Bastidores do mundo dos negócios

Na fintech da família da Gol, passagem paga com Pix tem uma milha por real


PaGol já oferece milhas em troca de outros serviços e transações bancárias

Por Altamiro Silva Junior
Atualização:
'Nosso propósito é fazer a pessoa viajar', diz Ravel Lage, CEO da PaGol Foto: Divulgação/PaGol - 13/04/2022

A PaGol, fintech dos irmãos Constantino, a mesma família que fundou a companhia aérea Gol, e que em novembro completa dois anos de operação, ficou conhecida por dar milhas em todos os serviços e transações bancárias, como pagamento de boletos e mesmo para o dinheiro que fica parado na conta. A partir de agora, em novo serviço que será anunciado, quem pagar passagens da companhia aérea da Gol com Pix vai receber o mesmo valor em milhas.

A estratégia de dar milhas para pagamentos no Pix, na razão de uma por cada real gasto, ou seja, maior que nos cartões de crédito - que costuma ser de duas ou no máximo três milhas, mas por dólar gasto -, é uma das novas ofensivas da fintech, que a companhia prefere chamar de “fintravel”, e prepara produtos agora com foco em crédito.

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“Nosso propósito é fazer a pessoa viajar”, conta o CEO da PaGol, Ravel Lage. Por isso, na fintech, quem deixar o dinheiro depositado na conta digital não recebe um porcentual do CDI, como em outros bancos tradicionais ou digitais. Mas em milhas. A razão é uma milha por dia útil a cada R$ 200,00 deixados na conta. Ou se a pessoa optar por assinar um serviço chamado Turbo Milhas, que tem uma mensalidade de R$ 39,90, é uma milha a cada R$ 75 em depósito. A fintech tem clientes que deixam somas grandes só para conseguir mais milhas. Um deles, um coreano, costuma usar as milhas ganhas com seus depósitos para viajar anualmente a Seul.

Recompensa para quem paga boletos

Quem paga boletos no banco digital também recebe milhas, independente do valor da despesa. São 10 milhas por boleto pago na fintech (100 para clientes Turbo), com a limitação de cinco boletos por mês. O uso do cartão de débito do banco também dá milhas por cada gasto. E os novos produtos que forem aparecendo, vão ter a mesma estratégia, ressalta Lage.

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Pelos cálculos do CEO da PaGol, quem deixar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil depositados e pagar cinco boletos a cada mês, já teria por volta 12 a 15 mil milhas por ano, suficientes para uma viagem mais curta grátis, como de São Paulo para o Rio ou Belo Horizonte.

Criada dentro da Smiles, a empresa de milhas da Gol, a fintech foi separada posteriormente, mas não perdeu a estratégia de milhas. Em novembro de 2022, começou a operar de forma independente, já com a licença do Banco Central como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Avanço no crédito

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A fintech quer também expandir para produtos de crédito. Recentemente começou a mostrar ao mercado o consignado, que já testava internamente, chegando a uma carteira de R$ 140 milhões. Agora busca parcerias no mercado para esse tipo de empréstimo e estuda também lançar um financiamento próprio de passagens aéreas, previsto para 2025. No consignado, também tem milhas para quem pega o empréstimo, por exemplo, na contratação ou nos pagamentos da parcela. O principal funding do banco, além de recursos dos acionistas, é a captação via fundo de recebíveis.

Ao contrário de outros bancos digitais, a PaGol não revela números de clientes ou outros indicadores. Lage conta que o objetivo é o crescimento orgânico. Desde o início das operações, o saldo de depósitos cresceu sete vezes; a base de clientes aumentou 700%, o pagamento de boletos avançou 46 vezes e o volume de transações 25 vezes, claro, pelas comparações serem de uma base inicial pequena.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 23/08/2024, às 12h46.

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'Nosso propósito é fazer a pessoa viajar', diz Ravel Lage, CEO da PaGol Foto: Divulgação/PaGol - 13/04/2022

A PaGol, fintech dos irmãos Constantino, a mesma família que fundou a companhia aérea Gol, e que em novembro completa dois anos de operação, ficou conhecida por dar milhas em todos os serviços e transações bancárias, como pagamento de boletos e mesmo para o dinheiro que fica parado na conta. A partir de agora, em novo serviço que será anunciado, quem pagar passagens da companhia aérea da Gol com Pix vai receber o mesmo valor em milhas.

