Bastidores do mundo dos negócios

Negócio de metais tem potencial para chegar a 90% do valor total da Vale


Mineradora pretende vender uma fatia de 10% a 15% da unidade, avaliada atualmente em cerca de US$ 25 bilhões

Por Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Unidade de metais da Vale produz níquel e cobre, insumos bastante demandados devido à transição energética Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS

Que as ações da Vale estão baratas, todo o mercado já sabe. Mas a intenção de vender a operação de metais, anunciada recentemente pela mineradora brasileira, evidenciou ainda mais o baixo valor de mercado da empresa. Bancos de investimento têm calculado que o negócio de cobre e níquel pode chegar em um futuro próximo a 80% a 90% do valor ao qual a Vale está sendo negociada em bolsa. Há cerca de um mês, a mineradora anunciou a venda de uma fatia dessa operação e contratou os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley para encontrar compradores. O negócio é visto como uma estratégia da Vale para destravar valor da sua subsidiária.

Propostas devem ser entregues este mês

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“O negócio está evoluindo”, diz um banqueiro da Faria Lima. Segundo ele, as propostas estão sendo entregues este mês. O ativo está sendo oferecido a grandes investidores em todo o mundo, como fundos soberanos do Oriente Médio e para empresas, como a ArcelorMittal. O plano é vender uma fatia de 10% a 15% da unidade, avaliada neste momento em ao menos US$ 25 bilhões, cerca de um terço do valor da Vale na bolsa, de US$ 73 bilhões na segunda-feira passada.

A perspectiva de valorização do negócio é por conta dos “metais verdes”. Esses insumos serão mais demandados na transição energética em curso no mundo e são, justamente, o que a unidade da Vale produz - níquel e cobre. O níquel, por exemplo, é matéria-prima básica para as baterias de carros elétricos, e a Vale já fechou dois grandes contratos com a Tesla e a General Motors para o fornecimento do metal.

Inicialmente, a mineradora queria fazer uma abertura de capital (IPO, em inglês) da unidade de metais. Agora, o mais provável é que haja a venda de participação minoritária.

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“Um Carajás de graça”

Com uma operação dessa, a Vale consegue cristalizar para seus investidores qual o valor da unidade. “Tem banco fazendo conta que mostra que a ‘Basic Metals’ sozinha deveria valer 80% a 90% da Vale inteira hoje”, afirma um banqueiro de investimento. Nessa conta, é como se quem comprar a unidade “ganhasse um Carajás de graça”, a maior mina de minério a céu aberto do mundo, no Pará. Isso deixa claro como o papel da Vale está barato.

Aparentemente, a Cosan entendeu bem o movimento, na avaliação de banqueiros da Faria Lima, que veem essa como uma das motivações do grupo para entrar no capital da Vale. A gigante de energia adquiriu 6% da mineradora, por R$ 22 bilhões e tem tomado dinheiro emprestado para o investimento. No anúncio do negócio, somente essa fatia tinha valor de mercado que equivalia a pouco mais de 70% do valor de mercado da Cosan.

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Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 29/11/2022, às 10h30

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Unidade de metais da Vale produz níquel e cobre, insumos bastante demandados devido à transição energética Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS

Que as ações da Vale estão baratas, todo o mercado já sabe. Mas a intenção de vender a operação de metais, anunciada recentemente pela mineradora brasileira, evidenciou ainda mais o baixo valor de mercado da empresa. Bancos de investimento têm calculado que o negócio de cobre e níquel pode chegar em um futuro próximo a 80% a 90% do valor ao qual a Vale está sendo negociada em bolsa. Há cerca de um mês, a mineradora anunciou a venda de uma fatia dessa operação e contratou os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley para encontrar compradores. O negócio é visto como uma estratégia da Vale para destravar valor da sua subsidiária.

Propostas devem ser entregues este mês

“O negócio está evoluindo”, diz um banqueiro da Faria Lima. Segundo ele, as propostas estão sendo entregues este mês. O ativo está sendo oferecido a grandes investidores em todo o mundo, como fundos soberanos do Oriente Médio e para empresas, como a ArcelorMittal. O plano é vender uma fatia de 10% a 15% da unidade, avaliada neste momento em ao menos US$ 25 bilhões, cerca de um terço do valor da Vale na bolsa, de US$ 73 bilhões na segunda-feira passada.

A perspectiva de valorização do negócio é por conta dos “metais verdes”. Esses insumos serão mais demandados na transição energética em curso no mundo e são, justamente, o que a unidade da Vale produz - níquel e cobre. O níquel, por exemplo, é matéria-prima básica para as baterias de carros elétricos, e a Vale já fechou dois grandes contratos com a Tesla e a General Motors para o fornecimento do metal.

Inicialmente, a mineradora queria fazer uma abertura de capital (IPO, em inglês) da unidade de metais. Agora, o mais provável é que haja a venda de participação minoritária.

