Bastidores do mundo dos negócios

Lista de candidatas à Bolsa em 2024 se amplia


Expectativa é que empresas com operações acima de R$ 1,5 bilhão tenham chance de abrir capital

Por Cynthia Decloedt e Clarice Couto
Votorantim Cimentos é uma das empresas brasileiras que podem aproveitar a brecha para listas ações na Bolsa no ano que vem  Foto: Sérgio Zacchi/Votorantim

No meio do ano, quando o assunto era oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), somente operações jumbo, de R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões, eram cotadas para a reabertura dessas operações, na visão dos bancos de investimento. Agora a expectativa é que empresas de variados setores e com operações acima de R$ 1,5 bilhão têm chance de sucesso na janela que deve se abrir a partir de fevereiro do ano que vem.

O corresponsável pela área de banco de investimento no Brasil do Bank of America (BofA) , Hans Lin, está entre os que acreditam em ofertas grandes e não necessariamente gigantes para serem bem-sucedidas. “Apesar de ainda volátil, o mercado está mais construtivo”, diz Lin. A volatilidade é causada por altas consecutivas do juro dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, as quais começam a chamar a atenção por aqui, por eventualmente colocar em risco o ritmo de corte do juro brasileiro. A taxa de 30 anos atingiu o maior nível em 16 anos ontem.

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Profissionais à frente dos grandes bancos afirmam que os fundos de ações pararam de registrar saídas - após quase dois anos de resgates ininterruptos - e os multimercados podem começar a captar em breve. Além disso, as projeções para a Selic são de queda com a taxa se aproximando de um dígito no fim de 2024.

Magnitude da queda da taxa de juros vai ser fator para medir janela a IPOs

O chefe de renda variável em mercados de capitais no Citi, Marcelo Millen, afirma que a intensidade de queda do juro brasileiro percebida pelo mercado será fundamental para o tamanho dessa primeira janela de 2024. “Quanto menor a taxa de juros, mais as companhias valem e, portanto, mais incentivo para o empreendedor abrir capital e para o investidor entrar no mercado de ações”, diz ele. A visão de Hans é que haverá espaço para empresas dos setores de infraestrutura, elétrico, consumo e imobiliário - focadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Millen acrescenta nessa lista empresas do setor de saúde e educação. “O agronegócio será uma vertical importante no meio disso”, diz ainda Millen.

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No mercado, circulam como eventuais candidatos a gigante chinesa China Three Gorges (CTG), a Votorantim Cimentos, Compass, 2W Energia, Aegea e Iguá. Essas duas últimas, que levantaram R$ 5,5 bilhões e R$ 3,5 bilhões, respectivamente, com debêntures em agosto, devem aguardar as primeiras operações para sentir a receptividade dos investidores, afirmou uma fonte.

No segmento imobiliário, a Emmcamp é vista como emissor potencial. Já no de alimentos, São Salvador, detentora das marcas Super Frango e Boua, que desistiu de listar ações na bolsa em 2021, não descarta novo ensaio em 2024. Rio Branco, dona da marca Pif Paf, também é vista como candidata natural para uma oferta no ano que vem.

Risco geopolítico alto em outros países favorece Brasil

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Lin, do BofA, diz que os estrangeiros estarão presentes nas ofertas. O risco geopolítico está elevado em outros países que disputam com o Brasil. “Os recursos dos fundos dedicados a mercados emergentes têm se deslocado para a América Latina e o Brasil, depois do México, é o maior beneficiado”, afirma.

O sócio do BTG Pactual responsável pela área de renda variável, Fábio Nazari, lembra que os fundos estrangeiros, com estratégia de alocação de longo prazo e grandes acionistas de companhias abertas, estão voltando a olhar para o Brasil. Chamados de “long only”, esses fundos deixaram de entrar nos IPOs brasileiros nos últimos três ou quatro anos, mas participaram de ofertas em anos anteriores. “Isso faz muita diferença em termos de fluxo”, acrescenta Nazari. Para o sócio do BTG, a soma dos estrangeiros e a retomada dos ingressos para os fundos locais deve levar a bolsa a testar o patamar de 130 mil e 140 mil pontos. “Novos IPOs, definitivamente, só em 2024, entre o primeiro e o segundo trimestre, porque precisa ter os preços de ações em patamares mais altos Precisamos ter pé direito mais alto”, diz ele.

