Bastidores do mundo dos negócios

Na contramão de fundos dos EUA, Morgan Stanley compra ações da Americanas


Por meio de suas subsidiárias, banco norte-americano atingiu uma participação de 5,2% na varejista brasileira

Por Aline Bronzati e Altamiro Silva Junior
Atualização:
Fachada da Americanas, que pediu recuperação judicial Foto: Taba Benedicto/Estadão

Enquanto fundos norte-americanos desembarcaram do capital da Americanas nas últimas semanas, o banco Morgan Stanley aproveitou a baixa de suas ações, com queda de quase 80% em um mês, para ir às compras. O gigante de Wall Street informou que, por meio de suas subsidiárias, atingiu uma participação de 5,2% da companhia, em processo de recuperação judicial no Brasil e nos Estados Unidos.

O movimento do banco, um dos maiores dos EUA, chamou atenção e ajudou a impulsionar os papéis da Americanas, que chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa em meio a uma maré de baixa dos papéis. A seus clientes, o Morgan Stanley, que passou a recomendar a compra do papel em outubro de 2022, retirou a indicação na esteira da crise deflagrada pela companhia, no início de janeiro.

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A instituição não aparece na lista de credores da Americanas, nem no Brasil nem no exterior. Não é possível saber, porém, a fatia que o Morgan Stanley já detinha na companhia uma vez que acionistas com participação abaixo de 5% não precisam revelá-la ao mercado.

“O Morgan Stanley não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia”, disse o banco, no comunicado, sem dar mais detalhes.

BlackRock, maior gestora do mundo, reduziu fatia para apenas 0,11%

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Ao ampliar sua participação na Americanas, a instituição fez movimento contrário ao que fundos também dos EUA fizeram em meio à crise da rede de varejo, que tiveram sua saída apressada em meio ao pedido de recuperação judicial e a consequente retirada das ações do grupo dos índices da B3. O exemplo mais recente foi a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, que chegou a ter 15% da varejista, fatia que caiu a apenas 0,11% na semana passada.

Em meados de janeiro, a gigante americana Capital Group, com sede em Los Angeles, já havia feito uma forte venda de ações. O movimento se deu poucos dias depois do Teachers Insurance and Annuity Association of America (TIAA), um dos maiores fundos de pensão de professores dos Estados Unidos, praticamente zerar sua fatia na rede de varejo, ficando com somente 0,14%.

Processo da varejista avança nos EUA

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O processo de saída desses fundos se dá no mesmo momento em que a Americanas avança com a extensão de seu processo de recuperação judicial nos EUA, por meio da regra chamada ‘Chapter 15′. Uma primeira audiência já foi realizada na semana passada e uma segunda foi convocada para março. A regra permite que companhias estrangeiras tenham seus processos de recuperação judicial reconhecidos nos EUA, protegendo seus ativos que estejam no país.

O problema é que ao recorrer à proteção da Justiça no Brasil e no exterior, a companhia perde quase que automaticamente o voto de confiança dos investidores norte-americanos. Isso porque além da crise que enfrenta, desencadeada pela identificação de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, o que assustou os fundos, muitos deles, sobretudo de pensão, são obrigados a se desfazer de papéis que estão fora dos índices de referência das bolsas, explica um gestor. Por isso, o movimento rápido para se desfazer dos papéis.

Com recuperação, empresa foi excluída de índices de referência

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“A RJ [recuperação judicial] fez com que a Americanas automaticamente fosse excluída dos índices, então, muito da exposição desses fundos passivos se deu por isso além das reduções ativas que as gestoras fizeram com base em fundamentos”, afirma uma fonte próxima a um dos fundos, na condição de anonimato.

Dos fundos norte-americanos, o único que manteve uma ‘fatia maior’ na rede de varejo foi a Capital Group. A participação da gestora passou de 5,45% para 4,07%. Com US$ 2,2 trilhões em ativos sob gestão, a Capital Group tem participações em outras empresas brasileiras como a mineradora Vale e a BR Malls. No entanto, como a sua fatia caiu abaixo dos 5%, não se sabe até quando a gigante de Los Angeles vai seguir apostando na Americanas.

