A Justiça de São Paulo aprovou o pedido de recuperação judicial do Grupo Diavanti. O operador logístico, que transporta, armazena e redistribui produtos de forma terceirizada, acumula R$ 50 milhões em dívidas.
Entre os principais credores estão os bancos Safra, Original, Mercedes, ABC Brasil, Sofisa e BS2. A determinação judicial estipula que a empresa apresente seu plano de reestruturação em até 60 dias, podendo prever a entrada de um investidor.
A companhia atribui os desafios financeiros ao aumento dos juros, que encareceu o financiamento de carretas. A alta no preço do combustível e baixa viabilidade do negócio também pesaram.
Jean Cioffi, da JRCLaw Advogados, que coordena a operação junto com a Quist Investimentos, destaca a disparada nos valores de preços de caminhões, que não foram repassadas aos clientes finais. “Isso travou completamente as margens de lucro. Por isso, as empresas desse setor estão precisando se reinventar, agregar tecnologia, entre outros pontos”, afirma.
Mesmo com a desaceleração das taxas de juros e melhores perspectivas econômicas, empresas de diferentes setores ainda têm recorrido à recuperação judicial. Em janeiro, foram realizados 149 pedidos de recuperações judiciais no País, segundo a Serasa Experian. O número representa alta de 62% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Em relação a dezembro de 2023, o aumento foi de 46,1%.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 06/03/2024 16:45:50.
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