Bastidores do mundo dos negócios

Heineken e Omega firmam contrato de fornecimento de energia renovável por 10 anos


Por Talita Nascimento
Decisão de cervejaria de não renovar contrato com cláusula de exclusividade é questionada  Foto: Eric Gaillard/Reuters

A Heineken e a Omega Energia firmaram um contrato que prevê fornecimento de energia renovável pelo período de 10 anos, a partir de 2023. A energia contratada pela Heineken atenderá por completo o consumo de 13 das 15 cervejarias do grupo, além de mais nove centros de distribuição. Para as demais cervejarias, a companhia está adquirindo energia renovável de outras fontes.

O contrato dá à indústria uma condição diferenciada de preço e previsibilidade de custos. Fabiana Polido, diretora comercial da Omega Energia, diz que o custo da energia no mercado livre do Brasil é um dos mais voláteis do mundo. Assim, a companhia observa um aumento da demanda de contratos de longo prazo, já que eles permitem que a empresa se planeje com um custo pré-definido.

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"O custo da energia, quando planejado, tem valor diferente do preço de mercado atual, o que tornou essa alternativa viável e efetiva, permitindo que a companhia desse mais um importante passo em direção à sua meta de zerar as emissões de carbono na produção até 2023 e, posteriormente, neutralizar em toda a cadeia de valor até 2040", diz Carlos Eduardo Garcia, diretor de compras do Grupo Heineken.

Estima-se que a compra de energia renovável, que, no caso desse contrato, virá de painéis solares e parques eólicos, reduzirá a emissão de aproximadamente 270.000 toneladas de CO2 na atmosfera. Polido, da Omega, diz que de 2020 em diante cresceram as iniciativas em busca de boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), o que também aqueceu a demanda por energia renovável.

A executiva credita os novos contratos mais longos ainda à estratégia da companhia de aumentar prazos para pagamento durante o auge da pandemia, quando muitas indústrias estavam paradas ou com produção reduzida. Assim, clientes que antes compravam energia para períodos menores, agora se sentem seguros para fechar contratos mais longos.

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O contrato com a Heineken foi fechado pela Omega Desenvolvimento, empresa que desenvolve novos projetos e implementa ativos renováveis do Grupo Omega.

Crise hídrica

De acordo com Fabiana Polido, a crise hídrica faz aumentar o preço da energia como um todo. Ela chama a atenção, porém, para o fato de que o Brasil não vive esse desconforto pela primeira vez. Assim, contratos de longo prazo não são uma solução para crise atual, mas para ter mais segurança energética e planejamento no decorrer dos próximos anos. Para agora, a Heineken afirma considerar a adesão ao Programa Voluntário de Redução de Demanda de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME).

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"O Grupo Heineken entende ser uma medida válida e está avaliando as regras e possibilidades de participação, já que está totalmente comprometido com a redução do consumo de energia industrial", afirma Garcia.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 31/08/21 às 16h26.

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Contato: colunabroadcast@estadao.com

Decisão de cervejaria de não renovar contrato com cláusula de exclusividade é questionada  Foto: Eric Gaillard/Reuters

A Heineken e a Omega Energia firmaram um contrato que prevê fornecimento de energia renovável pelo período de 10 anos, a partir de 2023. A energia contratada pela Heineken atenderá por completo o consumo de 13 das 15 cervejarias do grupo, além de mais nove centros de distribuição. Para as demais cervejarias, a companhia está adquirindo energia renovável de outras fontes.

O contrato dá à indústria uma condição diferenciada de preço e previsibilidade de custos. Fabiana Polido, diretora comercial da Omega Energia, diz que o custo da energia no mercado livre do Brasil é um dos mais voláteis do mundo. Assim, a companhia observa um aumento da demanda de contratos de longo prazo, já que eles permitem que a empresa se planeje com um custo pré-definido.

"O custo da energia, quando planejado, tem valor diferente do preço de mercado atual, o que tornou essa alternativa viável e efetiva, permitindo que a companhia desse mais um importante passo em direção à sua meta de zerar as emissões de carbono na produção até 2023 e, posteriormente, neutralizar em toda a cadeia de valor até 2040", diz Carlos Eduardo Garcia, diretor de compras do Grupo Heineken.

