A Nau Capital, multi family office voltado ao público ultra high, deu mais um passo para se tornar, além de um escritório autônomo de investimentos, uma gestora de recursos. Para isso, aguarda da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) a aprovação para se tornar uma gestora. A autorização deve sair entre outubro e novembro deste ano, afirmou o sócio fundador da empresa Evandro Bertho, em conversa exclusiva com o Broadcast Investimentos.
Entre os objetivos da Nau Capital está o início da criação de fundos de investimentos exclusivos aos clientes, além de poder fazer movimentações na área de renda variável sem que seja necessária a autorização do cliente para cada movimentação. “Não temos como foco a renda variável de ações, mas hoje, se eu tivesse uma carteira com ações, por exemplo, precisaria, como autônomo de investimentos, da autorização do cliente para realizar qualquer movimentação de compra e venda. Como gestora, tenho a pré-autorização do cliente para fazer a movimentação que achar necessária”, disse Bertho.
Ele afirma que neste momento o foco é na criação de fundos para que os recursos de seus clientes sejam investidos em outros fundos ou empreendimentos imobiliários de escritórios parceiros. “O escritório nos apresenta um projeto, se a gente avaliar que é uma boa oportunidades, utilizaremos os fundos para investir. É como fizemos na parceira com a RBR, onde unimos nossos clientes para investimentos em empreendimentos em Manhattan, nos Estados Unidos. Estamos na fase final de aprovação da Anbima”, disse Bertho.
A Nau Capital conta hoje com R$ 5 bilhões sob gestão e cerca de 1,5 mil clientes. A empresa possui três escritórios em São Paulo, Belo Horizonte e Goiânia, com 63 pessoas entre sócios e funcionários. “Com a entrada em funcionamento da gestora, pretendemos elevar em R$ 2 bilhões esse montante sob gestão”, afirmou.
União com capitalista
As novidades nas resoluções 178 e 179 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em vigor a partir de 1º de junho deste ano, que alterou as regras dos assessores de investimentos, entre elas com a possibilidade da entrada de um sócio capitalista nos escritórios, abriu novas possibilidades de atrair investimentos para Nau Capital, ligada à XP.
Bertho não descarta do interesse da entrada de um sócio capitalista, porém, seu contrato com a XP permitirá efetivar essa operação apenas nos próximos anos. “Nosso contrato estabelece que após dois anos, a XP poderia entrar com 10% de participação, o que poderia ser elevado para 30% em três anos ou o máximo de 49% em quatro anos a partir da validade da norma”, disse.
Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/09/23, às 16h26.
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