Bastidores do mundo dos negócios

Indústria calçadista tem segunda pior geração de empregos desde os anos 2000


Setor registra saldo negativo de 333 vagas no acumulado do ano

Por Alexandre Rocha
A produção nacional foi de 618,5 milhões de pares de janeiro a setembro, um recuo de 1,6% Foto: Marcos Nagelstein/Estadão Conteúdo

A indústria de calçados gerou 391 empregos em setembro deste ano, contra 4 mil vagas no mesmo mês do ano passado. De janeiro a setembro, o setor registrou saldo negativo de 333 postos de trabalho. Com exceção de 2020, durante a pandemia, a atividade passa pelo pior período em termos de criação de vagas de trabalho desde os anos 2000, quanto teve início a série histórica de dados, segundo a Abicalçados (associação do setor).

De acordo com a Abicalçados, o setor emprega atualmente 296 mil pessoas, 6,4% a menos do que há um ano, mesmo com o aumento do consumo aparente de caçados. De janeiro a setembro, a produção nacional ficou em 618,5 milhões de pares, um recuo de 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. O consumo aparente, no entanto, subiu 1,9% na mesma comparação, para 550,9 milhões de pares.

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Para a Abicalçados, culpa a queda na produção e a piora no emprego são especialmente à concorrência de plataformas internacionais de comércio eletrônico, que gozam de isenção de Imposto de Importação em encomendas de até US$ 50,00.

Associação diz que empresas sofrem com concorrência estrangeira

“Os dados apontam que, apesar do crescimento do consumo, a indústria nacional vem perdendo tração. Estamos perdendo mercado para produtos que estão entrando no Brasil sem qualquer tipo de tributação”, diz o presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira. “É uma concorrência desleal, pois pagamos impostos em cascata.”

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A associação diz ainda que a faixa de isenção a importados coloca em risco mais de 30 mil postos de trabalho na indústria. A indústria quer o fim da isenção, instituída oficialmente pela Portaria nº 612/2023 do Ministério da Fazenda e com validade desde 1º de agosto.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 07/11/23, às 16h18

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A produção nacional foi de 618,5 milhões de pares de janeiro a setembro, um recuo de 1,6% Foto: Marcos Nagelstein/Estadão Conteúdo

A indústria de calçados gerou 391 empregos em setembro deste ano, contra 4 mil vagas no mesmo mês do ano passado. De janeiro a setembro, o setor registrou saldo negativo de 333 postos de trabalho. Com exceção de 2020, durante a pandemia, a atividade passa pelo pior período em termos de criação de vagas de trabalho desde os anos 2000, quanto teve início a série histórica de dados, segundo a Abicalçados (associação do setor).

De acordo com a Abicalçados, o setor emprega atualmente 296 mil pessoas, 6,4% a menos do que há um ano, mesmo com o aumento do consumo aparente de caçados. De janeiro a setembro, a produção nacional ficou em 618,5 milhões de pares, um recuo de 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. O consumo aparente, no entanto, subiu 1,9% na mesma comparação, para 550,9 milhões de pares.

Para a Abicalçados, culpa a queda na produção e a piora no emprego são especialmente à concorrência de plataformas internacionais de comércio eletrônico, que gozam de isenção de Imposto de Importação em encomendas de até US$ 50,00.

Associação diz que empresas sofrem com concorrência estrangeira

“Os dados apontam que, apesar do crescimento do consumo, a indústria nacional vem perdendo tração. Estamos perdendo mercado para produtos que estão entrando no Brasil sem qualquer tipo de tributação”, diz o presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira. “É uma concorrência desleal, pois pagamos impostos em cascata.”

A associação diz ainda que a faixa de isenção a importados coloca em risco mais de 30 mil postos de trabalho na indústria. A indústria quer o fim da isenção, instituída oficialmente pela Portaria nº 612/2023 do Ministério da Fazenda e com validade desde 1º de agosto.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 07/11/23, às 16h18

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A indústria de calçados gerou 391 empregos em setembro deste ano, contra 4 mil vagas no mesmo mês do ano passado. De janeiro a setembro, o setor registrou saldo negativo de 333 postos de trabalho. Com exceção de 2020, durante a pandemia, a atividade passa pelo pior período em termos de criação de vagas de trabalho desde os anos 2000, quanto teve início a série histórica de dados, segundo a Abicalçados (associação do setor).

De acordo com a Abicalçados, o setor emprega atualmente 296 mil pessoas, 6,4% a menos do que há um ano, mesmo com o aumento do consumo aparente de caçados. De janeiro a setembro, a produção nacional ficou em 618,5 milhões de pares, um recuo de 1,6% em relação ao mesmo período de 2022. O consumo aparente, no entanto, subiu 1,9% na mesma comparação, para 550,9 milhões de pares.

Para a Abicalçados, culpa a queda na produção e a piora no emprego são especialmente à concorrência de plataformas internacionais de comércio eletrônico, que gozam de isenção de Imposto de Importação em encomendas de até US$ 50,00.

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“Os dados apontam que, apesar do crescimento do consumo, a indústria nacional vem perdendo tração. Estamos perdendo mercado para produtos que estão entrando no Brasil sem qualquer tipo de tributação”, diz o presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira. “É uma concorrência desleal, pois pagamos impostos em cascata.”

A associação diz ainda que a faixa de isenção a importados coloca em risco mais de 30 mil postos de trabalho na indústria. A indústria quer o fim da isenção, instituída oficialmente pela Portaria nº 612/2023 do Ministério da Fazenda e com validade desde 1º de agosto.

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