Bastidores do mundo dos negócios

Novonor e credores buscam novos interessados na compra da Braskem


Oferta de R$ 10,5 bilhões da Adnoc ‘não fez brilhar os olhos’ das partes, dizem fontes

Por Cynthia Decloedt e Altamiro Silva Junior
Atualização:
Bairro Bom Parto, uma das áreas afetadas pela atividade de mineração da Braskem. Questão ambiental aumenta complexidade das negociações para venda da empresa. FOTO TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  Foto: Tiago Queiroz

Com apenas uma oferta na mesa, da petroleira de Abu Dhabi Adnoc, Novonor e seus credores estão atrás de outros potenciais interessados na Braskem. A petroquímica já recebeu propostas da Unipar, J&F e do BTG Pactual este ano, que não vingaram. A Adnoc reformulou sua oferta, após a gestora norte-americana Apollo sair do consórcio com a empresa árabe, a qual tem condições melhores do que a anterior, apresentada no início do ano, segundo interlocutores. No entanto, os R$ 10,5 bilhões oferecidos por uma fatia de 38% no capital total da Braskem não fez “brilhar os olhos” das partes, disse uma fonte próxima ao processo.

Por isso, conversas estão em andamento com outros potenciais interessados, o que pode trazer competitividade ao jogo, mesmo em meio ao alerta da Defesa Civil de deslocamento do solo na mina 18 da Braskem, já desativada, no bairro de Mutange, em Maceió, também já desocupado. Envolvidos no processo afirmam que o esforço da venda prossegue, até porque a proposta da Adnoc não tem exclusividade. “Seguimos conversando e temos tentado ampliar o universo de interessados”, disse um executivo envolvido nas negociações.

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A questão de Alagoas, que aliás foi um dos fatores que emperrou a venda da petroquímica em 2019 para a LyondellBasell, exige que um acordo seja firmado com o governo do Estado, a fim de trazer conforto a qualquer comprador, acrescentou fonte que já olhou o ativo. Os bancos credores que têm ações da Braskem dadas como garantia por empréstimos concedidos à Odebrecht têm mais de R$ 15 bilhões a receber. Alguns bancos já fizeram circular que veem uma proposta em torno de R$ 12 bilhões como melhor.

A dificuldade sobre o valor está no fato de os bancos terem agendas, hierarquia e senioridades diferentes. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Quem está mais para o fim da fila defende um valor maior. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte. A Novonor é atualmente dona 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle da petroquímica, e de 38,3% do capital total. Sua parceira na Braskem é a Petrobras, detentora de 47% do capital votante e de 36,1% do total. O restante está no mercado.

Em sua proposta, a Adnoc considera que a Novonor ficará com 3% do capital total, o que a empresa considera essencial para seguir com o serviço de sua dívida no plano de recuperação judicial. A Adnoc olha também para um controle compartilhado da Braskem, por meio da qual pretende marcar presença nas Américas e ampliar seus negócios na região e globalmente. Por isso, teria conversado com interlocutores do governo. A Petrobras está em fase final de diligência da Braskem, enquanto a Adnoc sequer começou, conforme informou a própria petroquímica na semana passada.

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As decisões de diligência são do Conselho de Administração da Braskem, composto por indicados da Novonor, na posição de controladora, e secundariamente por indicados da Petrobras. Com recursos financeiros abundantes e, como estatal, atendendo uma estratégia de diversificação das receitas para além do petróleo do mundo árabe, a proposta da Adnoc é atemporal. A gigante vem trabalhando para ter a Braskem entre seus ativos no mundo há vários meses e questões como Alagoas e as disputas políticas que envolvem a Petrobras são vistas como secundárias, apurou a Coluna.

Procuradas, a Novonor e a Adnoc não comentaram.

Esta nota foi publicada no Broadcast+ no dia 04/12/2023 às 16h48

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Bairro Bom Parto, uma das áreas afetadas pela atividade de mineração da Braskem. Questão ambiental aumenta complexidade das negociações para venda da empresa. FOTO TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO  Foto: Tiago Queiroz

Com apenas uma oferta na mesa, da petroleira de Abu Dhabi Adnoc, Novonor e seus credores estão atrás de outros potenciais interessados na Braskem. A petroquímica já recebeu propostas da Unipar, J&F e do BTG Pactual este ano, que não vingaram. A Adnoc reformulou sua oferta, após a gestora norte-americana Apollo sair do consórcio com a empresa árabe, a qual tem condições melhores do que a anterior, apresentada no início do ano, segundo interlocutores. No entanto, os R$ 10,5 bilhões oferecidos por uma fatia de 38% no capital total da Braskem não fez “brilhar os olhos” das partes, disse uma fonte próxima ao processo.

Por isso, conversas estão em andamento com outros potenciais interessados, o que pode trazer competitividade ao jogo, mesmo em meio ao alerta da Defesa Civil de deslocamento do solo na mina 18 da Braskem, já desativada, no bairro de Mutange, em Maceió, também já desocupado. Envolvidos no processo afirmam que o esforço da venda prossegue, até porque a proposta da Adnoc não tem exclusividade. “Seguimos conversando e temos tentado ampliar o universo de interessados”, disse um executivo envolvido nas negociações.

