Bastidores do mundo dos negócios

Iguatemi deve se associar a fundo bilionário do BB para comprar shoppings


Oferta por Pátio Higienópolis e Pátio Paulista deve ficar em torno de R$ 2,5 bilhões

Por Circe Bonatelli, Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Shopping Pátio Higienópolis, na região central de São Paulo Foto: Márcio Fernandes/Estadão

A Iguatemi não vai comprar sozinha a participação da Brookfield nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis. A investida será feita em parceria com o fundo imobiliário BB Premium Malls, sob gestão da BB Asset, e com os demais sócios de cada um dos empreendimentos interessados em exercer o direito de preferência na compra dos ativos. A definição da fatia de cada um será negociada até o começo de novembro.

A Iguatemi deixou para trás uma fila de concorrentes e conseguiu um acordo de exclusividade com a Brookfield para comprar os dois shoppings. Outras empresas manifestaram interesse no negócio, como Allos, Syn, Ancar Ivanhoe e JCPM, além de family offices e outros fundos imobiliários. “Teve uma procura maior do que o esperado”, afirmou uma pessoa envolvida no processo. “Quase todos fizeram propostas, mas a da Iguatemi foi a melhor.”

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A partir da proposta passou a correr um prazo de 30 dias para a assinatura da transação. A oferta da Iguatemi está na faixa de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, segundo fontes. O valor final ainda depende de diligências em andamento, mas está mais próximo do piso dessa faixa. O montante corresponde à participação de 55,9% da Brookfield no Paulista e de 50,1% no Higienópolis.

A Iguatemi já era uma candidata natural a arrematar o Higienópolis, no qual tem participação de 11,5%, além de ser a administradora do centro de compras. Neste momento, a empresa está conversando com a Rio Bravo, segunda maior sócia, com 25,7%, e que tem interesse em ampliar seu pedaço no bolo.

Para analistas, foi uma surpresa que o lance da Iguatemi também tenha envolvido o Paulista, já que o valor da transação é alto, e a empresa não tem participação alguma ali. Depois da Brookfield, os principais sócios no Paulista são o fundo de pensão de funcionários da Caixa (Funcef) e family offices.

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Parceria com o BB e ida ao mercado

A investida da Iguatemi será possível graças à parceria do BB Premium Malls, fundo criado neste ano e que captou R$ 990 milhões em maio para a compra de ativos em conjunto com a empresa. Em julho, eles já compraram a participação de 54% da Brookfield em outro shopping de peso, o RioSul, por mais de R$ 1 bilhão, numa operação que também envolveu os outros sócios do empreendimento.

Segundo fontes, o BB Malls prepara uma oferta subsequente de cotas (follow on), que pode chegar a R$ 1,5 bilhão, para fazer frente à transação que se avizinha. A Iguatemi também estuda a emissão de uma debênture que pode chegar a R$ 1 bilhão, sem onerar demais o balanço.

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A empresa tinha dívida líquida de R$ 1,7 bilhão, e alavancagem de 1,8 vez, no fim do segundo trimestre. “A companhia tem espaço para alavancagem (endividamento)”, diz um banqueiro. “A parceria da Iguatemi com a BB Asset permitiu que ela fosse mais longe do que o lance pelo Higienópolis, chegando também ao Paulista”, disse uma fonte.

“Os outros sócios nos ativos vão querer o exercer o direito de preferência. Nesse momento, isso está em negociação. Ainda é difícil dizer que vai levar e quanto vai levar”, afirmou outra fonte. A Iguatemi está sendo assessorada pela G5 Partners. A Brookfield é assessorada pelo BTG Pactual e Bradesco BBI. As partes não fizeram comentários.

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Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 08/10/2024, às 16:45

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Shopping Pátio Higienópolis, na região central de São Paulo Foto: Márcio Fernandes/Estadão

A Iguatemi não vai comprar sozinha a participação da Brookfield nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis. A investida será feita em parceria com o fundo imobiliário BB Premium Malls, sob gestão da BB Asset, e com os demais sócios de cada um dos empreendimentos interessados em exercer o direito de preferência na compra dos ativos. A definição da fatia de cada um será negociada até o começo de novembro.

