Bastidores do mundo dos negócios

Grupo Tacla investirá R$ 500 milhões em dois outlets e um shopping no Sul


Empresa tem 11 empreendimentos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo

Por Circe Bonatelli
City Center Outlet Premium, de Campo Largo (PR), tem 33 mil m² de área bruta locável e vai ganhar mais 12 mil m² Foto: NENAD RADOVANOVIC

O Grupo Tacla, do Paraná, colocou em prática um plano de investimento de R$ 500 milhões para a expansão de dois outlets que já estão em funcionamento e a construção de um novo shopping center. Esse é o maior plano de crescimento de uma só vez da companhia, que foi fundada na década de 1930 por Mounif Tacla, com atuação no varejo de tecidos. Na década de 1980, a segunda geração (os irmãos Aníbal, Morvan e Ricardo) assumiram os negócios e entraram no ramo de shoppings.

Hoje, o grupo detém 11 shoppings (8 no Paraná, 2 em Santa Catarina e 1 em São Paulo), o que faz dele um dos dez maiores do País. Ao todo, os empreendimentos têm 400 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), com cerca de 2 mil lojistas. É deles o Jockey Plaza, maior shopping de Curitiba, com 450 lojas; e o Shopping Cidade, de Sorocaba (SP), com 225 lojas. Apenas 7% da área dos empreendimentos está vaga. A companhia toda teve crescimento de 17,5% nas vendas de 2022 para 2023.

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Embora muitas empresas do setor de shoppings ainda estejam com alguma dificuldade em ampliar as vendas, os Tacla apontam esta rodada de aportes como um desdobramento natural do que já foi construído. O novo shopping é o Plaza Campos Gerais e ficará em Ponta Grossa (PR), onde a companhia já é dona de outra unidade, o Palladium.

Consolidação

O objetivo do investimento é consolidar a sua participação no mercado local e se blindar contra potenciais novos entrantes. “O racional é ‘fechar’ o mercado”, diz Mounif Tacla Neto, da terceira geração da família e diretor do grupo. O novo terá 27 mil metros quadrados de ABL, espaço para 142 lojas, 16 lanchonetes e restaurantes, 4 salas de cinema e 1,5 mil vagas de estacionamento. As obras já começaram e a inauguração será em 2025.

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No caso dos outlets, a decisão de investir se deve ao fato de que essas unidades estão cheias e há interesse de lojistas por novos espaços. “Desde o começo, os outlets foram feitos pensando no momento de uma expansão, que chegou agora”, conta Mounif.

Um dos investimentos será no Porto Belo Outlet Premium, na cidade de Porto Belo (SC). O empreendimento foi inaugurado em 2017 e está todo locado. Ele tem 25 mil m² de ABL e ganhará mais 10 mil m² com a expansão. O outro aporte será no City Center Outlet Premium, de Campo Largo (PR), a 40 quilômetros de Curitiba. O local tem 33 mil m² de ABL e vai ganhar mais 12 mil m². Sua ocupação hoje é de 90%.

No gosto do brasileiro

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Na visão do diretor do grupo, os outlets caíram no gosto dos brasileiros, atraindo muitas pessoas que antes faziam viagens de compras para o exterior (algo que também foi reprimido pelo câmbio). Mounif diz também que o conceito de outlet foi ‘queimado’ nas décadas passadas pela falta de preços realmente mais baixos, mas isso mudou. Hoje em dia, os comerciantes assinam contrato prevendo descontos mínimos de 35% em relação aos preços originais, algo que virou praxe no setor e que ajudou a tornar os outlets em referência para compras mais vantajosas.

Segundo Mounif, os investimentos serão feitos com o caixa do próprio negócio e com capital da família, sem tomada de dívida. Questionado se cogita entrada de um sócio, ele responde que não. O negócio é familiar e deve continuar assim. A companhia tem conversas frequentes sobre compras e vendas de shoppings, mas está mais perto da primeira opção, segundo ele.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/07/24, às 17h17.

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City Center Outlet Premium, de Campo Largo (PR), tem 33 mil m² de área bruta locável e vai ganhar mais 12 mil m² Foto: NENAD RADOVANOVIC

O Grupo Tacla, do Paraná, colocou em prática um plano de investimento de R$ 500 milhões para a expansão de dois outlets que já estão em funcionamento e a construção de um novo shopping center. Esse é o maior plano de crescimento de uma só vez da companhia, que foi fundada na década de 1930 por Mounif Tacla, com atuação no varejo de tecidos. Na década de 1980, a segunda geração (os irmãos Aníbal, Morvan e Ricardo) assumiram os negócios e entraram no ramo de shoppings.

