Bastidores do mundo dos negócios

Innova deve desistir de parceria com Unipar para aquisição bilionária nos EUA


Empresas avaliavam compra de fábrica de poliestireno por R$ 3,5 bilhões

Por Jorge Barbosa
Fábrica da Unipar em Cubatão (SP): recuo da Innova não deve impedir a companhia de continuar a buscar expansão para os EUA Foto: Alessandra Araujo

A petroquímica e transformadora plástica Videolar-Innova, do empresário bilionário Lírio Parisotto, não deve seguir em frente com a parceria não vinculativa com a Unipar, maior produtora de cloro-soda da América do Sul, para realizar a compra conjunta de uma fábrica de poliestireno nos Estados Unidos, segundo disseram ao Broadcast fontes a par do assunto. A transação era estimada em um valor um pouco abaixo de R$ 3,5 bilhões, informaram as fontes.

A leitura de mercado é que uma migração de empresas brasileiras do setor petroquímico para os Estados Unidos seria um caminho natural e compreensível, visto que há forte atratividade na região por conta da maior disponibilidade de gás natural e outras matérias-primas a preços mais baixos, além de uma política de proteção comercial mais forte, que reduz riscos de uma competição desleal de produtos chineses.

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Ainda assim, a Innova teria optado por recuar do movimento. Ao final do ano, a companhia divulgou o balanço das operações de 2023, indicando um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 667,9 milhões, valor 49,9% menor ante o ano de 2022. O lucro líquido retraiu 48,3% no período, para R$ 530 milhões.

Negociação tem acordo de confidencialidade

Com relação ao acordo, formalmente, por conta da assinatura de um NDA (sigla em inglês para “acordo de não divulgação”), a Innova não pode manifestar publicamente que perdeu o interesse em avançar com as aquisições, segundo fontes. Também permanece aberta a hipótese de a companhia mudar de posição mais para frente, disseram as fontes.

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A Unipar informou no dia 26 de fevereiro que o movimento entre as duas companhias tratou-se de um acordo de confidencialidade para avaliar a viabilidade de uma transação nos EUA. Contudo, não havia qualquer outro documento vinculante para essa possível negociação entre as partes (Unipar, Innova e a fábrica de poliestireno nos Estados Unidos).

Segundo fontes, se confirmado, o recuo da Innova não afetará o planejamento da Unipar por expandir a atuação dos seus mercados. Além disso, não há impedimentos para que a produtora de cloro-soda realize a compra da fábrica sozinha, se for o caso do negócio ser atrativo e vantajoso. A Unipar está explorando oportunidades, e esta é apenas uma das que estão disponíveis.

Busca por aquisição pode seguir mesmo com desistência

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Embora a Unipar tenha atuação mais exposta na atividade de cloro-soda e PVC hoje em dia, a companhia já foi a maior petroquímica do Brasil entre as décadas de 60 e 90 e também atuou em outras áreas do setor. Portanto, mesmo que a Innova pudesse ajudar na parceria, considerando o ganho de expertise dentro do mercado, o peso da participação dela dentro da transação não teria tanta relevância, caso o movimento avançasse.

Um dos desafios colocados para expandir para os EUA estava em atrair quadros qualificados capazes de assumir as operações, conforme mostrou o Broadcast, mas esse é um desafio que a Unipar está disposta a enfrentar.

A produtora de cloro-soda tem cinco pilares estratégicos, um deles é o de crescimento sustentável. Três verticais do objetivo da empresa de crescer com sustentabilidade são a expansão em negócios principais, adjacentes e “novos negócios na química e petroquímica”.

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Mudança na gestão tende a favorecer novos negócios

Conforme disse uma fonte, a transição de Rodrigo Cannaval do posto de diretor industrial e diretor de relação com investidores interino para o comando da companhia em abril deve fortalecer a capacidade da Unipar para entrar em novos negócios. “O momento é exploratório para aquisições”, acrescentou.