No caso do TIAA e da BlackRock, suas participações foram praticamente zeradas, minguando para 0,14% e 0,11%, respectivamente, após o início da crise da varejista que culminou no pedido de recuperação judicial. Procuradas, as gestoras alegam que não comentam casos isolados. O Morgan Stanley não se pronunciou.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 01/02/2023, às 16h31

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Fachada da Americanas, que pediu recuperação judicial Foto: Taba Benedicto/Estadão

Enquanto fundos norte-americanos desembarcaram do capital da Americanas nas últimas semanas, o banco Morgan Stanley aproveitou a baixa de suas ações, com queda de quase 80% em um mês, para ir às compras. O gigante de Wall Street informou que, por meio de suas subsidiárias, atingiu uma participação de 5,2% da companhia, em processo de recuperação judicial no Brasil e nos Estados Unidos.

O movimento do banco, um dos maiores dos EUA, chamou atenção e ajudou a impulsionar os papéis da Americanas, que chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa em meio a uma maré de baixa dos papéis. A seus clientes, o Morgan Stanley, que passou a recomendar a compra do papel em outubro de 2022, retirou a indicação na esteira da crise deflagrada pela companhia, no início de janeiro.

A instituição não aparece na lista de credores da Americanas, nem no Brasil nem no exterior. Não é possível saber, porém, a fatia que o Morgan Stanley já detinha na companhia uma vez que acionistas com participação abaixo de 5% não precisam revelá-la ao mercado.

“O Morgan Stanley não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia”, disse o banco, no comunicado, sem dar mais detalhes.

BlackRock, maior gestora do mundo, reduziu fatia para apenas 0,11%

Ao ampliar sua participação na Americanas, a instituição fez movimento contrário ao que fundos também dos EUA fizeram em meio à crise da rede de varejo, que tiveram sua saída apressada em meio ao pedido de recuperação judicial e a consequente retirada das ações do grupo dos índices da B3. O exemplo mais recente foi a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, que chegou a ter 15% da varejista, fatia que caiu a apenas 0,11% na semana passada.

Em meados de janeiro, a gigante americana Capital Group, com sede em Los Angeles, já havia feito uma forte venda de ações. O movimento se deu poucos dias depois do Teachers Insurance and Annuity Association of America (TIAA), um dos maiores fundos de pensão de professores dos Estados Unidos, praticamente zerar sua fatia na rede de varejo, ficando com somente 0,14%.

Processo da varejista avança nos EUA

O processo de saída desses fundos se dá no mesmo momento em que a Americanas avança com a extensão de seu processo de recuperação judicial nos EUA, por meio da regra chamada ‘Chapter 15′. Uma primeira audiência já foi realizada na semana passada e uma segunda foi convocada para março. A regra permite que companhias estrangeiras tenham seus processos de recuperação judicial reconhecidos nos EUA, protegendo seus ativos que estejam no país.

O problema é que ao recorrer à proteção da Justiça no Brasil e no exterior, a companhia perde quase que automaticamente o voto de confiança dos investidores norte-americanos. Isso porque além da crise que enfrenta, desencadeada pela identificação de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, o que assustou os fundos, muitos deles, sobretudo de pensão, são obrigados a se desfazer de papéis que estão fora dos índices de referência das bolsas, explica um gestor. Por isso, o movimento rápido para se desfazer dos papéis.

Com recuperação, empresa foi excluída de índices de referência

“A RJ [recuperação judicial] fez com que a Americanas automaticamente fosse excluída dos índices, então, muito da exposição desses fundos passivos se deu por isso além das reduções ativas que as gestoras fizeram com base em fundamentos”, afirma uma fonte próxima a um dos fundos, na condição de anonimato.

Dos fundos norte-americanos, o único que manteve uma ‘fatia maior’ na rede de varejo foi a Capital Group. A participação da gestora passou de 5,45% para 4,07%. Com US$ 2,2 trilhões em ativos sob gestão, a Capital Group tem participações em outras empresas brasileiras como a mineradora Vale e a BR Malls. No entanto, como a sua fatia caiu abaixo dos 5%, não se sabe até quando a gigante de Los Angeles vai seguir apostando na Americanas.

