Bastidores do mundo dos negócios

Mais baratas, bebidas em cápsulas aumentam vendas em 50%


Por Bianca Gomes
Máquina B.blen / Foto: divulgação

A B.Blend, empresa de bebidas em cápsula da fabricante de eletrodomésticos Whirlpool e da produtora de bebidas Ambev, aumentou em 50% a venda de cápsulas e máquinas no ano passado, ante uma projeção de 30% para o período. Para este ano, o plano é manter o ritmo de crescimento com máquinas mais baratas e ampliação do portfólio de cápsulas alcoólicas.

Nascida em 2015, a joint venture aposta na tendência de consumo de bebidas chamada "smart drink": a bebida sai na dose e na temperatura certa, sem desperdício e necessidade de comprar todos os ingredientes separadamente. A B.blend tem um portfólio de 35 bebidas, entre quentes, frias e gasosas, para serem consumidas na mesma máquina.

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Cristina Leonhardt, diretora de inovação e marketing da Tacta Food School, afirma que a proposta atende a uma tendência, principalmente urbana, de mais conveniência. "A ideia também vai ao encontro de dois desejos do consumidor: personalização e mais experiência", diz. "Ele não quer só o produto. No caso das bebidas alcoólicas, você deixa ele preparar algo personalizado sem grandes custos, uma experiência próxima a de um bartender."

As cápsulas são parecidas com as de café Nespresso, da concorrente Nestlé, mas em estado líquido, e não em pó. O valor semelhante ao das latinhas. Hoje, uma cápsula custa entre R$ 1,69 e R$ 8,99. A de Guaraná Antarctica que rende 250 ml, por exemplo, é encontrada por R$ 1,89, enquanto uma latinha de 269 ml está em média R$ 1,69.

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Gin tônica B.blend. Foto: divulgação

A maior barreira de entrada no Brasil atualmente é o preço da máquina. "A gente já vem baixando o preço ano a ano", diz Eduardo Salles, presidente executivo da empresa, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast. "Este ano vamos conseguir vender um pouco mais barato do que o ano passado, conforme ganhamos escala". No começo da empresa, há 5 anos, a versão com purificador de água custava R$ 3.499, enquanto o preço médio em 2019 foi de R$ 2.199, queda de 37,15% no valor.

Vendas

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A venda das cápsulas, que hoje se dá principalmente no e-commerce e em um quiosque no Shopping Morumbi, vem sendo também testada em supermercados, mas não há uma estratégia definida em relação a isso. Para este ano, serão abertos quiosques no Shopping Eldorado e em outro em lugar a ser definido.

Outra promessa da B.blend para 2020 é aumentar o portfólio de bebidas alcoólicas em cápsula, que hoje conta com três sabores, lançados no fim do ano: gim tônica, orange spritz e Skol Beats. "Tínhamos uma expectativa alta que foi superada: a procura foi tão grande que as cápsulas acabaram", diz Salles. Segundo ele, 70% dos consumidores que experimentaram as bebidas alcoólicas no pós-lançamento responderam que comprariam novamente.

Outra categoria que deve receber mais atenção da empresa este ano é a linha de redução de açúcar e bebidas zero. No portfólio atual, a empresa conta com Guaraná zero e Soda zero.

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Mesmo com o crescimento do produto, o esforço de marketing feito para as cápsulas de café ainda não foi visto nas demais cápsulas de bebidas, segundo a CEO da consultoria especializada no mercado de foodservice GS&Libbra, Cristina Souza. "O produto faz muito sentido para o consumidor, mas está faltando agressividade na abordagem comercial", afirma. Exemplo recente é o dos aplicativos de delivery. "Se eles não estivessem estimulando o hábito do consumidor com tantas promoções, cresceriam, mas muito lentamente."