Estima-se que a compra de energia renovável, que, no caso desse contrato, virá de painéis solares e parques eólicos, reduzirá a emissão de aproximadamente 270.000 toneladas de CO2 na atmosfera. Polido, da Omega, diz que de 2020 em diante cresceram as iniciativas em busca de boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), o que também aqueceu a demanda por energia renovável.

A executiva credita os novos contratos mais longos ainda à estratégia da companhia de aumentar prazos para pagamento durante o auge da pandemia, quando muitas indústrias estavam paradas ou com produção reduzida. Assim, clientes que antes compravam energia para períodos menores, agora se sentem seguros para fechar contratos mais longos.

O contrato com a Heineken foi fechado pela Omega Desenvolvimento, empresa que desenvolve novos projetos e implementa ativos renováveis do Grupo Omega.

Crise hídrica

De acordo com Fabiana Polido, a crise hídrica faz aumentar o preço da energia como um todo. Ela chama a atenção, porém, para o fato de que o Brasil não vive esse desconforto pela primeira vez. Assim, contratos de longo prazo não são uma solução para crise atual, mas para ter mais segurança energética e planejamento no decorrer dos próximos anos. Para agora, a Heineken afirma considerar a adesão ao Programa Voluntário de Redução de Demanda de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME).

"O Grupo Heineken entende ser uma medida válida e está avaliando as regras e possibilidades de participação, já que está totalmente comprometido com a redução do consumo de energia industrial", afirma Garcia.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 31/08/21 às 16h26.

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Decisão de cervejaria de não renovar contrato com cláusula de exclusividade é questionada  Foto: Eric Gaillard/Reuters

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O contrato dá à indústria uma condição diferenciada de preço e previsibilidade de custos. Fabiana Polido, diretora comercial da Omega Energia, diz que o custo da energia no mercado livre do Brasil é um dos mais voláteis do mundo. Assim, a companhia observa um aumento da demanda de contratos de longo prazo, já que eles permitem que a empresa se planeje com um custo pré-definido.

"O custo da energia, quando planejado, tem valor diferente do preço de mercado atual, o que tornou essa alternativa viável e efetiva, permitindo que a companhia desse mais um importante passo em direção à sua meta de zerar as emissões de carbono na produção até 2023 e, posteriormente, neutralizar em toda a cadeia de valor até 2040", diz Carlos Eduardo Garcia, diretor de compras do Grupo Heineken.

Estima-se que a compra de energia renovável, que, no caso desse contrato, virá de painéis solares e parques eólicos, reduzirá a emissão de aproximadamente 270.000 toneladas de CO2 na atmosfera. Polido, da Omega, diz que de 2020 em diante cresceram as iniciativas em busca de boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), o que também aqueceu a demanda por energia renovável.

A executiva credita os novos contratos mais longos ainda à estratégia da companhia de aumentar prazos para pagamento durante o auge da pandemia, quando muitas indústrias estavam paradas ou com produção reduzida. Assim, clientes que antes compravam energia para períodos menores, agora se sentem seguros para fechar contratos mais longos.

O contrato com a Heineken foi fechado pela Omega Desenvolvimento, empresa que desenvolve novos projetos e implementa ativos renováveis do Grupo Omega.

Crise hídrica

De acordo com Fabiana Polido, a crise hídrica faz aumentar o preço da energia como um todo. Ela chama a atenção, porém, para o fato de que o Brasil não vive esse desconforto pela primeira vez. Assim, contratos de longo prazo não são uma solução para crise atual, mas para ter mais segurança energética e planejamento no decorrer dos próximos anos. Para agora, a Heineken afirma considerar a adesão ao Programa Voluntário de Redução de Demanda de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME).

"O Grupo Heineken entende ser uma medida válida e está avaliando as regras e possibilidades de participação, já que está totalmente comprometido com a redução do consumo de energia industrial", afirma Garcia.

 

Esta reportagem foi publicada no Broadcast+ no dia 31/08/21 às 16h26.

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