No caso do TIAA e da BlackRock, suas participações foram praticamente zeradas, minguando para 0,14% e 0,11%, respectivamente, após o início da crise da varejista que culminou no pedido de recuperação judicial. Procuradas, as gestoras alegam que não comentam casos isolados. O Morgan Stanley não se pronunciou.

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Enquanto fundos norte-americanos desembarcaram do capital da Americanas nas últimas semanas, o banco Morgan Stanley aproveitou a baixa de suas ações, com queda de quase 80% em um mês, para ir às compras. O gigante de Wall Street informou que, por meio de suas subsidiárias, atingiu uma participação de 5,2% da companhia, em processo de recuperação judicial no Brasil e nos Estados Unidos.

O movimento do banco, um dos maiores dos EUA, chamou atenção e ajudou a impulsionar os papéis da Americanas, que chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa em meio a uma maré de baixa dos papéis. A seus clientes, o Morgan Stanley, que passou a recomendar a compra do papel em outubro de 2022, retirou a indicação na esteira da crise deflagrada pela companhia, no início de janeiro.

A instituição não aparece na lista de credores da Americanas, nem no Brasil nem no exterior. Não é possível saber, porém, a fatia que o Morgan Stanley já detinha na companhia uma vez que acionistas com participação abaixo de 5% não precisam revelá-la ao mercado.

“O Morgan Stanley não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia”, disse o banco, no comunicado, sem dar mais detalhes.

BlackRock, maior gestora do mundo, reduziu fatia para apenas 0,11%

Ao ampliar sua participação na Americanas, a instituição fez movimento contrário ao que fundos também dos EUA fizeram em meio à crise da rede de varejo, que tiveram sua saída apressada em meio ao pedido de recuperação judicial e a consequente retirada das ações do grupo dos índices da B3. O exemplo mais recente foi a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, que chegou a ter 15% da varejista, fatia que caiu a apenas 0,11% na semana passada.

Em meados de janeiro, a gigante americana Capital Group, com sede em Los Angeles, já havia feito uma forte venda de ações. O movimento se deu poucos dias depois do Teachers Insurance and Annuity Association of America (TIAA), um dos maiores fundos de pensão de professores dos Estados Unidos, praticamente zerar sua fatia na rede de varejo, ficando com somente 0,14%.

Processo da varejista avança nos EUA

O processo de saída desses fundos se dá no mesmo momento em que a Americanas avança com a extensão de seu processo de recuperação judicial nos EUA, por meio da regra chamada ‘Chapter 15′. Uma primeira audiência já foi realizada na semana passada e uma segunda foi convocada para março. A regra permite que companhias estrangeiras tenham seus processos de recuperação judicial reconhecidos nos EUA, protegendo seus ativos que estejam no país.

O problema é que ao recorrer à proteção da Justiça no Brasil e no exterior, a companhia perde quase que automaticamente o voto de confiança dos investidores norte-americanos. Isso porque além da crise que enfrenta, desencadeada pela identificação de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, o que assustou os fundos, muitos deles, sobretudo de pensão, são obrigados a se desfazer de papéis que estão fora dos índices de referência das bolsas, explica um gestor. Por isso, o movimento rápido para se desfazer dos papéis.

Com recuperação, empresa foi excluída de índices de referência

“A RJ [recuperação judicial] fez com que a Americanas automaticamente fosse excluída dos índices, então, muito da exposição desses fundos passivos se deu por isso além das reduções ativas que as gestoras fizeram com base em fundamentos”, afirma uma fonte próxima a um dos fundos, na condição de anonimato.

Dos fundos norte-americanos, o único que manteve uma ‘fatia maior’ na rede de varejo foi a Capital Group. A participação da gestora passou de 5,45% para 4,07%. Com US$ 2,2 trilhões em ativos sob gestão, a Capital Group tem participações em outras empresas brasileiras como a mineradora Vale e a BR Malls. No entanto, como a sua fatia caiu abaixo dos 5%, não se sabe até quando a gigante de Los Angeles vai seguir apostando na Americanas.

No caso do TIAA e da BlackRock, suas participações foram praticamente zeradas, minguando para 0,14% e 0,11%, respectivamente, após o início da crise da varejista que culminou no pedido de recuperação judicial. Procuradas, as gestoras alegam que não comentam casos isolados. O Morgan Stanley não se pronunciou.