A questão de Alagoas, que aliás foi um dos fatores que emperrou a venda da petroquímica em 2019 para a LyondellBasell, exige que um acordo seja firmado com o governo do Estado, a fim de trazer conforto a qualquer comprador, acrescentou fonte que já olhou o ativo. Os bancos credores que têm ações da Braskem dadas como garantia por empréstimos concedidos à Odebrecht têm mais de R$ 15 bilhões a receber. Alguns bancos já fizeram circular que veem uma proposta em torno de R$ 12 bilhões como melhor.

A dificuldade sobre o valor está no fato de os bancos terem agendas, hierarquia e senioridades diferentes. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Quem está mais para o fim da fila defende um valor maior. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte. A Novonor é atualmente dona 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle da petroquímica, e de 38,3% do capital total. Sua parceira na Braskem é a Petrobras, detentora de 47% do capital votante e de 36,1% do total. O restante está no mercado.

Em sua proposta, a Adnoc considera que a Novonor ficará com 3% do capital total, o que a empresa considera essencial para seguir com o serviço de sua dívida no plano de recuperação judicial. A Adnoc olha também para um controle compartilhado da Braskem, por meio da qual pretende marcar presença nas Américas e ampliar seus negócios na região e globalmente. Por isso, teria conversado com interlocutores do governo. A Petrobras está em fase final de diligência da Braskem, enquanto a Adnoc sequer começou, conforme informou a própria petroquímica na semana passada.

As decisões de diligência são do Conselho de Administração da Braskem, composto por indicados da Novonor, na posição de controladora, e secundariamente por indicados da Petrobras. Com recursos financeiros abundantes e, como estatal, atendendo uma estratégia de diversificação das receitas para além do petróleo do mundo árabe, a proposta da Adnoc é atemporal. A gigante vem trabalhando para ter a Braskem entre seus ativos no mundo há vários meses e questões como Alagoas e as disputas políticas que envolvem a Petrobras são vistas como secundárias, apurou a Coluna.

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Por isso, conversas estão em andamento com outros potenciais interessados, o que pode trazer competitividade ao jogo, mesmo em meio ao alerta da Defesa Civil de deslocamento do solo na mina 18 da Braskem, já desativada, no bairro de Mutange, em Maceió, também já desocupado. Envolvidos no processo afirmam que o esforço da venda prossegue, até porque a proposta da Adnoc não tem exclusividade. “Seguimos conversando e temos tentado ampliar o universo de interessados”, disse um executivo envolvido nas negociações.

A questão de Alagoas, que aliás foi um dos fatores que emperrou a venda da petroquímica em 2019 para a LyondellBasell, exige que um acordo seja firmado com o governo do Estado, a fim de trazer conforto a qualquer comprador, acrescentou fonte que já olhou o ativo. Os bancos credores que têm ações da Braskem dadas como garantia por empréstimos concedidos à Odebrecht têm mais de R$ 15 bilhões a receber. Alguns bancos já fizeram circular que veem uma proposta em torno de R$ 12 bilhões como melhor.

A dificuldade sobre o valor está no fato de os bancos terem agendas, hierarquia e senioridades diferentes. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Quem está mais para o fim da fila defende um valor maior. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte. A Novonor é atualmente dona 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle da petroquímica, e de 38,3% do capital total. Sua parceira na Braskem é a Petrobras, detentora de 47% do capital votante e de 36,1% do total. O restante está no mercado.

Em sua proposta, a Adnoc considera que a Novonor ficará com 3% do capital total, o que a empresa considera essencial para seguir com o serviço de sua dívida no plano de recuperação judicial. A Adnoc olha também para um controle compartilhado da Braskem, por meio da qual pretende marcar presença nas Américas e ampliar seus negócios na região e globalmente. Por isso, teria conversado com interlocutores do governo. A Petrobras está em fase final de diligência da Braskem, enquanto a Adnoc sequer começou, conforme informou a própria petroquímica na semana passada.

As decisões de diligência são do Conselho de Administração da Braskem, composto por indicados da Novonor, na posição de controladora, e secundariamente por indicados da Petrobras. Com recursos financeiros abundantes e, como estatal, atendendo uma estratégia de diversificação das receitas para além do petróleo do mundo árabe, a proposta da Adnoc é atemporal. A gigante vem trabalhando para ter a Braskem entre seus ativos no mundo há vários meses e questões como Alagoas e as disputas políticas que envolvem a Petrobras são vistas como secundárias, apurou a Coluna.

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Por isso, conversas estão em andamento com outros potenciais interessados, o que pode trazer competitividade ao jogo, mesmo em meio ao alerta da Defesa Civil de deslocamento do solo na mina 18 da Braskem, já desativada, no bairro de Mutange, em Maceió, também já desocupado. Envolvidos no processo afirmam que o esforço da venda prossegue, até porque a proposta da Adnoc não tem exclusividade. “Seguimos conversando e temos tentado ampliar o universo de interessados”, disse um executivo envolvido nas negociações.

