ações do Abra Group, holding que agregará ações da Gol e da colombiana Avianca. Hoje, esses bonds são sêniores (pagos antes de outros credores, com exceção do Fisco, empregados e bancos), não conversíveis, mas passíveis de serem trocados.

O alongamento dos bonds 2024, se bem-sucedido, seria seguido por negociações para alongar o prazo dos US$ 650 milhões de bonds que vencem em 2025. Nesses anos estão concentrados os maiores vencimentos da aérea, que está com nível de alavancagem (relação entre dívida líquida e geração de caixa) de 9,1 vezes. Embora em trajetória de queda desde o primeiro trimestre deste ano, o patamar é bastante elevado.

Endividamento preocupa mercado

Por isso, a movimentação de Gol de novo ajuste em seu passivo tem deixado o mercado ressabiado. Não bastasse o impacto da pandemia, a disparada nos preços do petróleo e do dólar têm pesado excessivamente nos custos da Gol, que tem suas receitas majoritariamente em reais. O temor é de que a aérea esteja caminhando para uma reestruturação maior de suas dívidas, com especulações de que, eventualmente, poderia partir para uma estratégia de busca de proteção na Justiça contra credores. Alguns fundos olham com atenção, por exemplo, para o próximo pagamento de juro dos bonds de 2024, previsto para 15 de janeiro.

Troca de vencimento exigiria boas garantias a investidor

O comentário entre credores tem sido de que, nesse contexto, a troca de vencimento e eventual conversão da dívida exigirá um contrato para os novos papéis com boas garantias e compromissos que tragam maior proteção e conforto aos investidores.

Para a Gol, bonds conversíveis em ações da Abra a ajudariam a reduzir o custo da operação, uma vez que os investidores exigiriam um bom prêmio para comprar novos bonds da aérea e aceitar a proposta de recompra dos antigos. A última captação feita no fim de 2020 foi precificada com um juro de 8%, já embutindo os riscos da pandemia e combustíveis. Os bonds que a Gol quer refinanciar foram emitidos em 2019 e pagam remuneração de 3,75%.

Na saga pela desalavancagem, a aérea emitiu R$ 1,2 bilhão em duas séries de debêntures em novembro do ano passado para rolar dívida bancária. A primeira série dessa dívida começou a ser amortizada em maio e a segunda, em novembro. Procurada, a Gol não comentou.

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Entre as propostas estudadas pela Gol está converter os bonds em ações do Abra Group, holding que agregará ações da Gol e da colombiana Avianca. Hoje, esses bonds são sêniores (pagos antes de outros credores, com exceção do Fisco, empregados e bancos), não conversíveis, mas passíveis de serem trocados.

O alongamento dos bonds 2024, se bem-sucedido, seria seguido por negociações para alongar o prazo dos US$ 650 milhões de bonds que vencem em 2025. Nesses anos estão concentrados os maiores vencimentos da aérea, que está com nível de alavancagem (relação entre dívida líquida e geração de caixa) de 9,1 vezes. Embora em trajetória de queda desde o primeiro trimestre deste ano, o patamar é bastante elevado.

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Por isso, a movimentação de Gol de novo ajuste em seu passivo tem deixado o mercado ressabiado. Não bastasse o impacto da pandemia, a disparada nos preços do petróleo e do dólar têm pesado excessivamente nos custos da Gol, que tem suas receitas majoritariamente em reais. O temor é de que a aérea esteja caminhando para uma reestruturação maior de suas dívidas, com especulações de que, eventualmente, poderia partir para uma estratégia de busca de proteção na Justiça contra credores. Alguns fundos olham com atenção, por exemplo, para o próximo pagamento de juro dos bonds de 2024, previsto para 15 de janeiro.

Troca de vencimento exigiria boas garantias a investidor

O comentário entre credores tem sido de que, nesse contexto, a troca de vencimento e eventual conversão da dívida exigirá um contrato para os novos papéis com boas garantias e compromissos que tragam maior proteção e conforto aos investidores.

Para a Gol, bonds conversíveis em ações da Abra a ajudariam a reduzir o custo da operação, uma vez que os investidores exigiriam um bom prêmio para comprar novos bonds da aérea e aceitar a proposta de recompra dos antigos. A última captação feita no fim de 2020 foi precificada com um juro de 8%, já embutindo os riscos da pandemia e combustíveis. Os bonds que a Gol quer refinanciar foram emitidos em 2019 e pagam remuneração de 3,75%.

Na saga pela desalavancagem, a aérea emitiu R$ 1,2 bilhão em duas séries de debêntures em novembro do ano passado para rolar dívida bancária. A primeira série dessa dívida começou a ser amortizada em maio e a segunda, em novembro. Procurada, a Gol não comentou.

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