Bastidores do mundo dos negócios

Kinea vê potencial de alta para urânio, avaliado como ‘grande tendência’ em fundo multimercado


Gestora avalia que cenário é de desequilíbrio entre oferta e demanda do mineral radioativo

Por Bruna Camargo
Atualização:
Segundo a Kinea, demanda pelo mineral aumentado com a reabertura de reatores de usinas no Japão e a energia nuclear de volta à matriz energética Foto: FRANCOIS LENOIR / REUTERS

Há um aumento no potencial de alta para investimentos em urânio, em meio a um cenário de desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado, ao qual o investidor deve estar atento. A avaliação é da Kinea Investimentos que, de olho no tema da descarbonização, mantém a tese da commodity nas “grandes tendências” - também identificadas como estratégias beta - para alocação do fundo multimercado macro Kinea Edge.

O acidente nuclear em Fukushima, no Japão, em 2011, e a guerra na Ucrânia são os pontos de atenção, segundo Leandro Souza, gestor do fundo Kinea Edge. Ele diz que, após Fukushima, houve menos investimento em exploração de urânio, em um “phasing out (eliminação gradual) pós-desastre”. Além disso, a maior parte da capacidade global de enriquecimento do minério está na Rússia, sujeita a boicotes desde a invasão do país vizinho.

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Por outro lado, Souza afirma que a demanda de urânio tem aumentado, com a reabertura de reatores nucleares no Japão e a energia nuclear de volta à pauta de matriz energética, em um mercado que não consegue ser suprido “do dia para a noite” e já começa a liquidar estoques.

De janeiro a abril, usinas contrataram o equivalente a todo o ano de 2022

“Vemos indícios de que esteja chegando ao limite. As utilities voltaram a contratar urânio para uso futuro, um sinal de que [o estoque] está acabando”, diz o gestor. Segundo relatório da Kinea, de janeiro a abril deste ano, as usinas já contrataram o urânio equivalente a todo o ano de 2022.

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As preocupações sobre segurança, gerenciamento de resíduos radioativos e proliferação nuclear, que poderiam ser um veto no filtro ESG (sigla em inglês para as métricas ambiental, social e de governança), não paralisam a gestora. Souza apresenta alguns pontos como: “número de vítimas ínfimo olhando friamente” (na comparação com outros desdobramento da geração de energia); “descarte de lixo administrável”; “novas tecnologias, como reatores menores, modulares e mais seguros”; e uma nova percepção sobre a energia nuclear, uma vez que “as energia eólica e solar são fundamentais, mas não suficientes sozinhas” devido à intermitência.

Como o fundo se posiciona

O fundo multimercado macro Kinea Edge possui aproximadamente R$ 75 milhões de patrimônio líquido. Segundo a Kinea, cerca de 31% da composição da carteira equivale a estratégias beta, ou as “grandes tendências” para investimento no longo prazo. Dentro disso, aproximadamente 25% estão na tese de descarbonização e, em novo recorte, 15% desse total está exposto ao urânio, afirma Souza.

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O gestor diz que não é possível comprar a commodity no mercado à vista. A exposição se dá por meio da alocação no fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) Global X Uranium (URA), que possui mineradoras em sua cesta, e do Sprott Physical Uranium Trust (SPUT), fundo fechado canadense que compra e estoca urânio físico. Assim, segundo Souza, é possível aproveitar “a commodity aumentando de preço e os players se beneficiando”.

O fundo Kinea Edge está disponível ao investidor geral e tem aplicação inicial de R$ 1. A taxa de administração é de 1% ao ano e há taxa de performance de 10% sobre o que exceder o CDI.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 18/07/23, às 12h09.

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Segundo a Kinea, demanda pelo mineral aumentado com a reabertura de reatores de usinas no Japão e a energia nuclear de volta à matriz energética Foto: FRANCOIS LENOIR / REUTERS

Há um aumento no potencial de alta para investimentos em urânio, em meio a um cenário de desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado, ao qual o investidor deve estar atento. A avaliação é da Kinea Investimentos que, de olho no tema da descarbonização, mantém a tese da commodity nas “grandes tendências” - também identificadas como estratégias beta - para alocação do fundo multimercado macro Kinea Edge.