A Unipar tem como objetivo dobrar de tamanho em 10 anos. Hoje, a empresa tem R$ 6,7 bilhões em valor de mercado e tem conseguido se expandir nos últimos anos. Em 2023, a empresa fez uma proposta de R$ 10 bilhões pela fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, sem sucesso. Para a produtora de cloro-soda, o movimento de crescimento pode ser feito tanto de forma orgânica quanto por fusões e aquisições.

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Procuradas, a Innova não respondeu e a Unipar não comentou.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/03/24, às 10h32

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Fábrica da Unipar em Cubatão (SP): recuo da Innova não deve impedir a companhia de continuar a buscar expansão para os EUA Foto: Alessandra Araujo

A petroquímica e transformadora plástica Videolar-Innova, do empresário bilionário Lírio Parisotto, não deve seguir em frente com a parceria não vinculativa com a Unipar, maior produtora de cloro-soda da América do Sul, para realizar a compra conjunta de uma fábrica de poliestireno nos Estados Unidos, segundo disseram ao Broadcast fontes a par do assunto. A transação era estimada em um valor um pouco abaixo de R$ 3,5 bilhões, informaram as fontes.

A leitura de mercado é que uma migração de empresas brasileiras do setor petroquímico para os Estados Unidos seria um caminho natural e compreensível, visto que há forte atratividade na região por conta da maior disponibilidade de gás natural e outras matérias-primas a preços mais baixos, além de uma política de proteção comercial mais forte, que reduz riscos de uma competição desleal de produtos chineses.

Ainda assim, a Innova teria optado por recuar do movimento. Ao final do ano, a companhia divulgou o balanço das operações de 2023, indicando um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 667,9 milhões, valor 49,9% menor ante o ano de 2022. O lucro líquido retraiu 48,3% no período, para R$ 530 milhões.

Negociação tem acordo de confidencialidade

Com relação ao acordo, formalmente, por conta da assinatura de um NDA (sigla em inglês para “acordo de não divulgação”), a Innova não pode manifestar publicamente que perdeu o interesse em avançar com as aquisições, segundo fontes. Também permanece aberta a hipótese de a companhia mudar de posição mais para frente, disseram as fontes.

A Unipar informou no dia 26 de fevereiro que o movimento entre as duas companhias tratou-se de um acordo de confidencialidade para avaliar a viabilidade de uma transação nos EUA. Contudo, não havia qualquer outro documento vinculante para essa possível negociação entre as partes (Unipar, Innova e a fábrica de poliestireno nos Estados Unidos).

Segundo fontes, se confirmado, o recuo da Innova não afetará o planejamento da Unipar por expandir a atuação dos seus mercados. Além disso, não há impedimentos para que a produtora de cloro-soda realize a compra da fábrica sozinha, se for o caso do negócio ser atrativo e vantajoso. A Unipar está explorando oportunidades, e esta é apenas uma das que estão disponíveis.

Busca por aquisição pode seguir mesmo com desistência

Embora a Unipar tenha atuação mais exposta na atividade de cloro-soda e PVC hoje em dia, a companhia já foi a maior petroquímica do Brasil entre as décadas de 60 e 90 e também atuou em outras áreas do setor. Portanto, mesmo que a Innova pudesse ajudar na parceria, considerando o ganho de expertise dentro do mercado, o peso da participação dela dentro da transação não teria tanta relevância, caso o movimento avançasse.

Um dos desafios colocados para expandir para os EUA estava em atrair quadros qualificados capazes de assumir as operações, conforme mostrou o Broadcast, mas esse é um desafio que a Unipar está disposta a enfrentar.

A produtora de cloro-soda tem cinco pilares estratégicos, um deles é o de crescimento sustentável. Três verticais do objetivo da empresa de crescer com sustentabilidade são a expansão em negócios principais, adjacentes e “novos negócios na química e petroquímica”.

Mudança na gestão tende a favorecer novos negócios

Conforme disse uma fonte, a transição de Rodrigo Cannaval do posto de diretor industrial e diretor de relação com investidores interino para o comando da companhia em abril deve fortalecer a capacidade da Unipar para entrar em novos negócios. “O momento é exploratório para aquisições”, acrescentou.