A questão de Alagoas, que aliás foi um dos fatores que emperrou a venda da petroquímica em 2019 para a LyondellBasell, exige que um acordo seja firmado com o governo do Estado, a fim de trazer conforto a qualquer comprador, acrescentou fonte que já olhou o ativo. Os bancos credores que têm ações da Braskem dadas como garantia por empréstimos concedidos à Odebrecht têm mais de R$ 15 bilhões a receber. Alguns bancos já fizeram circular que veem uma proposta em torno de R$ 12 bilhões como melhor.

A dificuldade sobre o valor está no fato de os bancos terem agendas, hierarquia e senioridades diferentes. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Quem está mais para o fim da fila defende um valor maior. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte. A Novonor é atualmente dona 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle da petroquímica, e de 38,3% do capital total. Sua parceira na Braskem é a Petrobras, detentora de 47% do capital votante e de 36,1% do total. O restante está no mercado.

Em sua proposta, a Adnoc considera que a Novonor ficará com 3% do capital total, o que a empresa considera essencial para seguir com o serviço de sua dívida no plano de recuperação judicial. A Adnoc olha também para um controle compartilhado da Braskem, por meio da qual pretende marcar presença nas Américas e ampliar seus negócios na região e globalmente. Por isso, teria conversado com interlocutores do governo. A Petrobras está em fase final de diligência da Braskem, enquanto a Adnoc sequer começou, conforme informou a própria petroquímica na semana passada.

As decisões de diligência são do Conselho de Administração da Braskem, composto por indicados da Novonor, na posição de controladora, e secundariamente por indicados da Petrobras. Com recursos financeiros abundantes e, como estatal, atendendo uma estratégia de diversificação das receitas para além do petróleo do mundo árabe, a proposta da Adnoc é atemporal. A gigante vem trabalhando para ter a Braskem entre seus ativos no mundo há vários meses e questões como Alagoas e as disputas políticas que envolvem a Petrobras são vistas como secundárias, apurou a Coluna.

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Por isso, conversas estão em andamento com outros potenciais interessados, o que pode trazer competitividade ao jogo, mesmo em meio ao alerta da Defesa Civil de deslocamento do solo na mina 18 da Braskem, já desativada, no bairro de Mutange, em Maceió, também já desocupado. Envolvidos no processo afirmam que o esforço da venda prossegue, até porque a proposta da Adnoc não tem exclusividade. “Seguimos conversando e temos tentado ampliar o universo de interessados”, disse um executivo envolvido nas negociações.

A questão de Alagoas, que aliás foi um dos fatores que emperrou a venda da petroquímica em 2019 para a LyondellBasell, exige que um acordo seja firmado com o governo do Estado, a fim de trazer conforto a qualquer comprador, acrescentou fonte que já olhou o ativo. Os bancos credores que têm ações da Braskem dadas como garantia por empréstimos concedidos à Odebrecht têm mais de R$ 15 bilhões a receber. Alguns bancos já fizeram circular que veem uma proposta em torno de R$ 12 bilhões como melhor.

A dificuldade sobre o valor está no fato de os bancos terem agendas, hierarquia e senioridades diferentes. Bradesco e Itaú, que emprestaram volumes maiores e estiveram na antessala da recuperação judicial da Odebrecht, têm preferência na liquidação de seus créditos. Quem está mais para o fim da fila defende um valor maior. “Há um temor de que a cascata não seja suficiente para irrigar quem está no fim dessa fila”, acrescentou a fonte. A Novonor é atualmente dona 50,1% das ações ordinárias, o que lhe garante o controle da petroquímica, e de 38,3% do capital total. Sua parceira na Braskem é a Petrobras, detentora de 47% do capital votante e de 36,1% do total. O restante está no mercado.

Em sua proposta, a Adnoc considera que a Novonor ficará com 3% do capital total, o que a empresa considera essencial para seguir com o serviço de sua dívida no plano de recuperação judicial. A Adnoc olha também para um controle compartilhado da Braskem, por meio da qual pretende marcar presença nas Américas e ampliar seus negócios na região e globalmente. Por isso, teria conversado com interlocutores do governo. A Petrobras está em fase final de diligência da Braskem, enquanto a Adnoc sequer começou, conforme informou a própria petroquímica na semana passada.

As decisões de diligência são do Conselho de Administração da Braskem, composto por indicados da Novonor, na posição de controladora, e secundariamente por indicados da Petrobras. Com recursos financeiros abundantes e, como estatal, atendendo uma estratégia de diversificação das receitas para além do petróleo do mundo árabe, a proposta da Adnoc é atemporal. A gigante vem trabalhando para ter a Braskem entre seus ativos no mundo há vários meses e questões como Alagoas e as disputas políticas que envolvem a Petrobras são vistas como secundárias, apurou a Coluna.

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