Bastidores do mundo dos negócios

Ofertas de ações de empresas listadas crescem e devem impulsionar fusões


Banco de Brasília e Pão de Açúcar são exemplos de companhias que podem fazer captações

Por Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
Executivos preveem operações bilionárias no mercado de ações ainda no primeiro semestre Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A oferta de ações que deve privatizar a Sabesp é a mais esperada do ano. Pode movimentar R$ 20 bilhões, incluindo a entrada de um sócio estratégico. Mas outras operações na casa dos bilhões, de empresas já listadas, estão sendo preparadas pelos bancos de investimento para chegarem ao mercado em breve, como a do Banco de Brasília (BRB), que pode captar até R$ 2 bilhões. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) deve vir com uma oferta de ao menos R$ 1 bilhão.

“Vão haver outras transações multibilionárias ainda no primeiro semestre no mercado de ações”, afirma o diretor do Itaú BBA, Roderick Greenlees. Para boas empresas, com boas teses de investimento, argumenta o executivo, não vai faltar demanda, apesar das incertezas em relação ao início da queda dos juros norte-americanos. “Há outras empresas que pretendem realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) nos próximos meses.”

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“O mercado está 100% funcional”, afirma o responsável por renda variável na América Latina do Citi, Marcelo Millen. Para o executivo, se o cenário macroeconômico se mantiver, o espaço está garantido para novas ofertas. Isso significa um quadro de inflação sob controle, juros em queda, economia em crescimento, ainda que moderado, e sem descontrole fiscal.

Metade dos recursos para fusões e aquisições

Nos últimos dois anos, metade das captações (R$ 50 bilhões) com ofertas de ações foi para financiar fusões e aquisições; outros 30%, para reduzir dívidas, 15% para financiar projetos de crescimento orgânico e o restante para a venda de participação de sócios, como fundos de “private equity”. E a tendência é que as próximas captações sigam nesse sentido, argumenta Millen.

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Para o diretor do Citi, existe a possibilidade de alguma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) ainda neste semestre, entre maio e junho. E o cenário continua aquele em que só empresas grandes, de setores mais estáveis e que prometam fazer “um pouco mais do mesmo” do que já fazem bem, vão conseguir emplacar uma oferta. Millen diz ainda que essas ofertas preferencialmente devem rodar na casa dos R$ 2 bilhões. “Não será uma enxurrada, mas uma volta paulatina, gradativa e seletiva”, disse ele. O último IPO na B3 ocorreu em agosto de 2021.

Este ano já foram quatro ofertas subsequentes: Energisa, Vulcabrás, Banco Inter e Prinner. Na Energisa, que captou R$ 2,5 bilhões em janeiro, houve um livro de ordens com uma demanda adicional múltiplas vezes maior que o tamanho da oferta base.

Mercado voltará a ser acessado em breve

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Agora, com a temporada de publicação de resultados trimestrais, o mercado dá uma parada. Mas com os números do quarto trimestre de 2023 publicados, as empresas devem voltar ao mercado. O BRB já contratou os bancos para sua operação, que será um “re-IPO”, uma oferta feita para aumentar a liquidez de uma empresa já listada. A oferta pode ocorrer entre maio e junho, já com os números do primeiro trimestre de 2024.

A privatização da Sabesp deve acontecer em junho e será a maior transação do ano. A operação está prevista para ocorrer em duas partes, com uma empresa comprando uma participação para ser um acionista de referência. Os nomes que vêm sendo comentados pelo mercado incluem Equatorial, Cosan, Votorantim e fundos que investem em infraestrutura e ainda não estão presentes em saneamento.

“São conglomerados que estão em busca de diversificação e que, para fazer diferença em termos de retorno, precisam investir em ofertas grandes”, comenta um banqueiro, citando os nomes das empresas acima.

