Bastidores do mundo dos negócios

Novo parceiro da Vale em Metais Básicos foi pivô de ‘virada verde’ na Exxon


Engine No.1 tem 3% da nova empresa e conseguiu acelerar a descarbonização da petroleira

Por Gabriel Baldocchi
Atualização:
Cobre e níquel produzidos pela nova empresa da Vale são essenciais à fabricação de baterias para carros elétricos e de equipamentos utilizados na geração de energia renovável  Foto: @Ricardo Teles

Entre os investidores que a Vale anunciou na transação bilionária do seu negócio de metais básicos (VBM), na semana passada, um nome chama atenção por sua trajetória recente. O principal atributo do grupo Engine No.1 não é o tamanho. A gestora ativista terá apenas 3% da nova empresa e é uma formiga entre as gigantes da indústria de investimentos. Há poucos anos, era totalmente desconhecida, mas tudo mudou depois da vitória surpreendente contra a Exxon para posicionar a gigante petroleira norte-americana numa rota mais verde.

A entrada dos ativistas é simbólica. Pode ser um selo adicional para a cruzada de convencimento da Vale junto ao mercado de que a empresa de metais básicos é um negócio totalmente voltado para a transição energética. A produção de cobre e níquel tem como destino principal baterias para carros elétricos e equipamentos para energia solar e eólica.

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Até junho, a expectativa era que o fundo saudita (FIP) pagasse US$ 2,5 bilhões por uma fatia de 10% da nova empresa da Vale. A entrada da gestora ativista no negócio fez a cifra subir para US$ 3,4 bilhões na venda de 13% da companhia. A transação avalia a VBM em cerca de US$ 26 bilhões, próximo de 40% do valor de mercado da própria Vale.

Para fundador, capitalismo pode ser moldado para benefício da sociedade

O fundador do grupo ativista, Chris James, disse acreditar que a VBM está mais bem posicionada para fornecer as matérias-primas de origem responsável necessárias para a construção da infraestrutura do futuro. “Estamos orgulhosos de apoiar o time da Vale Base Metals na condução da próxima etapa de crescimento para esses ativos estratégicos”, disse após o anúncio.

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James, um executivo com mais de 30 anos na indústria de gestão de investimentos, integra uma nova classe de ativistas que defendem um papel mais participativo das empresas na sociedade.

Um dos seus lemas é de que o capitalismo pode ser moldado para provocar impactos positivos e que empresas capazes de alinhar os objetivos dos seus acionistas com os dos públicos que interagem são mais bem-sucedidas.

Gestora ativista comprou briga com Exxon por descarbonização

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A decisão de comprar a briga com a Exxon, em 2020, se baseou numa visão de que a companhia não estava fazendo as mudanças necessárias para um mundo em rota de descarbonização, com executivos que ainda viam décadas promissoras para a exploração de petróleo e eram reticentes aos esforços para uma economia de zero emissão.

Na época, a petroleira era negociada bem abaixo das concorrentes, perdera mais da metade do valor de mercado e acabou retirada do índice Dow Jones Industrial, um símbolo do mercado acionário americano.

Numa batalha de Davi e Golias, em que a Engine No.1 tinha menos de 0,1% das ações da companhia, a gestora ativista conseguiu exercer pressão pública e atrair grandes fundos como a Blackrock. Enquanto a empresa empregava esforços estimados na época na casa de centena de milhões de dólares em campanha pela eleição do conselho de administração, a Engine No.1 conseguiu ganhar três assentos no colegiado com uma campanha de pouco mais de uma dezena de milhões de dólares.

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Mudanças levaram a ganho de US$ 200 bilhões no valor da Exxon

Desde a vitória, a petroleira fez avanços para se tornar mais verde. Anunciou investimentos de mais de US$ 15 bilhões em soluções de baixo carbono, a criação de uma unidade de negócios exclusiva para o tema da transição e a antecipação de metas de redução de emissões. Os três conselheiros foram reeleitos para o assento. Segundo a gestora, as mudanças fizeram a companhia ganhar mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado.

“Estamos convencidos de que mesmo os acionistas que não votaram na nossa proposta agora apoiam os avanços feitos pela Exxon”, afirmou a empresa em uma carta recente.