Millen, do Citi, acrescenta que a próxima temporada de IPOs não será forte como foi em 2020 e 2021, com cerca de 80 ofertas sendo feitas. “Vamos ter de 10 a 15, até 20, dos mais diferentes setores: saúde, educação, agricultura, infraestrutura, energia, saneamento. O agro será uma como vertical importante no meio disso”, afirma.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 05/10/23, às 17h39.

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Votorantim Cimentos é uma das empresas brasileiras que podem aproveitar a brecha para listas ações na Bolsa no ano que vem  Foto: Sérgio Zacchi/Votorantim

No meio do ano, quando o assunto era oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), somente operações jumbo, de R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões, eram cotadas para a reabertura dessas operações, na visão dos bancos de investimento. Agora a expectativa é que empresas de variados setores e com operações acima de R$ 1,5 bilhão têm chance de sucesso na janela que deve se abrir a partir de fevereiro do ano que vem.

O corresponsável pela área de banco de investimento no Brasil do Bank of America (BofA) , Hans Lin, está entre os que acreditam em ofertas grandes e não necessariamente gigantes para serem bem-sucedidas. “Apesar de ainda volátil, o mercado está mais construtivo”, diz Lin. A volatilidade é causada por altas consecutivas do juro dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, as quais começam a chamar a atenção por aqui, por eventualmente colocar em risco o ritmo de corte do juro brasileiro. A taxa de 30 anos atingiu o maior nível em 16 anos ontem.

Profissionais à frente dos grandes bancos afirmam que os fundos de ações pararam de registrar saídas - após quase dois anos de resgates ininterruptos - e os multimercados podem começar a captar em breve. Além disso, as projeções para a Selic são de queda com a taxa se aproximando de um dígito no fim de 2024.

Magnitude da queda da taxa de juros vai ser fator para medir janela a IPOs

O chefe de renda variável em mercados de capitais no Citi, Marcelo Millen, afirma que a intensidade de queda do juro brasileiro percebida pelo mercado será fundamental para o tamanho dessa primeira janela de 2024. “Quanto menor a taxa de juros, mais as companhias valem e, portanto, mais incentivo para o empreendedor abrir capital e para o investidor entrar no mercado de ações”, diz ele. A visão de Hans é que haverá espaço para empresas dos setores de infraestrutura, elétrico, consumo e imobiliário - focadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Millen acrescenta nessa lista empresas do setor de saúde e educação. “O agronegócio será uma vertical importante no meio disso”, diz ainda Millen.

No mercado, circulam como eventuais candidatos a gigante chinesa China Three Gorges (CTG), a Votorantim Cimentos, Compass, 2W Energia, Aegea e Iguá. Essas duas últimas, que levantaram R$ 5,5 bilhões e R$ 3,5 bilhões, respectivamente, com debêntures em agosto, devem aguardar as primeiras operações para sentir a receptividade dos investidores, afirmou uma fonte.

No segmento imobiliário, a Emmcamp é vista como emissor potencial. Já no de alimentos, São Salvador, detentora das marcas Super Frango e Boua, que desistiu de listar ações na bolsa em 2021, não descarta novo ensaio em 2024. Rio Branco, dona da marca Pif Paf, também é vista como candidata natural para uma oferta no ano que vem.

Risco geopolítico alto em outros países favorece Brasil

Lin, do BofA, diz que os estrangeiros estarão presentes nas ofertas. O risco geopolítico está elevado em outros países que disputam com o Brasil. “Os recursos dos fundos dedicados a mercados emergentes têm se deslocado para a América Latina e o Brasil, depois do México, é o maior beneficiado”, afirma.

O sócio do BTG Pactual responsável pela área de renda variável, Fábio Nazari, lembra que os fundos estrangeiros, com estratégia de alocação de longo prazo e grandes acionistas de companhias abertas, estão voltando a olhar para o Brasil. Chamados de “long only”, esses fundos deixaram de entrar nos IPOs brasileiros nos últimos três ou quatro anos, mas participaram de ofertas em anos anteriores. “Isso faz muita diferença em termos de fluxo”, acrescenta Nazari. Para o sócio do BTG, a soma dos estrangeiros e a retomada dos ingressos para os fundos locais deve levar a bolsa a testar o patamar de 130 mil e 140 mil pontos. “Novos IPOs, definitivamente, só em 2024, entre o primeiro e o segundo trimestre, porque precisa ter os preços de ações em patamares mais altos Precisamos ter pé direito mais alto”, diz ele.