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Este texto foi publicado no Broadcast no dia 01/03/24, às 18h09

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Executivos preveem operações bilionárias no mercado de ações ainda no primeiro semestre Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A oferta de ações que deve privatizar a Sabesp é a mais esperada do ano. Pode movimentar R$ 20 bilhões, incluindo a entrada de um sócio estratégico. Mas outras operações na casa dos bilhões, de empresas já listadas, estão sendo preparadas pelos bancos de investimento para chegarem ao mercado em breve, como a do Banco de Brasília (BRB), que pode captar até R$ 2 bilhões. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) deve vir com uma oferta de ao menos R$ 1 bilhão.

“Vão haver outras transações multibilionárias ainda no primeiro semestre no mercado de ações”, afirma o diretor do Itaú BBA, Roderick Greenlees. Para boas empresas, com boas teses de investimento, argumenta o executivo, não vai faltar demanda, apesar das incertezas em relação ao início da queda dos juros norte-americanos. “Há outras empresas que pretendem realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) nos próximos meses.”

“O mercado está 100% funcional”, afirma o responsável por renda variável na América Latina do Citi, Marcelo Millen. Para o executivo, se o cenário macroeconômico se mantiver, o espaço está garantido para novas ofertas. Isso significa um quadro de inflação sob controle, juros em queda, economia em crescimento, ainda que moderado, e sem descontrole fiscal.

Metade dos recursos para fusões e aquisições

Nos últimos dois anos, metade das captações (R$ 50 bilhões) com ofertas de ações foi para financiar fusões e aquisições; outros 30%, para reduzir dívidas, 15% para financiar projetos de crescimento orgânico e o restante para a venda de participação de sócios, como fundos de “private equity”. E a tendência é que as próximas captações sigam nesse sentido, argumenta Millen.

Para o diretor do Citi, existe a possibilidade de alguma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) ainda neste semestre, entre maio e junho. E o cenário continua aquele em que só empresas grandes, de setores mais estáveis e que prometam fazer “um pouco mais do mesmo” do que já fazem bem, vão conseguir emplacar uma oferta. Millen diz ainda que essas ofertas preferencialmente devem rodar na casa dos R$ 2 bilhões. “Não será uma enxurrada, mas uma volta paulatina, gradativa e seletiva”, disse ele. O último IPO na B3 ocorreu em agosto de 2021.

Este ano já foram quatro ofertas subsequentes: Energisa, Vulcabrás, Banco Inter e Prinner. Na Energisa, que captou R$ 2,5 bilhões em janeiro, houve um livro de ordens com uma demanda adicional múltiplas vezes maior que o tamanho da oferta base.

Mercado voltará a ser acessado em breve

Agora, com a temporada de publicação de resultados trimestrais, o mercado dá uma parada. Mas com os números do quarto trimestre de 2023 publicados, as empresas devem voltar ao mercado. O BRB já contratou os bancos para sua operação, que será um “re-IPO”, uma oferta feita para aumentar a liquidez de uma empresa já listada. A oferta pode ocorrer entre maio e junho, já com os números do primeiro trimestre de 2024.

A privatização da Sabesp deve acontecer em junho e será a maior transação do ano. A operação está prevista para ocorrer em duas partes, com uma empresa comprando uma participação para ser um acionista de referência. Os nomes que vêm sendo comentados pelo mercado incluem Equatorial, Cosan, Votorantim e fundos que investem em infraestrutura e ainda não estão presentes em saneamento.

“São conglomerados que estão em busca de diversificação e que, para fazer diferença em termos de retorno, precisam investir em ofertas grandes”, comenta um banqueiro, citando os nomes das empresas acima.

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A oferta de ações que deve privatizar a Sabesp é a mais esperada do ano. Pode movimentar R$ 20 bilhões, incluindo a entrada de um sócio estratégico. Mas outras operações na casa dos bilhões, de empresas já listadas, estão sendo preparadas pelos bancos de investimento para chegarem ao mercado em breve, como a do Banco de Brasília (BRB), que pode captar até R$ 2 bilhões. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) deve vir com uma oferta de ao menos R$ 1 bilhão.

“Vão haver outras transações multibilionárias ainda no primeiro semestre no mercado de ações”, afirma o diretor do Itaú BBA, Roderick Greenlees. Para boas empresas, com boas teses de investimento, argumenta o executivo, não vai faltar demanda, apesar das incertezas em relação ao início da queda dos juros norte-americanos. “Há outras empresas que pretendem realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) nos próximos meses.”