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Após o sucesso, a gestora ativista também fez um investimento semelhante na GM, por ver similaridades com o caso da Exxon. A diferença, porém, é que a montadora já mostrava mais avanços em direção à economia do futuro, com anúncios inclusive para produzir apenas carros elétricos a partir de 2025.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/07/23, às 14h42.

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Cobre e níquel produzidos pela nova empresa da Vale são essenciais à fabricação de baterias para carros elétricos e de equipamentos utilizados na geração de energia renovável  Foto: @Ricardo Teles

Entre os investidores que a Vale anunciou na transação bilionária do seu negócio de metais básicos (VBM), na semana passada, um nome chama atenção por sua trajetória recente. O principal atributo do grupo Engine No.1 não é o tamanho. A gestora ativista terá apenas 3% da nova empresa e é uma formiga entre as gigantes da indústria de investimentos. Há poucos anos, era totalmente desconhecida, mas tudo mudou depois da vitória surpreendente contra a Exxon para posicionar a gigante petroleira norte-americana numa rota mais verde.

A entrada dos ativistas é simbólica. Pode ser um selo adicional para a cruzada de convencimento da Vale junto ao mercado de que a empresa de metais básicos é um negócio totalmente voltado para a transição energética. A produção de cobre e níquel tem como destino principal baterias para carros elétricos e equipamentos para energia solar e eólica.

Até junho, a expectativa era que o fundo saudita (FIP) pagasse US$ 2,5 bilhões por uma fatia de 10% da nova empresa da Vale. A entrada da gestora ativista no negócio fez a cifra subir para US$ 3,4 bilhões na venda de 13% da companhia. A transação avalia a VBM em cerca de US$ 26 bilhões, próximo de 40% do valor de mercado da própria Vale.

Para fundador, capitalismo pode ser moldado para benefício da sociedade

O fundador do grupo ativista, Chris James, disse acreditar que a VBM está mais bem posicionada para fornecer as matérias-primas de origem responsável necessárias para a construção da infraestrutura do futuro. “Estamos orgulhosos de apoiar o time da Vale Base Metals na condução da próxima etapa de crescimento para esses ativos estratégicos”, disse após o anúncio.

James, um executivo com mais de 30 anos na indústria de gestão de investimentos, integra uma nova classe de ativistas que defendem um papel mais participativo das empresas na sociedade.

Um dos seus lemas é de que o capitalismo pode ser moldado para provocar impactos positivos e que empresas capazes de alinhar os objetivos dos seus acionistas com os dos públicos que interagem são mais bem-sucedidas.

Gestora ativista comprou briga com Exxon por descarbonização

A decisão de comprar a briga com a Exxon, em 2020, se baseou numa visão de que a companhia não estava fazendo as mudanças necessárias para um mundo em rota de descarbonização, com executivos que ainda viam décadas promissoras para a exploração de petróleo e eram reticentes aos esforços para uma economia de zero emissão.

Na época, a petroleira era negociada bem abaixo das concorrentes, perdera mais da metade do valor de mercado e acabou retirada do índice Dow Jones Industrial, um símbolo do mercado acionário americano.

Numa batalha de Davi e Golias, em que a Engine No.1 tinha menos de 0,1% das ações da companhia, a gestora ativista conseguiu exercer pressão pública e atrair grandes fundos como a Blackrock. Enquanto a empresa empregava esforços estimados na época na casa de centena de milhões de dólares em campanha pela eleição do conselho de administração, a Engine No.1 conseguiu ganhar três assentos no colegiado com uma campanha de pouco mais de uma dezena de milhões de dólares.

Mudanças levaram a ganho de US$ 200 bilhões no valor da Exxon

Desde a vitória, a petroleira fez avanços para se tornar mais verde. Anunciou investimentos de mais de US$ 15 bilhões em soluções de baixo carbono, a criação de uma unidade de negócios exclusiva para o tema da transição e a antecipação de metas de redução de emissões. Os três conselheiros foram reeleitos para o assento. Segundo a gestora, as mudanças fizeram a companhia ganhar mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado.

“Estamos convencidos de que mesmo os acionistas que não votaram na nossa proposta agora apoiam os avanços feitos pela Exxon”, afirmou a empresa em uma carta recente.