A estratégia de dar milhas para pagamentos no Pix, na razão de uma por cada real gasto, ou seja, maior que nos cartões de crédito - que costuma ser de duas ou no máximo três milhas, mas por dólar gasto -, é uma das novas ofensivas da fintech, que a companhia prefere chamar de “fintravel”, e prepara produtos agora com foco em crédito.

“Nosso propósito é fazer a pessoa viajar”, conta o CEO da PaGol, Ravel Lage. Por isso, na fintech, quem deixar o dinheiro depositado na conta digital não recebe um porcentual do CDI, como em outros bancos tradicionais ou digitais. Mas em milhas. A razão é uma milha por dia útil a cada R$ 200,00 deixados na conta. Ou se a pessoa optar por assinar um serviço chamado Turbo Milhas, que tem uma mensalidade de R$ 39,90, é uma milha a cada R$ 75 em depósito. A fintech tem clientes que deixam somas grandes só para conseguir mais milhas. Um deles, um coreano, costuma usar as milhas ganhas com seus depósitos para viajar anualmente a Seul.

Recompensa para quem paga boletos

Quem paga boletos no banco digital também recebe milhas, independente do valor da despesa. São 10 milhas por boleto pago na fintech (100 para clientes Turbo), com a limitação de cinco boletos por mês. O uso do cartão de débito do banco também dá milhas por cada gasto. E os novos produtos que forem aparecendo, vão ter a mesma estratégia, ressalta Lage.

Pelos cálculos do CEO da PaGol, quem deixar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil depositados e pagar cinco boletos a cada mês, já teria por volta 12 a 15 mil milhas por ano, suficientes para uma viagem mais curta grátis, como de São Paulo para o Rio ou Belo Horizonte.

Criada dentro da Smiles, a empresa de milhas da Gol, a fintech foi separada posteriormente, mas não perdeu a estratégia de milhas. Em novembro de 2022, começou a operar de forma independente, já com a licença do Banco Central como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Avanço no crédito

A fintech quer também expandir para produtos de crédito. Recentemente começou a mostrar ao mercado o consignado, que já testava internamente, chegando a uma carteira de R$ 140 milhões. Agora busca parcerias no mercado para esse tipo de empréstimo e estuda também lançar um financiamento próprio de passagens aéreas, previsto para 2025. No consignado, também tem milhas para quem pega o empréstimo, por exemplo, na contratação ou nos pagamentos da parcela. O principal funding do banco, além de recursos dos acionistas, é a captação via fundo de recebíveis.

Ao contrário de outros bancos digitais, a PaGol não revela números de clientes ou outros indicadores. Lage conta que o objetivo é o crescimento orgânico. Desde o início das operações, o saldo de depósitos cresceu sete vezes; a base de clientes aumentou 700%, o pagamento de boletos avançou 46 vezes e o volume de transações 25 vezes, claro, pelas comparações serem de uma base inicial pequena.

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A estratégia de dar milhas para pagamentos no Pix, na razão de uma por cada real gasto, ou seja, maior que nos cartões de crédito - que costuma ser de duas ou no máximo três milhas, mas por dólar gasto -, é uma das novas ofensivas da fintech, que a companhia prefere chamar de “fintravel”, e prepara produtos agora com foco em crédito.

“Nosso propósito é fazer a pessoa viajar”, conta o CEO da PaGol, Ravel Lage. Por isso, na fintech, quem deixar o dinheiro depositado na conta digital não recebe um porcentual do CDI, como em outros bancos tradicionais ou digitais. Mas em milhas. A razão é uma milha por dia útil a cada R$ 200,00 deixados na conta. Ou se a pessoa optar por assinar um serviço chamado Turbo Milhas, que tem uma mensalidade de R$ 39,90, é uma milha a cada R$ 75 em depósito. A fintech tem clientes que deixam somas grandes só para conseguir mais milhas. Um deles, um coreano, costuma usar as milhas ganhas com seus depósitos para viajar anualmente a Seul.

Recompensa para quem paga boletos

Quem paga boletos no banco digital também recebe milhas, independente do valor da despesa. São 10 milhas por boleto pago na fintech (100 para clientes Turbo), com a limitação de cinco boletos por mês. O uso do cartão de débito do banco também dá milhas por cada gasto. E os novos produtos que forem aparecendo, vão ter a mesma estratégia, ressalta Lage.

Pelos cálculos do CEO da PaGol, quem deixar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil depositados e pagar cinco boletos a cada mês, já teria por volta 12 a 15 mil milhas por ano, suficientes para uma viagem mais curta grátis, como de São Paulo para o Rio ou Belo Horizonte.