“O mercado está 100% funcional”, afirma o responsável por renda variável na América Latina do Citi, Marcelo Millen. Para o executivo, se o cenário macroeconômico se mantiver, o espaço está garantido para novas ofertas. Isso significa um quadro de inflação sob controle, juros em queda, economia em crescimento, ainda que moderado, e sem descontrole fiscal.

Metade dos recursos para fusões e aquisições

Nos últimos dois anos, metade das captações (R$ 50 bilhões) com ofertas de ações foi para financiar fusões e aquisições; outros 30%, para reduzir dívidas, 15% para financiar projetos de crescimento orgânico e o restante para a venda de participação de sócios, como fundos de “private equity”. E a tendência é que as próximas captações sigam nesse sentido, argumenta Millen.

Para o diretor do Citi, existe a possibilidade de alguma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) ainda neste semestre, entre maio e junho. E o cenário continua aquele em que só empresas grandes, de setores mais estáveis e que prometam fazer “um pouco mais do mesmo” do que já fazem bem, vão conseguir emplacar uma oferta. Millen diz ainda que essas ofertas preferencialmente devem rodar na casa dos R$ 2 bilhões. “Não será uma enxurrada, mas uma volta paulatina, gradativa e seletiva”, disse ele. O último IPO na B3 ocorreu em agosto de 2021.

Este ano já foram quatro ofertas subsequentes: Energisa, Vulcabrás, Banco Inter e Prinner. Na Energisa, que captou R$ 2,5 bilhões em janeiro, houve um livro de ordens com uma demanda adicional múltiplas vezes maior que o tamanho da oferta base.

Mercado voltará a ser acessado em breve

Agora, com a temporada de publicação de resultados trimestrais, o mercado dá uma parada. Mas com os números do quarto trimestre de 2023 publicados, as empresas devem voltar ao mercado. O BRB já contratou os bancos para sua operação, que será um “re-IPO”, uma oferta feita para aumentar a liquidez de uma empresa já listada. A oferta pode ocorrer entre maio e junho, já com os números do primeiro trimestre de 2024.

A privatização da Sabesp deve acontecer em junho e será a maior transação do ano. A operação está prevista para ocorrer em duas partes, com uma empresa comprando uma participação para ser um acionista de referência. Os nomes que vêm sendo comentados pelo mercado incluem Equatorial, Cosan, Votorantim e fundos que investem em infraestrutura e ainda não estão presentes em saneamento.

“São conglomerados que estão em busca de diversificação e que, para fazer diferença em termos de retorno, precisam investir em ofertas grandes”, comenta um banqueiro, citando os nomes das empresas acima.

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“Vão haver outras transações multibilionárias ainda no primeiro semestre no mercado de ações”, afirma o diretor do Itaú BBA, Roderick Greenlees. Para boas empresas, com boas teses de investimento, argumenta o executivo, não vai faltar demanda, apesar das incertezas em relação ao início da queda dos juros norte-americanos. “Há outras empresas que pretendem realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) nos próximos meses.”

“O mercado está 100% funcional”, afirma o responsável por renda variável na América Latina do Citi, Marcelo Millen. Para o executivo, se o cenário macroeconômico se mantiver, o espaço está garantido para novas ofertas. Isso significa um quadro de inflação sob controle, juros em queda, economia em crescimento, ainda que moderado, e sem descontrole fiscal.

Metade dos recursos para fusões e aquisições

Nos últimos dois anos, metade das captações (R$ 50 bilhões) com ofertas de ações foi para financiar fusões e aquisições; outros 30%, para reduzir dívidas, 15% para financiar projetos de crescimento orgânico e o restante para a venda de participação de sócios, como fundos de “private equity”. E a tendência é que as próximas captações sigam nesse sentido, argumenta Millen.