Após o sucesso, a gestora ativista também fez um investimento semelhante na GM, por ver similaridades com o caso da Exxon. A diferença, porém, é que a montadora já mostrava mais avanços em direção à economia do futuro, com anúncios inclusive para produzir apenas carros elétricos a partir de 2025.

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Entre os investidores que a Vale anunciou na transação bilionária do seu negócio de metais básicos (VBM), na semana passada, um nome chama atenção por sua trajetória recente. O principal atributo do grupo Engine No.1 não é o tamanho. A gestora ativista terá apenas 3% da nova empresa e é uma formiga entre as gigantes da indústria de investimentos. Há poucos anos, era totalmente desconhecida, mas tudo mudou depois da vitória surpreendente contra a Exxon para posicionar a gigante petroleira norte-americana numa rota mais verde.

A entrada dos ativistas é simbólica. Pode ser um selo adicional para a cruzada de convencimento da Vale junto ao mercado de que a empresa de metais básicos é um negócio totalmente voltado para a transição energética. A produção de cobre e níquel tem como destino principal baterias para carros elétricos e equipamentos para energia solar e eólica.

Até junho, a expectativa era que o fundo saudita (FIP) pagasse US$ 2,5 bilhões por uma fatia de 10% da nova empresa da Vale. A entrada da gestora ativista no negócio fez a cifra subir para US$ 3,4 bilhões na venda de 13% da companhia. A transação avalia a VBM em cerca de US$ 26 bilhões, próximo de 40% do valor de mercado da própria Vale.

Para fundador, capitalismo pode ser moldado para benefício da sociedade

O fundador do grupo ativista, Chris James, disse acreditar que a VBM está mais bem posicionada para fornecer as matérias-primas de origem responsável necessárias para a construção da infraestrutura do futuro. “Estamos orgulhosos de apoiar o time da Vale Base Metals na condução da próxima etapa de crescimento para esses ativos estratégicos”, disse após o anúncio.

James, um executivo com mais de 30 anos na indústria de gestão de investimentos, integra uma nova classe de ativistas que defendem um papel mais participativo das empresas na sociedade.

Um dos seus lemas é de que o capitalismo pode ser moldado para provocar impactos positivos e que empresas capazes de alinhar os objetivos dos seus acionistas com os dos públicos que interagem são mais bem-sucedidas.

Gestora ativista comprou briga com Exxon por descarbonização

A decisão de comprar a briga com a Exxon, em 2020, se baseou numa visão de que a companhia não estava fazendo as mudanças necessárias para um mundo em rota de descarbonização, com executivos que ainda viam décadas promissoras para a exploração de petróleo e eram reticentes aos esforços para uma economia de zero emissão.

Na época, a petroleira era negociada bem abaixo das concorrentes, perdera mais da metade do valor de mercado e acabou retirada do índice Dow Jones Industrial, um símbolo do mercado acionário americano.

Numa batalha de Davi e Golias, em que a Engine No.1 tinha menos de 0,1% das ações da companhia, a gestora ativista conseguiu exercer pressão pública e atrair grandes fundos como a Blackrock. Enquanto a empresa empregava esforços estimados na época na casa de centena de milhões de dólares em campanha pela eleição do conselho de administração, a Engine No.1 conseguiu ganhar três assentos no colegiado com uma campanha de pouco mais de uma dezena de milhões de dólares.

Mudanças levaram a ganho de US$ 200 bilhões no valor da Exxon

Desde a vitória, a petroleira fez avanços para se tornar mais verde. Anunciou investimentos de mais de US$ 15 bilhões em soluções de baixo carbono, a criação de uma unidade de negócios exclusiva para o tema da transição e a antecipação de metas de redução de emissões. Os três conselheiros foram reeleitos para o assento. Segundo a gestora, as mudanças fizeram a companhia ganhar mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado.

“Estamos convencidos de que mesmo os acionistas que não votaram na nossa proposta agora apoiam os avanços feitos pela Exxon”, afirmou a empresa em uma carta recente.