Criada dentro da Smiles, a empresa de milhas da Gol, a fintech foi separada posteriormente, mas não perdeu a estratégia de milhas. Em novembro de 2022, começou a operar de forma independente, já com a licença do Banco Central como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Avanço no crédito

A fintech quer também expandir para produtos de crédito. Recentemente começou a mostrar ao mercado o consignado, que já testava internamente, chegando a uma carteira de R$ 140 milhões. Agora busca parcerias no mercado para esse tipo de empréstimo e estuda também lançar um financiamento próprio de passagens aéreas, previsto para 2025. No consignado, também tem milhas para quem pega o empréstimo, por exemplo, na contratação ou nos pagamentos da parcela. O principal funding do banco, além de recursos dos acionistas, é a captação via fundo de recebíveis.

Ao contrário de outros bancos digitais, a PaGol não revela números de clientes ou outros indicadores. Lage conta que o objetivo é o crescimento orgânico. Desde o início das operações, o saldo de depósitos cresceu sete vezes; a base de clientes aumentou 700%, o pagamento de boletos avançou 46 vezes e o volume de transações 25 vezes, claro, pelas comparações serem de uma base inicial pequena.

Este texto foi publicado no Broadcast no dia 23/08/2024, às 12h46.

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A PaGol, fintech dos irmãos Constantino, a mesma família que fundou a companhia aérea Gol, e que em novembro completa dois anos de operação, ficou conhecida por dar milhas em todos os serviços e transações bancárias, como pagamento de boletos e mesmo para o dinheiro que fica parado na conta. A partir de agora, em novo serviço que será anunciado, quem pagar passagens da companhia aérea da Gol com Pix vai receber o mesmo valor em milhas.

A estratégia de dar milhas para pagamentos no Pix, na razão de uma por cada real gasto, ou seja, maior que nos cartões de crédito - que costuma ser de duas ou no máximo três milhas, mas por dólar gasto -, é uma das novas ofensivas da fintech, que a companhia prefere chamar de “fintravel”, e prepara produtos agora com foco em crédito.

“Nosso propósito é fazer a pessoa viajar”, conta o CEO da PaGol, Ravel Lage. Por isso, na fintech, quem deixar o dinheiro depositado na conta digital não recebe um porcentual do CDI, como em outros bancos tradicionais ou digitais. Mas em milhas. A razão é uma milha por dia útil a cada R$ 200,00 deixados na conta. Ou se a pessoa optar por assinar um serviço chamado Turbo Milhas, que tem uma mensalidade de R$ 39,90, é uma milha a cada R$ 75 em depósito. A fintech tem clientes que deixam somas grandes só para conseguir mais milhas. Um deles, um coreano, costuma usar as milhas ganhas com seus depósitos para viajar anualmente a Seul.

Recompensa para quem paga boletos

Quem paga boletos no banco digital também recebe milhas, independente do valor da despesa. São 10 milhas por boleto pago na fintech (100 para clientes Turbo), com a limitação de cinco boletos por mês. O uso do cartão de débito do banco também dá milhas por cada gasto. E os novos produtos que forem aparecendo, vão ter a mesma estratégia, ressalta Lage.

Pelos cálculos do CEO da PaGol, quem deixar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil depositados e pagar cinco boletos a cada mês, já teria por volta 12 a 15 mil milhas por ano, suficientes para uma viagem mais curta grátis, como de São Paulo para o Rio ou Belo Horizonte.

Criada dentro da Smiles, a empresa de milhas da Gol, a fintech foi separada posteriormente, mas não perdeu a estratégia de milhas. Em novembro de 2022, começou a operar de forma independente, já com a licença do Banco Central como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD).

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A fintech quer também expandir para produtos de crédito. Recentemente começou a mostrar ao mercado o consignado, que já testava internamente, chegando a uma carteira de R$ 140 milhões. Agora busca parcerias no mercado para esse tipo de empréstimo e estuda também lançar um financiamento próprio de passagens aéreas, previsto para 2025. No consignado, também tem milhas para quem pega o empréstimo, por exemplo, na contratação ou nos pagamentos da parcela. O principal funding do banco, além de recursos dos acionistas, é a captação via fundo de recebíveis.

Ao contrário de outros bancos digitais, a PaGol não revela números de clientes ou outros indicadores. Lage conta que o objetivo é o crescimento orgânico. Desde o início das operações, o saldo de depósitos cresceu sete vezes; a base de clientes aumentou 700%, o pagamento de boletos avançou 46 vezes e o volume de transações 25 vezes, claro, pelas comparações serem de uma base inicial pequena.

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