O Inter vendeu consórcios avaliados em mais de R$ 1 bilhão no ano passado, o dobro do valor comercializado em 2022, e vê espaço para avançar mais no produto, com o lançamento de cartas para a compra de serviços, eletrônicos e viagens. O banco também quer levar o pós-venda, como as participações nas assembleias dos grupos e a realização dos lances, para dentro do aplicativo.
O CEO da Inter Seguros, Paulo Padilha, afirma que os clientes de consórcios do Inter são tanto os que esperam a queda dos juros para financiar bens quanto os que veem no produto uma forma de planejamento financeiro. Hoje, cerca de 70% das vendas são de cartas para automóveis e motos, mas o banco também oferece consórcio imobiliário e para máquinas agrícolas, por exemplo.
Em novembro de 2023, a indústria de consórcios no Brasil geria R$ 293,6 bilhões em cartas, de acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac). Houve um crescimento de 25,6% em um ano diante dos juros altos, que encareceram os financiamentos e restauraram a popularidade dos consórcios entre clientes e os bancos.
Além do menor risco de crédito, ao vender consórcios, as instituições ganham com a taxa de administração, no caso das que controlam administradoras, ou com as comissões pelas vendas. O Inter vende o produto por meio de um acordo com a administradora mineira Bamaq. A receita do banco com seguros e consórcios foi de R$ 47 milhões no terceiro trimestre do ano passado, alta de 50% em um ano.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 16/01/24, às 15h20
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