Millen, do Citi, acrescenta que a próxima temporada de IPOs não será forte como foi em 2020 e 2021, com cerca de 80 ofertas sendo feitas. “Vamos ter de 10 a 15, até 20, dos mais diferentes setores: saúde, educação, agricultura, infraestrutura, energia, saneamento. O agro será uma como vertical importante no meio disso”, afirma.

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No meio do ano, quando o assunto era oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), somente operações jumbo, de R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões, eram cotadas para a reabertura dessas operações, na visão dos bancos de investimento. Agora a expectativa é que empresas de variados setores e com operações acima de R$ 1,5 bilhão têm chance de sucesso na janela que deve se abrir a partir de fevereiro do ano que vem.

O corresponsável pela área de banco de investimento no Brasil do Bank of America (BofA) , Hans Lin, está entre os que acreditam em ofertas grandes e não necessariamente gigantes para serem bem-sucedidas. “Apesar de ainda volátil, o mercado está mais construtivo”, diz Lin. A volatilidade é causada por altas consecutivas do juro dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, as quais começam a chamar a atenção por aqui, por eventualmente colocar em risco o ritmo de corte do juro brasileiro. A taxa de 30 anos atingiu o maior nível em 16 anos ontem.

Profissionais à frente dos grandes bancos afirmam que os fundos de ações pararam de registrar saídas - após quase dois anos de resgates ininterruptos - e os multimercados podem começar a captar em breve. Além disso, as projeções para a Selic são de queda com a taxa se aproximando de um dígito no fim de 2024.

Magnitude da queda da taxa de juros vai ser fator para medir janela a IPOs

O chefe de renda variável em mercados de capitais no Citi, Marcelo Millen, afirma que a intensidade de queda do juro brasileiro percebida pelo mercado será fundamental para o tamanho dessa primeira janela de 2024. “Quanto menor a taxa de juros, mais as companhias valem e, portanto, mais incentivo para o empreendedor abrir capital e para o investidor entrar no mercado de ações”, diz ele. A visão de Hans é que haverá espaço para empresas dos setores de infraestrutura, elétrico, consumo e imobiliário - focadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Millen acrescenta nessa lista empresas do setor de saúde e educação. “O agronegócio será uma vertical importante no meio disso”, diz ainda Millen.

No mercado, circulam como eventuais candidatos a gigante chinesa China Three Gorges (CTG), a Votorantim Cimentos, Compass, 2W Energia, Aegea e Iguá. Essas duas últimas, que levantaram R$ 5,5 bilhões e R$ 3,5 bilhões, respectivamente, com debêntures em agosto, devem aguardar as primeiras operações para sentir a receptividade dos investidores, afirmou uma fonte.

No segmento imobiliário, a Emmcamp é vista como emissor potencial. Já no de alimentos, São Salvador, detentora das marcas Super Frango e Boua, que desistiu de listar ações na bolsa em 2021, não descarta novo ensaio em 2024. Rio Branco, dona da marca Pif Paf, também é vista como candidata natural para uma oferta no ano que vem.

Risco geopolítico alto em outros países favorece Brasil

Lin, do BofA, diz que os estrangeiros estarão presentes nas ofertas. O risco geopolítico está elevado em outros países que disputam com o Brasil. “Os recursos dos fundos dedicados a mercados emergentes têm se deslocado para a América Latina e o Brasil, depois do México, é o maior beneficiado”, afirma.

O sócio do BTG Pactual responsável pela área de renda variável, Fábio Nazari, lembra que os fundos estrangeiros, com estratégia de alocação de longo prazo e grandes acionistas de companhias abertas, estão voltando a olhar para o Brasil. Chamados de “long only”, esses fundos deixaram de entrar nos IPOs brasileiros nos últimos três ou quatro anos, mas participaram de ofertas em anos anteriores. “Isso faz muita diferença em termos de fluxo”, acrescenta Nazari. Para o sócio do BTG, a soma dos estrangeiros e a retomada dos ingressos para os fundos locais deve levar a bolsa a testar o patamar de 130 mil e 140 mil pontos. “Novos IPOs, definitivamente, só em 2024, entre o primeiro e o segundo trimestre, porque precisa ter os preços de ações em patamares mais altos Precisamos ter pé direito mais alto”, diz ele.