Para o diretor do Citi, existe a possibilidade de alguma abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) ainda neste semestre, entre maio e junho. E o cenário continua aquele em que só empresas grandes, de setores mais estáveis e que prometam fazer “um pouco mais do mesmo” do que já fazem bem, vão conseguir emplacar uma oferta. Millen diz ainda que essas ofertas preferencialmente devem rodar na casa dos R$ 2 bilhões. “Não será uma enxurrada, mas uma volta paulatina, gradativa e seletiva”, disse ele. O último IPO na B3 ocorreu em agosto de 2021.

Este ano já foram quatro ofertas subsequentes: Energisa, Vulcabrás, Banco Inter e Prinner. Na Energisa, que captou R$ 2,5 bilhões em janeiro, houve um livro de ordens com uma demanda adicional múltiplas vezes maior que o tamanho da oferta base.

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Agora, com a temporada de publicação de resultados trimestrais, o mercado dá uma parada. Mas com os números do quarto trimestre de 2023 publicados, as empresas devem voltar ao mercado. O BRB já contratou os bancos para sua operação, que será um “re-IPO”, uma oferta feita para aumentar a liquidez de uma empresa já listada. A oferta pode ocorrer entre maio e junho, já com os números do primeiro trimestre de 2024.

A privatização da Sabesp deve acontecer em junho e será a maior transação do ano. A operação está prevista para ocorrer em duas partes, com uma empresa comprando uma participação para ser um acionista de referência. Os nomes que vêm sendo comentados pelo mercado incluem Equatorial, Cosan, Votorantim e fundos que investem em infraestrutura e ainda não estão presentes em saneamento.

“São conglomerados que estão em busca de diversificação e que, para fazer diferença em termos de retorno, precisam investir em ofertas grandes”, comenta um banqueiro, citando os nomes das empresas acima.

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“Vão haver outras transações multibilionárias ainda no primeiro semestre no mercado de ações”, afirma o diretor do Itaú BBA, Roderick Greenlees. Para boas empresas, com boas teses de investimento, argumenta o executivo, não vai faltar demanda, apesar das incertezas em relação ao início da queda dos juros norte-americanos. “Há outras empresas que pretendem realizar um follow-on (oferta subsequente de ações) nos próximos meses.”

“O mercado está 100% funcional”, afirma o responsável por renda variável na América Latina do Citi, Marcelo Millen. Para o executivo, se o cenário macroeconômico se mantiver, o espaço está garantido para novas ofertas. Isso significa um quadro de inflação sob controle, juros em queda, economia em crescimento, ainda que moderado, e sem descontrole fiscal.

Metade dos recursos para fusões e aquisições

Nos últimos dois anos, metade das captações (R$ 50 bilhões) com ofertas de ações foi para financiar fusões e aquisições; outros 30%, para reduzir dívidas, 15% para financiar projetos de crescimento orgânico e o restante para a venda de participação de sócios, como fundos de “private equity”. E a tendência é que as próximas captações sigam nesse sentido, argumenta Millen.

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Este ano já foram quatro ofertas subsequentes: Energisa, Vulcabrás, Banco Inter e Prinner. Na Energisa, que captou R$ 2,5 bilhões em janeiro, houve um livro de ordens com uma demanda adicional múltiplas vezes maior que o tamanho da oferta base.

Mercado voltará a ser acessado em breve

Agora, com a temporada de publicação de resultados trimestrais, o mercado dá uma parada. Mas com os números do quarto trimestre de 2023 publicados, as empresas devem voltar ao mercado. O BRB já contratou os bancos para sua operação, que será um “re-IPO”, uma oferta feita para aumentar a liquidez de uma empresa já listada. A oferta pode ocorrer entre maio e junho, já com os números do primeiro trimestre de 2024.

A privatização da Sabesp deve acontecer em junho e será a maior transação do ano. A operação está prevista para ocorrer em duas partes, com uma empresa comprando uma participação para ser um acionista de referência. Os nomes que vêm sendo comentados pelo mercado incluem Equatorial, Cosan, Votorantim e fundos que investem em infraestrutura e ainda não estão presentes em saneamento.

“São conglomerados que estão em busca de diversificação e que, para fazer diferença em termos de retorno, precisam investir em ofertas grandes”, comenta um banqueiro, citando os nomes das empresas acima.

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