Hoje, o grupo detém 11 shoppings (8 no Paraná, 2 em Santa Catarina e 1 em São Paulo), o que faz dele um dos dez maiores do País. Ao todo, os empreendimentos têm 400 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), com cerca de 2 mil lojistas. É deles o Jockey Plaza, maior shopping de Curitiba, com 450 lojas; e o Shopping Cidade, de Sorocaba (SP), com 225 lojas. Apenas 7% da área dos empreendimentos está vaga. A companhia toda teve crescimento de 17,5% nas vendas de 2022 para 2023.

Embora muitas empresas do setor de shoppings ainda estejam com alguma dificuldade em ampliar as vendas, os Tacla apontam esta rodada de aportes como um desdobramento natural do que já foi construído. O novo shopping é o Plaza Campos Gerais e ficará em Ponta Grossa (PR), onde a companhia já é dona de outra unidade, o Palladium.

Consolidação

O objetivo do investimento é consolidar a sua participação no mercado local e se blindar contra potenciais novos entrantes. “O racional é ‘fechar’ o mercado”, diz Mounif Tacla Neto, da terceira geração da família e diretor do grupo. O novo terá 27 mil metros quadrados de ABL, espaço para 142 lojas, 16 lanchonetes e restaurantes, 4 salas de cinema e 1,5 mil vagas de estacionamento. As obras já começaram e a inauguração será em 2025.

No caso dos outlets, a decisão de investir se deve ao fato de que essas unidades estão cheias e há interesse de lojistas por novos espaços. “Desde o começo, os outlets foram feitos pensando no momento de uma expansão, que chegou agora”, conta Mounif.

Um dos investimentos será no Porto Belo Outlet Premium, na cidade de Porto Belo (SC). O empreendimento foi inaugurado em 2017 e está todo locado. Ele tem 25 mil m² de ABL e ganhará mais 10 mil m² com a expansão. O outro aporte será no City Center Outlet Premium, de Campo Largo (PR), a 40 quilômetros de Curitiba. O local tem 33 mil m² de ABL e vai ganhar mais 12 mil m². Sua ocupação hoje é de 90%.

No gosto do brasileiro

Na visão do diretor do grupo, os outlets caíram no gosto dos brasileiros, atraindo muitas pessoas que antes faziam viagens de compras para o exterior (algo que também foi reprimido pelo câmbio). Mounif diz também que o conceito de outlet foi ‘queimado’ nas décadas passadas pela falta de preços realmente mais baixos, mas isso mudou. Hoje em dia, os comerciantes assinam contrato prevendo descontos mínimos de 35% em relação aos preços originais, algo que virou praxe no setor e que ajudou a tornar os outlets em referência para compras mais vantajosas.

Segundo Mounif, os investimentos serão feitos com o caixa do próprio negócio e com capital da família, sem tomada de dívida. Questionado se cogita entrada de um sócio, ele responde que não. O negócio é familiar e deve continuar assim. A companhia tem conversas frequentes sobre compras e vendas de shoppings, mas está mais perto da primeira opção, segundo ele.

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Hoje, o grupo detém 11 shoppings (8 no Paraná, 2 em Santa Catarina e 1 em São Paulo), o que faz dele um dos dez maiores do País. Ao todo, os empreendimentos têm 400 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), com cerca de 2 mil lojistas. É deles o Jockey Plaza, maior shopping de Curitiba, com 450 lojas; e o Shopping Cidade, de Sorocaba (SP), com 225 lojas. Apenas 7% da área dos empreendimentos está vaga. A companhia toda teve crescimento de 17,5% nas vendas de 2022 para 2023.

Embora muitas empresas do setor de shoppings ainda estejam com alguma dificuldade em ampliar as vendas, os Tacla apontam esta rodada de aportes como um desdobramento natural do que já foi construído. O novo shopping é o Plaza Campos Gerais e ficará em Ponta Grossa (PR), onde a companhia já é dona de outra unidade, o Palladium.

Consolidação

O objetivo do investimento é consolidar a sua participação no mercado local e se blindar contra potenciais novos entrantes. “O racional é ‘fechar’ o mercado”, diz Mounif Tacla Neto, da terceira geração da família e diretor do grupo. O novo terá 27 mil metros quadrados de ABL, espaço para 142 lojas, 16 lanchonetes e restaurantes, 4 salas de cinema e 1,5 mil vagas de estacionamento. As obras já começaram e a inauguração será em 2025.

No caso dos outlets, a decisão de investir se deve ao fato de que essas unidades estão cheias e há interesse de lojistas por novos espaços. “Desde o começo, os outlets foram feitos pensando no momento de uma expansão, que chegou agora”, conta Mounif.

