Bastidores do mundo dos negócios

Mediação termina e InterCement deve recorrer à Justiça para reestruturação


Indústria de cimento ainda tenta fechar venda para a CSN

Por Cynthia Decloedt e Ivo Ribeiro
Fábrica da InterCement em Ijaci, Minas Gerais Foto: Divulgacão/InterCement - 21/04/2015

A InterCement, empresa da Mover (ex-Camargo Correa), deve reestruturar sua operação com auxílio da Justiça, depois de quatro meses e meio de negociações com bancos e a CSN para viabilizar uma saída para dívidas que somavam R$ 11,7 bilhões até meados de julho. Ainda não está batido o martelo se a opção será um pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, esta última exigindo que ao menos 33% dos credores estejam de acordo com um plano de reestruturação traçado. O desfecho acontece após 60 dias de uma última tentativa de negociação anunciada pela empresa, em câmara de mediação.

Segundo fontes, a companhia ainda tenta escapar da recuperação judicial e está buscando, até os últimos minutos, fechar a venda da cimenteira para a CSN, que resultaria em um plano para reestruturar a dívida com os bancos. Bradesco, Itaú e Banco do Brasil têm a maior fatia da dívida da InterCement, fruto de aquisição de debêntures da cimenteira.

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Os detentores dos títulos no exterior (bondholders) da companhia seriam arrastados para a solução fechada pelos bancos no caso da reestruturação extrajudicial. Fontes próximas às negociações disseram que os bondholders chegaram a apresentar à companhia proposta para extensão do prazo de carência aos títulos, que venceram em julho, para que continuasse negociando com a CSN, mas não houve retorno.

Siderúrgica é a única interessada

Ao longo destes meses, a InterCement focou em suas conversas junto aos bancos, que acabaram envolvendo a CSN, única que restou interessada em ficar com a cimenteira em um processo de venda aberto pela controladora Mover. De um lado, as negociações foram se afunilando na medida em que a Mover tentava, nas mesmas conversas, uma solução para uma fatia que tem na CCR, mas que foi dada em garantia ao Bradesco.

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Do outro, a CSN foi encontrando contingências diversas na InterCement, que serão cobradas no futuro, e poderiam comprometer promessas feitas ao mercado pela siderúrgica de reduzir sua alavancagem financeira. A CSN teria oferecido cerca de R$ 10 bilhões pela InterCement. Procuradas, CSN e InterCement não comentaram.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 12/09/2024, às 18h28.

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Fábrica da InterCement em Ijaci, Minas Gerais Foto: Divulgacão/InterCement - 21/04/2015

A InterCement, empresa da Mover (ex-Camargo Correa), deve reestruturar sua operação com auxílio da Justiça, depois de quatro meses e meio de negociações com bancos e a CSN para viabilizar uma saída para dívidas que somavam R$ 11,7 bilhões até meados de julho. Ainda não está batido o martelo se a opção será um pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, esta última exigindo que ao menos 33% dos credores estejam de acordo com um plano de reestruturação traçado. O desfecho acontece após 60 dias de uma última tentativa de negociação anunciada pela empresa, em câmara de mediação.

Segundo fontes, a companhia ainda tenta escapar da recuperação judicial e está buscando, até os últimos minutos, fechar a venda da cimenteira para a CSN, que resultaria em um plano para reestruturar a dívida com os bancos. Bradesco, Itaú e Banco do Brasil têm a maior fatia da dívida da InterCement, fruto de aquisição de debêntures da cimenteira.

Os detentores dos títulos no exterior (bondholders) da companhia seriam arrastados para a solução fechada pelos bancos no caso da reestruturação extrajudicial. Fontes próximas às negociações disseram que os bondholders chegaram a apresentar à companhia proposta para extensão do prazo de carência aos títulos, que venceram em julho, para que continuasse negociando com a CSN, mas não houve retorno.

