Bastidores do mundo dos negócios

Mastercard desenha fundo para garantir compras parceladas


Bandeira discute o tema com os bancos que emitem seus cartões

Por Matheus Piovesana
Atualização:
O fundo serviria para cobrir o risco das parcelas futuras, diz Marcelo Tangioni, da Mastercard Foto: Claudio Belli

A Mastercard está discutindo com os bancos que emitem cartões com sua bandeira a estruturação de um fundo que ajudaria a reforçar a garantia de vendas feitas por meio de compras parceladas sem juros pelos consumidores. Hoje, a bandeira garante que os estabelecimentos comerciais receberão a próxima parcela de cada compra, mesmo que o consumidor não pague. A ideia é passar a garantir todas as parcelas sem exigir um volume tão grande de recursos dos bancos e fintechs.

A Mastercard e as bandeiras em geral garantem aos lojistas o recebimento dos recursos de compras feitas com cartões de débito, pré-pago e de crédito, tanto à vista quanto em parcelas. Essas garantias são depositadas pelos emissores dos cartões, como bancos e fintechs, em contas específicas. O presidente da Mastercard no Brasil, Marcelo Tangioni, afirma que o fundo serviria exatamente para cobrir o risco das parcelas futuras.

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Também ajudaria a dividir o risco no setor, o que reduziria os custos para cada emissor e daria um empurrão em especial para os de menor porte. Contribuiriam para o fundo emissores ligados à Mastercard. Neste momento, estão em discussão detalhes como quem geriria os recursos. Quando estes detalhes estiverem fechados, a proposta final será enviada ao Banco Central.

Consulta pública

A ideia do fundo veio após uma consulta pública feita pela empresa a todos os participantes do sistema de pagamentos que ela gere, o que inclui de bancos a empresas de maquininhas. O reforço das garantias é uma tentativa de reduzir os custos do parcelado sem juros para o sistema como um todo, e é uma discussão que a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) também está fazendo, com todo o mercado.

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Tangioni diz que a empresa enviou o resultado das discussões que fez na própria rede para a Abecs. O fundo sairá do papel mesmo que o resto do setor não compre a ideia, mas o executivo considera que o cenário ideal seria o de uma adoção generalizada. “Essa é uma área em que não concorremos, esse é um problema da indústria”, diz ele.

Tanto a Mastercard quanto a Abecs discutiram o tema após a polêmica em torno do parcelado sem juros no ano passado. O produto não mudou, mas parte dos grandes bancos e o próprio Banco Central afirmaram que era necessário discutir quem garante que o lojista não tome calote nas compras parceladas, para dividir os custos ao longo da ampla cadeia relacionada aos cartões de crédito.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/06/24, às 17h58.

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O fundo serviria para cobrir o risco das parcelas futuras, diz Marcelo Tangioni, da Mastercard Foto: Claudio Belli

A Mastercard está discutindo com os bancos que emitem cartões com sua bandeira a estruturação de um fundo que ajudaria a reforçar a garantia de vendas feitas por meio de compras parceladas sem juros pelos consumidores. Hoje, a bandeira garante que os estabelecimentos comerciais receberão a próxima parcela de cada compra, mesmo que o consumidor não pague. A ideia é passar a garantir todas as parcelas sem exigir um volume tão grande de recursos dos bancos e fintechs.

A Mastercard e as bandeiras em geral garantem aos lojistas o recebimento dos recursos de compras feitas com cartões de débito, pré-pago e de crédito, tanto à vista quanto em parcelas. Essas garantias são depositadas pelos emissores dos cartões, como bancos e fintechs, em contas específicas. O presidente da Mastercard no Brasil, Marcelo Tangioni, afirma que o fundo serviria exatamente para cobrir o risco das parcelas futuras.

Também ajudaria a dividir o risco no setor, o que reduziria os custos para cada emissor e daria um empurrão em especial para os de menor porte. Contribuiriam para o fundo emissores ligados à Mastercard. Neste momento, estão em discussão detalhes como quem geriria os recursos. Quando estes detalhes estiverem fechados, a proposta final será enviada ao Banco Central.

Consulta pública

A ideia do fundo veio após uma consulta pública feita pela empresa a todos os participantes do sistema de pagamentos que ela gere, o que inclui de bancos a empresas de maquininhas. O reforço das garantias é uma tentativa de reduzir os custos do parcelado sem juros para o sistema como um todo, e é uma discussão que a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) também está fazendo, com todo o mercado.

Tangioni diz que a empresa enviou o resultado das discussões que fez na própria rede para a Abecs. O fundo sairá do papel mesmo que o resto do setor não compre a ideia, mas o executivo considera que o cenário ideal seria o de uma adoção generalizada. “Essa é uma área em que não concorremos, esse é um problema da indústria”, diz ele.

Tanto a Mastercard quanto a Abecs discutiram o tema após a polêmica em torno do parcelado sem juros no ano passado. O produto não mudou, mas parte dos grandes bancos e o próprio Banco Central afirmaram que era necessário discutir quem garante que o lojista não tome calote nas compras parceladas, para dividir os custos ao longo da ampla cadeia relacionada aos cartões de crédito.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/06/24, às 17h58.

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O fundo serviria para cobrir o risco das parcelas futuras, diz Marcelo Tangioni, da Mastercard Foto: Claudio Belli

A Mastercard está discutindo com os bancos que emitem cartões com sua bandeira a estruturação de um fundo que ajudaria a reforçar a garantia de vendas feitas por meio de compras parceladas sem juros pelos consumidores. Hoje, a bandeira garante que os estabelecimentos comerciais receberão a próxima parcela de cada compra, mesmo que o consumidor não pague. A ideia é passar a garantir todas as parcelas sem exigir um volume tão grande de recursos dos bancos e fintechs.

A Mastercard e as bandeiras em geral garantem aos lojistas o recebimento dos recursos de compras feitas com cartões de débito, pré-pago e de crédito, tanto à vista quanto em parcelas. Essas garantias são depositadas pelos emissores dos cartões, como bancos e fintechs, em contas específicas. O presidente da Mastercard no Brasil, Marcelo Tangioni, afirma que o fundo serviria exatamente para cobrir o risco das parcelas futuras.

Também ajudaria a dividir o risco no setor, o que reduziria os custos para cada emissor e daria um empurrão em especial para os de menor porte. Contribuiriam para o fundo emissores ligados à Mastercard. Neste momento, estão em discussão detalhes como quem geriria os recursos. Quando estes detalhes estiverem fechados, a proposta final será enviada ao Banco Central.

Consulta pública

A ideia do fundo veio após uma consulta pública feita pela empresa a todos os participantes do sistema de pagamentos que ela gere, o que inclui de bancos a empresas de maquininhas. O reforço das garantias é uma tentativa de reduzir os custos do parcelado sem juros para o sistema como um todo, e é uma discussão que a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) também está fazendo, com todo o mercado.

Tangioni diz que a empresa enviou o resultado das discussões que fez na própria rede para a Abecs. O fundo sairá do papel mesmo que o resto do setor não compre a ideia, mas o executivo considera que o cenário ideal seria o de uma adoção generalizada. “Essa é uma área em que não concorremos, esse é um problema da indústria”, diz ele.

Tanto a Mastercard quanto a Abecs discutiram o tema após a polêmica em torno do parcelado sem juros no ano passado. O produto não mudou, mas parte dos grandes bancos e o próprio Banco Central afirmaram que era necessário discutir quem garante que o lojista não tome calote nas compras parceladas, para dividir os custos ao longo da ampla cadeia relacionada aos cartões de crédito.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 27/06/24, às 17h58.

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