Um dos investimentos será no Porto Belo Outlet Premium, na cidade de Porto Belo (SC). O empreendimento foi inaugurado em 2017 e está todo locado. Ele tem 25 mil m² de ABL e ganhará mais 10 mil m² com a expansão. O outro aporte será no City Center Outlet Premium, de Campo Largo (PR), a 40 quilômetros de Curitiba. O local tem 33 mil m² de ABL e vai ganhar mais 12 mil m². Sua ocupação hoje é de 90%.

No gosto do brasileiro

Na visão do diretor do grupo, os outlets caíram no gosto dos brasileiros, atraindo muitas pessoas que antes faziam viagens de compras para o exterior (algo que também foi reprimido pelo câmbio). Mounif diz também que o conceito de outlet foi ‘queimado’ nas décadas passadas pela falta de preços realmente mais baixos, mas isso mudou. Hoje em dia, os comerciantes assinam contrato prevendo descontos mínimos de 35% em relação aos preços originais, algo que virou praxe no setor e que ajudou a tornar os outlets em referência para compras mais vantajosas.

Segundo Mounif, os investimentos serão feitos com o caixa do próprio negócio e com capital da família, sem tomada de dívida. Questionado se cogita entrada de um sócio, ele responde que não. O negócio é familiar e deve continuar assim. A companhia tem conversas frequentes sobre compras e vendas de shoppings, mas está mais perto da primeira opção, segundo ele.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/07/24, às 17h17.

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Hoje, o grupo detém 11 shoppings (8 no Paraná, 2 em Santa Catarina e 1 em São Paulo), o que faz dele um dos dez maiores do País. Ao todo, os empreendimentos têm 400 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), com cerca de 2 mil lojistas. É deles o Jockey Plaza, maior shopping de Curitiba, com 450 lojas; e o Shopping Cidade, de Sorocaba (SP), com 225 lojas. Apenas 7% da área dos empreendimentos está vaga. A companhia toda teve crescimento de 17,5% nas vendas de 2022 para 2023.

Embora muitas empresas do setor de shoppings ainda estejam com alguma dificuldade em ampliar as vendas, os Tacla apontam esta rodada de aportes como um desdobramento natural do que já foi construído. O novo shopping é o Plaza Campos Gerais e ficará em Ponta Grossa (PR), onde a companhia já é dona de outra unidade, o Palladium.

Consolidação

O objetivo do investimento é consolidar a sua participação no mercado local e se blindar contra potenciais novos entrantes. “O racional é ‘fechar’ o mercado”, diz Mounif Tacla Neto, da terceira geração da família e diretor do grupo. O novo terá 27 mil metros quadrados de ABL, espaço para 142 lojas, 16 lanchonetes e restaurantes, 4 salas de cinema e 1,5 mil vagas de estacionamento. As obras já começaram e a inauguração será em 2025.

No caso dos outlets, a decisão de investir se deve ao fato de que essas unidades estão cheias e há interesse de lojistas por novos espaços. “Desde o começo, os outlets foram feitos pensando no momento de uma expansão, que chegou agora”, conta Mounif.

Um dos investimentos será no Porto Belo Outlet Premium, na cidade de Porto Belo (SC). O empreendimento foi inaugurado em 2017 e está todo locado. Ele tem 25 mil m² de ABL e ganhará mais 10 mil m² com a expansão. O outro aporte será no City Center Outlet Premium, de Campo Largo (PR), a 40 quilômetros de Curitiba. O local tem 33 mil m² de ABL e vai ganhar mais 12 mil m². Sua ocupação hoje é de 90%.

No gosto do brasileiro

Na visão do diretor do grupo, os outlets caíram no gosto dos brasileiros, atraindo muitas pessoas que antes faziam viagens de compras para o exterior (algo que também foi reprimido pelo câmbio). Mounif diz também que o conceito de outlet foi ‘queimado’ nas décadas passadas pela falta de preços realmente mais baixos, mas isso mudou. Hoje em dia, os comerciantes assinam contrato prevendo descontos mínimos de 35% em relação aos preços originais, algo que virou praxe no setor e que ajudou a tornar os outlets em referência para compras mais vantajosas.

Segundo Mounif, os investimentos serão feitos com o caixa do próprio negócio e com capital da família, sem tomada de dívida. Questionado se cogita entrada de um sócio, ele responde que não. O negócio é familiar e deve continuar assim. A companhia tem conversas frequentes sobre compras e vendas de shoppings, mas está mais perto da primeira opção, segundo ele.

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