A Iguatemi deixou para trás uma fila de concorrentes e conseguiu um acordo de exclusividade com a Brookfield para comprar os dois shoppings. Outras empresas manifestaram interesse no negócio, como Allos, Syn, Ancar Ivanhoe e JCPM, além de family offices e outros fundos imobiliários. “Teve uma procura maior do que o esperado”, afirmou uma pessoa envolvida no processo. “Quase todos fizeram propostas, mas a da Iguatemi foi a melhor.”

A partir da proposta passou a correr um prazo de 30 dias para a assinatura da transação. A oferta da Iguatemi está na faixa de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, segundo fontes. O valor final ainda depende de diligências em andamento, mas está mais próximo do piso dessa faixa. O montante corresponde à participação de 55,9% da Brookfield no Paulista e de 50,1% no Higienópolis.

A Iguatemi já era uma candidata natural a arrematar o Higienópolis, no qual tem participação de 11,5%, além de ser a administradora do centro de compras. Neste momento, a empresa está conversando com a Rio Bravo, segunda maior sócia, com 25,7%, e que tem interesse em ampliar seu pedaço no bolo.

Para analistas, foi uma surpresa que o lance da Iguatemi também tenha envolvido o Paulista, já que o valor da transação é alto, e a empresa não tem participação alguma ali. Depois da Brookfield, os principais sócios no Paulista são o fundo de pensão de funcionários da Caixa (Funcef) e family offices.

Parceria com o BB e ida ao mercado

A investida da Iguatemi será possível graças à parceria do BB Premium Malls, fundo criado neste ano e que captou R$ 990 milhões em maio para a compra de ativos em conjunto com a empresa. Em julho, eles já compraram a participação de 54% da Brookfield em outro shopping de peso, o RioSul, por mais de R$ 1 bilhão, numa operação que também envolveu os outros sócios do empreendimento.

Segundo fontes, o BB Malls prepara uma oferta subsequente de cotas (follow on), que pode chegar a R$ 1,5 bilhão, para fazer frente à transação que se avizinha. A Iguatemi também estuda a emissão de uma debênture que pode chegar a R$ 1 bilhão, sem onerar demais o balanço.

A empresa tinha dívida líquida de R$ 1,7 bilhão, e alavancagem de 1,8 vez, no fim do segundo trimestre. “A companhia tem espaço para alavancagem (endividamento)”, diz um banqueiro. “A parceria da Iguatemi com a BB Asset permitiu que ela fosse mais longe do que o lance pelo Higienópolis, chegando também ao Paulista”, disse uma fonte.

“Os outros sócios nos ativos vão querer o exercer o direito de preferência. Nesse momento, isso está em negociação. Ainda é difícil dizer que vai levar e quanto vai levar”, afirmou outra fonte. A Iguatemi está sendo assessorada pela G5 Partners. A Brookfield é assessorada pelo BTG Pactual e Bradesco BBI. As partes não fizeram comentários.

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A Iguatemi deixou para trás uma fila de concorrentes e conseguiu um acordo de exclusividade com a Brookfield para comprar os dois shoppings. Outras empresas manifestaram interesse no negócio, como Allos, Syn, Ancar Ivanhoe e JCPM, além de family offices e outros fundos imobiliários. “Teve uma procura maior do que o esperado”, afirmou uma pessoa envolvida no processo. “Quase todos fizeram propostas, mas a da Iguatemi foi a melhor.”

A partir da proposta passou a correr um prazo de 30 dias para a assinatura da transação. A oferta da Iguatemi está na faixa de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, segundo fontes. O valor final ainda depende de diligências em andamento, mas está mais próximo do piso dessa faixa. O montante corresponde à participação de 55,9% da Brookfield no Paulista e de 50,1% no Higienópolis.

A Iguatemi já era uma candidata natural a arrematar o Higienópolis, no qual tem participação de 11,5%, além de ser a administradora do centro de compras. Neste momento, a empresa está conversando com a Rio Bravo, segunda maior sócia, com 25,7%, e que tem interesse em ampliar seu pedaço no bolo.