Millen, do Citi, acrescenta que a próxima temporada de IPOs não será forte como foi em 2020 e 2021, com cerca de 80 ofertas sendo feitas. “Vamos ter de 10 a 15, até 20, dos mais diferentes setores: saúde, educação, agricultura, infraestrutura, energia, saneamento. O agro será uma como vertical importante no meio disso”, afirma.

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O corresponsável pela área de banco de investimento no Brasil do Bank of America (BofA) , Hans Lin, está entre os que acreditam em ofertas grandes e não necessariamente gigantes para serem bem-sucedidas. “Apesar de ainda volátil, o mercado está mais construtivo”, diz Lin. A volatilidade é causada por altas consecutivas do juro dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, as quais começam a chamar a atenção por aqui, por eventualmente colocar em risco o ritmo de corte do juro brasileiro. A taxa de 30 anos atingiu o maior nível em 16 anos ontem.

Profissionais à frente dos grandes bancos afirmam que os fundos de ações pararam de registrar saídas - após quase dois anos de resgates ininterruptos - e os multimercados podem começar a captar em breve. Além disso, as projeções para a Selic são de queda com a taxa se aproximando de um dígito no fim de 2024.

Magnitude da queda da taxa de juros vai ser fator para medir janela a IPOs

O chefe de renda variável em mercados de capitais no Citi, Marcelo Millen, afirma que a intensidade de queda do juro brasileiro percebida pelo mercado será fundamental para o tamanho dessa primeira janela de 2024. “Quanto menor a taxa de juros, mais as companhias valem e, portanto, mais incentivo para o empreendedor abrir capital e para o investidor entrar no mercado de ações”, diz ele. A visão de Hans é que haverá espaço para empresas dos setores de infraestrutura, elétrico, consumo e imobiliário - focadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Millen acrescenta nessa lista empresas do setor de saúde e educação. “O agronegócio será uma vertical importante no meio disso”, diz ainda Millen.

No mercado, circulam como eventuais candidatos a gigante chinesa China Three Gorges (CTG), a Votorantim Cimentos, Compass, 2W Energia, Aegea e Iguá. Essas duas últimas, que levantaram R$ 5,5 bilhões e R$ 3,5 bilhões, respectivamente, com debêntures em agosto, devem aguardar as primeiras operações para sentir a receptividade dos investidores, afirmou uma fonte.

No segmento imobiliário, a Emmcamp é vista como emissor potencial. Já no de alimentos, São Salvador, detentora das marcas Super Frango e Boua, que desistiu de listar ações na bolsa em 2021, não descarta novo ensaio em 2024. Rio Branco, dona da marca Pif Paf, também é vista como candidata natural para uma oferta no ano que vem.

Risco geopolítico alto em outros países favorece Brasil

Lin, do BofA, diz que os estrangeiros estarão presentes nas ofertas. O risco geopolítico está elevado em outros países que disputam com o Brasil. “Os recursos dos fundos dedicados a mercados emergentes têm se deslocado para a América Latina e o Brasil, depois do México, é o maior beneficiado”, afirma.

O sócio do BTG Pactual responsável pela área de renda variável, Fábio Nazari, lembra que os fundos estrangeiros, com estratégia de alocação de longo prazo e grandes acionistas de companhias abertas, estão voltando a olhar para o Brasil. Chamados de “long only”, esses fundos deixaram de entrar nos IPOs brasileiros nos últimos três ou quatro anos, mas participaram de ofertas em anos anteriores. “Isso faz muita diferença em termos de fluxo”, acrescenta Nazari. Para o sócio do BTG, a soma dos estrangeiros e a retomada dos ingressos para os fundos locais deve levar a bolsa a testar o patamar de 130 mil e 140 mil pontos. “Novos IPOs, definitivamente, só em 2024, entre o primeiro e o segundo trimestre, porque precisa ter os preços de ações em patamares mais altos Precisamos ter pé direito mais alto”, diz ele.

Millen, do Citi, acrescenta que a próxima temporada de IPOs não será forte como foi em 2020 e 2021, com cerca de 80 ofertas sendo feitas. “Vamos ter de 10 a 15, até 20, dos mais diferentes setores: saúde, educação, agricultura, infraestrutura, energia, saneamento. O agro será uma como vertical importante no meio disso”, afirma.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 05/10/23, às 17h39.