O fato de a B.blend reunir várias opções em uma só máquina é um ponto positivo que pode atrair principalmente o público jovem que procura estruturas menores para morar, diz Cristina. "Mas esse movimento imobiliário está começando no Brasil. É um processo em desenvolvimento, ainda estamos com essa demanda latente."

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Notícia publicada no Broadcast no dia 02/03/2020, às 09:00:24

Contato: colunabroadcast@estadao.com

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Máquina B.blen / Foto: divulgação

A B.Blend, empresa de bebidas em cápsula da fabricante de eletrodomésticos Whirlpool e da produtora de bebidas Ambev, aumentou em 50% a venda de cápsulas e máquinas no ano passado, ante uma projeção de 30% para o período. Para este ano, o plano é manter o ritmo de crescimento com máquinas mais baratas e ampliação do portfólio de cápsulas alcoólicas.

Nascida em 2015, a joint venture aposta na tendência de consumo de bebidas chamada "smart drink": a bebida sai na dose e na temperatura certa, sem desperdício e necessidade de comprar todos os ingredientes separadamente. A B.blend tem um portfólio de 35 bebidas, entre quentes, frias e gasosas, para serem consumidas na mesma máquina.

Cristina Leonhardt, diretora de inovação e marketing da Tacta Food School, afirma que a proposta atende a uma tendência, principalmente urbana, de mais conveniência. "A ideia também vai ao encontro de dois desejos do consumidor: personalização e mais experiência", diz. "Ele não quer só o produto. No caso das bebidas alcoólicas, você deixa ele preparar algo personalizado sem grandes custos, uma experiência próxima a de um bartender."

As cápsulas são parecidas com as de café Nespresso, da concorrente Nestlé, mas em estado líquido, e não em pó. O valor semelhante ao das latinhas. Hoje, uma cápsula custa entre R$ 1,69 e R$ 8,99. A de Guaraná Antarctica que rende 250 ml, por exemplo, é encontrada por R$ 1,89, enquanto uma latinha de 269 ml está em média R$ 1,69.

Gin tônica B.blend. Foto: divulgação

A maior barreira de entrada no Brasil atualmente é o preço da máquina. "A gente já vem baixando o preço ano a ano", diz Eduardo Salles, presidente executivo da empresa, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast. "Este ano vamos conseguir vender um pouco mais barato do que o ano passado, conforme ganhamos escala". No começo da empresa, há 5 anos, a versão com purificador de água custava R$ 3.499, enquanto o preço médio em 2019 foi de R$ 2.199, queda de 37,15% no valor.

Vendas

A venda das cápsulas, que hoje se dá principalmente no e-commerce e em um quiosque no Shopping Morumbi, vem sendo também testada em supermercados, mas não há uma estratégia definida em relação a isso. Para este ano, serão abertos quiosques no Shopping Eldorado e em outro em lugar a ser definido.

Outra promessa da B.blend para 2020 é aumentar o portfólio de bebidas alcoólicas em cápsula, que hoje conta com três sabores, lançados no fim do ano: gim tônica, orange spritz e Skol Beats. "Tínhamos uma expectativa alta que foi superada: a procura foi tão grande que as cápsulas acabaram", diz Salles. Segundo ele, 70% dos consumidores que experimentaram as bebidas alcoólicas no pós-lançamento responderam que comprariam novamente.

Outra categoria que deve receber mais atenção da empresa este ano é a linha de redução de açúcar e bebidas zero. No portfólio atual, a empresa conta com Guaraná zero e Soda zero.

Mesmo com o crescimento do produto, o esforço de marketing feito para as cápsulas de café ainda não foi visto nas demais cápsulas de bebidas, segundo a CEO da consultoria especializada no mercado de foodservice GS&Libbra, Cristina Souza. "O produto faz muito sentido para o consumidor, mas está faltando agressividade na abordagem comercial", afirma. Exemplo recente é o dos aplicativos de delivery. "Se eles não estivessem estimulando o hábito do consumidor com tantas promoções, cresceriam, mas muito lentamente."

