O IRB Re pode se tornar o primeiro emissor das letras de risco de seguros (LRS), instrumento de mercado que financiará riscos de grande porte assumidos pelas seguradoras e resseguradoras. O instrumento foi regulamentado este ano, mas ainda não houve nenhuma emissão. A maior resseguradora brasileira planeja voltar a crescer de forma mais acelerada no Brasil, e a LRS ajudaria a cumprir o objetivo.
Não há data para que a operação ocorra. Além dos registros comuns em órgãos como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a LRS depende de autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para vir a mercado.
O instrumento é novo no Brasil, mas comum nos principais mercados seguradores do mundo. Lá fora, é utilizado para garantir riscos expostos a catástrofes, em uma forma de amenizar o impacto de furacões, terremotos, enchentes e incêndios florestais sobre os balanços das seguradoras.
Especialistas consideram que, pela complexidade dos riscos, a LRS acabará nos bolsos de investidores qualificados, acostumados a produtos com um grau mais alto de sofisticação. Para emitir as LRSs, as seguradoras têm de criar as chamadas Sociedades Seguradoras de Propósito Específico (SSPE), e cada emissão de LRS estará atrelada a um risco específico.
Este texto foi publicado no Broadcast no dia 13/09/2024, às 17h34.
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