A Unipar tem como objetivo dobrar de tamanho em 10 anos. Hoje, a empresa tem R$ 6,7 bilhões em valor de mercado e tem conseguido se expandir nos últimos anos. Em 2023, a empresa fez uma proposta de R$ 10 bilhões pela fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, sem sucesso. Para a produtora de cloro-soda, o movimento de crescimento pode ser feito tanto de forma orgânica quanto por fusões e aquisições.

Procuradas, a Innova não respondeu e a Unipar não comentou.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/03/24, às 10h32

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A petroquímica e transformadora plástica Videolar-Innova, do empresário bilionário Lírio Parisotto, não deve seguir em frente com a parceria não vinculativa com a Unipar, maior produtora de cloro-soda da América do Sul, para realizar a compra conjunta de uma fábrica de poliestireno nos Estados Unidos, segundo disseram ao Broadcast fontes a par do assunto. A transação era estimada em um valor um pouco abaixo de R$ 3,5 bilhões, informaram as fontes.

A leitura de mercado é que uma migração de empresas brasileiras do setor petroquímico para os Estados Unidos seria um caminho natural e compreensível, visto que há forte atratividade na região por conta da maior disponibilidade de gás natural e outras matérias-primas a preços mais baixos, além de uma política de proteção comercial mais forte, que reduz riscos de uma competição desleal de produtos chineses.

Ainda assim, a Innova teria optado por recuar do movimento. Ao final do ano, a companhia divulgou o balanço das operações de 2023, indicando um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 667,9 milhões, valor 49,9% menor ante o ano de 2022. O lucro líquido retraiu 48,3% no período, para R$ 530 milhões.

Negociação tem acordo de confidencialidade

Com relação ao acordo, formalmente, por conta da assinatura de um NDA (sigla em inglês para “acordo de não divulgação”), a Innova não pode manifestar publicamente que perdeu o interesse em avançar com as aquisições, segundo fontes. Também permanece aberta a hipótese de a companhia mudar de posição mais para frente, disseram as fontes.

A Unipar informou no dia 26 de fevereiro que o movimento entre as duas companhias tratou-se de um acordo de confidencialidade para avaliar a viabilidade de uma transação nos EUA. Contudo, não havia qualquer outro documento vinculante para essa possível negociação entre as partes (Unipar, Innova e a fábrica de poliestireno nos Estados Unidos).

Segundo fontes, se confirmado, o recuo da Innova não afetará o planejamento da Unipar por expandir a atuação dos seus mercados. Além disso, não há impedimentos para que a produtora de cloro-soda realize a compra da fábrica sozinha, se for o caso do negócio ser atrativo e vantajoso. A Unipar está explorando oportunidades, e esta é apenas uma das que estão disponíveis.

Busca por aquisição pode seguir mesmo com desistência

Embora a Unipar tenha atuação mais exposta na atividade de cloro-soda e PVC hoje em dia, a companhia já foi a maior petroquímica do Brasil entre as décadas de 60 e 90 e também atuou em outras áreas do setor. Portanto, mesmo que a Innova pudesse ajudar na parceria, considerando o ganho de expertise dentro do mercado, o peso da participação dela dentro da transação não teria tanta relevância, caso o movimento avançasse.

Um dos desafios colocados para expandir para os EUA estava em atrair quadros qualificados capazes de assumir as operações, conforme mostrou o Broadcast, mas esse é um desafio que a Unipar está disposta a enfrentar.

A produtora de cloro-soda tem cinco pilares estratégicos, um deles é o de crescimento sustentável. Três verticais do objetivo da empresa de crescer com sustentabilidade são a expansão em negócios principais, adjacentes e “novos negócios na química e petroquímica”.

Mudança na gestão tende a favorecer novos negócios

Conforme disse uma fonte, a transição de Rodrigo Cannaval do posto de diretor industrial e diretor de relação com investidores interino para o comando da companhia em abril deve fortalecer a capacidade da Unipar para entrar em novos negócios. “O momento é exploratório para aquisições”, acrescentou.