O acidente nuclear em Fukushima, no Japão, em 2011, e a guerra na Ucrânia são os pontos de atenção, segundo Leandro Souza, gestor do fundo Kinea Edge. Ele diz que, após Fukushima, houve menos investimento em exploração de urânio, em um “phasing out (eliminação gradual) pós-desastre”. Além disso, a maior parte da capacidade global de enriquecimento do minério está na Rússia, sujeita a boicotes desde a invasão do país vizinho.

Por outro lado, Souza afirma que a demanda de urânio tem aumentado, com a reabertura de reatores nucleares no Japão e a energia nuclear de volta à pauta de matriz energética, em um mercado que não consegue ser suprido “do dia para a noite” e já começa a liquidar estoques.

De janeiro a abril, usinas contrataram o equivalente a todo o ano de 2022

“Vemos indícios de que esteja chegando ao limite. As utilities voltaram a contratar urânio para uso futuro, um sinal de que [o estoque] está acabando”, diz o gestor. Segundo relatório da Kinea, de janeiro a abril deste ano, as usinas já contrataram o urânio equivalente a todo o ano de 2022.

As preocupações sobre segurança, gerenciamento de resíduos radioativos e proliferação nuclear, que poderiam ser um veto no filtro ESG (sigla em inglês para as métricas ambiental, social e de governança), não paralisam a gestora. Souza apresenta alguns pontos como: “número de vítimas ínfimo olhando friamente” (na comparação com outros desdobramento da geração de energia); “descarte de lixo administrável”; “novas tecnologias, como reatores menores, modulares e mais seguros”; e uma nova percepção sobre a energia nuclear, uma vez que “as energia eólica e solar são fundamentais, mas não suficientes sozinhas” devido à intermitência.

Como o fundo se posiciona

O fundo multimercado macro Kinea Edge possui aproximadamente R$ 75 milhões de patrimônio líquido. Segundo a Kinea, cerca de 31% da composição da carteira equivale a estratégias beta, ou as “grandes tendências” para investimento no longo prazo. Dentro disso, aproximadamente 25% estão na tese de descarbonização e, em novo recorte, 15% desse total está exposto ao urânio, afirma Souza.

O gestor diz que não é possível comprar a commodity no mercado à vista. A exposição se dá por meio da alocação no fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) Global X Uranium (URA), que possui mineradoras em sua cesta, e do Sprott Physical Uranium Trust (SPUT), fundo fechado canadense que compra e estoca urânio físico. Assim, segundo Souza, é possível aproveitar “a commodity aumentando de preço e os players se beneficiando”.

O fundo Kinea Edge está disponível ao investidor geral e tem aplicação inicial de R$ 1. A taxa de administração é de 1% ao ano e há taxa de performance de 10% sobre o que exceder o CDI.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 18/07/23, às 12h09.

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O acidente nuclear em Fukushima, no Japão, em 2011, e a guerra na Ucrânia são os pontos de atenção, segundo Leandro Souza, gestor do fundo Kinea Edge. Ele diz que, após Fukushima, houve menos investimento em exploração de urânio, em um “phasing out (eliminação gradual) pós-desastre”. Além disso, a maior parte da capacidade global de enriquecimento do minério está na Rússia, sujeita a boicotes desde a invasão do país vizinho.

Por outro lado, Souza afirma que a demanda de urânio tem aumentado, com a reabertura de reatores nucleares no Japão e a energia nuclear de volta à pauta de matriz energética, em um mercado que não consegue ser suprido “do dia para a noite” e já começa a liquidar estoques.

De janeiro a abril, usinas contrataram o equivalente a todo o ano de 2022

“Vemos indícios de que esteja chegando ao limite. As utilities voltaram a contratar urânio para uso futuro, um sinal de que [o estoque] está acabando”, diz o gestor. Segundo relatório da Kinea, de janeiro a abril deste ano, as usinas já contrataram o urânio equivalente a todo o ano de 2022.