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Enquanto fundos norte-americanos desembarcaram do capital da Americanas nas últimas semanas, o banco Morgan Stanley aproveitou a baixa de suas ações, com queda de quase 80% em um mês, para ir às compras. O gigante de Wall Street informou que, por meio de suas subsidiárias, atingiu uma participação de 5,2% da companhia, em processo de recuperação judicial no Brasil e nos Estados Unidos.

O movimento do banco, um dos maiores dos EUA, chamou atenção e ajudou a impulsionar os papéis da Americanas, que chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa em meio a uma maré de baixa dos papéis. A seus clientes, o Morgan Stanley, que passou a recomendar a compra do papel em outubro de 2022, retirou a indicação na esteira da crise deflagrada pela companhia, no início de janeiro.

A instituição não aparece na lista de credores da Americanas, nem no Brasil nem no exterior. Não é possível saber, porém, a fatia que o Morgan Stanley já detinha na companhia uma vez que acionistas com participação abaixo de 5% não precisam revelá-la ao mercado.

“O Morgan Stanley não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia”, disse o banco, no comunicado, sem dar mais detalhes.

BlackRock, maior gestora do mundo, reduziu fatia para apenas 0,11%

Ao ampliar sua participação na Americanas, a instituição fez movimento contrário ao que fundos também dos EUA fizeram em meio à crise da rede de varejo, que tiveram sua saída apressada em meio ao pedido de recuperação judicial e a consequente retirada das ações do grupo dos índices da B3. O exemplo mais recente foi a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, que chegou a ter 15% da varejista, fatia que caiu a apenas 0,11% na semana passada.

Em meados de janeiro, a gigante americana Capital Group, com sede em Los Angeles, já havia feito uma forte venda de ações. O movimento se deu poucos dias depois do Teachers Insurance and Annuity Association of America (TIAA), um dos maiores fundos de pensão de professores dos Estados Unidos, praticamente zerar sua fatia na rede de varejo, ficando com somente 0,14%.

Processo da varejista avança nos EUA

O processo de saída desses fundos se dá no mesmo momento em que a Americanas avança com a extensão de seu processo de recuperação judicial nos EUA, por meio da regra chamada ‘Chapter 15′. Uma primeira audiência já foi realizada na semana passada e uma segunda foi convocada para março. A regra permite que companhias estrangeiras tenham seus processos de recuperação judicial reconhecidos nos EUA, protegendo seus ativos que estejam no país.

O problema é que ao recorrer à proteção da Justiça no Brasil e no exterior, a companhia perde quase que automaticamente o voto de confiança dos investidores norte-americanos. Isso porque além da crise que enfrenta, desencadeada pela identificação de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões, o que assustou os fundos, muitos deles, sobretudo de pensão, são obrigados a se desfazer de papéis que estão fora dos índices de referência das bolsas, explica um gestor. Por isso, o movimento rápido para se desfazer dos papéis.

Com recuperação, empresa foi excluída de índices de referência

“A RJ [recuperação judicial] fez com que a Americanas automaticamente fosse excluída dos índices, então, muito da exposição desses fundos passivos se deu por isso além das reduções ativas que as gestoras fizeram com base em fundamentos”, afirma uma fonte próxima a um dos fundos, na condição de anonimato.

Dos fundos norte-americanos, o único que manteve uma ‘fatia maior’ na rede de varejo foi a Capital Group. A participação da gestora passou de 5,45% para 4,07%. Com US$ 2,2 trilhões em ativos sob gestão, a Capital Group tem participações em outras empresas brasileiras como a mineradora Vale e a BR Malls. No entanto, como a sua fatia caiu abaixo dos 5%, não se sabe até quando a gigante de Los Angeles vai seguir apostando na Americanas.

No caso do TIAA e da BlackRock, suas participações foram praticamente zeradas, minguando para 0,14% e 0,11%, respectivamente, após o início da crise da varejista que culminou no pedido de recuperação judicial. Procuradas, as gestoras alegam que não comentam casos isolados. O Morgan Stanley não se pronunciou.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 01/02/2023, às 16h31

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