O fato de a B.blend reunir várias opções em uma só máquina é um ponto positivo que pode atrair principalmente o público jovem que procura estruturas menores para morar, diz Cristina. "Mas esse movimento imobiliário está começando no Brasil. É um processo em desenvolvimento, ainda estamos com essa demanda latente."

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Nascida em 2015, a joint venture aposta na tendência de consumo de bebidas chamada "smart drink": a bebida sai na dose e na temperatura certa, sem desperdício e necessidade de comprar todos os ingredientes separadamente. A B.blend tem um portfólio de 35 bebidas, entre quentes, frias e gasosas, para serem consumidas na mesma máquina.

Cristina Leonhardt, diretora de inovação e marketing da Tacta Food School, afirma que a proposta atende a uma tendência, principalmente urbana, de mais conveniência. "A ideia também vai ao encontro de dois desejos do consumidor: personalização e mais experiência", diz. "Ele não quer só o produto. No caso das bebidas alcoólicas, você deixa ele preparar algo personalizado sem grandes custos, uma experiência próxima a de um bartender."

As cápsulas são parecidas com as de café Nespresso, da concorrente Nestlé, mas em estado líquido, e não em pó. O valor semelhante ao das latinhas. Hoje, uma cápsula custa entre R$ 1,69 e R$ 8,99. A de Guaraná Antarctica que rende 250 ml, por exemplo, é encontrada por R$ 1,89, enquanto uma latinha de 269 ml está em média R$ 1,69.

Gin tônica B.blend. Foto: divulgação

A maior barreira de entrada no Brasil atualmente é o preço da máquina. "A gente já vem baixando o preço ano a ano", diz Eduardo Salles, presidente executivo da empresa, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast. "Este ano vamos conseguir vender um pouco mais barato do que o ano passado, conforme ganhamos escala". No começo da empresa, há 5 anos, a versão com purificador de água custava R$ 3.499, enquanto o preço médio em 2019 foi de R$ 2.199, queda de 37,15% no valor.

Vendas

A venda das cápsulas, que hoje se dá principalmente no e-commerce e em um quiosque no Shopping Morumbi, vem sendo também testada em supermercados, mas não há uma estratégia definida em relação a isso. Para este ano, serão abertos quiosques no Shopping Eldorado e em outro em lugar a ser definido.

Outra promessa da B.blend para 2020 é aumentar o portfólio de bebidas alcoólicas em cápsula, que hoje conta com três sabores, lançados no fim do ano: gim tônica, orange spritz e Skol Beats. "Tínhamos uma expectativa alta que foi superada: a procura foi tão grande que as cápsulas acabaram", diz Salles. Segundo ele, 70% dos consumidores que experimentaram as bebidas alcoólicas no pós-lançamento responderam que comprariam novamente.

Outra categoria que deve receber mais atenção da empresa este ano é a linha de redução de açúcar e bebidas zero. No portfólio atual, a empresa conta com Guaraná zero e Soda zero.

Mesmo com o crescimento do produto, o esforço de marketing feito para as cápsulas de café ainda não foi visto nas demais cápsulas de bebidas, segundo a CEO da consultoria especializada no mercado de foodservice GS&Libbra, Cristina Souza. "O produto faz muito sentido para o consumidor, mas está faltando agressividade na abordagem comercial", afirma. Exemplo recente é o dos aplicativos de delivery. "Se eles não estivessem estimulando o hábito do consumidor com tantas promoções, cresceriam, mas muito lentamente."

O fato de a B.blend reunir várias opções em uma só máquina é um ponto positivo que pode atrair principalmente o público jovem que procura estruturas menores para morar, diz Cristina. "Mas esse movimento imobiliário está começando no Brasil. É um processo em desenvolvimento, ainda estamos com essa demanda latente."

Notícia publicada no Broadcast no dia 02/03/2020, às 09:00:24

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