As preocupações sobre segurança, gerenciamento de resíduos radioativos e proliferação nuclear, que poderiam ser um veto no filtro ESG (sigla em inglês para as métricas ambiental, social e de governança), não paralisam a gestora. Souza apresenta alguns pontos como: “número de vítimas ínfimo olhando friamente” (na comparação com outros desdobramento da geração de energia); “descarte de lixo administrável”; “novas tecnologias, como reatores menores, modulares e mais seguros”; e uma nova percepção sobre a energia nuclear, uma vez que “as energia eólica e solar são fundamentais, mas não suficientes sozinhas” devido à intermitência.

Como o fundo se posiciona

O fundo multimercado macro Kinea Edge possui aproximadamente R$ 75 milhões de patrimônio líquido. Segundo a Kinea, cerca de 31% da composição da carteira equivale a estratégias beta, ou as “grandes tendências” para investimento no longo prazo. Dentro disso, aproximadamente 25% estão na tese de descarbonização e, em novo recorte, 15% desse total está exposto ao urânio, afirma Souza.

O gestor diz que não é possível comprar a commodity no mercado à vista. A exposição se dá por meio da alocação no fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) Global X Uranium (URA), que possui mineradoras em sua cesta, e do Sprott Physical Uranium Trust (SPUT), fundo fechado canadense que compra e estoca urânio físico. Assim, segundo Souza, é possível aproveitar “a commodity aumentando de preço e os players se beneficiando”.

O fundo Kinea Edge está disponível ao investidor geral e tem aplicação inicial de R$ 1. A taxa de administração é de 1% ao ano e há taxa de performance de 10% sobre o que exceder o CDI.

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O acidente nuclear em Fukushima, no Japão, em 2011, e a guerra na Ucrânia são os pontos de atenção, segundo Leandro Souza, gestor do fundo Kinea Edge. Ele diz que, após Fukushima, houve menos investimento em exploração de urânio, em um “phasing out (eliminação gradual) pós-desastre”. Além disso, a maior parte da capacidade global de enriquecimento do minério está na Rússia, sujeita a boicotes desde a invasão do país vizinho.

Por outro lado, Souza afirma que a demanda de urânio tem aumentado, com a reabertura de reatores nucleares no Japão e a energia nuclear de volta à pauta de matriz energética, em um mercado que não consegue ser suprido “do dia para a noite” e já começa a liquidar estoques.

De janeiro a abril, usinas contrataram o equivalente a todo o ano de 2022

“Vemos indícios de que esteja chegando ao limite. As utilities voltaram a contratar urânio para uso futuro, um sinal de que [o estoque] está acabando”, diz o gestor. Segundo relatório da Kinea, de janeiro a abril deste ano, as usinas já contrataram o urânio equivalente a todo o ano de 2022.

As preocupações sobre segurança, gerenciamento de resíduos radioativos e proliferação nuclear, que poderiam ser um veto no filtro ESG (sigla em inglês para as métricas ambiental, social e de governança), não paralisam a gestora. Souza apresenta alguns pontos como: “número de vítimas ínfimo olhando friamente” (na comparação com outros desdobramento da geração de energia); “descarte de lixo administrável”; “novas tecnologias, como reatores menores, modulares e mais seguros”; e uma nova percepção sobre a energia nuclear, uma vez que “as energia eólica e solar são fundamentais, mas não suficientes sozinhas” devido à intermitência.

Como o fundo se posiciona

O fundo multimercado macro Kinea Edge possui aproximadamente R$ 75 milhões de patrimônio líquido. Segundo a Kinea, cerca de 31% da composição da carteira equivale a estratégias beta, ou as “grandes tendências” para investimento no longo prazo. Dentro disso, aproximadamente 25% estão na tese de descarbonização e, em novo recorte, 15% desse total está exposto ao urânio, afirma Souza.

O gestor diz que não é possível comprar a commodity no mercado à vista. A exposição se dá por meio da alocação no fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) Global X Uranium (URA), que possui mineradoras em sua cesta, e do Sprott Physical Uranium Trust (SPUT), fundo fechado canadense que compra e estoca urânio físico. Assim, segundo Souza, é possível aproveitar “a commodity aumentando de preço e os players se beneficiando”.

O fundo Kinea Edge está disponível ao investidor geral e tem aplicação inicial de R$ 1. A taxa de administração é de 1% ao ano e há taxa de performance de 10% sobre o que exceder o CDI.

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