A Unipar tem como objetivo dobrar de tamanho em 10 anos. Hoje, a empresa tem R$ 6,7 bilhões em valor de mercado e tem conseguido se expandir nos últimos anos. Em 2023, a empresa fez uma proposta de R$ 10 bilhões pela fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, sem sucesso. Para a produtora de cloro-soda, o movimento de crescimento pode ser feito tanto de forma orgânica quanto por fusões e aquisições.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 05/03/24, às 10h32

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A petroquímica e transformadora plástica Videolar-Innova, do empresário bilionário Lírio Parisotto, não deve seguir em frente com a parceria não vinculativa com a Unipar, maior produtora de cloro-soda da América do Sul, para realizar a compra conjunta de uma fábrica de poliestireno nos Estados Unidos, segundo disseram ao Broadcast fontes a par do assunto. A transação era estimada em um valor um pouco abaixo de R$ 3,5 bilhões, informaram as fontes.

A leitura de mercado é que uma migração de empresas brasileiras do setor petroquímico para os Estados Unidos seria um caminho natural e compreensível, visto que há forte atratividade na região por conta da maior disponibilidade de gás natural e outras matérias-primas a preços mais baixos, além de uma política de proteção comercial mais forte, que reduz riscos de uma competição desleal de produtos chineses.

Ainda assim, a Innova teria optado por recuar do movimento. Ao final do ano, a companhia divulgou o balanço das operações de 2023, indicando um Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 667,9 milhões, valor 49,9% menor ante o ano de 2022. O lucro líquido retraiu 48,3% no período, para R$ 530 milhões.

Negociação tem acordo de confidencialidade

Com relação ao acordo, formalmente, por conta da assinatura de um NDA (sigla em inglês para “acordo de não divulgação”), a Innova não pode manifestar publicamente que perdeu o interesse em avançar com as aquisições, segundo fontes. Também permanece aberta a hipótese de a companhia mudar de posição mais para frente, disseram as fontes.

A Unipar informou no dia 26 de fevereiro que o movimento entre as duas companhias tratou-se de um acordo de confidencialidade para avaliar a viabilidade de uma transação nos EUA. Contudo, não havia qualquer outro documento vinculante para essa possível negociação entre as partes (Unipar, Innova e a fábrica de poliestireno nos Estados Unidos).

Segundo fontes, se confirmado, o recuo da Innova não afetará o planejamento da Unipar por expandir a atuação dos seus mercados. Além disso, não há impedimentos para que a produtora de cloro-soda realize a compra da fábrica sozinha, se for o caso do negócio ser atrativo e vantajoso. A Unipar está explorando oportunidades, e esta é apenas uma das que estão disponíveis.

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Um dos desafios colocados para expandir para os EUA estava em atrair quadros qualificados capazes de assumir as operações, conforme mostrou o Broadcast, mas esse é um desafio que a Unipar está disposta a enfrentar.

A produtora de cloro-soda tem cinco pilares estratégicos, um deles é o de crescimento sustentável. Três verticais do objetivo da empresa de crescer com sustentabilidade são a expansão em negócios principais, adjacentes e “novos negócios na química e petroquímica”.

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Conforme disse uma fonte, a transição de Rodrigo Cannaval do posto de diretor industrial e diretor de relação com investidores interino para o comando da companhia em abril deve fortalecer a capacidade da Unipar para entrar em novos negócios. “O momento é exploratório para aquisições”, acrescentou.

A Unipar tem como objetivo dobrar de tamanho em 10 anos. Hoje, a empresa tem R$ 6,7 bilhões em valor de mercado e tem conseguido se expandir nos últimos anos. Em 2023, a empresa fez uma proposta de R$ 10 bilhões pela fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem, sem sucesso. Para a produtora de cloro-soda, o movimento de crescimento pode ser feito tanto de forma orgânica quanto por fusões e aquisições.

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