Para analistas, foi uma surpresa que o lance da Iguatemi também tenha envolvido o Paulista, já que o valor da transação é alto, e a empresa não tem participação alguma ali. Depois da Brookfield, os principais sócios no Paulista são o fundo de pensão de funcionários da Caixa (Funcef) e family offices.

Parceria com o BB e ida ao mercado

A investida da Iguatemi será possível graças à parceria do BB Premium Malls, fundo criado neste ano e que captou R$ 990 milhões em maio para a compra de ativos em conjunto com a empresa. Em julho, eles já compraram a participação de 54% da Brookfield em outro shopping de peso, o RioSul, por mais de R$ 1 bilhão, numa operação que também envolveu os outros sócios do empreendimento.

Segundo fontes, o BB Malls prepara uma oferta subsequente de cotas (follow on), que pode chegar a R$ 1,5 bilhão, para fazer frente à transação que se avizinha. A Iguatemi também estuda a emissão de uma debênture que pode chegar a R$ 1 bilhão, sem onerar demais o balanço.

A empresa tinha dívida líquida de R$ 1,7 bilhão, e alavancagem de 1,8 vez, no fim do segundo trimestre. “A companhia tem espaço para alavancagem (endividamento)”, diz um banqueiro. “A parceria da Iguatemi com a BB Asset permitiu que ela fosse mais longe do que o lance pelo Higienópolis, chegando também ao Paulista”, disse uma fonte.

“Os outros sócios nos ativos vão querer o exercer o direito de preferência. Nesse momento, isso está em negociação. Ainda é difícil dizer que vai levar e quanto vai levar”, afirmou outra fonte. A Iguatemi está sendo assessorada pela G5 Partners. A Brookfield é assessorada pelo BTG Pactual e Bradesco BBI. As partes não fizeram comentários.

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A Iguatemi deixou para trás uma fila de concorrentes e conseguiu um acordo de exclusividade com a Brookfield para comprar os dois shoppings. Outras empresas manifestaram interesse no negócio, como Allos, Syn, Ancar Ivanhoe e JCPM, além de family offices e outros fundos imobiliários. “Teve uma procura maior do que o esperado”, afirmou uma pessoa envolvida no processo. “Quase todos fizeram propostas, mas a da Iguatemi foi a melhor.”

A partir da proposta passou a correr um prazo de 30 dias para a assinatura da transação. A oferta da Iguatemi está na faixa de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, segundo fontes. O valor final ainda depende de diligências em andamento, mas está mais próximo do piso dessa faixa. O montante corresponde à participação de 55,9% da Brookfield no Paulista e de 50,1% no Higienópolis.

A Iguatemi já era uma candidata natural a arrematar o Higienópolis, no qual tem participação de 11,5%, além de ser a administradora do centro de compras. Neste momento, a empresa está conversando com a Rio Bravo, segunda maior sócia, com 25,7%, e que tem interesse em ampliar seu pedaço no bolo.

Para analistas, foi uma surpresa que o lance da Iguatemi também tenha envolvido o Paulista, já que o valor da transação é alto, e a empresa não tem participação alguma ali. Depois da Brookfield, os principais sócios no Paulista são o fundo de pensão de funcionários da Caixa (Funcef) e family offices.

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Segundo fontes, o BB Malls prepara uma oferta subsequente de cotas (follow on), que pode chegar a R$ 1,5 bilhão, para fazer frente à transação que se avizinha. A Iguatemi também estuda a emissão de uma debênture que pode chegar a R$ 1 bilhão, sem onerar demais o balanço.

A empresa tinha dívida líquida de R$ 1,7 bilhão, e alavancagem de 1,8 vez, no fim do segundo trimestre. “A companhia tem espaço para alavancagem (endividamento)”, diz um banqueiro. “A parceria da Iguatemi com a BB Asset permitiu que ela fosse mais longe do que o lance pelo Higienópolis, chegando também ao Paulista”, disse uma fonte.

“Os outros sócios nos ativos vão querer o exercer o direito de preferência. Nesse momento, isso está em negociação. Ainda é difícil dizer que vai levar e quanto vai levar”, afirmou outra fonte. A Iguatemi está sendo assessorada pela G5 Partners. A Brookfield é assessorada pelo BTG Pactual e Bradesco BBI. As partes não fizeram comentários.

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