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Votorantim Cimentos é uma das empresas brasileiras que podem aproveitar a brecha para listas ações na Bolsa no ano que vem  Foto: Sérgio Zacchi/Votorantim

No meio do ano, quando o assunto era oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), somente operações jumbo, de R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões, eram cotadas para a reabertura dessas operações, na visão dos bancos de investimento. Agora a expectativa é que empresas de variados setores e com operações acima de R$ 1,5 bilhão têm chance de sucesso na janela que deve se abrir a partir de fevereiro do ano que vem.

O corresponsável pela área de banco de investimento no Brasil do Bank of America (BofA) , Hans Lin, está entre os que acreditam em ofertas grandes e não necessariamente gigantes para serem bem-sucedidas. “Apesar de ainda volátil, o mercado está mais construtivo”, diz Lin. A volatilidade é causada por altas consecutivas do juro dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, as quais começam a chamar a atenção por aqui, por eventualmente colocar em risco o ritmo de corte do juro brasileiro. A taxa de 30 anos atingiu o maior nível em 16 anos ontem.

Profissionais à frente dos grandes bancos afirmam que os fundos de ações pararam de registrar saídas - após quase dois anos de resgates ininterruptos - e os multimercados podem começar a captar em breve. Além disso, as projeções para a Selic são de queda com a taxa se aproximando de um dígito no fim de 2024.

Magnitude da queda da taxa de juros vai ser fator para medir janela a IPOs

O chefe de renda variável em mercados de capitais no Citi, Marcelo Millen, afirma que a intensidade de queda do juro brasileiro percebida pelo mercado será fundamental para o tamanho dessa primeira janela de 2024. “Quanto menor a taxa de juros, mais as companhias valem e, portanto, mais incentivo para o empreendedor abrir capital e para o investidor entrar no mercado de ações”, diz ele. A visão de Hans é que haverá espaço para empresas dos setores de infraestrutura, elétrico, consumo e imobiliário - focadas no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Millen acrescenta nessa lista empresas do setor de saúde e educação. “O agronegócio será uma vertical importante no meio disso”, diz ainda Millen.

No mercado, circulam como eventuais candidatos a gigante chinesa China Three Gorges (CTG), a Votorantim Cimentos, Compass, 2W Energia, Aegea e Iguá. Essas duas últimas, que levantaram R$ 5,5 bilhões e R$ 3,5 bilhões, respectivamente, com debêntures em agosto, devem aguardar as primeiras operações para sentir a receptividade dos investidores, afirmou uma fonte.

No segmento imobiliário, a Emmcamp é vista como emissor potencial. Já no de alimentos, São Salvador, detentora das marcas Super Frango e Boua, que desistiu de listar ações na bolsa em 2021, não descarta novo ensaio em 2024. Rio Branco, dona da marca Pif Paf, também é vista como candidata natural para uma oferta no ano que vem.

Risco geopolítico alto em outros países favorece Brasil

Lin, do BofA, diz que os estrangeiros estarão presentes nas ofertas. O risco geopolítico está elevado em outros países que disputam com o Brasil. “Os recursos dos fundos dedicados a mercados emergentes têm se deslocado para a América Latina e o Brasil, depois do México, é o maior beneficiado”, afirma.

O sócio do BTG Pactual responsável pela área de renda variável, Fábio Nazari, lembra que os fundos estrangeiros, com estratégia de alocação de longo prazo e grandes acionistas de companhias abertas, estão voltando a olhar para o Brasil. Chamados de “long only”, esses fundos deixaram de entrar nos IPOs brasileiros nos últimos três ou quatro anos, mas participaram de ofertas em anos anteriores. “Isso faz muita diferença em termos de fluxo”, acrescenta Nazari. Para o sócio do BTG, a soma dos estrangeiros e a retomada dos ingressos para os fundos locais deve levar a bolsa a testar o patamar de 130 mil e 140 mil pontos. “Novos IPOs, definitivamente, só em 2024, entre o primeiro e o segundo trimestre, porque precisa ter os preços de ações em patamares mais altos Precisamos ter pé direito mais alto”, diz ele.

Millen, do Citi, acrescenta que a próxima temporada de IPOs não será forte como foi em 2020 e 2021, com cerca de 80 ofertas sendo feitas. “Vamos ter de 10 a 15, até 20, dos mais diferentes setores: saúde, educação, agricultura, infraestrutura, energia, saneamento. O agro será uma como vertical importante no meio disso”, afirma.

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