Após o sucesso, a gestora ativista também fez um investimento semelhante na GM, por ver similaridades com o caso da Exxon. A diferença, porém, é que a montadora já mostrava mais avanços em direção à economia do futuro, com anúncios inclusive para produzir apenas carros elétricos a partir de 2025.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 28/07/23, às 14h42.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

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Cobre e níquel produzidos pela nova empresa da Vale são essenciais à fabricação de baterias para carros elétricos e de equipamentos utilizados na geração de energia renovável  Foto: @Ricardo Teles

Entre os investidores que a Vale anunciou na transação bilionária do seu negócio de metais básicos (VBM), na semana passada, um nome chama atenção por sua trajetória recente. O principal atributo do grupo Engine No.1 não é o tamanho. A gestora ativista terá apenas 3% da nova empresa e é uma formiga entre as gigantes da indústria de investimentos. Há poucos anos, era totalmente desconhecida, mas tudo mudou depois da vitória surpreendente contra a Exxon para posicionar a gigante petroleira norte-americana numa rota mais verde.

A entrada dos ativistas é simbólica. Pode ser um selo adicional para a cruzada de convencimento da Vale junto ao mercado de que a empresa de metais básicos é um negócio totalmente voltado para a transição energética. A produção de cobre e níquel tem como destino principal baterias para carros elétricos e equipamentos para energia solar e eólica.

Até junho, a expectativa era que o fundo saudita (FIP) pagasse US$ 2,5 bilhões por uma fatia de 10% da nova empresa da Vale. A entrada da gestora ativista no negócio fez a cifra subir para US$ 3,4 bilhões na venda de 13% da companhia. A transação avalia a VBM em cerca de US$ 26 bilhões, próximo de 40% do valor de mercado da própria Vale.

Para fundador, capitalismo pode ser moldado para benefício da sociedade

O fundador do grupo ativista, Chris James, disse acreditar que a VBM está mais bem posicionada para fornecer as matérias-primas de origem responsável necessárias para a construção da infraestrutura do futuro. “Estamos orgulhosos de apoiar o time da Vale Base Metals na condução da próxima etapa de crescimento para esses ativos estratégicos”, disse após o anúncio.

James, um executivo com mais de 30 anos na indústria de gestão de investimentos, integra uma nova classe de ativistas que defendem um papel mais participativo das empresas na sociedade.

Um dos seus lemas é de que o capitalismo pode ser moldado para provocar impactos positivos e que empresas capazes de alinhar os objetivos dos seus acionistas com os dos públicos que interagem são mais bem-sucedidas.

Gestora ativista comprou briga com Exxon por descarbonização

A decisão de comprar a briga com a Exxon, em 2020, se baseou numa visão de que a companhia não estava fazendo as mudanças necessárias para um mundo em rota de descarbonização, com executivos que ainda viam décadas promissoras para a exploração de petróleo e eram reticentes aos esforços para uma economia de zero emissão.

Na época, a petroleira era negociada bem abaixo das concorrentes, perdera mais da metade do valor de mercado e acabou retirada do índice Dow Jones Industrial, um símbolo do mercado acionário americano.

Numa batalha de Davi e Golias, em que a Engine No.1 tinha menos de 0,1% das ações da companhia, a gestora ativista conseguiu exercer pressão pública e atrair grandes fundos como a Blackrock. Enquanto a empresa empregava esforços estimados na época na casa de centena de milhões de dólares em campanha pela eleição do conselho de administração, a Engine No.1 conseguiu ganhar três assentos no colegiado com uma campanha de pouco mais de uma dezena de milhões de dólares.

Mudanças levaram a ganho de US$ 200 bilhões no valor da Exxon

Desde a vitória, a petroleira fez avanços para se tornar mais verde. Anunciou investimentos de mais de US$ 15 bilhões em soluções de baixo carbono, a criação de uma unidade de negócios exclusiva para o tema da transição e a antecipação de metas de redução de emissões. Os três conselheiros foram reeleitos para o assento. Segundo a gestora, as mudanças fizeram a companhia ganhar mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado.

“Estamos convencidos de que mesmo os acionistas que não votaram na nossa proposta agora apoiam os avanços feitos pela Exxon”, afirmou a empresa em uma carta recente.

Após o sucesso, a gestora ativista também fez um investimento semelhante na GM, por ver similaridades com o caso da Exxon. A diferença, porém, é que a montadora já mostrava mais avanços em direção à economia do futuro, com anúncios inclusive para produzir apenas carros elétricos a partir de 2025.

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