“Um Carajás de graça”

Com uma operação dessa, a Vale consegue cristalizar para seus investidores qual o valor da unidade. “Tem banco fazendo conta que mostra que a ‘Basic Metals’ sozinha deveria valer 80% a 90% da Vale inteira hoje”, afirma um banqueiro de investimento. Nessa conta, é como se quem comprar a unidade “ganhasse um Carajás de graça”, a maior mina de minério a céu aberto do mundo, no Pará. Isso deixa claro como o papel da Vale está barato.

Aparentemente, a Cosan entendeu bem o movimento, na avaliação de banqueiros da Faria Lima, que veem essa como uma das motivações do grupo para entrar no capital da Vale. A gigante de energia adquiriu 6% da mineradora, por R$ 22 bilhões e tem tomado dinheiro emprestado para o investimento. No anúncio do negócio, somente essa fatia tinha valor de mercado que equivalia a pouco mais de 70% do valor de mercado da Cosan.

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Unidade de metais da Vale produz níquel e cobre, insumos bastante demandados devido à transição energética Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS

Que as ações da Vale estão baratas, todo o mercado já sabe. Mas a intenção de vender a operação de metais, anunciada recentemente pela mineradora brasileira, evidenciou ainda mais o baixo valor de mercado da empresa. Bancos de investimento têm calculado que o negócio de cobre e níquel pode chegar em um futuro próximo a 80% a 90% do valor ao qual a Vale está sendo negociada em bolsa. Há cerca de um mês, a mineradora anunciou a venda de uma fatia dessa operação e contratou os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley para encontrar compradores. O negócio é visto como uma estratégia da Vale para destravar valor da sua subsidiária.

Propostas devem ser entregues este mês

“O negócio está evoluindo”, diz um banqueiro da Faria Lima. Segundo ele, as propostas estão sendo entregues este mês. O ativo está sendo oferecido a grandes investidores em todo o mundo, como fundos soberanos do Oriente Médio e para empresas, como a ArcelorMittal. O plano é vender uma fatia de 10% a 15% da unidade, avaliada neste momento em ao menos US$ 25 bilhões, cerca de um terço do valor da Vale na bolsa, de US$ 73 bilhões na segunda-feira passada.

A perspectiva de valorização do negócio é por conta dos “metais verdes”. Esses insumos serão mais demandados na transição energética em curso no mundo e são, justamente, o que a unidade da Vale produz - níquel e cobre. O níquel, por exemplo, é matéria-prima básica para as baterias de carros elétricos, e a Vale já fechou dois grandes contratos com a Tesla e a General Motors para o fornecimento do metal.

Inicialmente, a mineradora queria fazer uma abertura de capital (IPO, em inglês) da unidade de metais. Agora, o mais provável é que haja a venda de participação minoritária.

“Um Carajás de graça”

Com uma operação dessa, a Vale consegue cristalizar para seus investidores qual o valor da unidade. “Tem banco fazendo conta que mostra que a ‘Basic Metals’ sozinha deveria valer 80% a 90% da Vale inteira hoje”, afirma um banqueiro de investimento. Nessa conta, é como se quem comprar a unidade “ganhasse um Carajás de graça”, a maior mina de minério a céu aberto do mundo, no Pará. Isso deixa claro como o papel da Vale está barato.

Aparentemente, a Cosan entendeu bem o movimento, na avaliação de banqueiros da Faria Lima, que veem essa como uma das motivações do grupo para entrar no capital da Vale. A gigante de energia adquiriu 6% da mineradora, por R$ 22 bilhões e tem tomado dinheiro emprestado para o investimento. No anúncio do negócio, somente essa fatia tinha valor de mercado que equivalia a pouco mais de 70% do valor de mercado da Cosan.

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Propostas devem ser entregues este mês

“O negócio está evoluindo”, diz um banqueiro da Faria Lima. Segundo ele, as propostas estão sendo entregues este mês. O ativo está sendo oferecido a grandes investidores em todo o mundo, como fundos soberanos do Oriente Médio e para empresas, como a ArcelorMittal. O plano é vender uma fatia de 10% a 15% da unidade, avaliada neste momento em ao menos US$ 25 bilhões, cerca de um terço do valor da Vale na bolsa, de US$ 73 bilhões na segunda-feira passada.

A perspectiva de valorização do negócio é por conta dos “metais verdes”. Esses insumos serão mais demandados na transição energética em curso no mundo e são, justamente, o que a unidade da Vale produz - níquel e cobre. O níquel, por exemplo, é matéria-prima básica para as baterias de carros elétricos, e a Vale já fechou dois grandes contratos com a Tesla e a General Motors para o fornecimento do metal.

Inicialmente, a mineradora queria fazer uma abertura de capital (IPO, em inglês) da unidade de metais. Agora, o mais provável é que haja a venda de participação minoritária.

“Um Carajás de graça”

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