Siderúrgica é a única interessada

Ao longo destes meses, a InterCement focou em suas conversas junto aos bancos, que acabaram envolvendo a CSN, única que restou interessada em ficar com a cimenteira em um processo de venda aberto pela controladora Mover. De um lado, as negociações foram se afunilando na medida em que a Mover tentava, nas mesmas conversas, uma solução para uma fatia que tem na CCR, mas que foi dada em garantia ao Bradesco.

Do outro, a CSN foi encontrando contingências diversas na InterCement, que serão cobradas no futuro, e poderiam comprometer promessas feitas ao mercado pela siderúrgica de reduzir sua alavancagem financeira. A CSN teria oferecido cerca de R$ 10 bilhões pela InterCement. Procuradas, CSN e InterCement não comentaram.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 12/09/2024, às 18h28.

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A InterCement, empresa da Mover (ex-Camargo Correa), deve reestruturar sua operação com auxílio da Justiça, depois de quatro meses e meio de negociações com bancos e a CSN para viabilizar uma saída para dívidas que somavam R$ 11,7 bilhões até meados de julho. Ainda não está batido o martelo se a opção será um pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, esta última exigindo que ao menos 33% dos credores estejam de acordo com um plano de reestruturação traçado. O desfecho acontece após 60 dias de uma última tentativa de negociação anunciada pela empresa, em câmara de mediação.

Segundo fontes, a companhia ainda tenta escapar da recuperação judicial e está buscando, até os últimos minutos, fechar a venda da cimenteira para a CSN, que resultaria em um plano para reestruturar a dívida com os bancos. Bradesco, Itaú e Banco do Brasil têm a maior fatia da dívida da InterCement, fruto de aquisição de debêntures da cimenteira.

Os detentores dos títulos no exterior (bondholders) da companhia seriam arrastados para a solução fechada pelos bancos no caso da reestruturação extrajudicial. Fontes próximas às negociações disseram que os bondholders chegaram a apresentar à companhia proposta para extensão do prazo de carência aos títulos, que venceram em julho, para que continuasse negociando com a CSN, mas não houve retorno.

Siderúrgica é a única interessada

Ao longo destes meses, a InterCement focou em suas conversas junto aos bancos, que acabaram envolvendo a CSN, única que restou interessada em ficar com a cimenteira em um processo de venda aberto pela controladora Mover. De um lado, as negociações foram se afunilando na medida em que a Mover tentava, nas mesmas conversas, uma solução para uma fatia que tem na CCR, mas que foi dada em garantia ao Bradesco.

Do outro, a CSN foi encontrando contingências diversas na InterCement, que serão cobradas no futuro, e poderiam comprometer promessas feitas ao mercado pela siderúrgica de reduzir sua alavancagem financeira. A CSN teria oferecido cerca de R$ 10 bilhões pela InterCement. Procuradas, CSN e InterCement não comentaram.

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Os detentores dos títulos no exterior (bondholders) da companhia seriam arrastados para a solução fechada pelos bancos no caso da reestruturação extrajudicial. Fontes próximas às negociações disseram que os bondholders chegaram a apresentar à companhia proposta para extensão do prazo de carência aos títulos, que venceram em julho, para que continuasse negociando com a CSN, mas não houve retorno.

Siderúrgica é a única interessada

Ao longo destes meses, a InterCement focou em suas conversas junto aos bancos, que acabaram envolvendo a CSN, única que restou interessada em ficar com a cimenteira em um processo de venda aberto pela controladora Mover. De um lado, as negociações foram se afunilando na medida em que a Mover tentava, nas mesmas conversas, uma solução para uma fatia que tem na CCR, mas que foi dada em garantia ao Bradesco.

Do outro, a CSN foi encontrando contingências diversas na InterCement, que serão cobradas no futuro, e poderiam comprometer promessas feitas ao mercado pela siderúrgica de reduzir sua alavancagem financeira. A CSN teria oferecido cerca de R$ 10 bilhões pela InterCement. Procuradas, CSN e InterCement não comentaram.

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